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• CONCEITO DE CRIME:
Formal: ato TÍPICO, ILÍCITO, CULPAVEL
Material: Fere o bem jurídico TUTELADO
Legal: Previsto em LEI
III. Princípio da anterioridade: previsão legal no Art. 4° do CP, art.5°XXXIX da Cf, “não a
crime anterior que o defina”
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III.I – Conceito: a lei penal deve ser anterior a cada cuja punição que se pretende, assim a lei
não pode retroagir, salvo para benefício do réu.
Vacátio Legis: “a lei não está valendo”, portanto, só haverá crime quando a lei entrar em vigor
IV. Princípio da alterabilidade: Criando por Claus Roxin, significa que “não há crime
quando prejudica somente quem o praticou pois, o crime deve ultrapassar a conduta de quem
o pratica” (nem tudo é direito penal)
V. Princípio da ofensividade ou lesividade: não há crime quando a conduta não é capaz de
provocar lesão, ou pelo menos, ou perigo de lesão ao bem jurídico protegido pela lei penal
Bem jurídico (patrimônio)
VI. Princípio da exclusiva proteção do bem jurídico: o direito penal não deve se ocupar de
questões éticas, morais, religiosas, políticas e filosóficas, a função do DP é proteger o bem
jurídico, e nem todo bem jurídico será um bem jurídico penal, apenas os mais relevantes, os
indispensáveis serão tutelados pelo DP. Salienta-se que a escolha dos bens jurídicos que
merecem ser protegidos pelo Direito Penal é feita pela CF.
TEORIA CONSTITUCIONAL DO DIREITO PENAL:
A criação de crimes e a cominação de penas só serão atividades legítimas quando protegerem
valores consagrados na CF. Assim, por exemplo: Homicídio é crime, porque a CF consagra o
direito à vida; Homossexualismo não é crime, porque a CF não pode impor um padrão sexual,
fica na esfera da intimidade de cada pessoa.
ESPIRITUALIZAÇÃO DE BENS JURÍDICOS NO DIREITO PENAL:
Criação de Claus Roxin, Em suma, quando o Direito Penal ampliou a sua tutela e passou a
proteger os bens difusos e coletivos houve uma desmaterialização de bens jurídicos, pois não
se espera mais um dano contra o bem individual. (DP preventivo)
Principio da dupla proporcionalidade: De um lado, o princípio da proporcionalidade é a
proibição do excesso (garantismo negativo), ou seja, não se pode punir de forma exagerada,
além do necessário para a proteção do bem jurídico. Como exemplo, podemos citar a pena do
art. 273 do CP, que trata de falsificação de medicamentos, é maior do que a pena mínima do
crime de homicídio.
ESPÉCIES DE PROPORCIONALIDADE
A doutrina divide a proporcionalidade em três espécies Legislativa ou abstrata: É dirigida
ao legislador, quando cria um crime ou comina uma pena, ainda que de forma precária, já
observa a proporcionalidade. Por exemplo, um crime sem violência ou grave ameaça possui
uma pena menor do que um cometido nessas condições. Judicial ou concreta: É voltada ao
magistrado na dosimetria da pena. Por exemplo, réu primário terá uma pena menor do que um
réu reincidente. Executória ou administrativa: É aquela que se manifesta durante o
cumprimento da pena, ou seja, na fase da execução penal.Por exemplo, condenado com bom
comportamento, que trabalha terá direito aos benefícios da execução penal.
PRINCÍPIO DA CONFIANÇA:
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Surgiu na Espanha, voltado aos crimes de trânsito (que aquele que respeita as regras de
trânsito, possui o direito de confiar que os demais também irão respeitar) Atualmente, no
Brasil, possui aplicação para os crimes em geral. Desta forma, aquele que respeita as regras
para a vida em sociedade pode confiar que os demais também irão agir da mesma maneira (ex
do medico, caso da OAB)
PRINCÍPIO DA RESPONSABILIDADE PENAL PELO FATO:
preocupa-se com o fato típico e ilícito praticado pelo agente, pouco importa suas condições
pessoais (religião, cor, condição econômica).
