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- CONTENÇÃO DO PODER PUNITIVO DO ESTADO - Ao definir através das Leis Penais o que é
crime e cominar penas. Limita a atividade do juiz, ali representando o Estado. Procura afastar qualquer
arbitrariedade por parte do Estado no exercício do seu poder de punir.
- PROTEGER BENS JURÍDICOS - Interesses que a sociedade quer a proteção por parte do Estado. A
sociedade impulsiona o legislador a criminalizar condutas, descriminalizar, aumentar penas ou diminuir
penas. Certos bens jurídicos podem perder parte de sua proteção e outros podem ser incorporados.
Ex1: A lei 11.106/05 descriminalizou o “ adultério” (antigo art.240 do CP), portanto, a partir dessa lei a
“fidelidade” do bem jurídico “casamento” passou a não ter mais a proteção penal.
Ex2: Até 1997 o porte ilegal de arma não era crime, era mera contravenção penal (forma de infração
penal mas não são considerados crimes, lei 3688/41). A lei 9437/97 criminalizou a conduta diante da
necessidade demonstrada no âmbito da sociedade que houvesse proteção penal para essa conduta.
Da mesma forma, penas mais graves e novas condutas criminosas passaram a ser previstas em outra
alteração legislativa com o advento do Estatuto do desarmamento, lei 10.826/03, que vigora
atualmente.
- FUNCIONA COMO ÚLTIMA FORMA DE CONTROLE SOCIAL - Nos Estados Democráticos de
Direito, é a última instância de controle, quando todas as demais falharam (instâncias informais, família,
religião, escola, etc...), bem como quando os demais ramos do Direito não foram capazes de resolver a
situação concreta, atua como “ultima ratio”. Tem um caráter subsidiário.
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PORTANTO, UMA CONDUTA, POR MAIS IMORAL, REPUGNANTE OU REPROVÁVEL QUE SEJA,
SÓ SERÁ CRIME SE ESTIVER DESCRITA COMO TAL NUMA LEI PENAL QUALQUER.
PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DO DIREITO PENAL
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n) NON BIS IN IDEM – Ninguém pode ser punido duas vezes pelo mesmo fato. Veda, portanto,
a dupla incriminação. Tal princípio proíbe que uma pessoa seja processada, julgada e
condenada mais de uma vez pela mesma conduta.
‘
‘
. Fonte formal Imediata (ou primária) – LEI (Obs: O Código Penal é uma espécie de Lei Penal
dentre tantas, Lei 2.848/40). Outros exemplos de Leis Penais: Lei 11.343/06 (Antitóxicos); Lei 9.613/98
(Crimes de Lavagem de Dinheiro); Lei 7.492/86 (Crimes contra o Sistema Financeiro Nacional); Lei
10.826/03 (Estatuto do Desarmamento); Lei 9.503/97 (Código de Trânsito Brasileiro);Lei 9605/98 (Lei
dos Crimes Ambientais), etc....
. Fonte formal Mediata (ou subsidiária) – Analogia - Costumes - Princípios Gerais do Direito -
Tratados e Convenções e Sumulas Vinculantes
Partes da Lei penal: art.121 “Matar alguém” (preceito primário) Pena: 06(seis) a 20(vinte) anos
(preceito secundário)
a) exclusividade – somente elas definem crimes e cominam penas e são aplicadas caso a caso.
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b) anterioridade – as que descrevem crimes somente têm incidência ao caso concreto se já em vigor
na data do seu cometimento.
e) impessoalidade – dirigem-se impessoal e indistintamente a todos, não sendo concebível uma lei
para punir especificamente uma pessoa
. Subordinação mediata – Ex: A dá um tiro em B mas ele não MORRE – não é possível
“imediatamente” adequar o caso concreto ao art.121 do CP, utiliza-se, então, uma Norma Penal por
Extensão, neste caso, art.14,II do CP (tentativa), ficando, então, art.121 c/c art.14, II, ambos do CP
(tentativa de homicídio)
Conceito: Espécie de Norma Penal (artigo de uma lei penal) incompleta, onde a descrição de
uma ou várias circunstâncias que descrevem o crime necessitam de complementação, por conter
matéria extrapenal.
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a) Norma penal em branco em sentido lato ou homogêneas: O complemento vem de outra lei
oriunda da mesma instância legislativa. ( Ex :Código Civil complementando o Código Penal).
Espécies de fontes formais mediatas que interferem na interpretação e aplicação da lei penal:
1. Analogia – Aplicação de uma hipótese não prevista na lei a caso concreto “ parecido”. Somente será
possível para favorecer o réu.
Ex: “constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, a celebrar contrato de trabalho ”
(art.198), é um crime que não pode ser aplicado, por analogia, a quem constranger outrem a “NÃO
CELEBRAR CONTRATO”. Isso não seria permitido em Direito Penal.
OBSERVAÇÃO IMPORTANTE: O desuso não revoga as normas penais. Apenas uma lei federal pode
revogar um crime previsto em outra lei.
3. Princípios Gerais do Direito – São premissas éticas extraídas da lei, que orientam a compreensão do
ordenamento jurídico para melhor elaboração, aplicação e integração das normas.
Ex: Princípio de não produzir provas contra si.
4. Tratados e as convenções - Após o “referendum” (validação pelo congresso nacional) é que tem
caráter obrigatório (art.84, inciso VIII da CF), tornando-se fontes do Direito Penal.
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Equidade - Não é considerada fonte, mas forma de interpretação. O juiz utiliza a equidade (espécie de
bom senso), por exemplo, quando for excluir a pena, como nos casos de perdão judicial. Ex: Art.121 §
5º - “Na hipótese de homicídio culposo, o juiz poderá deixar de aplicar a pena, se as consequências da
infração atingirem o próprio agente de forma tão grave que a sanção penal se torne desnecessária”.
A doutrina e a jurisprudência - NÃO são fontes do Direito Penal, mas servem como argumentação.
DOUTRINA: Autores das mais diversas áreas e ramos do Direito que publicam livros e artigos.
JURISPRUDÊNCIA: É o conjunto de decisões uniformes e constantes dos tribunais, resultante da
aplicação de normas a casos semelhantes constituindo uma norma geral aplicável a todas as hipóteses
similares e idênticas. Visto o Direito brasileiro ser fundamentado no sistema jurídico de tradição “ civil
law”, onde a fonte essencial do direito consolida-se na lei, conclui-se que a jurisprudência, enquanto
compendio de decisões proferidas num mesmo sentido por um Tribunal, não possui competência
normativa
SÚMULA: É o enunciado pelo qual o STJ (Superior Tribunal de Justiça) ou STF (Supremo Tribunal
Federal) inscrevem o seu entendimento sobre questões que apresentem controvérsias na
Jurisprudência nacional e sobre as quais chegaram a uma posição firme em face da sua composição
contemporânea. É o pensamento dominante em determinada época. Trata-se de um método que visa
simplificar os julgados desses Tribunais e de certa forma uniformizar a Jurisprudência.
São numeradas e desde a Emenda Constitucional 45/2004 (Reforma do Judiciário) as Súmulas podem
ser classificadas em (a) Vinculantes e (b) Não vinculantes.
A grande maioria não são vinculantes. Todas as Súmulas editadas pelo Supremo Tribunal Federal até
o advento da Lei 11.417/2006 não são vinculantes.
Teoria adotada pelo Código Penal: TEORIA DA ATIVIDADE (ou da ação): “TEMPO DO CRIME”:
Considera-se praticado o crime no momento da ação ou omissão, ainda que outro seja o momento do
resultado (art. 4º CP). Ex: A deu um tiro em B que, levado ao hospital, faleceu dez dias depois. A data
do crime foi fixada quando do disparo do tiro.
Quando há conflito de leis penais pelo surgimento de novos preceitos legais, APLICA -SE A LEI
QUE FOR MAIS BENÉFICA AO AGENTE. Isto significa que a lei penal mais favorável tem
retroatividade e ultratividade.
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RETROATIVIDADE: fenômeno pelo qual uma norma jurídica é aplicada a fato ocorrido antes do
início de sua vigência. A lei benéfica é a nova.
ULTRATIVIDADE: fenômeno pelo qual uma norma jurídica é aplicada a um fato ocorrido antes da
sua revogação. Ex: Paulo praticou o crime na vigência da lei A, (mais benéfica), posteriormente
revogada pela Lei B (prejudicial). Neste caso a lei A se projetará no tempo e produzirá seus efeitos
na vigência da Lei nova. A lei benéfica é a antiga.
Continuidade normativo-típica: Verifica-se a sua incidência quando uma norma penal é revogada, mas
sua conduta continua prevista como crime em outro dispositivo legal. Ex: com o advento da Lei n°
12.015/2009, o art. 214 do CP foi formalmente revogado, mas não houve revogação do crime de
atentado violento ao pudor, que passou a ser considerado como estupro (art. 213 do CP).
Combinação de leis penais (lex tertia): Não é possível a combinação de leis, mesmo para favorecer o
réu. Ex: combinação do art. 12 da antiga de Lei de Drogas com o privilégio do art. 33, § 4° da Nova Lei
de Drogas.
Neste sentido é a súmula 501 do STJ: “ É cabivel a aplicação retroativa da Lei 11.343, desde que o
resultado da incidência das suas disposições, na íntegra, seja mais favorável ao réu do que o advindo
da aplicação da Lei 6.368, sendo vedada a combinação de leis ”.
São consideradas leis temporárias aquelas que possuem vigência previamente fixada pelo legislador.
São consideradas leis excepcionais aquelas que vigoram durante situações de emergência.
Pelo que determina o art.3º do CP embora decorrido o período de sua duração ou cessadas as
circunstâncias que a determinaram, aplica-se ao fato praticado durante sua vigência. Ou seja, um crime
praticado durante sua vigência será julgado conforme seu texto e não conforme as leis atuais, AINDA
QUE AS ATUAIS SEJAM MAIS BENÉFICAS . Ou seja, aplicam-se ao fato cometido sob sua
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A norma especial afasta a norma geral, vez que contém elementos que a especializam. Uma norma é
especial em relação a uma norma geral quando a norma especial contém todos os elementos da
norma geral e mais alguns elementos, denominados especializantes, específicos.
Ex2: art.130 “Expor alguém, por meio de relações sexuais ou qualquer ato libidinoso, a contágio de
moléstia venérea, de que sabe ou deve saber que está contaminado” . art.131 “Praticar, com o fim de
transmitir a outrem moléstia grave de que está contaminado, ato capaz de produzir o contágio.”
O art. 130 tem circunstâncias específicas (doença venérea, que é moléstia grave, mediante relação
sexual ou ato libidinoso) em relação ao art.131, que é mais genérico (fala genericamente moléstia
grave e qualquer ato capaz de transmitir).
Ex3: art.121 (homicídio) e art.123 (infanticídio) - aqui é a mulher em estado puerperal matando o
próprio filho durante o parto ou logo após é uma forma de homicídio “específico para essa situação”.
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2. Princípio da SUBSIDIARIEDADE
Norma subsidiária ou Crime subsidiário é aquele que descreve uma conduta criminosa como autônoma
mas que em alguns casos faz parte da descrição de um crime mais grave . O crime subsidiário,
portanto, descreve um grau menor de violação de um mesmo bem jurídico, isto é, um fato menos
amplo e menos grave. Somente aplica-se a norma subsidiária, quando não se tratar de fato mais
amplo.
