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PARTE GERAL
TURMA 2020
• PRINCÍPIO DA LEGALIDADE E ANTERIORIDADE PENAL;
- FUNDAMENTOS NORMATIVOS;
O princípio da legalidade possui como fundamento normativo os seguintes dispositivos legais
(nacionais e internacionais):
XXXIX - não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia
cominação legal;
Art. 1º - Não há crime sem lei anterior que o defina. Não há pena sem prévia
cominação legal.
Ninguém pode ser condenado por uma acção ou uma omissão que, no momento
em que foi cometida, não constituía infracção, segundo o direito nacional ou
internacional. Igualmente não pode ser imposta uma pena mais grave do que a
aplicável no momento em que a infracção foi cometida.
- ART. 9 º DA CONVENÇÃO AMERICANA DE DIREITOS HUMANOS (PACTO SAN JOSÉ DA
COSTA RICA);
Ninguém pode ser condenado por ações ou omissões que, no momento em que
forem cometidas, não sejam delituosas, de acordo com o direito aplicável.
Tampouco se pode impor pena mais grave que a aplicável no momento da
perpetração do delito. Se depois da perpetração do delito a lei dispuser a
imposição de pena mais leve, o delinqüente será por isso beneficiado.
- CONCEITO DE LEGALIDADE;
- FUNDAMENTO POLÍTICO;
- FUNDAMENTO DEMOCRÁTICO;
- FUNDAMENTO JURÍDICO;
- PREVISÃO LEGAL;
Art. 1º CP - Não há crime sem lei anterior que o defina. Não há pena sem prévia
cominação legal.
Art. 3º- CPM - As medidas de segurança regem-se pela lei vigente ao tempo da
sentença, prevalecendo, entretanto, se diversa, a lei vigente ao tempo da execução.
Art. 1º - Não há crime sem lei anterior que o defina. Não há pena sem prévia
cominação legal.
No que tange o termo “LEI”, não se trata de qualquer espécie normativa (lei em
sentido amplo), mas tão somente lei em sentido estrito (lei ordinária ou lei
complementar).
-ESCRITA;
CUIDADO: Apesar dos costumes não poderem criar crimes ou cominar penas, o mesmo possui
aplicação no direito penal, servindo para auxiliar na interpretação das normas penais.
- LEI CERTA;
EX: Cesar Roberto Bitencourt defende que o art. 288-A do CP viola o principio da taxatividade.
Note:
- LEI NECESSÁRIA;
- PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE;
“NÃO HÁ CRIME SEM LEI ANTERIOR QUE O DEFINA, NEM PENA SEM PRÉVIA
COMINAÇÃO LEGAL”.
OBS: Trata-sede proibição da retroatividade maléfica da lei penal, pois a
retroatividade benéfica é direito fundamental do cidadão.
Segundo o referido principio, em regra, a lei penal somente poderá ser aplicada
em face daqueles que praticaram a conduta delitiva após a vigência da norma
regulamentadora, ou seja, não poderá a lei ser aplicada aos fatos ocorridos
antes de sua existência (vigência).
OBS: Nesse caso, sendo respeitados os direitos e garantias do cidadão, a lei será VÁLIDA.
CERTO
ERRADO
FUMARC – DELEGADO DE POLICIA MG – 2018
CERTO
ERRADO
GABARITO: 1 B – 2 E – 3 C
EXTRAPENAL.
Se a LEI penal é complementada por outra LEI PENAL, será denominada de
NORMA PENAL EM BRANCO HOMOGÊNEA HOMÓLOGA (HOMOVITELINA).
EX: Peculato (art. 312 do CP) – A expressão “funcionário público” é esclarecida
(complementada) pelo art. 327 do CP (LEI PENAL COMPLEMENTADORA).
Nesse caso, a
LEI PENAL é complementada por outra norma que também
depende de complementação por norma distinta.
LEI PENAL --- COMPLEMENTADA---- OUTRA NORMA ----- COMPLEMENTADA---- POR OUTRA
NORMA.
- NORMA PENAL EM BRANCO AO REVÉS (NORMA PENAL EM BRANCO AO
AVESSO);
Será punido:
A norma penal em branco própria recebe tal denominação por seu complemento
ser extraído de norma de igual status, por exemplo, outra Lei Federal, tal qual a
editada para criar o tipo incriminador.
CERTO
ERRADO
CERTO
ERRADO
CERTO
ERRADO
MPE – PROMOTOR DE JUSTIÇA
CERTO
ERRADO
GABARITO: 1 E – 2 E – 3 E – 4 E
- PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA;
OBS: O STJ firmou entendimento de que, nos crimes contra o patrimônio, para
efeitos de aplicação do principio da insignificância, o valor da lesão patrimonial
causada não poderá ultrapassar 10% do salário mínimo.
OBS: Note que, quem determina o referido valor, diga-se, R$20.000,00 (vinte mil)
reais, para efeitos de aplicação do princípio da insignificância diante do delito de
descaminho é o STF, sendo o mesmo valor adotado pelo STJ atualmente, situação
esta que não ocorria a tempos atrás, uma vez que o STJ fixava como valor máximo
para aplicação do referido principio ao delito descaminho, o montante de
R$10.000,00 dez mil) reais.
QUESTÕES DE CONCURSO
CERTO
ERRADO
CERTO
ERRADO
CERTO
ERRADO
GABARITO: 1 D – 2 CERTO - 3 CERTO - 4 CERTO
Art. 2º - Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa de
considerar crime, cessando em virtude dela a execução e os efeitos penais da
sentença condenatória.
- CRIME DE DANO;
Nesse caso, diferentemente do que ocorre nos crimes de dano, basta que ocorra o
RISCO de lesão ao bem jurídico tutelado, não sendo necessária a
efetiva lesão em face do mesmo.
Note:
Art. 309. Dirigir veículo automotor, em via pública, sem a devida Permissão
para Dirigir ou Habilitação ou, ainda, se cassado o direito de dirigir, gerando
perigo de dano:
b) perda de bens;
c) multa;
- PRINCÍPIO DA CULPABILIDADE;
CERTO
ERRADO
ERRADO
A fim de garantir o sustento de sua família, Pedro adquiriu 500 CDs e DVDs piratas
para posteriormente revendê-los. Certo dia, enquanto expunha os produtos para
venda em determinada praça pública de uma cidade brasileira, Pedro foi
surpreendido por policiais, que apreenderam a mercadoria e o conduziram
coercitivamente até a delegacia.
CERTO
ERRADO
CERTO
ERRADO
CESPE – JUIZ DE DIREITO – 2018
CERTO
ERRADO
GABARITO: 1 D – 2 E – 3 E – 4 E – 5 E – 6 E
“Toda pessoa acusada de delito tem direito a que se presuma sua inocência
enquanto não se comprove legalmente sua culpa. Durante o processo, toda pessoa
tem direito, em plena igualdade, às seguintes garantias mínimas”:
se refere ao termo “presunção de
OBS: Note que o diploma internacional
inocência”, tratando-se assim do principio da presunção de inocência.
OBS: Assim, para essa corrente doutrinária, uma coisa é a presunção de inocência,
outra, é a presunção de não culpa, uma vez que, a impossibilidade de considerar
o agente culpado antes do trânsito em julgado de sentença condenatória não faz
com que o sujeito seja considerado inocente.
- PRINCÍPIO DA ALTERIDADE;
QUESTÕES DE CONCURSO
CERTO
ERRADO
A Constituição Federal de 1988, em seu Artigo 5º, inciso LVII, assim dispõe:
“ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal
condenatória”. Em relação ao referido princípio e direito constitucional, analise as
seguintes assertivas:
CERTO
ERRADO
FUNDATEC – ANALISTA TÉCNICO – 2018
CERTO
ERRADO
CERTO
ERRADO
CERTO
ERRADO
GABARITO: 1 E – 2 C – 3 C – 4 E – 5 C – 6 C
• EFICÁCIA DA LEI PENAL NO TEMPO;
- TEORIA DA ATIVIDADE;
os requisitos (elementos) do
CUIDADO: Em decorrência da adoção da referida teoria,
crime, diga-se, FATO TÍPICO, ILICITUDE e CULPABILIDADE, devem ser
analisados no momento da conduta e não no momento do resultado
(princípio da congruência, coincidência ou simultaneidade).