PRINCÍPIO DA INTERVENÇÃO MÍNIMA
O Direito Penal só é legítimo quando for indispensável para a proteção de determinado bem
jurídico. Isto é, não é possível resolver com os demais ramos do direito. O Direito Penal é a
última etapa, a última fase, o último grau de proteção jurídica. (EXISTEM ILICITOS GERAIS
E PENAIS) Princípio da subsidiariedade: É comum afirmar que o Direito Penal funciona
como um “executor de reserva”, como “última ratio” ou “extrema ratio.
PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA (CRIMINALIDADE DE BAGATELA)
É um princípio que não possui previsão legal, mas é pacificamente admitido pela
jurisprudência do STF e STJ. Traduz a ideia de que não haverá crime quando a conduta
praticada pelo agente for insignificante. Ou seja, sua conduta não ofende, nem ao menos coloca
em perigo, o bem jurídico protegido (Caso da mulher que roubou macarrão, OAB)
Na maioria dos casos o STF e STJ negam se o reu for reicidente, elemento que, embora não
determinante, deve ser considerado. A reincidência não impede, por si só, que o juiz da causa
reconheça a insignificância.
Criminoso habitual: É aquele que faz da prática de crimes o seu meio de vida. Por isso, não
se aplica o princípio da insignificância; Militares: Para o STF, não se aplica o princípio da
insignificância aos militares, pois são regidos pela hierarquia e pela disciplina, gozando de
credibilidade perante as demais pessoas da sociedade, o mesmo raciocínio pode ser utilizado
para outros servidores públicos, tais como magistrados, promotores etc.
É analisado tambem a extesão do dano causado a vitima, e o valor sentimental do bem
APLICABILIDADE E INAPLICABILIDADE; Regra: Aplica-se o princípio da
insignificância para todo e qualquer crime que seja com ele compatível e não somente aos
crimes patrimoniais.Exceções: Alguns crimes são incompatíveis com o princípio da
insignificância, a exemplo dos crimes contra à vida, crimes de estupro, crimes de roubo e
demais crimes com violência à pessoa ou grave ameaça, trafico de drogas, crimes de
hediondos ou comparados a hediondos.
a autoridade policial não pode aplicar, so o juiz (poder judiciario)
PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DO BIS IN IDEM: Não se admite, em hipótese alguma, dupla
punição pelo mesmo fato. Extrapola a razoabilidade punir o agente duas vezes pela prática de
um único fato. Ademais art. 8º, 4 do Pacto de São José da Costa Rica,pelo Dec. 678/1992,
segundo o qual o acusado absolvido por sentença transitada em julgado não poderá ser
submetido a novo processo de julgamento. A Súmula 242 do STJ proíbe o uso de uma única
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reincidência como circunstância judicial desfavorável e como agravante, pois haveria violação
a este princípio.
EVOLUÇÃO DOUTRINÁRIA DO DIREITO PENAL (doc.2)
Funcionalismo penal: tem como objetivo discutir a função do dto penal, tendo três
caracteristicas fundamentais: Proteção ao bem juridico: DP é o unico legitimo pra defender,
nem + nem – que o necessario; Desapego da tecnica juridica excessiva: o DP não pode ficar
preso a um formalismo desnecessário, deve ser utilizado com flexibilidade; Prevalência do
jurista sobre o legislador: o operador do direito é mais importante que o legislador, renuncia o
legalismo exagerado.
• Espécies, (Claus Roxin):
Moderado porque defende que o DP possui limites impostos pelo próprio DP, pelos demais
ramos do direito e, também, pela sociedade. É dualista porque o Direito Penal é um conjunto
próprio de normas e de valores, as quais convivem, perfeitamente, com os demais ramos do
direito. Por política criminal entende-se a aplicação da lei aos anseios da sociedade.