Ex: art.146 – “Crime de constrangimento ilegal ” é uma norma subsidiária (menos ampla) em relação a
norma que define o estupro porque está contida na descrição desse crime.
art.213 – “Crime de estupro” - é norma primária (mais ampla) - Constranger a vítima num estupro –
Só responderá pelo estupro. O mesmo acontece com a ameaça (art.147) e a lesão corporal (art.129
“caput”), ambos também se encontram na definição do estupro, do roubo e de outros crimes.
Ex: dano qualificado – art. 163, § único, inc. II - é norma subsidiária mas danificar o patrimônio com o
intuito de causar incêndio ou explosão - art.250 e 251 são normas primárias (chamada de
subsidiariedade expressa)
obs: Sempre responderá pelo crime mais amplo INDEPENDENTE DE SER MAIS GRAVE.
No cometimento de um crime, o agente pode, ao longo de seus atos, cometer outros delitos
para efetivar o crime pretendido e nessas situações alguns desses crimes ficam absorvidos.
Assim, os artigos 163 e 150 são crimes meios para atingir o fim maior. O agente só irá responde pelo
crime fim.
Ex: Para cometer um estelionato (art.171), falsifica o conteúdo de um documento (art.299). O crime de
falsidade ideológica ficará absorvido pelo estelionato, inclusive pela aplicação, nesse exemplo da
Súmula 17 do STJ.
4. Princípio da ALTERNATIVIDADE(?)
Alguns crimes possuem mais de um núcleo (verbos), levando o nome de crime de ação
múltipla. Ex: art.122 – induzimento, instigação ou auxílio a suicídio) - mesmo que o indivíduo instigue,
auxilie e induza à prática do suicídio, ele responderá só por um delito
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Ex: art.33 da Lei 11.343/06 – No mesmo contexto fático o sujeito pode ser surpreendido
vendendo, trazendo consigo, tendo em depósito, etc... só responderá por um crime de tráfico de
drogas.
OBS: apenas alguns doutrinadores reconhecem o crime de ação múltipla como uma modalidade de
conflito de normas, JÁ QUE RESPONDERÁ UMA VEZ SÓ PELO CRIME.
Território Nacional: é o local onde a lei penal será aplicada; São componentes do território:
a) O solo ocupado pela corporação política, sem limite de continuidade e com limites reconhecidos
(incluindo-se o subsolo);
b) Os rios, lagos, mares interiores, golfos, baías e portos;
c) O mar territorial: faixa de mar exterior ao longo da costa, que se estende por 12 (doze) milhas
marítimas de largura, medida a partir da baixa-mar do litoral continental e insular brasileiro, de acordo
com o disposto no art. 1º, caput, da Lei nº 8.617, de 4 de janeiro de 1993;
d) A zona contígua: também mencionada pela Lei nº 8.617/93, compreende uma faixa que se estende
das 12 às 24 milhas marítimas, na qual o Brasil poderá tomar medidas de fiscalização, a fim de evitar
ou reprimir infrações às leis e aos regulamentos aduaneiros, fiscais, de imigração ou sanitários, no seu
território ou mar territorial (artigos 4º e 5º). Não está compreendida no território nacional, mas, como o
próprio nome diz, em área a este contígua;
e) A zona econômica exclusiva: da mesma forma que a zona contígua e o mar territorial, também está
prevista na Lei n. 8.617/93. Abrange uma faixa que se estende das 12 às 200 milhas marítimas,
contadas a partir das linhas de base que servem para medir a largura do mar territorial (art. 7º), onde o
Brasil tem direitos de soberania para fins de exploração e aproveitamento, conservação e gestão dos
recursos naturais, vivos ou não vivos, das águas sobrejacentes ao leito do mar, deste e seu subsolo e,
ainda, no que se refere a outras atividades visando à exploração e ao aproveitamento da zona para
finalidade econômica (art. 8º). Para efeito de aplicação da lei penal brasileira, no entanto, também não
é considerada território nacional;
f) O espaço aéreo: dispõe o artigo 11 da Lei n. 7.565, de 19 de dezembro de 1986, que “ o Brasil exerce
completa e exclusiva soberania sobre o espaço aéreo acima de seu território e mar territorial “.
Portanto, a camada atmosférica que cobre o território é considerada parte integrante deste.
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g)Os navios e aeronaves: nos termos dos parágrafos 1º e 2º do artigo 5º do Código Penal, que
estabelece:
Art. 5º
(...)
§ 1º - Para os efeitos penais, consideram-se como extensão do território nacional as embarcações e
aeronaves brasileiras, de natureza pública ou a serviço do governo brasileiro onde quer que se
encontrem, bem como as aeronaves e as embarcações brasileiras, mercantes ou de propriedade
privada, que se achem, respectivamente, no espaço aéreo correspondente ou em alto-mar.
§ 2º - É também aplicável a lei brasileira aos crimes praticados a bordo de aeronaves ou embarcações
estrangeiras de propriedade privada, achando-se aquelas em pouso no território nacional ou em voo no
espaço aéreo correspondente, e estas em porto ou mar territorial do Brasil.
LEITURA IMPORTANTE: IMUNIDADES DIPLOMÁTICAS - Está prevista na Convenção de Viena, assinada em 18.4.1961, aprovada no
Brasil pelo Decreto Legislativo nº 103, de 1964, e ratificada em 23.12.1965. Funda-se no respeito ao Estado que o infrator representa e na
necessidade de proteger essa pessoa para que bem exerça a sua missão. Atinge qualquer delito praticado pelos agentes diplomáticos,
aos componentes de suas famílias, e aos funcionários da organização internacional, quando em serviço. Encampa, também, os chefes de
governo estrangeiro que visitem o país, bem como a sua comitiva. Não alcança os empregados particulares dos agentes diplomáticos e
os cônsules, embora possa haver tratado que estabeleça a imunidade. Esses últimos possuem apenas imunidade de jurisdição
administrativa e judiciária, quando da realização de atos pertinentes ao exercício de suas funções consulares. Se o delito ocorrer dentro
das sedes diplomáticas, o autor será devidamente processado pela lei brasileira se não possuir imunidade. Estes locais não são mais
considerados extensão do país estrangeiro, embora possuem inviolabilidade em face do respeito devidos ao Estado.
IMUNIDADES PARLAMENTARES - Para que o parlamentar possa bem exercer o seu papel de representante da sociedade livre de
pressões, a Constituição lhe outorga imunidades de natureza material ou substantiva, denominada imunidade absoluta, e formal ou
processual, denominada relativa.
IMUNIDADE ABSOLUTA - Os membros do Congresso Nacional são invioláveis por suas opiniões, palavras e votos (art. 53, caput, da
CF).Tratam-se dos chamados delitos de opinião ou de palavra, como os crimes contra a honra, apologia ao crime, etc. Como a
prerrogativa é da função, e não da pessoa que a exerce, é irrenunciável e sequer poderá ser instaurado inquérito policial para a
investigação e muito menos processo-crime. A imunidade inicia-se com a diplomação e encerra-se com o término do mandato. Mesmo
após o término do mandato o parlamentar não poderá ser processado por crime de opinião ocorrido durante o período de imunidade.
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IMUNIDADE RELATIVA - São referentes à prisão, processo, às prerrogativas de foro e para servir como testemunha. Desde a expedição
do diploma o parlamentar não poderá ser preso em flagrante delito, salvo por crime inafiançável, quando o auto deverá ser lavrado pela
Autoridade Policial e remetido à Câmara ou senado, conforme o caso, que, em votação secreta e por maioria absoluta de seus membros,
poderá determinar a soltura. Para que seja instaurada a ação penal contra o congressista, haverá a necessidade de prévia licença da
respectiva Casa (art. 53, §§ 1º e 3º, da CF). Os Deputados Federais e Senadores serão processados perante o STF e o indeferimento do
pedido de licença, ou a ausência de deliberação, suspenderão a prescrição enquanto durar o mandato (art. 53, §§ 2º e 4º, da CF). Os
Congressistas, também, não poderão ser obrigados a testemunhar sobre informações recebidas ou prestadas em razão do exercício do
mandato, nem sobre as pessoas que lhe confiaram ou deles receberam informações (art. 53, § 5º da CF).
IMUNIDADES DE DEPUTADOS ESTADUAIS E VEREADORES - Deputados Estaduais tem as mesma imunidades dos Congressistas,
para isso, devem constar tais imunidades na Constituição Estadual. Mantendo-se o foro por prerrogativa de função o TJ (art. 27, § 1º da
CF). São válidas apenas em relação às autoridades Judiciárias estaduais e locais, não podendo ser invocada em face do poder Judiciário
federal. Já os vereadores possuem imunidade material em relação às suas opiniões, palavras e votos, desde que o exercício de suas
funções e em seu respectivo município (art. 29, VIII, da CF).
Teoria adotada pelo Código Penal: TEORIA DA UBIQUIDADE: também denominada mista.
**art.6º CP** Quanto ao LUGAR DO CRIME o CP adotou a teoria da ubiquidade (ou mista),
considerando-se praticado o crime tanto no lugar da ação ou omissão, no todo ou em parte, bem como
onde se produzir ou deveria produzir-se o resultado.
Se o crime se iniciou e se consumou no Brasil, evidente que a lei brasileira é a que será aplicada. A
segunda parte do art.6º se aplica a hipótese em que a ação teve início no Brasil, porém teve sua
consumação em outro país (ou vice-versa).
Este dispositivo descreve situações em que a lei brasileira se aplica a fatos que não foram praticados
dentro do território nacional, mas que ainda assim o Brasil se reserva o direito de julgá-los.
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As hipóteses arroladas no inciso I do art. 7.º do Código Penal elencam situações em que se aplica a lei
brasileira, ainda que a justiça estrangeira já tenha conhecido o fato e condenado, ou absolvido, o seu
autor (conforme §1º do art. 7º do CP). Considera-se aqui a extraterritorialidade incondicionada. Nesta
hipótese, a lei brasileira se aplica de maneira imediata, sem qualquer condição. As hipóteses estão
previstas no artigo 7º, inciso I, cujas alíneas “a”, “b” e “c” representam o princípio da defesa, real ou de
proteção; Ou seja, sempre que se faça aplicação do princípio da defesa, onde a nacionalidade e a
natureza do bem jurídico ofendido pela ação delituosa desenvolvida no estrangeiro é que justificam a
aplicação da lei pátria. São os casos dos crimes praticados no exterior contra o Presidente da
República, contra o patrimônio ou a fé pública da União ou contra a Administração Pública, a teor do
artigo 7º, inciso I, do Código Penal; enquanto que a alínea “d” é expressão do princípio da justiça
universal.
II - os crimes:
a) que, por tratado ou convenção, o Brasil se obrigou a reprimir;
b) praticados por brasileiro;
c) praticados em aeronaves ou embarcações brasileiras, mercantes ou de propriedade privada, quando
em território estrangeiro e aí não sejam julgados
§ 2º - Nos casos do inciso II, a aplicação da lei brasileira depende do concurso das seguintes
condições:
a) entrar o agente no território nacional;
b) ser o fato punível também no país em que foi praticado;
c) estar o crime incluído entre aqueles pelos quais a lei brasileira autoriza a extradição;
d) não ter sido o agente absolvido no estrangeiro ou não ter aí cumprido a pena;
e) não ter sido o agente perdoado no estrangeiro ou, por outro motivo, não estar extinta a punibilidade,
segundo a lei mais favorável.