EX: Se “A”, jovem de 17 (dezessete) anos de idade, atira em “B” para matá-lo, porém a vítima
morre dias após, momento este em que “A” já havia completado 18 (dezoito) anos, deverá o
sujeito ativo responder pelo homicídio no âmbito do Estatuto da Criança e do Adolescente (ato
infracional), uma vez que no momento da conduta o agente era menor de idade (inimputável),
independentemente do momento do resultado, ou seja, pouco importando se na data do
resultado (morte) o jovem já havia completado 18 anos de idade (imputável).
em regra, leva-se em
ATENÇÃO: Além disso, em decorrência da teoria da atividade,
consideração o momento da conduta (ação ou omissão) para fixar a
lei vigente ao caso concreto, salvo se lei posterior for benéfica ao réu
(retroatividade da lei penal benéfica).
EX: “A” atira em “B” para matá-lo. No momento da ação restava em vigor a Lei “X”, porém “B”
somente veio a óbito dias após o fato, momento este em que a Lei “X” já havia sido revogada
pela Lei “Y”. Nessa situação, em decorrência do principio da atividade, leva-se em conta a lei
que estava em vigor no momento da ação (Lei “X”), e não a lei em vigor no momento do
resultado morte (Lei “Y”), salvo se esta for benéfica ao réu, situação em que ocorrerá o
fenômeno da retroatividade da lei penal benéfica.
- TEORIA DO RESULTADO;
- UBIQUIDADE (MISTA);
aplica-se, em
Como decorrência do princípio da legalidade (reserva legal e anterioridade),
regra, a lei penal vigente ao tempo da realização do fato criminoso
(“tempus regit actum”).
Como já dissemos, a
extra-atividade da lei penal consiste na possibilidade da
lei penal se movimentar no tempo, seja quando a mesma é aplicada para
fatos que ocorreram antes da sua existência (retroatividade), seja quando,
mesmo estando revogada, é aplicada a fatos que ocorreram durante sua
vigência (ultratividade).
EX: LEI “A” -----REVOGADA ------ LEI “B” (norma + benéfica ao réu)
Sendo a conduta de “A” praticada no momento em que vigorava a Lei “A”, porém,
posteriormente entra em vigor a Lei “B” (mais benéfica ao réu), vindo a revogando a Lei “A”,
deverá a Lei “B” ser aplicada ao caso concreto, uma vez que, mesmo não existindo (vigente) na
época dos fatos, é mais benéfica ao agente, ocorrendo o fenômeno da retroatividade da lei
penal benéfica.
- ULTRATIVIDADE;
Nesse caso, a Lei “A”, mesmo se encontrando revogada pela Lei “B”, é aplicada aos fatos
durante sua vigência, uma vez que a lei nova (Lei “B”) é prejudicial ao réu.
EX: LEI A ------ REVOGADA -------- LEI B (norma prejudicial ao réu)
Sendo a conduta realizada durante a vigência da Lei “A”, porém esta se encontra revogada no
momento da aplicação da lei penal, uma vez que no momento vigora a Lei “B”, que é prejudicial
ao agente. Nessa situação hipotética, deverá ser aplicada ao caso concreto a Lei “A”, uma vez
que a Lei “B” não poderá retroagir (ser aplicada ao fato que ocorreu antes de sua vigência), já
que a mesma é prejudicial ao réu.
CONTINUA ...
QUESTÕES DE CONCURSO
CERTO
ERRADO
INSTITUTO ACESSO – DELEGADO DE POLÍCIA – 2019
A lei penal possui ultra-atividade, nos casos em que, mesmo após sua revogação
por lei mais gravosa, continua sendo válida em relação aos efeitos penais mais
brandos da lei que era vigente no momento da prática delitiva.
CERTO
ERRADO
GABARITO: 1 B – 2 E – 3 C
Trata-se de lei
nova que criminaliza (tipifica) conduta anteriormente não
criminalizada (atípica).
Note:
aplica-se o princípio da
ATENÇÃO: Diante da sucessão de lei incriminadora,
legalidade, que no caso concreto, faz com que ocorra o fenômeno da
IRRETROATIVIDADE da lei penal.
Observe:
Art. 1º - Não há crime sem lei anterior que o defina. Não há pena sem prévia
cominação legal.
EX:
COLA ELETRÔNICA era FATO ATÍPICO (não COLA ELETRÔNICA configura o delito do art.
configurava crime), conforme entendia o STF 311-A do Código Penal:
e o STJ.
Note:
I - concurso público;
II - avaliação ou exame públicos;
O estelionato contra idoso configurava o art. O estelionato contra idoso configura o art.
171 do Código Penal (modalidade simples de 171 do Código Penal, aplicando a pena em
estelionato). dobro (causa de aumento de pena), nos
termos do § 4o.
Note:
Note:
o
Art. 171 - Obter, para si ou para outrem, § 4 Aplica-se a pena em dobro se o
vantagem ilícita, em prejuízo alheio, induzindo crime for cometido contra idoso.
ou mantendo alguém em erro, mediante
artifício, ardil, ou qualquer outro meio
fraudulento:
Pena - reclusão, de um a cinco
anos, e multa, de quinhentos mil réis a
dez contos de réis.
Art. 71 - Quando o agente, mediante mais de uma ação ou omissão, pratica dois ou
mais crimes da mesma espécie e, pelas condições de tempo, lugar, maneira de
execução e outras semelhantes, devem os subsequentes ser havidos como
continuação do primeiro, aplica-se-lhe a pena de um só dos crimes, se idênticas, ou
a mais grave, se diversas, aumentada, em qualquer caso, de um sexto a dois terços.
Diante disso, imagine a seguinte situação:
“A” praticou 6 (seis) estelionatos contra idoso. Porém, em decorrência das condições de lugar,
tempo e modo de execução, foi reconhecido pelo magistrado a continuidade delitiva (crime
continuado), devendo assim o agente responder POR UM ÚNICO estelionato com causa de
aumento de pena.
Diante da “abolitio criminis”, aplica-se ao caso concreto o teor do art. 2º, caput do
CP. Note:
Art. 2º - Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa de considerar
crime, cessando em virtude dela a execução e os efeitos penais da sentença
condenatória.
EX:
LEI N. 11.106-05
EX:
LEI N. 13.654-18
QUESTÕES DE CONCURSO
Em determinada data, Jorge e Antônio descobrem que entrou em vigor nova lei
penal reduzindo a sanção penal em abstrato prevista para o delito imputado a
ambos, inclusive sendo a pena máxima atual inferior àquela aplicada na sentença
de Jorge.
Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa de considerar crime,
cessando em virtude dela os efeitos penais da sentença condenatória, salvo se já
transitada em julgado.
CERTO
ERRADO
A novatio legis incriminadora, como norma irretroativa, é a lei que não existia no
momento da prática da conduta e que passa a considerar como delito a ação ou
omissão realizada.
CERTO
ERRADO
FUNDEP – PROCURADOR – 2019
CERTO
ERRADO
CERTO
ERRADO
GABARITO: 1 D – 2 E – 3 C – 4 C – 5 E
- 5º SITUAÇÃO – PRINCÍPIO DA CONTINUIDADE NORMATIVO-TÍPICA;
lei posterior que revoga apenas o aspecto formal do tipo
Trata-se de
penal, sendo a conduta migrada para outro tipo penal existente
(aspecto material), passando assim a integrar o referido tipo.
Nesse caso, diferentemente da “abolitio criminis”, a intenção do legislador não é
descriminalizar a conduta (conduta deixar de ser crime), mas tão somente fazer
com que a mesma passe a compor outro tipo penal.
Note:
Assim, não
confunda “abolitio criminis” com o princípio da continuidade
normativo-típica. Note as diferenças:
“ABOLITIO CRIMINIS” CONTINUIDADE NORMATIVO-TÍPICA
A CONDUTA NÃO SERÁ MAIS PUNIDA, POIS O A CONDUTA PERMANECE PUNÍVEL, HAVENDO
FATO DEIXAR SER PUNÍVEL (CAUSA EXTINTIVA APENAS A MIGRAÇÃO (TRANSFERÊNCIA) DE
DE PUNIBILIDADE). SEU CONTEÚDO PARA OUTRO TIPO PENAL.
LEI Nº 12.015-09
- AUTORREVOGABILIDADE;
- ULTRATIVIDADE MALÉFICA;
Trata-se de leis ultrativas, ou seja, alcançam (são aplicadas) aos fatos praticados
no período de sua vigência, ainda que já se encontrem revogadas.
ATENÇÃO: Trata-se de hipótese excepcional de ultratividade maléfica.
EX:
Desta forma, em
decorrência da norma penal prevista no art. 3º do Código
Penal, aquele que praticou o fato previsto na Lei da Copa (lei
temporária), durante sua vigência, responderá pelo referido delito,
MESMO QUE A APLICACAO DA LEI OCORRA APÓS O ENCERRAMENTO
DE SUA VIGÊNCIA.
OBS: A doutrina observa que, por serem de curta duração, se não tivessem a característica da
ultratividade maléfica, perderiam sua força intimidativa.
