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Direito Penal
 Primeiramente, vale salientar que as ciências criminais se dividem em três:

Políticas Criminais: Criminologia: Dogmática


Penal:
Esta envolve a elaboração É uma ciência que se É o próprio código penal, que
De medidas públicas, pois ela ocupa de estudar e é um conjunto normativo de
Busca criar estratégias e estu- entender o crime, o leis e artigos que exemplifi-
dar as probabilidades para o criminoso e a vítima. cam um modelo comporta-
Controle social da criminalidade. mental do cidadão.

Digo
‘’exemplificar’’ pelo simples fato de que o código não te obriga a não fazer o que ele diz que é
errado, Mas, caso você faça, ele lhe aplicará as sanções já pré-estabelecidas.

 O código penal só foi chamado de direito criminal apenas uma vez, em 1830
com o código criminal do império.

Código Penal: É um conjunto de normas, Inimputáveis: Pessoa


condensadas num único diploma legal, que visam tanto que por doença ou mal desen-
definir crimes, proibindo e impondo condutas, sob a volvimento mental, não podiam
ameaça de sanções para os imputáveis e medidas de entender que o ato o ato que
segurança para os inimputáveis. cometeram era um crime.
Bem como criar normas de aplicação
Geral, direcionados não só aos tipos Imputáveis: É a quem se atribui a respon-
Incriminadores neles previstos, como a toda sabilidade de um delito. Pessoa a quem se
legislação extravagante. pode imputar penas.

Legislação extravagante são como micro organismo que existem dentro do direito penal, que
possuem sistemas próprios, princípios próprios.
Ex: Contravenções penais, decretos, leis, crimes hediondos, crimes ambientais.
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A lei Maria da Penha é um exemplo de
legislação extravagante.

Divisão
Legislação Extravagante Código Penal
 Lei das contravenções penais (LCP) Parte Geral
 Lei de Execução Penal ( LEP) Parte Especial
 Estatuto da Criança e do adolescente
(ECA)
 Etc

Nomes do Direito Penal

Direito Penal Social: Forma de Controle Social.


Direito Penal Formal: Conjunto de normas que o Estado usa para proibir determinados
comportamentos.
Direito Penal Objetivo: Normas Penais.
Direito Penal Subjetivo: Direito do Estado de Punir  Juspuniendi.
Direito Penal da Culpabilidade: Leva-se em consideração a questão da
reprovabilidade da conduta relevando-se os fatos.

Só se pode criar um tipo penal se realmente for


reprovável.
Direito Penal da Perigosidade: Leva-se em consideração a periculosidade da
pessoa para a sociedade.
Direito Penal do Fato: Só importa o fato e não o autor.
Direito Penal do Autor: Importa o autor no ensejo punitivo, não importa o que faça,
importa quem.
Exe. A maneira como os criminosos negros e brancos são tratados pela polícia.
Se a PM vê um homem suspeito, as chances de ele ser negro é
extremamente maior, das chances de ele ser branco.
Direito Penal do Fato do Autor: Leva-se em consideração os dois.
O autor dento do fato. E as
circunstâncias pessoais dentro do fato.
Direito Penal Primário: Sem modificações.
Direito Penal Secundário: Com modificações, micro sistemas.
Direito Penal da Velocidade: 1º DP Clássico: Cheio de Garantias; 2º DP
sem tantas garantias; 3º DP do inimigo; 4º Réu detentor de poder estatal que
violou os direitos humanos.

Direito Penal do Inimigo:  Esse é um modelo O Direito Penal do Inimigo é


teórico de política criminal, desenvolvido pelo alemão composto por 3 caracteristi-
Gunther Jakobs, que estabelece a necessidade de cas: Antecipação da Tutela
separar da sociedade aqueles que o Estado consi- Penal; Despropocionalida-
dera como inimigos, excluindo todos os seus direitos de das penas; Relativisaza-
fundamentais e garantias Constitucionais. ção das garantias penais e
processuais.

Quem desobedece às normas sociais Esta teoria não está em consonância


estabelecidas, ameaçando a estrutura, com o ordenamento jurídico brasileiro,
pode ser considerado inimigo. Portan- pois fere os direitos e as garantias já
to, ele não faz jus aos direitos funda- estabelecidas na CF de 88, ou seja, é
mentais aplicáveis aos cidadãos, já inconstitucional.
que não respeita as determinações
do Estado.

Direito Penal de Emergência: Utilizado cada vez que há um alarme social. São as
leis rápidas, criadas após um caso que mexeu com a nação e houve um clamor do público.
Exe. O caso Danielle Perez, que graças a um intenso clamor social, a lei de
crimes hediondos passou a ter a tipificação de homicídios como sendo um dos crimes
hediondos.

Direito Penal Simbólico: Só serve como símbolo social e não para efetivar as
verdadeiras funções do direito penal.
Direito Penal Promocional: Utilizado para ganhar poder.
Exe. O caso do ex magistrado Sergio Mouro, responsável pela condenação
do atual presidente Luíz Inácio Lula da Silva, que usou do direito penal para caçar Lula,
condenando o mesmo e por consequência proibindo a candidatura do mesmo. Enquanto se auto
promovia politicamente, e promovia os seus (família Bolsonaro e demais políticos de direita).
Direito Penal Paralelo: Direito penal tolerado e utilizado por grupos isolados.
Direito Penal Subterrâneo: Direito penal assistemático utilizado por determinados
grupos escorados ao Estado.
Cifra Oculta -> Quando o crime
Normalmente, não vira estatísticas, e passa despercebido.
pessoas ligadas ao Estado.
Seleção dos Bens Jurídicos Penais
 É com base na finalidade do direito penal que caberá ao legislador fazer uma seleção
dos bens.
Sendo que, esta seleção precisa ser feita respeitando a nossa Carta Magna:
Constituição Federal de 1988.