As hipóteses arroladas no inciso II do art. 7.º do Código Penal contêm situações em que o Brasil
também pune fatos praticados fora do território nacional. Contudo, a incidência da norma penal
brasileira e a ação penal em tribunal pátrio impõem a implementação das condições previstas no § 2º
do art. 7º do Código Penal. Chamada de extraterritorialidade condicionada. A lei brasileira será
aplicada mediante observância das condições impostas pelas alíneas “a” a “d”, do § 2º; são condições
objetivas de punibilidade, pois na ausência de qualquer delas o fato não é punível no Brasil.
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EXEMPLO: Veja-se o caso de brasileira que causou a morte de criança no Japão: Seguindo parecer
do Ministério Público Federal, o Superior Tribunal de Justiça restabeleceu a condenação de uma
brasileira que, ao avançar o sinal vermelho de um semáforo no Japão, provocou a morte de uma
criança de dois anos que estava em outro carro com seus pais. Patrícia Fujimoto fugiu para o Brasil
depois do fato e aqui foi denunciada por homicídio culposo. Com a decisão do STJ, ela terá que
cumprir pena de dois anos e três meses de detenção, em regime aberto, e sua habilitação será
suspensa para dirigir veículos por seis meses. O acidente ocorreu em outubro de 2005, na cidade de
Kosai-shi, Washizu. Segundo a denúncia ajuizada pelo Ministério Público de São Paulo, o automóvel
dirigido por Patrícia Fujimoto colidiu frontalmente com a lateral esquerda do automóvel das vítimas. Em
razão do choque, a criança japonesa que estava no banco traseiro ficou presa entre a parte traseira do
veículo tombado e a rua, sofrendo graves ferimentos que causaram sua morte. Em primeira instância,
Fujimoto foi condenada à pena de dois anos e três meses de detenção, em regime aberto, substituída
por duas restritivas de direito e suspensão da habilitação para dirigir veículos por seis meses.
Trata-se de uma hipótese de extraterritorialidade condicionada.
São os delitos que além de ultrapassarem comumente as fronteiras, afetam duramente a comunidade
internacional.
Entende-se que tendo o país o dever de obrigar seu nacional a cumprir as leis, permite-se a aplicação
da lei brasileira ao crime por ele cometido no estrangeiro. Trata o dispositivo da aplicação do princípio
da nacionalidade ou da personalidade ativa.
Mas para tanto, determina-se a necessidade:
a) da entrada do agente no território nacional; não importa que a presença seja breve ou longa, a
negócio ou a passeio, voluntária ou não, legal ou clandestina;
b) de ser o fato punível ainda no país em que foi praticado;
c) de estar o fato incluído entre aqueles que a lei brasileira autoriza a extradição;
d) de não ter sido o agente absolvido no estrangeiro ou não ter aí cumprido a pena. Pode-se aplicar a
lei brasileira somente quando o agente não for julgado no estrangeiro, ou, se condenado, não se
executou a pena imposta;
e) de não ter sido o agente perdoado no estrangeiro ou, por outro motivo, não estar extinta a
punibilidade, segundo a lei mais favorável.
O direito brasileiro não admite a extradição de brasileiros (natos ou naturalizados). Isso é consequência
do preceito constitucional que nega a extradição, mas que não pode levar a ficar impune o brasileiro
que delinquir no estrangeiro.
Por essa razão foi aberta essa exceção na lei penal. Uma exceção ao princípio da territorialidade.
Extradição é a entrega, por parte de um Estado a outro, de um indivíduo acusado ou condenado, com a
finalidade de submetê-lo a processo ou à execução da pena
§ 3º - A lei brasileira aplica-se também ao crime cometido por estrangeiro contra brasileiro fora do
Brasil, se, reunidas as condições previstas no parágrafo anterior:
a) não foi pedida ou foi negada a extradição
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É assim denominada porque para sua incidência, o fato deve reunir não só as condições exigidas no §
2º, mas ainda não ter sido pedida extradição do estrangeiro (isso porque ele precisa estar no Brasil) e
haver requisição do Ministro da Justiça.
Art. 8º - A pena cumprida no estrangeiro atenua a pena imposta no Brasil pelo mesmo crime, quando
diversas, ou nela é computada, quando idênticas .
Há situações em que os crimes cometidos fora do Brasil, ainda que já julgados no estrangeiro, serão
novamente processados no Poder Judiciário brasileiro. Essa é a regra da extraterritorialidade, das
hipóteses do art. 7º do Código Penal, acima descrito.
Nestes casos, quando houver nova condenação, agora pela lei brasileira, a pena cumprida no
estrangeiro abaterá a pena que for imposta no Brasil, na forma deste artigo.
Ou seja, admitindo-se que o réu seja condenado no Brasil por crime ao qual já foi processado no
exterior (nas hipóteses de extraterritorialidade do art. 7.º do CP), a pena cumprida no estrangeiro
detrairá a pena imposta no Brasil:
Obs: Tipos de penas: Pena privativa de liberdade (é a pena de prisão , possui os regimes fechado,
semi aberto e aberto), Pena restritiva de direitos (são as chamadas penas alternativas, previstas no
art.43 do CP e substituem a pena privativa de liberdade nas hipóteses do art.44 do CP) e a Pena de
Multa (valor pago ao fundo penitenciário nacional e está prevista no art.49 CP)
- Se forem idênticas as penas (tipos de penas) - a pena cumprida no estrangeiro será abatida na que
restar fixada no Brasil (ex. duas privativas de liberdade).
- Se elas forem diversas - aquela cumprida no estrangeiro deve atenuar a pena imposta no Brasil, a
critério a ser adotado pelo juiz (ex. uma pena restritiva de direitos e outra privativa de liberdade).
Para que a sentença penal estrangeira produza seus efeitos no Brasil, necessário se faz a sua
homologação, cuja competência é do STJ (Superior Tribunal de Justiça), de acordo com a emenda
constitucional 45/2004 (art. 105, alínea “i”, CF). A homologação servirá, segundo o art.9º do CP, para:
Porém, a sentença penal estrangeira poderá produzir seus efeitos no Brasil, independentemente de
homologação, como se observa a título de ilustração, da leitura do art.63 do CP, que trata da
reincidência.
EXTRADIÇÃO
A extradição é considerada pelo Direito Brasileiro um ato solene de cooperação penal entre países,
que consiste na entrega de uma pessoa, acusada ou condenada por um ou mais crimes, ao país que a
reclama.
A extradição pode ser solicitada tanto para fins de instrução de processo penal a que responde a
pessoa reclamada (instrutória), quanto para cumprimento de pena já imposta (executória). Ressalta-se
que o instituto da extradição exige decretação ou condenação de pena privativa de liberdade.
Quanto ao delinquente:
. só é permitida a extradição de estrangeiro; exceto art.5º, inc. LII da CF
. é proibida a extradição do brasileiro nato - art.5º, inc. LI da CF
Tramitação: A Extradição inicia-se com uma nota verbal feita pela embaixada do país que pede a
entrega do criminoso ao Ministério das Relações Exteriores do Brasil. Ato contínuo, o Ministério das
Relações Exteriores do Brasil, no uso de suas atribuições, repassa o pedido ao Ministério da Justiça, o
qual encaminha através de ofício ao Supremo Tribunal Federal, e sucessivamente o caso é distribuído
a um Ministro-relator. A analisar o referido pedido, a primeira ação do relator é expedir ordem de prisão
do estrangeiro. A partir desse momento, o Ministério da Justiça é posicionado como o elo entre a
embaixada do país requerente e o Judiciário brasileiro, que tem a guarda da pessoa. O andamento do
pedido de extradição no Supremo Tribunal Federal depende de que o extraditando seja preso no Brasil
e colocado à disposição da Justiça até que termine o processo (Prisão Preventiva para Extradição). Ele
será submetido a interrogatório e terá direito a se defender por meio de advogado. A Procuradoria-
Geral da República também deve se manifestar na ação.
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Consequências Jurídicas
Concedida a Extradição, o Estado requerente terá o prazo de 60 dias para retirar o extraditando do
território nacional, e não o fazendo, ele será posto em liberdade. Negada a Extradição, não se admitirá
um novo pedido baseado no mesmo fato. Fundamentação Legal: Constituição Federal – artigo 5º, LI e
LII; artigo 12; artigo 102, I, g. // Estatuto do Estrangeiro – Lei 6.815/80: artigo 76 e seguintes //
Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal – artigos 207 a 214.
CRIME = DELITO
X
CONTRAVENÇÃO PENAL (Lei das Contravenções Penais 3688/41)
*** INFRAÇÃO PENAL é gênero do qual crime e contravenção penal são espécies
CRIME
1. CONCEITOS DE CRIME
a) Material: É toda conduta que lesa e/ou põe em perigo bem jurídico penalmente tutelado
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2.1. - Sujeito ativo: Quem pratica a ação ou omissão que caracteriza o delito.
OBS: Pessoa jurídica somente pode ser sujeito ativo de crime ambiental (Lei 9605/98) OBS: O STF
entendeu que é admissível a condenação de pessoa jurídica pela prática de crime ambiental, ainda que
absolvidas as pessoas físicas ocupantes de cargo de presidência ou de direção do órgão responsável
pela prática criminosa. (1ªTurma. Recurso Extraordinário 548181/PR, rel. Min. Rosa Weber, julgado em
6/8/2013 (Informativo 714).
3.1 Objeto jurídico: é o bem/interesse tutelado pela norma penal (ex: No homicídio é a vida)
3.2 Objeto material: é a coisa ou pessoa sobre a qual recai a atividade criminosa (ex: No homicídio é o
cadáver)
4. DO TÍTULO DO DELITO
4.1. Título genérico: No CP aparece como “Título” e “Capítulo”: refere-se a um gênero de fatos
ex: Crimes contra a pessoa e contra a vida
1) QUANTO AO RESULTADO:
a) Crimes materiais:
O legislador descreve a conduta e o resultado, exigindo a sua produção para a consumação
(ex. arts. 121, 124, 129, 155, 157)
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c) Crimes formais:
O legislador descreve a conduta e o resultado, mas não exige a sua produção para a
consumação (ex. 147, todos os crimes contra a honra)
a) Crimes dolosos
Definição no art.18, I, C.P.
b) Crimes culposos
Definição no art.18, II, C.P.
a) Crimes simples – Uma pessoa “sozinha” pode cometer o crime. Ex: Uma pessoa sozinha pode matar
alguém, uma pessoa sozinha pode praticar um furto, etc.... É a natureza do crime. ATENÇÃO: Não
pensar em casos concretos porque pode ser que fora praticado por várias pessoas numa determinada
situação.