CERTO
ERRADO
CERTO
ERRADO
Nas disposições penais da Lei Geral da Copa, foi estabelecido que os tipos penais
previstos nessa legislação tivessem vigência até o dia 31 de dezembro de 2014.
A) excepcional.
B) temporária.
C) corretiva.
D) intermediária.
CERTO
ERRADO
CERTO
ERRADO
ERRADO
GABARITO: 1 E – 2 C – 3 B – 4 C – 5 C – 6 C
Trata-se da lei penal em branco que é complementada por outra LEI (penal ou
extrapenal).
Note:
ocorrerá a
Nesse caso, por tratar-se de norma penal em branco homogênea,
retroatividade da norma complementadora se esta for benéfica ao
réu.
EX:
COMPLEMENTADORA
(BENÉFICA AO RÉU)
RETROATIVIDADE DA NORMA
COMPLEMENTADORA BENÉFICA
Assim, se “A” se casa, sabendo impedido pelo motivo “X” previsto no Código Civil (Lei
complementadora da Lei penal em branco prevista no art. 237 do CP). Ocorre que meses
depois, o motivo “X” deixa de ser considerado como impedimento para casamento, uma vez
Nesse caso, ocorrerá a retroatividade
que o Código Civil foi alterado pela Lei “Y”.
da norma complementadora posterior aos fatos, já que, tratando-se de
norma penal em branco homogênea, aplica-se a retroatividade de
norma complementadora se benéfica ao réu.
ALTERAÇÃO DA PORTARIA
RETROATIVIDADE DA NOVA
NORMA COMPLEMENTADORA,
(EXCEPCIONALIDADE).
EX: “A” é preso vendendo a substância “X”, definida na portaria “1” como substância
entorpecente. Meses após a conduta, a portaria “1” é alterada pela portaria “2”, sendo que
Nesse caso,
esta retira a substancia “X” do rol de substancias classificadas como drogas.
ocorrerá a retroatividade da nova norma complementadora (portaria
“2”), uma vez que é benéfica ao réu e NÃO POSSUI CARÁTER DE
EXCEPCIONALIDADE.
havendo alteração da norma complementadora da
CUIDADO: Por outro lado,
lei penal em branco heterogênea, porém possuindo esta caráter de
excepcionalidade (visa atender determinada situação emergencial),
mesmo que beneficie o réu, não ocorrerá a
retroatividade da mesma.
EX:
(R$20,00)
PORTARIA ALTERADA
EMERGENCIAL – HIPERINFLAÇÃO)
(R$ 30,00)
IRRETROATIVIDADE DA NORMA
COMPLEMENTADORA BENÉFICA
(CARÁTER EXCEPCIONAL)
EX: “A” vendeu carne pelo valor de R$ 25,00 reais. Na data do fato, estava em vigor a portaria
“1”, estabelecendo preço máximo para venda do referido produto em R$ 20,00 reais. Ocorre
que, meses depois, a referida portaria é alterada pela portaria “2”, alterando o valor para R$
Nesse caso, apesar de benéfica ao réu, não poderá a nova lei
30,00 reais.
complementadora ser aplicada ao réu, uma vez que se trata de norma
penal complementadora de norma penal em branco heterogênea, com
caráter de excepcionalidade.
OUTUBRO - 2001
Note:
QUESTÕES DE CONCURSO
CESPE – PROMOTOR DE JUSTIÇA – 2018
CERTO
ERRADO
De acordo com o CP, com relação à sucessão das leis penais no tempo, não se
aplicam as regras gerais da irretroatividade da lei mais severa, tampouco a
retroatividade da norma mais benigna, bem como não se aplica o preceito da
ultra-atividade à situação caracterizada pela chamada lei penal em branco.
CERTO
ERRADO
CERTO
ERRADO
GABARITO: 1 C – 2 E – 3 E
• EFICÁCIA DA LEI PENAL NO ESPAÇO;
- INTRODUÇÃO;
- TERRITORIALIDADE;
Previsto no art. 5 º do Código Penal como regra, ocorrerá quando o crime é praticado no
território nacional sendo a este aplicado a lei brasileira.
- EXTRATERRITORIALIDADE;
- INTRATERRITORIALIDADE;
EM SUMA:
- Tratando-se de AERONAVES OU EMBARCAÇÕES BRASILEIRAS
DE NATUREZA PÚBLICA OU A SERVIÇO DO GOVERNO
BRASILEIRO, quer se encontre em território nacional ou
estrangeiro, SAÕ CONSIDERADAS PARTE DO TERRITÓRIO
NACIONAL (território por ficção ou equiparação).
QUESTÕES DE CONCURSO
CERTO
ERRADO
ERRADO
CERTO
ERRADO
Em nenhuma situação, a lei brasileira pode ser aplicada aos crimes praticados a
bordo de aeronaves ou embarcações estrangeiras de propriedade privada.
CERTO
ERRADO
GABARITO: 1 E – 2 E – 3 B – 4 C – 5 E
Considera-se praticado o crime no lugar onde ocorreu ou onde deveria ocorrer o resultado.
- TEORIA DA UBIQUIDADE (MISTA);
Considera-se praticado o crime no lugar onde ocorreu a conduta, bem como onde ocorreu ou
deveria ocorrer o resultado.
planejamento ou a preparação do
CUIDADO: Se no Brasil ocorrer somente o
crime, o fato, em regra, não será punível, salvo quando a preparação,
por si só, caracterizar delito, a exemplo do crime de associação
criminosa.
- CRIME À DISTÂNCIA;
- CRIME EM TRÂNSITO;
- CRIME PLURILOCAL;
CERTO
ERRADO
FCC – PROCURADOR – 2019
GABARITO: 1 C – 2 C – 3 B
OBS: Nesse caso, aplica-se o principio da defesa (real), uma vez que a aplicação da lei
penal brasileira decorre da nacionalidade do bem jurídico lesado, qual seja, a vida ou
liberdade do Presidente da República.
OBS: Nesse caso, aplica-se o principio da defesa (real), uma vez que a aplicação da lei
penal brasileira decorre da nacionalidade do bem jurídico lesado, qual seja, a administração
pública brasileira.
- EXTRATERRITORIALIDADE CONDICIONADA;
II - os crimes:
Nesse caso, aplica-se o principio da nacionalidade ativa, uma vez que a aplicação da
lei brasileira, se preenchidos os requisitos legais, decorre do fato de possuir o agente (sujeito
ativo), nacionalidade brasileira.
§ 2º - Nos casos do inciso II, a aplicação da lei brasileira depende do concurso das
seguintes condições:
OBS: Entrar não significa permanecer. Assim, adentrando o agente no território nacional,
mesmo que logo depois vise sair, restará preenchida a condição em análise.
o termo “TERRITÓRIO
ATENÇÃO: Prevalece na doutrina o entendimento de que
NACIONAL” engloba não somente o espaço geográfico, mas também o
espaço jurídico (território por ficção ou equiparação).
Assim, a titulo de exemplo, se o agente entrar em embarcação ou aeronave brasileira de
natureza pública ou a serviço do governo brasileiro (hipótese de extensão do território
nacional), aonde quer que se encontre, restará cumprida a condição em estudo.
c) estar o crime incluído entre aqueles pelos quais a lei brasileira autoriza a
extradição;
ATENÇÃO: O requisito em estudo não exige que ocorra a efetiva extradição, até porque,
tratando-se de brasileiro nato, não seria a mesma possível, tratando-se de mera análise
abstrata.
QUESTÕES DE CONCURSO
Assinale:
CERTO
ERRADO
Crime cometido no estrangeiro, praticado por brasileiro, fica sujeito à lei brasileira
independentemente da satisfação de qualquer condição.
CERTO
ERRADO
VUNESP – DELEGADO DE POLICIA – PCCE
Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro, mas desde que
presentes algumas condições (entrar o agente no território nacional; ser o fato
punível também no país em que foi praticado; estar o crime incluído entre
aqueles pelos quais a lei brasileira autoriza a extradição; não ter sido o agente
absolvido no estrangeiro ou não ter aí cumprido a pena; não ter sido o agente
perdoado no estrangeiro ou, por outro motivo, não estar extinta a punibilidade,
segundo a lei mais favorável), os crimes
GABARITO: 1 A – 2 E – 3 E – 4 D
- EXTRATERRITORIALIDADE HIPERCONDICIONADA;
Note:
Art. 88. No processo por crimes praticados fora do território brasileiro, será
competente o juízo da Capital do Estado onde houver por último residido o
acusado. Se este nunca tiver residido no Brasil, será competente o juízo da Capital
da República.
