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Princípios

Legalidade: O Princípio da Legalidade deve ser respeitado por todo agente


público e significa que toda e qualquer atividade administrativa deve ser permitida
por lei. Isto representa uma garantia para os administrados e um limite para a
atuação do Estado contra o abuso de poder (desvio/excesso de poder ou desvio de
finalidade), pois, qualquer ato da Administração Pública somente terá validade se
estiver em conformidade com lei. Nesse sentido, afirma Celso Antônio Bandeira de
Mello [07] que o princípio da legalidade "implica subordinação completa do
administrador à lei. Todos os agentes públicos, desde o que lhe ocupe a cúspide até
os mais modestos deles, devem ser instrumentos de fiel e dócil realização das
finalidades normativas".
Assim, só é legítima e lícita a atividade do administrador público se estiver
fundamentada no dispositivo de lei, diferentemente do que ocorre com o particular.
Isto porque, o agente público só pode atuar onde a lei autoriza e o particular pode
fazer tudo o que a lei não veda. A supremacia da lei expressa a vinculação da
Administração ao Direito, no qual qualquer atuação que contrarie a norma legal é
inválida, ou seja, qualquer intervenção na esfera individual, como restrições ao
direito de liberdade ou ao de propriedade, deve ser autorizada por lei.

Então, os Estados Democráticos de Direito devem assegurar a aplicação do


princípio da legalidade em toda atuação da Administração Pública, ou seja, tanto
nas atividades administrativas vinculadas como nas discricionárias [10], sempre em
busca do interesse público e em respeito à dignidade humana e aos direitos
fundamentais.

Princípio do Juiz Natural: O Estado, na persecução penal, deve

assegurar às partes, para julgar a causa, a escolha de um juiz previamente


designado por lei e de acordo com as normas constitucionais (art. 5.º, LIII, CF:
“Ninguém será processado nem sentenciado senão pela autoridade competente”).
Evita-se, com isso, o juízo ou tribunal de exceção (art. 5.º, XXXVII, CF), que seria a
escolha do magistrado encarregado de analisar determinado caso, após a
ocorrência do crime e conforme as características de quem será julgado,
afastando-se dos critérios legais anteriormente estabelecidos. A preocupação maior
desse princípio é assegurar a imparcialidade do juiz, visto que, num Estado
Democrático de Direito, é inconcebível que os julgamentos se materializem de forma
parcial, corrupta e dissociada do equilíbrio que as partes esperam da magistratura.

Se as regras processuais puderem construir um sistema claro e prévio à


indicação do juiz competente para o julgamento da causa, seja qual for a decisão,
haverá maior aceitação pelas partes, bem como servirá de legitimação para o Poder
Judiciário, que, no Brasil, não é eleito pelo povo. O Estado, na persecução penal,
deve assegurar às partes, para julgar a causa, a escolha de um juiz previamente
designado por lei e de acordo com as normas constitucionais (art. 5.º, LIII, CF:
“Ninguém será processado nem sentenciado senão pela autoridade competente”).
Evita-se, com isso, o juízo ou tribunal de exceção (art. 5.º, XXXVII, CF), que seria a
escolha do magistrado encarregado de analisar determinado caso, após a
ocorrência do crime e conforme as características de quem será julgado,
afastando-se dos critérios legais anteriormente estabelecidos. A preocupação maior
desse princípio é assegurar a imparcialidade do juiz, visto que, num Estado
Democrático de Direito, é inconcebível que os julgamentos se materializem de forma
parcial, corrupta e dissociada do equilíbrio que as partes esperam da magistratura.

Se as regras processuais puderem construir um sistema claro e prévio à


indicação do juiz competente para o julgamento da causa, seja qual for a decisão,
haverá maior aceitação pelas partes, bem como servirá de legitimação para o Poder
Judiciário, que, no Brasil, não é eleito pelo povo.

Princípio da Oficialidade: Expressa ser a persecução penal uma função


primordial e obrigatória do Estado. As tarefas de investigar, processar e punir o
agente do crime cabem aos órgãos constituídos do Estado, através da polícia
judiciária, do Ministério Público e do Poder Judiciário.
A Constituição Federal assenta as funções de cada uma das instituições
encarregadas de verificar a infração penal, possibilitando a aplicação da sanção
cabível. À polícia judiciária cumpre investigar (art. 144, § 1.º, I, II, IV, e § 4.º); ao
Ministério Público cabe ingressar com a ação penal e provocar a atuação da polícia,
requisitando diligências investigatórias e a instauração de inquérito policial,
fiscalizando-a (art. 129, I e VIII); ao Poder Judiciário cumpre a tarefa de aplicar o
direito ao caso concreto (art. 92 e ss.).

Não há possibilidade de se entregar ao particular a tarefa de exercer


qualquer tipo de atividade no campo penal punitivo. Tanto é realidade que o
ofendido pode ajuizar ação penal privada, substituindo o Estado, mas, havendo
condenação definitiva, não lhe cabe promover a execução do julgado (quando se
faz valer a punição). É tarefa do Ministério Público.

Resumo:

Juiz natural e imparcial: toda pessoa tem o direito inafastável de ser

julgada, criminalmente, por um juízo imparcial, previamente constituído por lei, de


modo a eliminar a possibilidade de haver tribunal de exceção.

Oficialidade: significa que o monopólio punitivo é exclusivo do Estado,

motivo pelo qual os atos processuais são oficiais e não há qualquer possibilidade de
justiça privada na seara criminal.

Referências:
https://jus.com.br/artigos/14402/principio-da-legalidade-e-da-proporcionalidade-com
o-limites-a-discricionariedade-administrativa

NUCCI, Guilherme de S. Manual de Processo Penal. [Digite o Local da


Editora]: Grupo GEN, 2021. 9786559640119. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9786559640119/. Acesso em: 07
abr. 2022.

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