1. crimes coletivos
São os que têm como elementar (requisito do crime) o concurso de várias pessoas para um fim
único (ex: art.288 – Associação Criminosa – 3 pessoas ou mais - Alteração pela Lei 12.850/13)
2. crimes bilaterais
São os que exigem o concurso de duas pessoas, mesmo que uma delas não seja culpável
(ex.art.235)
a) Crimes instantâneos
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b) Crimes permanentes
São os que causam uma situação danosa ou perigosa que se prolonga no tempo. O momento
consumativo se prolonga no tempo (ex.148, 149,159/ 288)
a) Crimes comissivos
São os praticados mediante ação; vale dizer, o sujeito faz alguma coisa
**há os crimes comissivos propriamente ditos (são os que se perfazem com a realização da
conduta descrita no crime)
**há os crimes comissivos por omissão (ou omissivos impróprios) (são aqueles em que o
sujeito, mediante uma omissão, permite a produção de um resultado posterior - ex. mãe deixar de
alimentar o filho, vindo este a morrer)
b) Crimes omissivos
São os praticados por inação; vale dizer, o sujeito deixa de fazer alguma coisa que deveria ter
feito (ex.135)
**há os crimes omissivos próprios (são os que se perfazem com a simples abstenção da
realização de um ato – ex.art.135)
**há os crimes omissivos impróprios (ou comissivos por omissão) (são aqueles em que o
sujeito, mediante uma omissão, permite a produção de um resultado posterior - ex. mãe deixar de
alimentar o filho, vindo este a morrer)
**há os crimes de conduta mista (são os delitos em que há uma ação inicial por parte do
agente e uma omissão final - ex. art.169, parágrafo único, II)
a) Crime de dano
São os que só se consumam com a efetiva lesão do bem jurídico (ex.121, 129, 155, 163,..)
São os que se consumam tão-só com a possibilidade do dano (ex.130 caput, 137, 250)
7) QUANTO AO AGENTE:
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a) Crimes comuns
São os que podem ser praticados por qualquer pessoa
b) Crimes próprios
São os que só podem ser cometidos por uma determinada categoria de pessoas, pois
pressupõe no agente uma particular condição ou qualidade pessoal (ex.123, 312). Nesta modalidade o
sujeito ativo pode determinar a outrem a execução do crime, podendo haver coautor e partícipe.
obs: os crimes funcionais (são os que só podem ser praticados por pessoas que exercem funções
públicas - arts.312 e seguintes) pertencem à categoria dos crimes próprios
QUANTO AO RESULTADO
MATERIAIS
DE MERA CONDUTA
FORMAIS
QUANTO AO AGENTE
COMUNS
PRÓPRIOS
DE MÃO PRÓPRIA
DO FATO TÍPICO
(1º requisito do crime)
** é todo fato (real/ concreto) que se enquadra na descrição contida em determinado crime
** é o primeiro requisito do crime
2º RESULTADO
* é o efeito do comportamento humano no mundo externo
* somente nos crimes materiais pq. nos formais e nos de mera conduta não há a
necessidade de resultado
3º NEXO CAUSAL
* é a ligação entre a conduta e o resultado
4º TIPICIDADE
* é a adequação da conduta à descrição do crime
fato típico (se adequa) X fato atípico (não se adequa)
CONDUTA
(1º elemento do Fato Típico)
2. CARACTERÍSTICAS DA CONDUTA:
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Elementos da conduta:
a) um ato de vontade
b) atuação positiva ou negativa dessa vontade no mundo exterior (manifestação através de
um fazer ou não fazer)
- Movimentos reflexos (ato involuntário) – Ex. Uma virada brusca que sem querer bate
em alguém com o cotovelo. Não há voluntariedade e, portanto, não é conduta para o Direito Penal.
(Diferentes de atos impulsivos que são considerados voluntários – ex: violenta emoção num homicídio
por exemplo. Vide art.121§ 1º do CP. No caso da violenta emoção o homicídio é punido mas tem a
pena diminuída).
*** nestas hipóteses, por não haver vontade dominante afastam o crime.
3. FORMAS DE CONDUTA
1. AÇÃO (Crime comissivo) A ação consiste num movimento corpóreo externo; necessariamente o
agente fará uma atitude positiva, no sentido de fazer algo.
2. OMISSÃO (Crime omissivo). Justamente o comportamento omissivo faz o sujeito incorrer no crime
RESULTADO
(2º elemento do fato típico)
Ex: efeitos físicos, como a destruição de um objeto no crime de dano (art.163); fisiológicos, como a
morte de um homem no homicídio (art.121), ou a perda de um membro nas lesões corporais (art.129,
parágrafo 2º, III), etc...
RELAÇÃO DE CAUSALIDADE
(3º elemento do fato típico)
Ex: A mata B a golpes de faca. Há o comportamento humano (ato de desferir facadas) e o resultado
(morte). O primeiro elemento é a causa; o segundo, o efeito. Entre um e outro há uma relação de
causalidade, pois a vítima faleceu em consequência dos ferimentos produzidos pelos golpes de faca.
ATENÇÃO:
O nexo causal só funciona como elemento do fato típico em relação aos crimes:
a) Materiais consumados e
b) Tentativa dos crimes materiais
Já nos crimes formais e nos de mera conduta, a ação/omissão relaciona-se direto com a tipicidade,
sendo que nestes crimes, apenas dois (conduta/tipicidade) são os elementos do fato típico.
Art.13, caput, 2ª parte – é considerada causa a ação ou omissão sem a qual o resultado não teria
ocorrido.
Teoria da “conditio sine qua non” ou da equivalência dos antecedentes causais foi a adotada pelo
Código Penal.
A conduta é causa quando, suprimida mentalmente, o evento concreto não teria ocorrido no momento
em que ocorreu.
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Crítica à teoria adotada pelo C.P.: ela é muito abrangente, pois ao considerá-la ao “pé da letra”,
chegaremos a conclusões absurdas (ex: homicídio com arma: quem fabricou, quem vendeu, quem
comprou, quem emprestou) daí, porque
Vale dizer: para evitar-se interpretações absurdas, é preciso verificar-se o aspecto subjetivo da conduta
de cada pessoa que contribuiu para o resultado e não somente o aspecto material.
Art.13, §1º, do CP: (exceção à teoria adotada pelo CP no caput) – a superveniência de causa
relativamente independente exclui a imputação quando, POR SI SÓ, PRODUZIU O RESULTADO ; os
fatos anteriores, entretanto, imputam-se a quem os praticou.
Este parágrafo determina que uma conduta que apesar de se relacionar com o acontecimento, “ esta
causa por si só causou o resultado” e dessa forma o agente não responderá pelo resultado.
Aqui fica excluído nexo de causalidade quando sobrevém uma “segunda causa” que se situa fora do
desdobramento normal da causa original, e que, por si só, já causa o resultado. “Perguntar ao senso
comum (homem médio) o que é normal acontecer após o fato e o que foge do normal, o que for fora do
normal exclui/ rompe o nexo causal com o resultado, já aquilo que para o senso comum é algo “que
pode acontecer”, está na linha de desdobramento normal dos fatos não irá excluir o nexo causal com o
resultado, o sujeito irá responder pelo resultado normalmente.
Ex1: a vítima agredida pelo agente é transportada ferida para o hospital em ambulância, que, no
caminho, sofre uma colisão; SE o posterior falecimento da vítima no hospital foi consequência da
batida do veículo, trata-se de uma causa independente, só respondendo o agente pelas lesões
corporais ou tentativa de homicídio.
Ex2: Mas se por exemplo, a vítima chegar até o hospital, ser internada e lá morrer de infecção
hospitalar isso é algo “que pode acontecer”, portanto, não rompe o nexo causal e o sujeito responderá
pelo resultado.
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Art.13, caput, do CP
Absolutamente (há exclusão do nexo
Preexistentes
independentes em relação de causalidade).
à conduta do sujeito Nunca responderá
Concomitantes
pelo resultado
Supervenientes
O resultado é
Preexistentes
TIPOS DE imputável (art.13,
Concomitantes
SEGUNDAS caput)
CAUSAS
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O agente responde pelo resultado porque não o impediu realizando a conduta a que estava obrigado.
Art.13, § 2º: “A omissão é penalmente relevante QUANDO O OMITENTE DEVIA E PODIA AGIR para
evitar o resultado. O dever de agir incumbe a quem ”:
Ex: A mãe que deixa de alimentar o filho e este vem a morrer de inanição. Ela está descumprindo uma
obrigação imposta pela lei. Normalmente essas obrigações a que se referem à alínea ”a” advém das
relações de poder familiar, casamento, família, tutela, curatela, adoção, etc...
Ex: Guia alpino e alpinista; enfermeiro e doente; salva-vidas e mau nadador. O sujeito está na condição
de garantidor, independente de uma relação jurídica entre eles.
Ex: Um exímio nadador convida alguém a acompanhá-lo em longo nado e, em determinado instante,
vendo que o companheiro está perdendo as forças, não o socorre, deixando-o morrer.
TIPICIDADE
CONCEITO: É a perfeita adequação entre o fato concreto e a descrição de cada espécie de infração
contida no artigo que define determinado crime
TIPO é o conjunto dos elementos descritivos do crime contidos na lei penal. Ex: Art.155. O tipo do
crime de furto é o conjunto dos elementos da conduta punível definido pela lei: “ Subtrair, para si ou
para outrem, coisa alheia móvel”
O dolo é elemento subjetivo do tipo (todos os crimes vêm com o dolo inerente à eles, as exceções é
que devem estar expressas – conforme o art.18 § único do CP)
- TEORIA DA VONTADE: Dolo é a vontade dirigida ao resultado. Age dolosamente a pessoa que,
tendo consciência do resultado, pratica sua conduta com a intenção de produzi-lo.
- TEORIA DA REPRESENTAÇÃO: Haverá dolo quando o sujeito realizar sua ação ou omissão
prevendo o resultado como certo ou provável (ainda que não o deseje).
- TEORIA DO CONSENTIMENTO OU DO ASSENTIMENTO: Consentir na produção do resultado é o
mesmo que o querer. Aquele que, prevendo o resultado, assume o risco de produzi-lo, age
dolosamente.
ESPÉCIES
b) EVENTUAL - quando o sujeito assume o risco de produzir o resultado. Ele não quer o
resultado, senão seria dolo direto. Ele prevê o resultado e mesmo assim age, sendo
indiferente se o resultado ocorrerá ou não. Ex: o sujeito dirige a 190km/h embriagado em
via pública, atropela e mata um pedestre.
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CULPA: Constitui elemento normativo do tipo, pois quando houver, para determinado crime, a punição
a título de culpa, estará claramente descrita, pois é a exceção. Ex: art.121 § 3º CP
- A “culpa” decorre da inobservância do dever de cuidado que todos deveriam ter naquela
situação
- As condutas humanas não podem causar danos à terceiros, pois, caso contrário, houve
falta de cuidado objetivo (cuidado que todos olhando de fora diriam “ ahhh ali a pessoa foi
imprudente” por exemplo).
O resultado lesivo deve ser objetivamente previsível. Obs: Se não há como prever
objetivamente a probabilidade de um resultado, a pessoa não pode responder por ele, fica excluída a
tipicidade. Ex: A pessoa está dirigindo normalmente na marginal Tietê em São Paulo, onde há vários
viadutos que a cortam. De repente despenca um ciclista de um desses viadutos bem no momento que
o motorista está passando embaixo. Ele atropela e mata o ciclista. Ele tinha como prever o
resultado??? Obviamente que não.
1- Conduta humana voluntária e consciente: Mas não dirigida a um fim, assim só crime doloso.