Note:
QUESTÕES DE CONCURSO
CERTO
ERRADO
FCC – AUDITOR FISCAL – 2018
CERTO
ERRADO
A) cumprirá 8 anos de prisão no Brasil, uma vez que para essa quantidade de
pena não se reconhece o cumprimento no estrangeiro.
B) não cumprirá pena alguma no Brasil caso de trate de país com o qual o
Brasil tem acordo bilateral para reconhecer cumprimento de pena.
C) não cumprirá pena alguma no Brasil, uma vez já punido no país em que o
crime foi cometido.
D) cumprirá 8 anos de prisão no Brasil, uma vez que o Brasil não reconhece
pena cumprida no estrangeiro.
E) ainda deverá cumprir 4 anos de prisão no Brasil.
Aplica-se a lei brasileira ao crime cometido por estrangeiro contra brasileiro fora
do Brasil, independentemente da satisfação de qualquer condição.
CERTO
ERRADO
GABARITO 1 E – 2 E – 3 E – 4 E
• CONTAGEM DE PRAZO;
- PRAZO PENAL;
Ex: O prazo decadencial para representação do ofendido diante dos crimes de ação penal
pública condicionada á representação do ofendido é de 6 (seis) meses, e trata-se de prazo
penal.
Assim, se “A” é vítima de lesão corporal leve praticada por “B”, levando-se em consideração
que a vítima tenha conhecimento da autoria do delito, o dia em que ocorreu a agressão já é
computada (contada) para efeitos de prazo penal, independentemente do horário em que
ocorreu a conduta delituosa.
Nesse caso, diferentemente do que ocorre com o prazo penal, excluí-se o dia do
começo e conta-se o dia do final.
OBS: A contagem do prazo processual não poderá iniciar ou finalizar em
feriados ou finais de semana, devendo assim ser prorrogado para o dia
útil subsequente, apesar de serem contados de forma contínua.
Ex: “A” foi intimado para realizar ato processual no prazo de 5 (cinco) dias, no dia 01-01-2019
(quarta feira), e, por se tratar de prazo processual, excluí-se o dia do começo, no caso, 01-01-
2019, iniciando a contagem no dia 02-01-2019 (quinta feira), e finalizando o prazo processual
no dia 06-01-2019 (sexta feira).
• LEGISLAÇÃO ESPECIAL;
Art. 12 - As regras gerais deste Código aplicam-se aos fatos incriminados por lei
especial, se esta não dispuser de modo diverso.
Assim, tratando-se de leis penais especiais, entendida esta como as leis que
serão aplicadas as
tipificam crimes que não estejam tipificados no Código Penal,
- INTERPRETAÇÃO DOUTRINÁRIA;
- INTERPRETAÇÃO TELEOLÓGICA;
Nesse caso, o
intérprete busca identificar a finalidade da norma, ou seja,
a intenção do legislador.
Ex: Art. 319-A CP (aparelho celular) X STF – CHIP (configura o delito em estudo).
- INTERPRETAÇÃO HISTÓRICA;
- INTERPRETAÇÃO SISTEMÁTICA;
OBS: Analisando o dispositivo legal em face da Constituição Federal, podemos constatar que o
mesmo viola o principio da isonomia, pois alcança tão somente a pessoa pobre.
Assim, o que era considerado como ato obsceno na década de 40 poderá não
mais ser assim classificado.
- DECLARATÓRIA;
- RESTRITIVA;
Nesse caso, a
própria lei permite ampliar o seu conteúdo, pois o legislador
apresentou uma fórmula casuística (exemplo), e por ser impossível
prever todas as situações existentes, apresentou no final uma fórmula
genérica (ampla, capaz de permitir a ampliação da norma em face das
situações semelhantes).
EX: Homicídio qualificado “mediante paga ou promessa de recompensa (fórmula casuística), ou
por outro motivo torpe (fórmula genérica)”.
Art. 181 - É isento de pena quem comete qualquer dos crimes previstos neste
título, em prejuízo:
QUESTÕES DE CONCURSO
CERTO
ERRADO
CERTO
ERRADO
CESPE – JUIZ FEDERAL
CERTO
ERRADO
CERTO
ERRADO
GABARITO: 1 C – 2 E – 3 E – 4 E
- SUJEITO ATIVO;
Entende-se por sujeito ativo aquele que, sendo capaz e maior de 18 (anos), contribui para a
prática da infração penal.
Note que os menores de idade (inimputáveis), não poderão figurar como sujeito
ativo de crime ou contravenção penal, uma vez que estes cometem ATO INFRACIONAL e não
crime ou contravenção penal.
OBS: O sujeito ativo poderá ser classificado como AUTOR, COAUTOR, ou PARTÍCIPE.
ATENÇÃO: É perfeitamente possível que uma pessoa figure como sujeito ativo de
uma infração penal através de mera omissão (crimes omissivos).
Ocorre que a
Constituição Federal estabelece 3 (três) hipóteses em que a
pessoa jurídica poderá ser responsabilizada penalmente, figurando assim
como sujeito ativo de infração penal. São elas:
- PREVISÃO CONSTITUCIONAL;
- SUJEITO PASSIVO;
CUIDADO: O Estado, mesmo que indiretamente, sempre figurará como sujeito passivo de
uma infração penal, pois sua função de promover a ordem pública e paz social é violada
(SUJEITO PASSIVO CONSTANTE OU
diante da prática de infração penal
INDIRETO), enquanto que o titular efetivo do bem jurídico lesado é
denominado de SUJEITO PASSIVO EVENTUAL OU DIRETO.
QUESTÕES DE CONCURSO
Parte da doutrina entende que, sob o aspecto formal, o Estado é sempre sujeito
passivo do crime.
CERTO
ERRADO
O conceito de sujeito ativo da infração penal abrange não só aquele que pratica a
ação principal, mas também quem colabora de alguma forma para a prática do
fato criminoso.
CERTO
ERRADO
CERTO
ERRADO
GABARITO: 1 C – 2 C – 3 E
- CRIME (DELITO);
Art 1º Considera-se crime a infração penal que a lei comina pena de reclusão ou de
detenção, quer isoladamente, quer alternativa ou cumulativamente com a pena de
multa; contravenção, a infração penal a que a lei comina, isoladamente, pena de
prisão simples ou de multa, ou ambas, alternativa ou cumulativamente.
Art. 75 - O tempo de cumprimento das penas privativas de liberdade não pode ser
superior a 30 (trinta) anos.
- CONTRAVENÇÃO PENAL;
Art 1º Considera-se crime a infração penal que a lei comina pena de reclusão ou de
detenção, quer isoladamente, quer alternativa ou cumulativamente com a pena de
multa; contravenção, a infração penal a que a lei comina, isoladamente, pena de
prisão simples ou de multa, ou ambas, alternativa ou cumulativamente.
Note o teor do art. 6º da Lei de Contravenções Penais:
Art. 6º A pena de prisão simples deve ser cumprida, sem rigor penitenciário, em
estabelecimento especial ou seção especial de prisão comum, em regime semi-
aberto ou aberto.
Art. 10. A duração da pena de prisão simples não pode, em caso algum, ser
superior a cinco anos, nem a importância das multas ultrapassar cinquenta contos.
As contravenções penais, em regra, não poderão ser processadas e
julgadas na Justiça Federal, salvo se praticada por quem possuía
foro por prerrogativa de função.
Ex: Juiz Federal.
OBS: Parte da doutrina defende a tese de que a contravenção penal de vias de fatos
deve ser processada mediante ação penal pública condicionada à
representação, uma vez que a lesão corporal (conduta semelhante e mais grave) é de ação
penal condicionada à representação do ofendido (tese não aditada pelos Tribunais
Superiores).
QUESTÕES DE CONCURSO
CERTO
ERRADO
CERTO
ERRADO
CERTO
ERRADO
CESPE – ESCRIVÃO DE POLÍCIA – PCRN
CERTO
ERRADO
GABARITO: 1 E – 2 E – 3 E – 4 C
Ocorre que a infração penal pode ser conceituada sob 3 (três) enfoques diferentes.
Note:
crime é composto
ATENÇÃO: Segundo a doutrina majoritária, sob o enfoque analítico,
por 3 (três) substratos (elementos), quais sejam, FATO TÍPICO,
ILICITUDE (ou ANTIJURIDICIDADE) e CULPABILIDADE. (TEORIA TRIPARTITE
ou TRIPARTIDA).
Assim, presentes os três substratos (elementos), o direito de punir do Estado (jus puniendi),
Desta forma, a punibilidade não é elemento do
se concretiza (PUNIBILIDADE).
crime, mas sim sua consequência jurídica.
Note:
ATENÇÃO: Nesse momento iremos estudar cada elemento (substrato) do crime.
