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Elementos do direito penal

Conceito de direito penal: “conjunto de princípios e leis destinadas a combater o crime e a


contravenção penal, mediante a imposição de sanção penal. (Masson)
Ramo do direito público no qual ocorre a seleção das condutas atentatórias aos mais importastes
bens jurídicos, impondo-lhe uma pena criminal ou uma medida de segurança.
Direito penal é um instrumento de controle social, que busca afastar comportamentos que vão
de encontro á convivência social harmônica.
Conceito de direito penal

 Ramo do direito público


 Princípios e leis destinadas a combater as infrações penais
 Impõe pena criminal ou medida de segurança
 Instrumento de controle social
Bem jurídico: Valores ou interesses relevantes para o indivíduo e a sociedade.
Direito penal objetivo: Ordenamento jurídico-penal propriamente dito, comporto por normas
jurídicas.
Direito penal subjetivo (jus puniendi estatal): Direito de punir do Estado.
Fontes do direito penal
Fonte material: Decorre da União, responsável pela produção da norma.
Art.22. CF88 “Compete PRIVATIVAMENTE à União legislar sobre: direito civil, comercial,
penal, eleitoral, agrário, marítimo, aeronáutico, espacial e do trabalho”
Forte formal: Modo como o direito é exteriorizado, fontes de conhecimento ou de cognição.

Princípio explicito: escrito. Princípio implícito: interpretação sistemática.

Princípio da legalidade em sentido amplo (cláusula pétrea) art.5° CF88 “não há crime sem lei anterior
que o defina, nem pena sem prévia cominação legal”

Trata-se da limitação ao poder estatal. A doutrina menciona a Magna carta de João sem Terra 1215,
estabeleceu que nenhum homem poderia ser submetido à pena sem prévia lei em vigor.

A lei prévia deverá ser observada, sob pena de uma sanção penal (pena ou medida de segurança).

Princípio da reserva legal: Refere-se à legalidade em sentido estrito, preconiza que somente o legislador
pode atuar para prever crimes, penas e medidas de segurança, vedando, por exemplo, que medida
provisória trate de direito penal.
É vedada a edição de medidas provisórias sobre direito penal, conforme anuncia o art. 62, parágrafo 1°,
inciso I, alínea “b” (Brasil, 1988)

Desdobramentos do princípio da legalidade

Lei estrida: A infração penal só pode ser criada por lei em sentido estrito (lei complementar e lei
ordinária), respeitando o processo legislativo e a competência do Poder Legislativo, sendo proibido a
analogia contra o réu.

Lei escrita: Não há crime sem lei escrita. Somente a lei escrita pode cominar crimes e cominar penas,
sendo proibido o costume incriminador, salvo a aplicação in bonam partem, ou alguma aplicação com
conteúdo aberto, como repouso noturno no art. 155 cp.

Lei certa: Não há crime sem lei certa, assim é proibido a criação de tipos penais vagos e indeterminados.

Lei prévia: É proibida a aplicação da lei penal incriminadora a fatos não considerados crimes antes da
sua vigência.

Legalidade formal: O legislador obedecerá aos tramites procedimentais (processo legislativo)

Legalidade material: É imprescindível que a lei respeite o conteúdo valorativo trazido pela CF e pelos
tratados de direitos humanos, observando os direitos e garantias fundamentais, para obter uma lei válida,

Princípio da intervenção mínima: Há bens jurídicos tutelados, legitimados a intervenção penal apenas
quando a criminalização de fato for indispensável para proteção do bem ou interesse. Quando não pode
ser protegido por qualquer outro ramo do ordenamento jurídico. (Última ratio)

Princípio da fragmentariedade: Espécie do princípio da intervenção mínima, que diz, que somente
alguns comportamentos contrários ao ordenamento jurídico configuram ilícitos penais.

Legalidade Formal x Legalidade Material

Legalidade Formal: O legislador obedecerá ao processo legislativo, por meio do qual chegara a uma lei
vigente.

Legalidade Material: A lei deverá respeitar o conteúdo valorativo trazido pela CF e pelos tratados de
direitos humanos, observando os direitos e garantias do cidadão, para se obter uma lei válida.

Princípio da intervenção mínima


O direito penal irá intervir apenas sobre bens jurídicos tutelados, e quando a criminalização de
um fato se constitui meio indispensável para a proteção de determinado bem ou interesse. Afasta
qualquer possibilidade de proteção por outro ramo do ordenamento jurídico.
Destinatários: Legislador - Que fara a avaliação das condutas a serem criminalizadas, para não
criminalizar qualquer conduta.
Intérprete -Evitara a aplicação do direito penal quando a solução puder ser encontrada em outro
ramo do direito.
Princípio da subsidiariedade (Espécie de intervenção mínima)

Quando os demais meios disponíveis já foram aplicados, e restaram insuficientes para a


proteção do bem jurídico. O direito penal funciona como um executor de reserva, fica esperando
ser acionando, quando a conduta ilícita não pode ser combatida por outros meios. (última ratio)

Princípio da ofensividade

O legislador não poderá qualificar como infração penal, condutas inofensivas ao bem jurídico.
No âmbito da aplicação da lei penal, o intérprete deve observar se o fato, apesar de típico, é
inofensivo ao bem jurídico tutelado pena norma.

Principais funções do princípio da ofensividade:

1. Proibir incriminação de ideias, convicções ou desejos humanos.


2. Proibir incriminação de simples estado ou condições existenciais.
3. Proibir conduta que não exceda o âmbito do próprio autor (Princípio da alteridade).
4. Proibir incriminação de conduta desviada, que não afete qualquer bem jurídico.

Princípio da proporcionalidade
Resposta estatal justa e suficiente para reprovação da conduta combatida.

Proporcionalidade abstrata: O legislador elege penas apropriadas para cada infração


penal.
Proporcionalidade concreta: O juiz fará a individualização da aplicação da pena, e na
fase executória, a proporcionalidade incidira no cumprimento da pena, ponderando as
condições pessoais e o mérito do acusado.
O princípio da proporcionalidade proíbe o excesso e impede
a proteção insuficiente de bens jurídicos.

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