Sendo assim, o legislador fica proibido de proibir ou impor determinado comportamento


que viole os direitos fundamentais.

Direito Penal: Objetivo x Subjetivo


Objetivo: É um conjunto de normas editadas pelo estado, definindo crimes e contravenções,
ou seja, impondo ou proibindo determinadas condutas, sob a ameaça de sanções ou de medidas
de segurança, bem como todos os outros que cuidam de questões de natureza penal.
Exe. Excluindo o crime, isentando de pena, explicando determinados tipos penais.

Contravenções Penas:
É uma infração penal considerada como
de menor gravidade, podendo ser punida
com pena de prisão simples, multa ou ambas.

Subjetivo: É a possibilidade que o estado tem de criar e de fazer valer as suas normas,
executando as decisões condenatórias proferidas pelo poder judiciário.
Ou seja, é o Ius – Puniendi, que é a capacidade do estado de fazer cumprir a norma.
 Inclusivo em certas ações, o estado permite que a suposta vítima ingresse em
juízo com uma queixa crime. Mas o estado não transfere ao querelante o seu ius
puniendi.
 Ao particular, só cabe o chamado ius persequendi ou ius accusations, isto é, o
direito de vim a juízo pleitear a condenação do seu suposto agressor.
 Não cabe ao querelante  executar a pena condenatória, pois isso se
qualificaria como vingança privada, já abolida do ordenamento jurídico.
 O ius puniendi é exercido tanto pelo legislador no momento em que cria as
figuras típicas, quanto o judiciário, no exercício das suas atribuições legais.

Modelo Penal Garantista de Luigi Ferrajoli


 É uma maneira de garantir que o estado não colocara a ‘’defesa social’’ acima dos
direitos individuais garantidos pela Constituição de 1988, impedindo a criação e a
aplicação de leis que firam os direitos fundamentais.
Para isso, o garantismo dividem-se em duas partes: Primarias e Segundarias

Primárias: São os limites e os vínculos normativos. As proibições e as obrigações impostas


a qualquer poder.

Segundarias: São as formas de reparação advindas das violações das garantias primárias,
sendo elas a anualidade dos atos ilícitos e a responsabilidade pelos atos ilícitos.
Ademais, o garantimos de penal de Luigi Ferrajoli possui dez axiomas, isto é, dez máximas na
qual se fundamenta o seu raciocínio. Sendo q cada um dele corresponde a principio do direito
penal:

Nulla Poena Sine Crimine/ Nullum Crimen Sine Lege Só será cabível de
pena a conduta que se configura infração penal prevista em lei. Não há crime, nem pena, sem
previa lei.

Nulla Lex (Poenaliss) Sine Necessitate  Não há lei sem necessidade  A lei
penal somente poderá impor comportamentos sob ameaça de sanções, se houver absoluta
necessidade de proteger determinados bens tidos como fundamentais, ao nosso convívio em
sociedade

Nulla necessitas sine injuria  As condutas tipificadas pela lei penal devem
obrigatoriamente ultrapassar a pessoa do agente, isto é, não poderão se restringi á sua esfera
pessoal, a sua intimidade, ou a seu particular modo de ser, somente haverá possibilidade de
proibição de comportamentos quando estes vierem a atingir bens de terceiro.

Nulla actio sine culpa Somente as ações culpáveis poderão ser reprovadas.  Não há
ação sem culpa.

Nulla Culpa Sine Judicio  Não há culpa sem um processo legal  há a necessidade
de um sistema nitidamente acusatório, com a presença de um juiz imparcial e competente para o
julgamento da causa

Nullum judicium sine accusatione  Não há processo sem acusação


Nulla accusatio sine probatione  Ônus probatório, que não poderá ser transferido
para o acusado da pratica de determinada infração penal.

nulla probatio sine defensione  É assegurado a ampla defesa com todos os recursos
a ela inerentes.

Fontes do direito penal


Existem duas espécies de fontes do Direito Penal: as fontes formais (conhecimento) e fontes
materiais (produção).

Fonte Material (produção)  Diz respeito a quem compete a produção da lei penal, que
é única e exclusiva da união.
Art:22/CF. Compete privativamente à União legislar sobre:

I - Direito civil, comercial, penal, processual, eleitoral, agrário, marítimo, aeronáutico, espacial e
do trabalho; [...]
Parágrafo único. Lei complementar (federal) poderá autorizar os Estados a legislar sobre
questões específicas das matérias relacionadas neste artigo;
 Ou seja, somente a conjunção da vontade do povo, representados pelos seus
deputados, com a vontade do estado e representados pelos seus senadores, e ainda
com a sanção do presidente da república, é que se pode inovar em matéria penal,
criando ou revogando, total ou parcialmente, as leis penais.
Obs: Norma é a interpretação da lei.

Fontes formais Referem-se às formas de manifestação do Direito no sistema jurídico, 


a lei portanto é a única forma de conhecimento do direito penal.
 A doutrina divide as fontes do conhecimento em dois: mediatas e imediatas.
Mediatas Imediatas
Busca -se interpretar e só A lei é a fonte imediata, pois é nela que se busca
depois aplicar o direito penal. saber se determinada conduta praticada por
alguém é proibida pelo Direito penal.
 Os costumes, as jurisprudências e as doutrinas, podem até ter influência na sanção ou
na modificação das leis, mas não são fontes do direito penal.
 Costumes não revogam lei penal.

Da Norma Penal
 As fontes formais imediatas são as normas penais = lei

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