Primeiramente iremos conceituar cada substrato do delito, e
posteriormente analisar de forma aprofundada cada elemento que os
compõem.
• FATO TÍPICO;
o fato humano, indesejado, consistente numa
Entende-se por fato típico
conduta causadora (nexo causal), de um resultado com ajuste formal
e material a um tipo penal.
Assim, são requisitos (elementos) do fato típico:
- CONDUTA;
- RESULTADO;
- NEXO CAUSAL;
• ILICITUDE (ANTIJURIDICIDADE);
contrariedade da conduta típica (fato
Entende-se por ilicitude (antijuridicidade) a
típico) com o ordenamento jurídico.
São elas:
- estado de necessidade;
- legítima defesa;
Essas excludentes apesar de não estarem amparadas no ordenamento jurídico, encontram seu
fundamento nos costumes, analogia e nos princípios gerais do direito.
• CULPABILIDADE;
Trata-se dojuízo de reprovação pessoal que se realiza sobre a conduta
típica e ilícita praticada pelo agente.
Assim, não basta que a ação seja típica e ilícita, é necessário que também haja
uma reprovabilidade em relação aquele comportamento.
- IMPUTABILIDADE;
CERTO
ERRADO
São elementos que integram o fato típico: a conduta humana, o resultado, o nexo
causal e a ilicitude.
CERTO
ERRADO
PUC-PR – AUDITOR – 2018
CERTO
ERRADO
GABARITO: 1 E – 2 C – 3 E – 4 E
Nesse momento iremos estudar de forma aprofundada cada um dos elementos (substratos) do
crime.
- CONDUTA;
- RESULTADO;
- NEXO CAUSAL;
Nesse momento iremos analisar a CONDUTA, ou seja, primeiro requisito do fato típico.
ATENÇÃO: Acerca da conduta, iremos abordar os seguintes temas:
- Teorias da Conduta;
- Características da Conduta;
- TEORIAS DA CONDUTA;
- TEORIA CAUSALISTA;
Para essa teoria, conduta é o movimento corporal voluntário que causa uma
modificação do mundo exterior.
OBS: Com base nessas críticas, a teoria causalista perdeu sua força, fazendo surgir
outras teorias acerca da conduta, dentre elas a teoria finalista.
- TEORIA FINALISTA;
Para essa teoria a conduta pode ser conceituada como o comportamento humano,
voluntário e dirigido a uma finalidade.
Assim, para o finalismo, toda conduta possui uma finalidade.
- EXTERIORIZAÇÃO DA VONTADE;
Por outro lado, entende-se por CASO FORTUITO o evento que tem origem em causa
desconhecida.
Ex: Cabo elétrico que se rompe e causa incêndio.
- INVOLUNTARIEDADE;
- Movimento Reflexo;
QUESTÕES DE CONCURSO
A teoria finalista de Hans Welzel define que a ação consiste no mero movimento
corporal capaz de alterar o mundo exterior, independentemente da intenção do
agente.
CERTO
ERRADO
A teoria causalista do delito propõe que o dolo e a culpa, por estarem situados na
conduta, tornam o injusto penal a parte subjetiva do conceito de crime.
CERTO
ERRADO
Durante uma tragédia causada pela natureza, Júlio, que caminhava pela rua, é
arrastado pela força do vento e acaba se chocando com uma terceira pessoa, que,
em razão do choque, cai de cabeça ao chão e vem a falecer.
GABARITO: 1 E – 2 E – 3 B – 4 B
- ESPÉCIES DE CONDUTA;
Desta forma, afirma a doutrina que o dolo possui dois elementos, quais
sejam:
- Elemento Volitivo;
- Elemento Intelectivo;
- TEORIAS DO DOLO;
- Teoria da Vontade;
- Teoria da Representação;
Ocorre que no dolo eventual o agente aceita o resultado (foda-se), mesmo não
tendo a intenção direta de provocá-lo (dolo direto), enquanto que na culpa
consciente o agente acredita poder evitar o resultado previsto (fudeu).
OBS: teoria da
O ordenamento jurídico brasileiro adota a
vontade para conceituar o dolo direto, e adota a
teoria do consentimento (assentimento) para
definir o dolo eventual.
Assim, o ordenamento jurídico não adotou a teoria da representação, pois essa confunde o
conceito de dolo com o conceito de culpa consciente.
- ESPÉCIES DE DOLO;
Nesse momento iremos estudar as mais diversas classificações doutrinárias acerca das espécies
de dolo.
Nesse caso, o agente, com sua conduta, não busca resultado certo e determinado.
- DOLO ALTERNATIVO;
Ocorre quando o agente prevê a pluralidade de resultados, dirigindo a sua conduta para
realizar qualquer deles.
Ex: “A” atira contra um gruo de pessoas para matar qualquer um daqueles.
- DOLO EVENTUAL;
Nesse caso o agente prevê pluralidade de resultados, dirigindo sua conduta para
realizar um deles, porém assumindo o risco de realizar o outro.
ATENÇÃO: Note que, nesse caso, a intensidade de vontade em relação aos resultados
é diferente.
Ex: “A” prevê ferir beltrano, mas prevê que sua conduta poderá gerar a morte do mesmo.
Nesse caso, dirige sua conduta visando apenas ferir a vítima, mas aceita a possibilidade de
matar.
- DOLO CUMULATIVO;
- DOLO DE DANO;
- DOLO DE PERIGO;
Ex: Crime de perigo a vida ou a saúde de outrem (art. 132 do CP). Note:
O agente atua com vontade de realizar a conduta descrita no tipo penal sem
um fim especifico.
- DOLO ESPECÍFICO;
Art. 299 - Omitir, em documento público ou particular, declaração que dele devia
constar, ou nele inserir ou fazer inserir declaração falsa ou diversa da que devia ser
escrita, com o fim de prejudicar direito, criar obrigação ou alterar a verdade sobre
fato juridicamente relevante:
- DOLO DE 1o GRAU;
Trata-se de espécie de dolo direto, porém a vontade do agente se dirige aos meios
utilizados para alcançar determinado resultado visado.
Nesse caso, há dolo de 1o grau (morte do desafeto), e dolo de 2o grau (morte dos demais
passageiros).
Ex: “A” com o intuito de jogar uma pedra na cabeça de “B”, que se
encontra em um ônibus, prevê a possibilidade de atingir o motorista no
veiculo que esta ao lado da pessoa a qual visa atingir. Mesmo prevendo
o resultado, “A” assume o risco e lança a pedra em direção de “B”,
porém, como já previsto, a mesma atinge a cabeça do motorista do
ônibus que vem a óbito.
Note que nesse caso, trata-se de dolo eventual, e não de dolo de segundo grau, uma vez que o
resultado (atingir a cabeça do motorista) não era certo e inevitável para atingir a pessoa
desejada, uma vez que era possível que “A” atingisse somente a pessoa desejada sem que para
isso fosse inevitável atingir o motorista.
Note outro exemplo:
CONTINUA ...
QUESTÕES DE CONCURSO
CERTO
ERRADO
ERRADO
Em relação ao crime doloso, o Código Penal adota a teoria da vontade para o dolo
direto e a teoria do assentimento para o dolo eventual.
CERTO
ERRADO
GABARITO: 1 E – 2 C – 3 D – 4 C
CONTINUAÇÃO ...
- DOLO ANTECEDENTE;
- DOLO CONCOMITANTE;
- DOLO SUBSEQUENTE;
- DOLO DE PROPÓSITO;
OBS: O dolo de ímpeto está presente nas denominadas “ações de curto circuito”,
entendida esta como o movimento relâmpago e provocado pela
excitação, logo, acompanhado de vontade, razão pela qual também é
conhecida por crime explosivo, de ímpeto ou de vontade instantânea,
já que não ocorre qualquer planejamento.
- DOLO ABANDONADO;
desistência voluntária e
Verifica-se o dolo abandonado nas situações de
arrependimento eficaz, em que o agente, afastando-se de seu
propósito inicial (intenção), desiste de prosseguir na execução de
determinado delito ou atua para impedir que o resultado se concretize.
OBS: Os institutos da desistência voluntária e arrependimento eficaz serão estudados na fase
da tipicidade (elemento do fato típico).
- CULPA (CONDUTA CULPOSA);
Os crimes culposos possuem previsão legal no art. 18 do Código Penal. Note:
Parágrafo único - Salvo os casos expressos em lei, ninguém pode ser punido por
fato previsto como crime, senão quando o pratica dolosamente.
- TIPICIDADE.
