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1 Isto nem sempre foi assim, pois na evolução histórica do Direito, constatamos que o poder de punir não era monopólio do Estado,
pertencia a cada um dos membros da sociedade, e a pessoa poderia realizar por si mesma as punições porque não havia nada
escrito. Por virtude do Contrato Social e porque não havia um meio de regulação social, (para evitar as vinganças, etc.) cada
cidadão abdicou de parte da sua liberdade em favor do Estado. Mas mesmo sendo o estado a exercer o ius puniendi não poderia
fazê-lo de forma arbitrária e por isso mesmo devia, o exercício deste poder pelo Estado, ser objecto de regulação pelo Direito.
vezes no nosso CP a lei extravagante recorre a formulações como: “Aquele
que” sem fazer qualquer distinção da raça, sexo, etc.
a aplicação da lei penal, tratada no nº. 1 do artigo 60, nos termos do qual:
“Ninguém pode ser condenado por acto não qualificado como crime no
momento da sua prática” – NULLUM CRIMEN SINE LEGE
4.1.2. A lei
4.1.4. Os Decretos-leis
4.1.5. O Costume
4.1.6. Os Assentos
Tendo em conta o princípio da legalidade sobre o qual está edificado todo o nosso
Direito Penal, aos assentos apenas é reconhecida a função interpretativa do Direito e
não inovadora no domínio da incriminação.
Resumindo:
Fontes do Direito em sentido técnico jurídico são os modos de formação ou de revelação de normas jurídicas.
Constituição da República de Moçambique: é a principal fonte do DP, todas as restantes normas do ordenamento
jurídico devem-se conformar à constituição.
Lei: O nosso CP foi introduzido pelo Decreto de 16 de Setembro de 1886 e sofreu uma reforma de vulto pela Lei nº
35/2014 de 31 de Dezembro. Nova reforma veio a acontecer em 2019 através da Lei nº 24/2019, de 24 de Dezembro,
2 Por exemplo na Suazilândia quando, todos os anos, tem lugar as danças guerreiras nas quais o Rei Musuathi escolhe uma
rapariga para sua esposa, elas se apresentam descompostas, mas é este o costume deles.
que entrou em vigor no final do ano passado. É fonte do DP como se pode retirar do artigo 1 do CP. A lei abrange o
CP e a legislação extravagante.
Tratados e acordos internacionais: são fontes do DP quando validamente aprovados e ratificados, ou seja, quando
devidamente recebidos pela ordem jurídica interna do Estado.
Decretos-leis: são fontes do Direito Penal, resultando de uma autorização legislativa concedida pela Assembleia da
República, para o efeito.
Costume: O costume é uma prática reiterada acompanhada da convicção de obrigatoriedade. Não é fonte do Direito
Penal, por força do princípio da legalidade. Assume certa importância na formação da lei e na interpretação de
determinados conceitos, como seja o de pudor. Por vezes também o costume retira da incriminação certos factos.
Assentos: devido ao princípio da legalidade sobre o qual está edificado todo o nosso Direito Penal, aos assentes
apenas é reconhecida a função interpretativa do Direito e não inovadora no domínio da incriminação.
Doutrina e Jurisprudência: a doutrina e a jurisprudência assumem uma função meramente interpretativa e, neste
sentido, contribuem para a revelação do Direito