2- Inobservância do cuidado objetivo (cuidado que todos deveriam ter naquela situação)
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3- Previsibilidade objetiva: Possibilidade objetiva (no caso concreto) de ocorrência do resultado (todos
de fora olhando o caso concreto e concordando que o resultado ali era previsível)
4- Ausência de previsão por parte do sujeito: a culpa é justamente “ não prever o que era previsível
objetivamente” = o agente poderia ter previsto o que todos previram, mas por ter sido imprudente,
negligente e/ou imperito não previu.
5- Resultado Involuntário: Não há crime culposo sem resultado: não havendo resultado a conduta
realizada por si só já será uma infração penal ou um indiferente penal. Ex: dirigir em alta velocidade
(não é crime, apenas infração administrativa no Código de Trânsito) e limpar arma carregada (mesmo
que não dispare, se a pessoa não tem porte já será um crime).
7- Tipicidade – Previsão legal pois é a exceção (a regra é que o crime seja punido apenas a título de
dolo)
1 ) ESPÉCIES DE CULPA
* culpa consciente (ou culpa de previsão): o resultado é previsto pelo agente que espera
levianamente que não ocorra ou pode evitá-lo. Ex: caçador, ultrapassagem. Aqui o sujeito
confia demais na sua capacidade de evitar o resultado.
Na CULPA CONSCIENTE o agente não quer o resultado e acredita na sua habilidade para
que o resultado não ocorra
* Na culpa própria o agente não quer o resultado nem assume o risco de produzi-lo, embora
seja objetivamente previsível. É a culpa propriamente dita. É o crime culposo propriamente dito
com todos os seus elementos.
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* Na culpa imprópria o sujeito prevê o resultado e quer o resultado porque está numa situação
de erro sobre as circunstâncias do fato (Ex: Pai mata o próprio filho que entra de madrugada
pensando tratar-se de um ladrão MAS havia luz e ele poderia ter tido mais cautela, mas foi
imprudente, já pegou a arma e atirou). Previsto no art.20§ 1º, 2ª parte.
2) Graus de Culpa
OBS: Inexiste diferença para efeito de cominação abstrata de pena mas o juiz deve levar em conta a
natureza da culpa no momento de dosar a pena concreta, já que lhe cabe, nos termos do art.59, caput,
do Código Penal, fixar a pena de acordo com o grau de reprovabilidade do agente.
3) Compensação de culpas – Não se admite em Direito Penal - O proceder culposo da vítima não
afasta o do agente.
Ex1: A imprudência do pedestre que cruza a via pública em local inadequado não afasta a do
motorista que, trafegando na contramão ou em alta velocidade, vem a atropelá-lo.
Ex2: Se um motorista deixa, em declive, seu automóvel mal brecado e uma criança sobe nele,
vindo a ferir-se pela precipitação ladeira abaixo do veículo, responderá culposamente.
4) Concorrência de culpas
Ocorre quando dois ou mais agentes, em atuação independente uma da outra, causam
resultado lesivo por imprudência, negligência ou imperícia. Todos respondem pelos eventos
lesivos.
Ex: Suponha-se que dois veículos se choquem num cruzamento, produzindo-se ferimentos nos
motoristas e provando-se que agiram culposamente. Trata-se de concorrência de culpas.
Os dois respondem por crime de lesão corporal culposa. O motorista A é sujeito ativo do crime
em relação a B, que é vítima; em relação à conduta de B, ele é sujeito ativo do crime, sendo A o
ofendido.
OBS: Não se trata de coautoria, tendo em vista que não há vínculo psicológico entre os
agentes. Na realidade verifica-se a ocorrência da autoria colateral, onde não há adesão da conduta de
uma na do outro, ignorando os agentes que contribuem reciprocamente na realização da mesma ação.
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O artigo 18, § único do CP diz que deve ser previsto pelo artigo que define o crime
expressamente e no silêncio desta, quanto ao elemento subjetivo, a punição só se verifica
a título de dolo. Ex: não há crime de dano culposo (art.163), sobra apenas a
responsabilidade civil.
6) Culpa nos delitos omissivos impróprios (ou comissivos por omissão) – Para aqueles que se
enquadram no art.13, § 2º do CP e têm o dever de impedir o resultado é possível a ocorrência de
crimes omissivos impróprios culposos. Ex: É o caso da babá que, por negligência, descumpre o dever
contratual de cuidado e vigilância da criança e não impede que esta morra afogada na piscina da casa.
Nessa hipótese responderá por homicídio culposo por omissão
Conceito: É aquele em que o legislador, após descrever uma conduta típica, com todos os seus
elementos, acrescenta-lhe um resultado, cuja ocorrência acarreta um agravamento da sanção penal. O
crime qualificado pelo resultado possui duas etapas:
Na letra “a” há um crime perfeito e acabado, praticado a título de dolo ou culpa, ao passo
que, na letra “b”, um resultado agravador produzido dolosa ou culposamente acaba por
tipificar um delito mais grave.
Ex: A ofensa à integridade corporal de outrem, por si só, já configura o crime previsto no
art.129, caput, do Código Penal, mas, se o resultado final caracterizar uma lesão grave ou
gravíssima, essa consequência servirá para agravar a sanção penal, fazendo com que o
agente responda por delito mais grave.
1º) Dolo no antecedente e dolo no consequente: Ex: Marido que espanca a mulher até
atingir seu intento, qual seja, deformidade permanente. (art.129, § 2º, IV CP)
2º) Culpa no antecedente e culpa no consequente: Ex. Incêndio culposo com vítima fatal
(art.250 § 2º c/c art.258 CP)
3º) Culpa no antecedente e dolo no consequente: Ex: Motorista que atropela a vítima
culposamente por imprudência e depois, dolosamente deixa de socorrê-la (art.303 § único
do CTB)
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CRIME PRETERDOLOSO
Generalidades: - São espécies de crimes qualificados pelo resultado pois há dolo no antecedente
(conduta) e culpa no consequente (resultado) deriva da inobservância do cuidado objetivo. Exemplo:
art. 129, § 3º (lesão corporal seguida de morte)
DO ITER CRIMINIS
Iter criminis é o conjunto de fases pelas quais passa o delito, abrangendo as seguintes etapas:
1. cogitação; 2. atos preparatórios; 3. execução; 4. consumação.
Ex: O agente, com intenção de matar a vítima (cogitação), adquire um revólver e se posta de
emboscada à sua espera (atos preparatórios), atirando contra ela (execução) e lhe produzindo a morte
(consumação).
O estudo da tentativa, portanto, está intrinsecamente ligado ao iter criminis, posto só haver crime
tentado quando o delito deixa de percorrer todo o seu caminho, terminando sem a completa realização
do tipo.
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A primeira fase do iter criminis é a “cogitatio” - que é o ato de elaborar planos, estratégias e demais
elucubrações acerca do perpetrar de um crime. A cogitação está no foro íntimo de cada pessoa,
podendo ou não se materializar em ato ilícito.
Esta fase não tem relevância para o Direito Penal, dado não constituir circunstância punível o mero
exercício de pensar.
Mesmo quando exteriorizada, se ela não passa de certo ponto, se não chega ao grau de tentativa, não
é punível. EXCEÇÃO: Porém, há casos em que se observa já constituir delito o desígnio ou propósito
de vir a cometê-lo, como sucede com a conspiração, a incitação ao crime (art. 286), a associação
criminosa (art. 288), e ainda outros, em que há o propósito delituoso, ou a intenção revelada de vir a
praticá-lo. Crime de ameaça (art.147)
“A impaciência do legislador, então, antecipa-se e não espera que ele se verifique, punindo, em última
análise, a intenção, o projeto delituoso”, a própria cogitação.
Atos preparatórios é aquela forma de atuar que cria as condições prévias adequadas para a realização
de um delito planejado. Por um lado, deve ir mais além do simples projeto interno sem que deva, por
outro, iniciar a imediata realização tipicamente relevante da vontade delitiva.
Portanto, consiste na conduta que precede, sob o prisma temporal, a execução do fato criminoso: um
trecho da realidade fática que não é atingido pela pena. Não tem relevância penal para o crime que
gostaria de consumar.
Ex: A compra de uma arma ou a aquisição de um tubo de gás paralisante, para a realização de um
homicídio ou de um roubo.
EXCEÇÃO: São punidos, entretanto, quando o legislador os define como crime consumado em outro
artigo autônomo. Nesses casos, o sujeito pratica crime não porque realizou atos preparatórios do crime
que pretendia cometer no futuro, mas sim porque consumou outro delito. Ex.: aquele que, desejando
cometer uma falsidade, fabrica aparelho próprio para isso, responde pelo crime do art. 291 do CP. É
punido não porque realizou ato preparatório (a fabricação do instrumento) da falsidade futura, mas
porque realizou a conduta descrita no dispositivo citado.
II – tentado, quando, iniciada a execução, não se consuma por circunstâncias alheias à vontade do
agente.
Pena da tentativa
Parágrafo único: Salvo disposição em contrário, pune-se a tentativa com a pena correspondente ao
crime consumado, diminuída de um a dois terços.”
O estágio de realização do crime que está entre a preparação e a consumação do delito é o início da
execução, denominado também tentativa.
O início da execução é o começo da realização do tipo penal. Tentar a morte (homicídio) é começar a
matar. (Se houver a morte o fato se amolda de forma total (por inteiro) ao tipo, ou seja, se consuma o
crime). O sujeito ativo da ação começa a execução de um crime quando pratica uma fração do tipo,
quando adentra na área do tipo, quando se dá uma parcial tipicidade.
Ex1: A pontaria ainda é considerada atos preparatório, mas o primeiro disparo já é o início de execução
de um homicídio.
Ex2: No furto, a aquisição da chave falsa é ato preparatório, mas a abertura da porta, com essa chave,
já é início de execução.
Conclusão: Para dar uma nítida separação entre os atos preparatórios não puníveis e os atos de
execução puníveis o legislador recorreu ao conceito de "início de execução", mas não procurou defini-
lo, de forma que a delimitação de sua área de significado foi relegada à doutrina.
FORMAS
b) Tentativa Perfeita – Apesar de ter o agente realizado toda a fase de execução, o resultado
não ocorre por circunstâncias também alheias a sua vontade (também chamado de crime falho)
a) Crimes Culposos porque não há vontade direcionada a um fim, o resultado ocorre por
imprudência, negligência ou imperícia.
c) Contravenções Penais – por expressa disposição legal - Art. 4º LCP (DL 3688/41)
e) Crimes unissubsistentes, aqueles que se realizam num único ato, pois não é possível
fracionar as fases do crime. Ex: Injúria verbal. (já os plurissubsistentes admitem tentativa, pois se
realizam em vários atos podendo fracionar o “iter criminis” como na injúria por escrito a título de
exemplo)
f) Crimes Habituais, pois não possuem um iter (Art. 230 CP), eis que o crime para se consumar
exige habitualidade, ou seja, que o sujeito faça disso o seu dia-a-dia. Outros exemplos: art.283 CP,
art.284 CP.
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ELEMENTOS
Se o sujeito interrompe a execução do crime ou, se já terminada a fase de execução evita a produção
do resultado, não há crime tentado.
obs.: - desistência voluntária é diferente de crime tentado, vez que no primeiro o crime não se consuma
por vontade do agente, enquanto no segundo não se consuma por razões alheias à vontade dele.
Ex: O ladrão, dentro da residência da vítima e prestes a subtrair-lhe valores, desiste de consumar o
furto e se retira.