O funcionalismo de Roxin é chamado de racional-teleológico, pois é movido pela razão,
possuindo uma finalidade prática: Direito penal mínimo.
Direito de intervenção: Hassemer propõe que o Direito Penal trate apenas de seu núcleo
fundamental, formado pelos crimes de dano e de perigo contra bens jurídicos individuais. As
condutas que atingem bens metaindividuais, difusos e coletivos, devem ser deslocadas do DP
para o direito de intervenção. (O Direito de Intervenção não possui natureza penal. Desta
forma, tais condutas (metaindividuais) deixam de ser crimes. Deve ser aplicado pela
Administração Pública, ante a ausência de natureza penal. No Brasil, equivale ao Direito
Administrativo Sancionador.)
Velocidades do Direito Penal:
Teoria de Jesus Maria da Silva-Sanchez
No DP de 1° velocidade há uma ampla garantia de direitos, por isso é mais lento, há prisão (
homicídio qualificado, latrocínio, extorsão mediante sequestro! Os prazos são maiores e o
recurso é possível, pois se trata da liberdade). Já o DP 2° velocidade é considerado um direito
rápido, tendo em vista que há uma celeridade, sem prisão, visa a despenalização (flexibilização
de direitos e garantias fundamentais. O rito dos juizados é um exemplo).
Tanto o DP de primeira velocidade quanto o DP de segunda velocidade são aplicados pela justiça penal.
O DP do INIMIGO é considerado de 3°velocidade do DP porque aplica a pena de prisão
(até mesmo a perpétua) e, ao mesmo tempo, é extremamente rápido, eis que não há respeito
aos direitos e garantias fundamentais. Entretanto, no BR não é permitido, pois no art5°
consagra o principio da igualdade, nao existindo distinção entre cidadão de inimigo,
proibindo tortura e garantindo ampla defesa. Contudo, informalmente, é aplicado no Brasil, a
exemplo dos casos de chacinas cometidas por grupo de extermínio; crimes cometidos por
facções.
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Lei Penal em Branco: na norma penal em branco existe o corpo físico, mas não pode ser
aplicada porque não existe uma alma (um complemento). Toda lei incriminadora possui um
preceito primário (definição da conduta criminosa) e um preceito secundário (pena
cominada). Na norma penal em branco (cega ou aberta ou imperfeita ou incompleta) o
preceito secundário é completo, mas o preceito primário é incompleto, dependendo de uma
complementação.
Novatio legis in mellius: também conhecida como lex mitior. É a nova lei que favorece o
agente. Aqui, o fato continua sendo crime, mas a situação do agente é de qualquer modo
favorecida, nos termos do art. 2º, parágrafo único do CP.
Art. 2º, Parágrafo único - A lei posterior, que de qualquer modo favorecer o agente, aplica-se
aos fatos anteriores, ainda que decididos por sentença condenatória transitada em julgado.
A expressão “de qualquer modo” deve ser interpretada de forma ampliativa, ou seja, exclui-
se uma qualificadora, cria-se uma causa de diminuição etc. Havendo dúvida sobre qual é a lei
mais favorável ao agente, se a antiga ou a nova, como se deve proceder?
1ª CORRENTE – compete ao juiz, titular do poder jurisdicional, decidir analisando o caso
concreto (majoritária).
2ª CORRENTE – o juiz deve ouvir o réu, que será atingido pelos efeitos da norma penal
(Defensoria).
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Vacatio legis
Há, na doutrina, duas correntes acerca da possibilidade de aplicação da lei penal benéfica no
período de vacância:
1ªCORRENTE – Sim, tendo em vista que a medida se destina a favorecer o réu (Rogério
Greco)
2ªCORRENTE – Não, nenhuma lei pode ser aplicada enquanto está no período de vacância,
não há lógica (não se sabe até quando uma lei estará em vigor, por exemplo, o CP/69 nunca
entrou em vigor). É majoritária.