Nesse momento iremos estudar cada um dos elementos do crime culposo. Note:
- CONDUTA HUMANA VOLUNTÁRIA;
DOLO CULPA
CONDUTA VOLUNTÁRIA CONDUTA VOLUNTÁRIA
+ +
RESULTADO VOLUNTÁRIO RESULTADO INVOLUNTÁRIO
Assim, nos
crimes culposos, o agente busca um resultado (lícito), porém
acaba por produzir um resultado (ilícito), causado por sua
imprudência, negligência ou imperícia.
O agente na culpa viola seu dever de diligência (cuidado), regra básica para o convívio social.
Desta forma, o comportamento do agente não atende o que era esperado pela lei e pela
sociedade.
deve-se
ATENÇÃO: Visando verificar se houve violação do dever objetivo de cuidado,
analisar o cuidado que seria empregado pelo homem médio (pessoa
com inteligência mediana).
- IMPRUDÊNCIA;
- IMPERÍCIA;
CONTINUA ...
QUESTÕES DE CONCURSO
CERTO
ERRADO
CERTO
ERRADO
AOCP – ESCRIVÃO DE POLICIA – PCES – 2019
CERTO
ERRADO
GABARITO: 1 C – 2 C – 3 D – 4 E – 5 B
- RESULTADO NATURALÍSTICO INVOLUNTÁRIO;
Ex: Prescrição culposa de droga sem que dela necessite o paciente (art. 38 da Lei de Drogas).
- TIPICIDADE;
Art. 18. Parágrafo único - Salvo os casos expressos em lei, ninguém pode ser
punido por fato previsto como crime, senão quando o pratica dolosamente.
OBS: Assim, no
silêncio, o tipo penal somente será punido a titulo de dolo,
uma vez que somente haverá crime culposo se expressamente previsto
em lei (principio da excepcionalidade do crime culposo).
Ex: Lesão corporal culposa.
- ESPÉCIES DE CULPA;
- CULPA CONSCIENTE (COM PREVISÃO);
OBS: Aculpa própria é gênero dos quais são espécies a culpa consciente
e a culpa inconsciente.
Note a estrutura da culpa própria:
Ex: “A” sabendo que “B” gostaria de matá-lo se depara com o mesmo em uma rua
escura. Ao verificar que “B” coloca suas mãos na cintura, imagina que o mesmo
sacará uma arma de fogo, e diante do fato, saca sua arma e mata seu desafeto.
Ocorre que ao verificar a vitima, constata que “B” não estava armado.
Note o que dispõe o art. 20, § 1º, 2 º parte do CP:
§ 1º - É isento de pena quem, por erro plenamente justificado pelas circunstâncias,
supõe situação de fato que, se existisse, tornaria a ação legítima. Não há isenção
de pena quando o erro deriva de culpa e o fato é punível como crime
culposo
Desta forma, a culpa imprópria possui estrutura de crime doloso (conduta voluntária e
resultado voluntário), porém por vontade do legislador (razões de política
criminal), deverá o agente responder pela modalidade culposa do delito
praticado, se esta estabelecer modalidade culposa.
Note a estrutura da culpa imprópria:
- EXCLUSÃO DA CULPA;
- CASO FORTUITO E FORÇA MAIOR;
- RISCO TOLERADO;
RESUMO ...
CONSCIÊNCIA VONTADE
C) prevê o resultado, mas espera, sinceramente, que possa evitá-lo, pelo emprego
de habilidades.
CERTO
ERRADO
CERTO
ERRADO
GABARITO: 1 C – 2 C – 3 C – 4 E
Art. 19 - Pelo resultado que agrava especialmente a pena, só responde o agente que
o houver causado ao menos culposamente.
- TIPICIDADE.
QUESTÕES DE CONCURSO
CERTO
ERRADO
FUNCAB – ESCRIVÃO DE POLÍCIA – PCRO
CERTO
ERRADO
CERTO
ERRADO
CERTO
ERRADO
ERRADO
GABARITO: 1 E – 2 C – 3 E – 4 C – 5 C
- ERRO DE TIPO;
Trata-se da falsa
percepção da realidade, ou seja a ignorância ou erro que
recai sobre as elementares, circunstâncias ou qualquer dado
pertencente ao tipo penal.
EX: “A” se apodera de material na rua, imaginando tratar-se de coisa abandonada
(sem dono), porém, na verdade, o material pertence a “B”, que reformava sua
residência.
Note que no exemplo acima “A” não sabia que subtraia coisa alheia móvel (crime de furto),
incorrendo assim em erro (falsa percepção da realidade), que no caso concreto recaiu sobre a
elementar “coisa alheia”.
O agente não sabe o que faz, pois o erro O agente sabe o que faz, mas ignora
recai sobre o fato (acontecimento). ser proibida a sua conduta.
Ex: Fulano sai de uma festa com Ex: “A” que ao achar um objeto se
guarda-chuva pensando que é o seu, apodera do mesmo, acreditando ser
mas logo percebe que tratava-se de sua conduta lícita, porém a mesma
guarda-chuva alheio. configura crime (apropriação de coisa
achada).
Trata-se do erro de tipo (falsa percepção da realidade) que recai sobre dados essenciais
(elementares) do tipo penal.
O erro de tipo essencial se divide em:
Trata-se do erro de tipo que não recai sobre os dados essenciais (principais) do
tipo penal, mas sim sobre os dados secundários (periféricos) do tipo.
No erro de tipo essencial, o erro recai sobre os dados principais (essenciais) do tipo
penal.
O erro de tipo essencial está previsto no art. 20 “caput” do Código Penal. Observe:
Art. 20 - O erro sobre elemento constitutivo do tipo legal de crime exclui o dolo,
mas permite a punição por crime culposo, se previsto em lei.
o agente ignora ou erra sobre
Desta forma, tratando-se de erro de tipo essencial,
elemento constitutivo do tipo penal (elementar do tipo).
Ex: Caçador que atira contra um arbusto pensando que lá se esconde um veado.
Ao se aproximar, percebe que matou alguém (pessoa).
OBS: Note que no exemplo acima o atirador ignorava a elementar do tipo de homicídio
“alguém” (pessoa), achando na verdade (erro) que atirava em um veado (animal).
Constatado o erro de tipo essencial evitável, entendido este como aquele em que
se o agente tivesse sido mais cauteloso não incorreria em erro, ocorrerá a
exclusão do dolo (uma vez que não há consciência do mesmo durante a
conduta), porém, por ser evitável, permite a punição do agente a
título de culpa (uma vez que há previsibilidade do resultado), se previsto em
lei modalidade culposa para o tipo penal praticado.
Trata-se do erro
de tipo que recai sobre os dados secundários (periféricos)
do tipo penal, ou seja, não essenciais para sua configuração.
ATENÇÃO: Note que o erro não é essencial, uma vez que sendo o relógio de ouro ou
não, restará configurado o mesmo tipo penal, qual seja o de furto (coisa alheia móvel).
§ 3º - O erro quanto à pessoa contra a qual o crime é praticado não isenta de pena.
Não se consideram, neste caso, as condições ou qualidades da vítima, senão as da
pessoa contra quem o agente queria praticar o crime.
CONTINUA ...
QUESTÕES DE CONCURSO
CERTO
ERRADO
CERTO
ERRADO
Ao final das comemorações da noite de Natal com sua família, Paulo, quando
deixava o local, acabou por levar consigo o presente do seu primo Caio,
acreditando ser o seu, tendo em vista que as caixas dos presentes eram idênticas.
Após perceber o sumiço do seu presente e acreditando ter sido vítima de crime
patrimonial, Caio compareceu à Delegacia para registrar o ocorrido, ocasião em
que foram ouvidas testemunhas presenciais, que afirmaram ter visto Paulo sair
com aquele objeto. Paulo, ao tomar conhecimento da investigação, compareceu
em sede policial e indicou onde o objeto estava, sendo o bem apreendido no dia
seguinte em sua residência. Preocupado com sua situação jurídica, Paulo
procurou a Defensoria Pública.
GABARITO: 1 E – 2 E – 3 D
- ERRO DE TIPO ACIDENTAL NA EXECUÇÃO (“ABERRATIO ICTUS”);
O erro de tipo na execução (“aberratio ictus”) está previsto no art. 73 do Código Penal.
Observe:
Art. 73 - Quando, por acidente ou erro no uso dos meios de execução, o agente, ao
invés de atingir a pessoa que pretendia ofender, atinge pessoa diversa, responde
como se tivesse praticado o crime contra aquela, atendendo-se ao disposto no § 3º
do art. 20 deste Código. No caso de ser também atingida a pessoa que o agente
pretendia ofender, aplica-se a regra do art. 70 deste Código
Nesse caso, o agente atinge tanto a pessoa pretendida como pessoa diversa (não
desejada).
deverá o agente responder por ambos os resultados,
OBS: Nesta situação,
aplicando-se ao caso as regras do concurso formal previstas no art. 70
do CP.