Ex2: A mãe suspende a amamentação do filho a fim de causar sua morte. Desiste da consumação e
alimenta a criança.
Obs: Desistência Voluntária tem que ser – voluntária mas não necessita ser espontânea.
A desistência é voluntária quando o agente pode dizer: “Não quero prosseguir embora pudesse fazê-lo”
e é involuntária quando tem de dizer: “Não posso prosseguir, ainda que o quisesse” (aqui há tentativa
punível) Ex: porta que bate, cachorro que late, etc...
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Portanto, se o sujeito só desiste de seu intento de cometer o crime diante do perigo de ser preso em
flagrante, ao perceber que seus movimentos são atentamente seguidos por outrem, não há falar-se em
desistência voluntária.
Ex: Após ministrar veneno na alimentação da vítima, o agente se arrepende, dando-lhe um antídoto
que a salva. TEM QUE SALVAR, TEM QUE SER EFICAZ (se não conseguir salvá-la responde por
homicídio)
ATENÇÃO
Ex.: No Furto (art.155), responde por Violação de Domicílio (art. 150), Dano (art.163)
Homicídio (art. 121) responde por Lesão Corporal (art. 129)
Requisitos:
APLICAÇÃO: Atendidos os pressupostos do art.16 do CP, a causa de redução da pena é aplicável aos
crimes: dolosos e culposos, tentados e consumados; simples (“caput”), privilegiados (com alguma
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causa que diminua a pena) e qualificados (aqueles qualificados pelo resultado que possuem pena
maior).
“Art.17 – Não se pune a tentativa quando, por ineficácia absoluta do meio ou por absoluta
impropriedade do objeto, é impossível consumar-se o cr ime”.
Ex: Não se pune a tentativa quando, pelo meio empregado (envenenar alguém com farinha) ou pelo
objeto visado (matar um morto), não se pode consumar o crime.
REQUISITOS
Se a ineficácia do meio for relativa haverá tentativa . Ex: O agente pretende atirar contra a vítima, mas a
arma nega fogo. (ineficácia relativa do meio) se fosse arma de brinquedo seria ineficácia absoluta do
meio.
a) uma condição acidental do próprio objeto material neutraliza a eficiência do meio usado pelo
agente; Ex: o celular da vítima desvia o projétil/ O colete a prova de balas neutraliza o tiro
b) presente o objeto na fase inicial da conduta, vem a ausentar-se no instante do ataque.; Ex: O
agente dispara tiros na cama da vítima que dela saíra frações de segundos antes
ATENÇÃO: O CRIME IMPOSSÍVEL NÃO CONSTITUI FIGURA TÍPICA. (NÃO RESPONDE POR
NADA em relação ao crime que queria consumar)
Não é suficiente que o comportamento seja típico, que a conduta encontre correspondência num
modelo legal, adequando-se o fato à norma penal incriminadora. É necessário que seja ilícito para que
sobre ele incida a reprovação do ordenamento jurídico, e que o agente o tenha cometido com os
requisitos da culpabilidade. Em face disso, surge, até aqui, o crime como fato típico e antijurídico (ou
ilícito).
A antijuridicidade ou ilicitude consiste na falta de autorização do fato típico. Matar alguém é um fato
típico porque infringe a norma que diz 'não deves matar', este fato será antijurídico ou ilícito se não for
praticado sob o amparo de uma causa que o justifique, as chamadas causas excludentes.
São elas:
ESTADO DE NECESSIDADE
Assim, estado de necessidade é uma situação de perigo atual de interesses protegidos pelo Direito,
em que o agente, para salvar um bem próprio ou de terceiro, não tem outro caminho senão o de lesar
o interesse (bem jurídico) de outrem.
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São requisitos da situação de perigo: a) um perigo atual ou iminente; b) ameaça a direito próprio ou
alheio; c) situação não causada voluntariamente pelo sujeito (não causada intencionalmente) ;
d) inexistência de dever legal de suportar/enfrentar o perigo (art.24, §1º CP).
A prática da conduta lesiva (do fato típico que será praticado) exige: a) inevitabilidade do
comportamento lesivo; b) inexigibilidade de sacrifício do interesse ameaçado (bem jurídico ameaçado);
c) conhecimento da situação de fato justificante.
A ausência de qualquer requisito exclui o estado de necessidade.
Perigo atual é o presente, que está acontecendo; iminente é o que está preste a desencadear-se. É
certo que o CP menciona apenas o primeiro caso. José Frederico Marques observava que " não se
incluir aqui o perigo iminente porque é evidente que não se pode exigir o requisito da iminência da
realização do dano".
Porém, os autores contemporâneos defendem que se o perigo está prestes a ocorrer, não parece justo
que a lei exija que ele espere que se torne real para praticar o fato necessitado. Só o perigo atual ou
iminente permite a conduta lesiva.
Mirabete dizia: “não haverá estado de necessidade se a lesão somente é possível em futuro remoto ou
se o perigo já está confinado". Assim como um perigo futuro não autoriza a justificativa, não permitirá o
passado. Deve o perigo ser efetivo, quer pela atualidade, quer pela iminência.
No caso do agente que supõe a existência do perigo, que na realidade não existe ocorre o denominado
"ESTADO DE NECESSIDADE PUTATIVO" (imaginário). Se for escusável (desculpável), exclui-se o
dolo e culpa; se inescusável (sem desculpas), o agente responde pelo crime culposo, desde que
prevista a modalidade culposa, conforme preceitua o art.20 §1º, 2ª parte.
A situação de perigo pode ter sido causada por conduta humana, fato natural ou ataque de animal.
Cabe assinalar que o autor de crime permanente ou habitual não pode alegar estado de necessidade.
B) Ameaça a direito próprio ou alheio (2º requisito da situação de perigo): estado de necessidade
próprio e de terceiro
O fato típico pode ocorrer para salvar um bem jurídico do próprio sujeito ou de terceiro. Neste último
caso, não se exige qualquer relação jurídica específica entre ambos e não é preciso que ele, terceiro,
manifeste vontade de salvaguardar seu bem jurídico.
É necessário que os interesses em litígio se encontrem protegidos pelo Direito (os bens jurídicos em
conflito). Se a ordem jurídica nega a proteção a um dos bens jurídicos, fica afastada a ocorrência do
estado de necessidade.
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C) Situação não causada voluntariamente (intencionalmente) pelo sujeito (3º requisito da situação de
perigo)
No Brasil, Costa e Silva, Basileu Garcia e Aníbal Bruno ensinavam que só o perigo doloso impede o
estado de necessidade.
Em campo oposto, Nélson Hungria, José Frederico Marques e Magalhães Noronha entendiam que
também o perigo culposo impede a alegação de necessidade.
Atualmente somente o perigo causado dolosamente impede que seu autor alegue encontrar-se em
estado de necessidade.
D) Inexistência de dever legal de enfrentar (suportar) o perigo (4º requisito da situação de perigo)
Determina o art.24, §1º, que "não pode alegar estado de necessidade quem tinha o dever legal de
enfrentar o perigo".
Assim, é indispensável que o sujeito não tenha, em face das circunstâncias em que se conduz, o dever
imposto por lei de sofrer o risco de sacrificar o próprio interesse jurídico. Ex.: o policial não pode deixar
de perseguir criminosos sob o pretexto de que estão armados e dispostos a resistir, o capitão do navio
não pode salvar-se à custa da vida de um passageiro.
obs: Quando o sujeito que tem o dever legal de enfrentar o perigo se encontra fora de sua atividade
específica, não há a obrigação de expor o seu bem jurídico a perigo de dano, salvo exceções impostas
pela função, como por exemplo, policial militar.
obs 2 Se a desproporção entre os bens em colisão é muito considerável não se pode exigir do sujeito
que se deixe sacrificar. Assim, para a salvaguarda de um bem patrimonial, não se pode exigir do
bombeiro que sacrifique a própria vida.
Tendo em vista a titularidade do interesse protegido, o estado de necessidade pode ser: a) estado de
necessidade próprio; b) estado de necessidade de terceiro.
Levando em conta o aspecto subjetivo do agente, pode ser: a) estado de necessidade real: descrito no
art.24 do CP. Exclui a antijuricidade; b) estado de necessidade putativo: resulta da combinação dos
arts.24 e 20, §1º, 1ª parte.. Ocorre quando o agente, por erro plenamente justificado pelas
circunstâncias, supõe encontrar-se em estado de necessidade.
Sob o prisma do terceiro que sofre o fato típico, há duas formas de estado de necessidade:
a) estado de necessidade agressivo: quando a conduta do sujeito atinge um bem jurídico de terceiro
inocente; b) estado de necessidade defensivo: quando a conduta do sujeito atinge um interesse de
quem causou ou contribuiu para a produção da situação de perigo.
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LEGÍTIMA DEFESA
(art.25 CP)
“Art. 25 - Entende-se em legítima defesa quem, usando moderadamente dos meios necessários,
repele injusta agressão, atual ou iminente, a direito seu ou de outrem. Parágrafo único. Observados os
requisitos previstos no caput deste artigo, considera-se também em legítima defesa o agente de
segurança pública que repele agressão ou risco de agressão a vítima mantida refém durante a prática
de crimes” (em negrito trecho incluído pela Lei Anticrime – Lei 13.964/19)
É a utilização moderada dos meios necessários para repelir injusta agressão, atual ou iminente, a
qualquer direito seu ou de outrem (leia-se a “qualquer bem jurídico seu ou de terceiro”).
São requisitos: a) agressão injusta, atual ou iminente; b) direitos (bens jurídicos) do agredido ou de
terceiros, atacado ou ameaçado de dano pela agressão; c) repulsa/revide/reação com os meios
necessários; d) uso moderado de tais meios; e) conhecimento da agressão e da necessidade da
defesa (vontade de defender-se).
Agressão é o ato que lesa ou ameaça um direito. Implica a ideia de violência. Mas nem sempre, nos
delitos omissivos não há violência, e mesmo em certos crimes comissivos, como o furto com destreza,
pode inexistir violência.
Agressão injusta é aquela ilegal, que a pessoa não está obrigada a suportar.
Deve ser “injusta” (ilegal) porque, caso contrário, não há legítima defesa.
Ex: O oficial de justiça com mandado de busca e apreensão de um automóvel numa residência, é uma
“agressão justa” (legal), portanto, não pode o sujeito partir para cima do oficial de justiça alegando
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legítima defesa de seu patrimônio. Ex2: Condenado a pena de morte não pode se insurgir contra o
carrasco que está prestes a executar a pena capital.
A agressão, portanto, deve ser injusta, contra o direito, contra o que é lícito ou permitido. Dessa forma,
opondo-se ao que é ilícito, o defendente atua consoante o direito.
Deve a agressão ser atual ou iminente. Não existe legítima defesa contra agressão futura nem contra a
que já cessou. Admite-se legítima defesa nos delitos permanentes, por ex., no sequestro.
A reação do agredido é sempre preventiva: impede o início da ofensa ou sua continuidade, que iria
produzir maior lesão.
Em relação ao titular do bem jurídico, há duas formas de legítima defesa: a) própria, quando o autor da
repulsa é o próprio titular do bem jurídico atacado ou ameaçado; b) de terceiro, quando a repulsa visa a
defender interesse de terceiro.
Qualquer bem jurídico pode ser protegido através da ofensa legítima, não se fazendo distinção entre
bens pessoais ou impessoais (vida, honra, patrimônio, liberdade sexual etc.).
Somente ocorre a excludente quando a conduta de defesa é necessária para repelir a agressão.
A medida da repulsa deve ser encontrada pela natureza da agressão, em face do valor do bem
atacado ou ameaçado, circunstâncias em que se comporta o agente e os meios à sua disposição para
repelir o ataque. (OU SEJA, O CASO CONCRETO É QUE DETERMINA) O meio escolhido deixará de
ser necessário quando se encontrarem à sua disposição outros meios menos lesivos. O sujeito que
repele a agressão deve optar pelo meio produtor do menor dano. (Ex: tem a disposição uma arma
carregada, um taco de madeira, uma barra de ferro e um tijolo, deve optar pelo menos lesivo)
O requisito da moderação na reação necessária é muito importante porque delimita o campo em que
pode ser exercida a excludente, sem que se possa falar em excesso.
Encontrado o meio necessário para repelir a injusta agressão, o sujeito deve agir com moderação.
Ex: Para revidar uma agressão verbal bastaria outra agressão verbal ou até um empurrão por exemplo.
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A legítima defesa exige requisitos de ordem subjetiva: é preciso que o sujeito tenha conhecimento da
situação de agressão injusta e da necessidade da repulsa.
Assim, a legítima defesa deve ser objetivamente necessária (todos olhando de fora e dizendo “ali a
pessoa tinha que se defender”) e subjetivamente conduzida pela vontade de se defender.
Aquele que se defende tem de conhecer a agressão atual e ter vontade de defesa. A falta de requisitos
de ordem subjetiva leva à ilicitude da repulsa (fica excluída a legítima defesa).
Envolve ação perpetrada por agente de segurança pública durante eventos de preservação da vida.
Trata-se do reconhecimento do instituto chamado de "legítima defesa protetiva", que abrange não
apenas injusta agressão, mas sim, e também, o risco a ela quando mantida refém durante a prática de
crimes.
Essa ação difere da chamada “legítima defesa antecipada ou preventiva”, eis que, nestas, a iminência
da agressão, em princípio, está afastada. Difere, também, da denominada “legítima defesa pré-
ordenada”, caracterizada pela ação dos chamados “ofendículos”, isto é, de aparatos usados para a
defesa do patrimônio, como cercas elétricas e cacos de vidro.
A ideia é que a vítima mantida refém durante a prática de crimes passa a estar em constante perigo,
dada a imprevisibilidade temporal de um ataque que poderá ocorrer a qualquer instante.
Possibilidades:
1º) A vítima mantida refém durante a prática de crimes está sendo agredida. Nesse caso não emergem
dúvidas, trata-se de legítima defesa de terceiro, independente da alteração legal recente. Cabe ao
agente de segurança pública, de ofício, neutralizar o agressor.
2º) A vítima mantida refém está agora sob risco de agressão, ou seja, existe a probabilidade (tendência
favorável) dela ser agredida. O “risco”, assim, é a probabilidade ou chance patente de lesão ou morte.
Já o “perigo” (condição de causar o evento danoso) é o agressor. Assim, na prática, seriam essas
possibilidades:
a) PERIGO: criminoso armado tomando um refém;
b) RISCO: refém apto a ser agredido ou morto pelo criminoso;
c) AÇÃO LEGAL: repelir o risco da agressão (afastando esse perigo criado pelo criminoso).
O agente de segurança pública está agora licenciado a repelir não apenas a iminência ou a atualidade
da agressão injusta, mas, também, o risco a ela. E para tanto ele deve focar no perigo, que é o
causador do risco.
CONCLUSÃO: “legítima defesa protetiva”, qual seja, aquela que, balizada no uso moderado dos meios
necessários, repele agressão ou risco de agressão a vítima mantida refém durante a prática de crimes,
sejam eles quais forem.
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G)EXCESSO
Ao reagir à agressão injusta que está sofrendo, ou em vias de sofrê-la, em relação ao meio e
moderação usados o agente pode encontrar-se em três situações diferentes:
Na letra “b” a legítima defesa fica afastada porque excluído um dos seus requisitos essenciais. Note-se
que a exclusão pode ocorrer, quer por imoderação quanto ao uso do meio, quer pelo emprego de um
meio desnecessário.
Na letra “c” agirá com excesso, pois o agente intensifica demasiada e desnecessariamente a reação
inicialmente justificada. O excesso poderá ser doloso ou culposo. O agente responderá pela conduta
constitutiva do excesso.
Legítima defesa sucessiva é a repulsa contra o excesso. Ex.: A, defendendo-se de agressão injusta
praticada por B, comete excesso. Então, de defendente passa a agressor injusto, permitindo a defesa
legítima de B.
Legítima defesa putativa (art.20, § 1º CP) quando o agente, por erro plenamente justificado pelas
circunstâncias, supõe encontrar-se em face de agressão injusta. Na legítima defesa putativa, o agente
supõe a existência da agressão ou sua injustiça. Ex: Pai mata o próprio filho porque este, chegando de
madrugada pelo quintal escuro, fez com que o pai achasse tratar-se de um ladrão.
Diferenças:
a) no estado de necessidade há conflito entre bens jurídicos; na legítima defesa há ataque ou ameaça
de lesão a um bem jurídico;
b) no estado de necessidade o bem jurídico é exposto a perigo; na legítima defesa o bem jurídico sofre
uma agressão;
c) no estado de necessidade o perigo pode advir de conduta humana, força da natureza ou de ataque
de irracional; só há legítima defesa contra agressão humana;
d) no estado de necessidade o necessitado ( aquele que pratica o fato típico) pode dirigir sua conduta
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contra terceiro alheio ao fato; na legítima defesa o agredido (ou alguém por ele) deve dirigir seu
comportamento contra o agressor;
e) na legítima defesa a agressão deve ser injusta; no estado de necessidade pode ocorrer a hipótese
de duas pessoas, titulares de bens juridicamente protegidos, causarem lesões recíprocas.
Determina o art.23, III, do CP, que não há crime quando o sujeito pratica o fato em estrito cumprimento
de dever legal. É causa de exclusão de antijuricidade.
Há casos em que a lei impõe determinado comportamento, em face do que, embora típica a conduta,
não é ilícita. Ex.: prisão em flagrante realizada pelo policial. (Está autorizado pelo Direito Penal a
constranger a pessoa do seu direito de ir e vir) mas se cometer excesso responderá por abuso de
autoridade. A excludente só ocorre quando há um dever imposto. O dever pode ser imposto por
qualquer lei, seja penal, seja extrapenal. A atividade pode ser pública ou privada.
É necessário que o sujeito pratique o fato no estrito cumprimento do dever legal. E exige-se que o
sujeito tenha conhecimento de que está praticando o fato em face de um dever imposto pela lei.
O art.23, III, parte final, do CP determina que não há crime quando o agente pratica o fato no exercício
regular de direito.
Ex.: direito de correção do pai em relação ao filho. O Código Civil permite que no exercício do poder
familiar, tanto o pai quanto a mãe possam em nome da educação de um filho, deixá-lo, por exemplo, de
castigo. Não pode um ramo do Direito permitir algo e outro ramo proibir.
Desde que a conduta se enquadre no exercício de um direito, embora típica, não apresenta o caráter
de antijurídica. Exige-se também o requisito subjetivo: conhecimento de que o fato está sendo
praticado no exercício regular de um direito.
DA CULPABILIDADE
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ELEMENTOS DA CULPABILIDADE:
a) Imputabilidade;
b) Potencial consciência da ilicitude; e
c) Exigibilidade de conduta diversa.
Quando falta algum dos elementos, não subsiste a culpabilidade. O CP, expressamente, prevê as
causas excludentes de culpabilidade, que alguns chamam de dirimentes. Essas causas, excluindo
alguns de seus elementos, excluem a própria culpabilidade. Embora o crime subsista, não sendo
culpável o sujeito, deve ser absolvido.
Essas causas estão relacionadas com os elementos de culpabilidade e cada uma exclui certo elemento
da culpabilidade, e, em consequência, ela fica excluída.
EXCLUDENTES DA CULPABILIDADE:
Para se analisar o grau de culpabilidade do agente, deve-se primeiramente entender o que seja
imputabilidade penal e seu inverso, inimputabilidade penal.
Para que o agente possa ser considerado culpável, deve ser imputável. Esta se refere "à capacidade
do agente de lhe ser atribuído o fato e de ser penalmente responsabilizado".
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fato e de determinar-se de acordo com esse entendimento ”. Essa capacidade possui, logo, dois
aspectos: cognoscivo ou intelectivo (capacidade de compreender a ilicitude do fato); e volitivo ou de
determinação da vontade (atuar conforme essa compreensão)”
INIMPUTÁVEL é aquele que, ao momento da ação ou omissão, era incapaz de entender o caráter lícito
ou ilícito de sua conduta. Esta incapacidade de entendimento pode ser atribuída ao agente em função
de sua idade, de sua formação intelectual, completa ou incompleta ou outra causa momentânea (p.ex.
embriaguez por causa fortuita ou força maior).
Estas pessoas recebem outros tipos de sanção em função de sua condição (inimputáveis). As sanções
variam de internação em instituições próprias como manicômios, clínicas de desintoxicação ou casas
de abrigo de menores, como a Fundação Casa no Estado de São Paulo, o Casep - Centro de
Atendimento Socioeducativo Provisório em Santa Catarina.
"Art. 26 - É isento de pena o agente que, por doença mental ou desenvolvimento mental incompleto ou
retardado, era, ao tempo da ação ou da omissão, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do
fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento ".
Os doentes mentais são considerados inimputáveis. Os atos ilícitos por eles cometidos são típicos e
antijurídicos, porém, são isentos de pena, afastando a culpabilidade. Estão sujeitos à Medida de
Segurança. Espécies de medidas de segurança (Art. 96. As medidas de segurança são: I - Internação em hospital de
custódia e tratamento psiquiátrico ou, à falta, em outro estabelecimento adequado; II - sujeição a tratamento ambulatorial).
Enquanto o fundamento para a aplicação da pena é a culpabilidade, a medida de segurança encontra
embasamento na periculosidade aliada à inimputabilidade (ou semi-imputabilidade) do indivíduo.
Conforme Cezar Roberto Bittencourt, quatro são as diferenças principais entre a pena e a medida de
segurança: a) As penas têm caráter retributivo-preventivo; as medidas de segurança têm natureza
eminentemente preventiva. b) O fundamento da aplicação da pena é a culpabilidade; a medida de
segurança fundamenta-se exclusivamente na periculosidade. c) As penas são determinadas; as
medidas de segurança são por tempo indeterminado, só findam quando cessar a periculosidade do
agente. d) As penas são aplicáveis aos imputáveis e semi-imputáveis; as medidas de segurança são
aplicadas aos inimputáveis e, excepcionalmente, aos semi-imputáveis, quando estes necessitarem de
especial tratamento curativo.
OBS: A aferição é feita através de exame pericial, que possa constatar o grau de debilidade do
indivíduo.