Imagine a seguinte situação:
- 1º SITUAÇÃO;
- 2º SITUAÇÃO;
- 3º SITUAÇÃO;
EX: “A” instala uma bomba no carro de “B” visando matá-lo ao ligar o carro.
Porém, naquele dia, quem liga o veículo é “C”, que acaba morrendo.
Quando, por erro no uso dos meios de execução, o agente, ao invés de atingir a
pessoa que pretendia ofender, atinge pessoa diversa, responde como se tivesse
praticado o crime contra aquela, levando-se em consideração as qualidades da
vítima que almejava. No caso de ser também atingida a pessoa que o agente
pretendia ofender, aplica-se a regra do concurso formal.
CERTO
ERRADO
CERTO
ERRADO
Flavio, pretendendo matar seu pai Leonel, de 59 anos, realiza disparos de arma de
fogo contra homem que estava na varanda da residência do genitor, causando a
morte deste. Flavio, então, deixa o local satisfeito, por acreditar ter concluído seu
intento delitivo, mas vem a descobrir que matara um amigo de seu pai, Vitor, de
70 anos, que, de costas, era com ele parecido.
A Flávio poderá ser imputada a prática do crime de homicídio doloso, com erro:
A) sobre a pessoa, considerando a agravante de crime contra ascendente, mas
não a causa de aumento em razão da idade da vítima;
GABARITO: 1 C – 2 C – 3 A
Art. 74 - Fora dos casos do artigo anterior, quando, por acidente ou erro na
execução do crime, sobrevém resultado diverso do pretendido, o agente responde
por culpa, se o fato é previsto como crime culposo; se ocorre também o resultado
pretendido, aplica-se a regra do art. 70 deste Código.
não deixa de ser espécie de erro na
ATENÇÃO: A “aberratio criminis”
execução, porém trata-se de erro na execução que atinge bens jurídicos
distintos (pessoa x coisa).
Assim, entende-se por erro acidental sobre o resultado diverso do pretendido
quando o agente, por acidente ou erro no uso dos meios de execução atinge
bem jurídico distinto daquele que pretendia atingir.
Ex: “A” deseja danificar o carro de “B”. Para tanto, atira uma pedra contra o veículo (coisa), mas
acaba por atingir o motorista (pessoa), que vem a falecer.
Note que no exemplo acima, se aplicada a regra do art. 74 do CP o fato ficaria impune,
uma vez que, se respondesse pelo resultado produzido (dano), na modalidade
culposa, não restaria configurado crime, já que não existe dano culposo.
Em suma, deverá o agente responder por tentativa de homicídio.
- QUESTÕES IMPORTANTES;
Imagine a seguinte situação:
Não se trata de erro de tipo, pois não há falsa percepção da realidade (o agente sabe
que falsifica cheque).
II - o desconhecimento da lei;
QUESTÕES DE CONCURSO
CERTO
ERRADO
VUNESP - JUIZ
CERTO
ERRADO
GABARITO: 1 C – 2 C
• DESCRIMINANTE PUTATIVA;
Entende-se por putativa aquilo que é imaginário, ou seja o agente imagina algo que não
ocorre no mundo real.
Ocorre quando o agente acredita praticar um crime, mas por ausência de elementar
do tipo, o fato é irrelevante para o direito penal (não configura crime algum).
EX: Mulher que realiza manobras abortivas, acreditando estar grávida, mas não está.
Ocorre quando o
agente provocador induz pessoa a praticar um crime e ao
mesmo tempo adota providências impeditivas da consumação.
Ex: Patroa que induz sua empregada a furtar, mas ao mesmo tempo efetua sua prisão em
flagrante (flagrante preparado).
QUESTÕES DE CONCURSO
Comete um delito putativo por erro de tipo a mulher que pratica atos abortivos e
depois se descobre que na verdade não havia gravidez.
CERTO
ERRADO
CERTO
ERRADO
CERTO
ERRADO
GABARITO: 1 C – 2 E – 3 C
• CONDUTA (AÇÃO – OMISSÃO);
OBS: A omissão viola tipo penal mandamental, ou seja, tipo penal que
determina uma ação por parte do agente diante de determinada
situação.
O dever de agir está descrito numa norma geral, e recai sobre determinadas pessoas.
Art. 135 - Deixar de prestar assistência, quando possível fazê-lo sem risco
pessoal, à criança abandonada ou extraviada, ou à pessoa inválida ou ferida, ao
desamparo ou em grave e iminente perigo; ou não pedir, nesses casos, o socorro
da autoridade pública:
EX: Pais em relação aos filhos, Policiais Militares, Bombeiros Militares entre outros.
EX: Babá em relação a criança que se comprometeu cuidar ou salva vidas particular de clube.
EX: Pessoa que empurra colega que não sabe nadar na piscina, causando com sua conduta, o
risco do resultado (afogamento).
CUIDADO: Em todos os casos acima trata-se de agentes garantidores
o agente omitente responde
(garantes), e nessas hipóteses,
por crime comissivo por omissão, ou seja, responderá
pelo resultado ocorrido, e não por mera omissão de
socorro.
EX: Mãe que tem conhecimento de que o padrasto da filha a estupra, por ser
garante, havendo omissão de sua parte deverá responder por estupro (crime
comissivo por omissão).
ATENÇÃO: O
agente responderá pelo resultado a título de dolo ou culpa,
a depender do caso concreto.
Art. 169, p. único, II do CP - quem acha coisa alheia perdida e dela se apropria,
total ou parcialmente, deixando de restituí-la ao dono ou legítimo possuidor ou de
entregá-la à autoridade competente, dentro no prazo de quinze dias.
QUESTÕES DE CONCURSO
Os tipos de omissão imprópria são aqueles em que o autor só pode ser quem se
encontra dentro de um determinado círculo, que faz com que a situação típica
seja equivalente à de um tipo ativo. Nessa situação, o autor está em posição de
“garantidor”.
CERTO
ERRADO
São omissões próprias ou tipos de omissão própria aqueles em que o autor pode
ser qualquer pessoa que se encontre na situação típica. Os tipos de omissão
própria caracterizam-se por não ter um tipo ativo equivalente. Ex. artigo 135, do
Código Penal - Omissão de socorro.
CERTO
ERRADO
CERTO
ERRADO
NUCEPE – DELEGADO DE POLICIA – PCPI – 2018
GABARITO: 1 C – 2 C- 3 C- 4 A
Nesse caso, o crime possui resultado naturalístico descrito no tipo penal, sendo
INDISPENSÁVEL sua ocorrência para efeitos de consumação do referido delito.
Nesse caso, o crime possui resultado naturalístico descrito no tipo penal, sendo DISPENSÁVEL
(não necessário), sua ocorrência para efeitos de consumação do referido delito.
Violação de domicílio
Omissão de socorro
Art. 135 - Deixar de prestar assistência, quando possível fazê-lo sem risco
pessoal, à criança abandonada ou extraviada, ou à pessoa inválida ou ferida, ao
desamparo ou em grave e iminente perigo; ou não pedir, nesses casos, o socorro
da autoridade pública:
- CRIME DE PERIGO;
Art. 130 - Expor alguém, por meio de relações sexuais ou qualquer ato libidinoso,
a contágio de moléstia venérea, de que sabe ou deve saber que está contaminado:
CERTO
ERRADO
CERTO
ERRADO
CERTO
ERRADO
ERRADO
No que diz respeito a noções gerais aplicadas no âmbito do direito penal, julgue o
próximo item.
CERTO
ERRADO
GABARITO: 1 E – 2 C – 3 C – 4 C – 5 C
• FATO TÍPICO (NEXO CAUSAL);
PERGUNTA-SE...
A) causalidade adequada.
B) relevância jurídica.
C) totalidade das condições.
D) causa eficaz.
E) equivalência das condições.
CERTO
ERRADO
O estudo do nexo causal nos crimes de mera conduta é relevante, uma vez que se
observa o elo entre a conduta humana propulsora do crime e o resultado
naturalístico.
CERTO
ERRADO
CESPE – DELEGADO DE POLICIA – 2017
CERTO
ERRADO
CERTO
ERRADO
CERTO
ERRADO
GABARITO: 1 E – 2 C – 3 E – 4 E – 5 E – 6 C
- CONCAUSAS;
QUESTÕES DE CONCURSO
Considere que Alfredo, logo depois de ter ingerido veneno com a intenção de
suicidar-se, tenha sido alvejado por disparos de arma de fogo desferidos por
Paulo, que desejava matá-lo. Considere, ainda, que Alfredo tenha morrido em
razão da ingestão do veneno. Nessa situação, o resultado morte não pode ser
imputado a Paulo.