CÓDIGO DE PROCESSO PENAL - “DA INSANIDADE MENTAL DO ACUSADO” - Art. 149. Quando houver dúvida sobre a integridade mental do acusado,
o juiz ordenará, de ofício ou a requerimento do Ministério Público, do defensor, do curador, do ascendente, descendente, irmão ou cônjuge do acusado,
seja este submetido a exame médico-legal. § 1º O exame poderá ser ordenado ainda na fase do inquérito, mediante representação da autoridade policial
ao juiz competente. § 2º O juiz nomeará curador ao acusado, quando determinar o exame, ficando suspenso o processo, se já iniciada a ação penal, salvo
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quanto às diligências que possam ser prejudicadas pelo adiamento. Art. 150. Para o efeito do exame, o acusado, se estiver preso, será internado em
manicômio judiciário, onde houver, ou, se estiver solto, e o requererem os peritos, em estabelecimento adequado que o juiz designar. § 1º O exame não
durará mais de quarenta e cinco dias, salvo se os peritos demonstrarem a necessidade de maior prazo. § 2º Se não houver prejuízo para a marcha do
processo, o juiz poderá autorizar sejam os autos entregues aos peritos, para facilitar o exame. Art. 151. Se os peritos concluírem que o acusado era, ao
tempo da infração, irresponsável nos termos do art. 22 do Código Penal, o processo prosseguirá, com a presença do curador. Art. 152. Se se verificar que
a doença mental sobreveio à infração o processo continuará suspenso até que o acusado se restabeleça, observado o § 2º do art. 149. § 1º O juiz poderá,
nesse caso, ordenar a internação do acusado em manicômio judiciário ou em outro estabelecimento adequado. § 2º O processo retomará o seu curso,
desde que se restabeleça o acusado, ficando-lhe assegurada a faculdade de reinquirir as testemunhas que houverem prestado depoimento sem a sua
presença. Art. 153. O incidente da insanidade mental processar-se-á em auto apartado, que só depois da apresentação do laudo, será apenso ao
processo principal. Art.154. Se a insanidade mental sobrevier no curso da execução da pena, observar-se-á o disposto no art. 682 .
Os menores de 18 anos são protegidos pelo artigo 27 do CP e pelo artigo 228 da CF/88. São ditos
inimputáveis, não lhes cabendo penas comuns. Suas sanções estão estabelecidas pelo Estatuto da
Criança e do Adolescente (Lei 8069/90) e tem o caráter sócio pedagógico, por isso são chamadas de
“medidas socioeducativas”.
Assim, conforme a exposição de motivos do Código Penal, os menores de 18 anos são considerados
como tendo desenvolvimento mental incompleto, não sendo totalmente capazes de distinguir entre o
lícito e o ilícito, porque ainda são “pessoas em formação”. Para evitar o estigma até a nomenclatura é
diferenciada. Ex: Cometem “ato infracional” e não crime; são apreendidos em flagrante e não presos
em flagrante, ficam internados e não presos, etc...
A pessoa passa a ser imputável no momento em que completa 18 anos. A partir daí o jovem já pode
responder criminalmente como adulto pelos crimes praticados. Obs: Os antecedentes infracionais não
serão contados para se estabelecer a reincidência.
Ocorre quando a ingestão do álcool ou de substância de efeitos análogos NÃO É VOLUNTÁRIA NEM
CULPOSA, PODENDO SER PROVENIENTE DE CASO FORTUITO OU FORÇA MAIOR.
Caso fortuito – Quando o agente desconhece o efeito da substância que ingere ou alguma condição
particular sua de suscetibilidade a ela
Força maior – Quando o agente não é responsável pela ingestão da substância alcóolica ou de efeitos
análogos, como nos casos de ser forçado a dela fazer uso.
Obs: A embriaguez voluntária ou culposa, pelo álcool ou substância de efeitos análogos não afasta a
culpabilidade.
Podem constituir causas de diminuição de pena como no art.121§ 1º CP ou atenuante como previsto
no art.65, III, c.
Se o fato é cometido sob COAÇÃO MORAL IRRESISTÍVEL (coação que ele não tem como resistir ou
enfrentar de tão ruim) ou em estrita obediência a ordem, não manifestamente ilegal, de superior
hierárquico, só é punível o autor da coação ou da ordem (art. 22 do CP).
A coação pode se dirigir contra terceiro. (Ex: gerente do banco e família sequestrada). A coação é
moral, vez que a física retira a própria voluntariedade do comportamento (deixa de ser “conduta”,
primeiro requisito do fato típico). Caso a coação seja resistível beneficiará o agente com uma atenuante
genérica (art. 65, III, C, 1ª parte). Somente a “irresistível” retira a culpabilidade em face da
inexigibilidade de conduta diversa e ele ficará isento de pena.
No caso de OBEDIÊNCIA DE ORDEM não manifestamente ilegal, trata-se da ordem que, emanada de
autoridade legítima, reveste as características externas de legalidade, isto é, de conformidade com a
norma expressa. De fato, a obediência hierárquica somente excluirá a culpabilidade em caso de ordem
não manifestamente ilegal, pois sendo manifesta a ilegalidade é perfeitamente presumível o seu
conhecimento pelo agente.
Da leitura do art. 21 do Código Penal, surge a ideia do erro de proibição ou de ilicitude , concluindo-se
que a consciência da ilicitude do fato é requisito autônomo do juízo de reprovação da conduta.
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Ocorre quando o agente ao praticar o ilícito penal, não atua com a consciência atual e inequívoca da
ilicitude do fato, momento em que incidirá em erro sobre a proibição. Na verdade, a tipicidade e a
antijuridicidade do fato são evidentes e palpáveis, entretanto, ao praticar o ilícito penal não atua com a
consciência atual e inequívoca da ilicitude.
Haverá erro de proibição, quando o sujeito age na crença de que pratica algo absolutamente permitido,
posto que desconhece a proibição.
Da leitura do artigo 21 do Código Penal, conclui-se que o erro de proibição não recai sobre o tipo ou
sobre o fato mas recai sobre a consciência da ilicitude.
O termo – “consciência da ilicitude do fato” - deve ser entendido de forma flexível, não devendo ficar
atrelado a juízo de valores técnicos ou científicos do operador jurídico. Deve servir para nortear a
conduta do leigo, do homem comum, dominante no meio social em que vive.
Haverá erro de tipo quando o agente não sabe exatamente o que faz, isto é, quando não possui
consciência de todos os requisitos que integram o tipo, o que significa dizer que não age com dolo,
com consciência dos requisitos descritivos e axiologicamente negativos do tipo penal.
ERRO DE TIPO é o erro do agente que recai sobre os elementos constitutivos do tipo legal de crime
(Código Penal art. 20, caput).
O erro de tipo ESSENCIAL, sempre excluiu o dolo, posto que, encontra-se o erro de tipo do lado
inverso do dolo de tipo. Considerando-se o dolo também como parte integrante do tipo conclui-se que o
erro de tipo não chega a afetar a culpabilidade ou a ilicitude, antes, inexiste o próprio tipo. É,
PORTANTO, EXCLUDENTE DA TIPICIDADE.
Por outro lado, em sendo vencível o erro de tipo surgirá a punição ao agente por crime culposo, caso
seja previsto no ordenamento jurídico para aquele crime, a figura culposa, consoante se infere da
leitura do art. 20, caput, 2ª do CP.
Haverá erro de tipo essencial , quando o erro do agente recair sobre dados constitutivos do tipo
fundamental (“caput”), do tipo qualificado ou sobre circunstâncias agravantes e causas de aumento de
pena. (ou seja, tudo que possa piorar a situação do réu)
O erro de tipo essencial sempre exclui o dolo do agente e pode ser escusável (desculpável) ou
inescusável (sem desculpas).
Se escusável afasta o dolo e a culpa quando for inevitável. ( nesse caso não responde por nada)
Acaso evitável, não se pode desculpar totalmente, subsistindo a responsabilidade por crime culposo,
se este estiver previsto em lei.
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CONCURSO DE PESSOAS
Art. 29 - Quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas a
este cominadas, na medida de sua culpabilidade.
§ 1º - Se a participação for de menor importância, a pena pode ser diminuída
de um sexto a um terço.
§ 2º - Se algum dos concorrentes quis participar de crime menos grave, ser-
lhe-á aplicada a pena deste; essa pena será aumentada até metade, na hipótese de
ter sido previsível o resultado mais grave
Ocorre quando duas ou mais pessoas concorrem para a prática do mesmo crime.
1) Autoria: Autor é aquele que participa ativamente do crime, bem como aquele que decide sobre o
ato.
Tipos:
1.1 - Autoria individual – Quando o agente atua isoladamente (sem qualquer colaboração de outras
pessoas)
1.2 - Autoria mediata – O autor domina a vontade alheia, se valendo de outra pessoa para cometer o
crime. Não há coautoria, aqui o executor do crime atua sem culpabilidade, mediante determinação de
outrem que tem o domínio do fato (chamado de autor mediato). Ex.: a enfermeira que administra
veneno, pensando ser remédio, a um paciente por ordem médica, crime praticado por insano mental ou
menor de idade mediante determinação de terceiro, crimes praticados mediante coação irresistível.
1.3 - Autoria Colateral ou imprópria - quando dois ou mais agentes agem buscando o mesmo resultado,
porém sem que haja cooperação na conduta comum. Cada pessoa responde isoladamente pelo fato.
Não há coautoria.
Ex.: Duas pessoas disparam ao mesmo tempo contra A, sem que uma conheça a intenção da outra,
cada qual responderá por um crime isoladamente. Se a vítima morrer apenas em decorrência da
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conduta de uma, a outra responderá por tentativa de homicídio . (chamada de autoria colateral certa).
Havendo dúvidas quanto à causa da morte, sobre a autoria, a solução deverá obedecer ao princípio in
dubio pro reo, punindo-se ambos por tentativa de homicídio . (chamada de autoria colateral incerta)
2) Coautoria: Coautor é quem executa, juntamente com outras pessoas, ação ou omissão que
configura o delito. Funda-se no princípio da divisão do trabalho.
OBS 1: Coautoria é diferente do concurso necessário. Existem delitos que só podem ser cometidos por
duas ou mais pessoas: bigamia (art.235 CP), rixa (art.137 CP) , associação criminosa (art.288 CP),
participação em organização criminosa (art.2º da Lei 12850/13), associação para o tráfico (art.35 da Lei
11343/06)
OBS 2: A menoridade (art.65,I CP), o estado civil (art.181,II CP), a filiação (art.181,II CP), etc., são
circunstâncias especiais, para a individualização das penas e comunicam-se aos coautores de um
crime quando elementares do mesmo (quando estão na descrição do crime) conforme o art.30
CP “Circunstâncias incomunicáveis “Art. 30 - Não se comunicam as circunstâncias e as condições de
caráter pessoal, salvo quando elementares do crime”
3.1 - Instigação – Instigante é aquele que age sobre a vontade do autor, fazendo nascer neste a ideia
ou fortalecendo a já existente da prática de crime determinado, exercendo-a através de conselho,
comando, persuasão. Obs: Caso esta instigação seja realizada publicamente poderá constituir, em si
mesma, o delito de incitação pública ao crime.
3.2 – Cumplicidade - Cúmplice é aquele que contribui para o crime prestando auxílio ao autor,
exteriorizando-se a conduta por um comportamento ativo ou omissivo (empréstimo da arma, revelação
do segredo de um cofre, empréstimo do carro, etc.)
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