CERTO
ERRADO
Com base nessa situação, Cláudio e Tiago responderão pelo crime de homicídio,
em concurso de pessoas.
CERTO
ERRADO
GABARITO: 1 C – 2 E
QUESTÕES DE CONCURSO
CERTO
ERRADO
Júlio, com intenção de matar Maria, disparou tiros de revólver em sua direção.
Socorrida, Maria foi conduzida, com vida, de ambulância, ao hospital; entretanto,
no trajeto, o veículo foi abalroado pelo caminhão de José, que ultrapassara um
sinal vermelho, tendo Maria falecido em razão do acidente.
Nessa situação, Júlio deverá responder por tentativa de homicídio e José, por
homicídio culposo.
CERTO
ERRADO
CERTO
ERRADO
CERTO
ERRADO
TJPB – JUIZ DE DIREITO
Considere que a residência de Sara, idosa com setenta e cinco anos de idade, seja
invadida por um assaltante, e Sara, assustada, sofra um ataque cardíaco e morra
em seguida. Nesse caso, considerando-se o fato de a vítima ser idosa e o de que o
agente tivesse conhecimento dessa condição, o ataque cardíaco será uma causa
concomitante e relativamente independente à ação do agente, devendo este
responder por tentativa de homicídio.
CERTO
ERRADO
GABARITO: 1 E – 2 C – 3 C – 4 E – 5 E
Por outro lado, entende-se por tipicidade penal a operação de ajuste entre
fato (conduta) e o tipo penal.
Assim, se o fato se ajusta ao tipo penal descrito na norma teremos a
tipicidade (formal).
Dessa forma, o tipo penal (descrição da conduta proibida) orienta a tipicidade penal.
- TIPICIDADE FORMAL;
- TIPICIDADE MATERIAL;
QUESTÕES DE CONCURSO
MPE – PROMOTOR DE JUSTIÇA 2018
CERTO
ERRADO
CERTO
ERRADO
TRT – JUIZ DO TRABALHO
CERTO
ERRADO
GABARITO: 1 C – 2 E – 3 C
• ILICITUDE (ANTIJURIDICIDADE);
- CONCEITO;
I - em estado de necessidade;
II - em legítima defesa;
existem no
CUIDADO: Apesar do art. 23 do CP estabelecer causas excludentes de ilicitude,
ordenamento jurídico outras causas descriminantes diversas das
previstas no mencionado artigo.
Note outras causas excludentes de ilicitude (justificantes ou descriminantes) previstas em
outros dispositivos legais:
• ESTADO DE NECESSIDADE;
Exclusão de ilicitude
I - em estado de necessidade;
Estado de necessidade
§ 1º - Não pode alegar estado de necessidade quem tinha o dever legal de enfrentar
o perigo.
- PERIGO ATUAL;
Para que o agente possa alegar Estado de Necessidade, deve estar diante de perigo
atual.
Entende-se por perigo atual o risco presente causado por conduta humana (ex:
carro desgovernado), por comportamento de animal (ex: ataque de cachorro)
ou por fato da natureza (ex: desmoronamento).
CUIDADO: Entende-se por perigo iminente aquele que está prestes (na
iminência) de ser concretizado.
Note:
ATENÇÃO: Por “DEVER LEGAL” entende-se dever jurídico de agir, abrangendo todas
as hipóteses do art. 13, § 2º do CP (garantes). Note:
Nesse caso o agente, diante do risco (perigo atual), sacrifica bem jurídico do próprio
causador do perigo.
Ex: “A” pisoteia “B” diante de incêndio. “B” não foi o causador
do incêndio.
- TEORIA UNITÁRIA;
Desta forma, para a teoria unitária, o Estado de Necessidade sempre será causa excludente da
ilicitude (Estado de Necessidade JUSTIFICANTE).
QUESTÕES DE CONCURSO
FEPESE – SJC-SC – AGENTE PENITENCIÁRIO – 2019
Não pode alegar estado de necessidade quem tinha o dever legal de enfrentar o
perigo.
CERTO
ERRADO
CERTO
ERRADO
CERTO
ERRADO
ERRADO
CERTO
ERRADO
GABARITO: 1 C – 2 E – 3 C – 4 E – 5 C
CONTINUAÇÃO ...
Entende-se por crime habitual aquele que exige reiteração de atos para efeitos
de configuração.
Ex: Exercício Ilegal da medicina.
QUESTÕES DE CONCURSO
CERTO
ERRADO
O agente que pratica o fato para salvar de perigo atual, que não provocou por
sua vontade, nem podia de outro modo evitar, direito próprio ou alheio, cujo
sacrifício, nas circunstâncias, não era razoável exigir-se, age amparado por qual
causa excludente de ilicitude?
A) Legítima defesa.
B) Estado de necessidade.
C) Estrito cumprimento de dever legal.
D) Exercício regular de direito.
E) Consentimento do ofendido.
AOCP – INVESTIGADOR – PCES – 2019
O Código Penal prevê um rol taxativo, portanto exaustivo, das causas excludentes
de ilicitude.
CERTO
ERRADO
GABARITO: 1 E – 2 B – 3 B – 4 E
• LEGITIMA DEFESA;
Exclusão de ilicitude
II - em legítima defesa;
- AGRESSÃO INJUSTA;
COMMODUS DISCESSUS
- REQUISITO SUBJETIVO;
QUESTÕES DE CONCURSO
A legitima defesa é uma garantia que permite a defesa de interesse legítimo por
parte de quem sofre a agressão injusta a um bem jurídico. Não obstante os
interesses em conflito no caso de estado de necessidade, todos os interesses são
considerados legítimos ao se tratar de oposição de bens jurídicos de mesmo valor.
CERTO
ERRADO
Bruna é atacada a tiros desferidos por arma de fogo por Otávio, que não logra
acertar os dois primeiros tiros. Antes de desfechar o terceiro tiro, Bruna saca de
arma que carrega em sua bolsa com autorização legal e vem a atingir Otávio, que
veio a óbito. Nesse caso, pode ser assentado que ficou caracterizado, nos termos
do Código Penal, por parte de Bruna:
GABARITO: 1 C – 2 A – 3 D
• ESTRITO CUMPRIMENTO DE DEVER LEGAL;
Exclusão de ilicitude
- CONCEITO;
Ex: Dever do policial diante flagrante delito = demonstrado no art. 301 do Código de Processo
Penal.
OBS: Para efeitos de configuração da causa excludente de ilicitude, o agente deve ter
conhecimento de que está praticando a conduta em face de dever imposto por lei
(requisito subjetivo).
Exclusão de ilicitude
- CONCEITO;
OBS: Podemos apontar como outro exemplo do exercício regular de direito a luta de boxe,
pois a violência empregada nesse esporte também caracteriza exercício regular
de direito, uma vez que a Lei n. 9.615-98 incentiva a prática esportiva, ainda que
o esporte seja violento.
- EXERCÍCIO REGULAR DE DIRETO “PRO MAGISTRATU”;
- OFENDÍCULOS;
QUESTÕES DE CONCURSO
CERTO
ERRADO
CERTO
ERRADO
CERTO
ERRADO
CERTO
ERRADO
GABARITO: 1 E – 2 E – 3 E -4 C
• EXCESSO NAS CAUSAS EXCLUDENTES DE ILICITUDE;
O parágrafo único do art. 23 do Código Penal afirma que o excesso nas causas
excludentes da ilicitude (Estado de Necessidade, Legítima Defesa, Estrito Cumprimento
de Dever Legal e Exercício Regular de Direito) será punível.
- EXCESSO EXTENSIVO;
- EXCESSO INTENSIVO;
- EXCESSO DOLOSO;
- EXCESSO CULPOSO;
- EXCESSO ACIDENTAL;
- EXCESSO EXCULPANTE;
• CONSENTIMENTO DO OFENDIDO;
Ex: Estupro.
- CONSENTIMENTO VÁLIDO;
- BEM DISPONÍVEL;
- BEM PRÓPRIO;
- CONSENTIMENTO EXPRESSO;
DISPONÍVEL.
Por outro lado, tratando-se de lesão corporal grave ou gravíssima o bem jurídico
(integridade física) é INDISPONÍVEL.
QUESTÕES DE CONCURSO
MPE – PROMOTOR DE JUSTIÇA
CERTO
ERRADO
CESPE – OFICIAL DE JUSTIÇA – 2017
Segundo o Código Penal, o agente que tenha cometido excesso quando da análise
das excludentes de ilicitudes será punido apenas se o tiver cometido
dolosamente.
CERTO
ERRADO
CERTO
ERRADO
CERTO
ERRADO
GABARITO: 1 E – 2 E – 3 E – 4 E