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Penal I
INTRODUÇÃO
O Direito Penal, nos dias atuais, deve observar rigorosamente os ditames que
informam o Estado Democrático de Direito, afirmando cada vez mais os propósitos de
garantia de uma sociedade fraterna e igualitária.
Esse modelo inspirou-se numa cláusula da Declaração dos Direitos dos Homens e do
Cidadão de 1789:
“a sociedade em que não esteja assegurada a garantia dos direitos nem estabelecida a
separação dos poderes não tem Constituição”.
Direito Penal I
CONTINUA:
Na sua função normativa, pode-se entender que eles podem ser
concretizados e geram direitos subjetivos.
Na sua função integrativa, em havendo uma lacuna jurídica,
esta pode ser suprida com a utilização dos princípios, em face das
omissões legislativas.
E por fim, os princípios têm função interpretativa, pois
condicionam a atividade do intérprete.
No Direito Penal os princípios exercem função de vital
importância porque direcionam ao legislador mandamentos e
diretrizes para a formatação de tipos penais.
Direito Penal I
PRINCÍPIO DA LEGALIDADE
O princípio da legalidade vem estampado no art. 5º, inciso XXXIX, da
Constituição da República, de 1988, elevado à categoria de direito
fundamental.
Constituição Federal de 1988:
Art. 5º, XXXIX
“Não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia
cominação legal”.
Como norma de repetição obrigatória, o princípio da legalidade (da
reserva legal ) está inscrito no artigo 1º do Código Penal:
“Não há crime sem lei anterior que o defina. Não há pena sem prévia
Direito Penal I
CONTINUA:
FUNÇÃO DE GARANTIA
O princípio da legalidade é obtido no quadro da denominada
“FUNÇÃO DE GARANTIA PENAL”, que provoca seu desdobramento
em quatro princípios:
I - NULLUM CRIMEN, NULLA POENA SINE LEGE PRAEVIA –
(proibição de leis retroativas que agravem a punibilidade).
II - NULLUM CRIMEN, NULLA POENA SINE LEGE SCRIPTA –
(proibição pelo costume).
III - NULLUM CRIMEN, NULLA POENA SINE LEGE STRICTA –
(proibição pela analogia).
IV - NULLUM CRIMEN, NULLA POENA SINE LEGE CERTA -
Direito Penal I
Art. 5º,
XXXIX - “Não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia
cominação legal”.
PRINCÍPIO DA PROPORCIONALIDADE.
PRINCÍPIO DA HUMANIDADE.
Significa que o direito penal deve pautar-se pela benevolência,
garantindo o bem-estar da coletividade, incluindo-se o dos condenados.
Estes não devem ser excluídos da sociedade porque infringiram a norma
penal, tratando-os como se não fossem seres humanos.
Por isso, estipula a Constituição Federal, no seu artigo 5º, inciso
XLVII, que não haverá penas:
I -de morte;
IV -de banimento;
V -cruéis.
Direito Penal I
PRINCÍPIO DA CULPABILIDADE
Significa que ninguém será penalmente punido, se não houver agido
com dolo ou culpa, dando mostras de que a responsabilização não será
objetiva, mas subjetiva. Trata-se de conquista do direito penal moderno,
voltado à ideia de que a liberdade é a regra, sendo exceção a prisão ou a
restrição de direitos. Além disso, o próprio Código Penal estabelece que
somente há crime, quando estiver presente o dolo ou a culpa – art. 18 do
CP.
Possui três sentidos fundamentais:
PRINCÍPIO DA FRAGMENTARIEDADE.
PRINCÍPIO DA TAXATIVIDADE.
II -perda de bens;
III -multa;
Lesão corporal
Art. 129. Ofender a integridade corporal ou a saúde de outrem:
Pena - detenção, de três meses a um ano.
Direito Penal I
PRINCÍPIO DA RESPONSABILIDADE PESSOAL
Pelo princípio da responsabilidade pessoal, a pena não poderá
passar da pessoa do condenado. Somente o autor do fato deve
suportar a sanção imposta pelo Estado como resposta do poder
punitivo.
Assim, se a responsabilidade for penal, somente o condenado
poderá suportar a dor da pena.
CF/88
Art. 5º - XLV - nenhuma pena passará da pessoa do condenado,
podendo a obrigação de reparar o dano e a decretação do
perdimento de bens ser, nos termos da lei, estendidas aos
sucessores e contra eles executadas, até o limite do valor do
Direito Penal I
PRINCÍPIO DA CONFIANÇA.
Trata-se de requisito para a existência do fato típico, não
devendo ser relegado para o exame da culpabilidade.
Pune-se por aquilo que o autor fez e não por aquilo que se
apresenta ou por suas condições de vida, pelo seu caráter, ideias
ou ideologias. O que se interessa ao direito penal é o
comportamento externo das pessoas, de forma que, uma vez
exteriorizado, possa ameaçar ou agredir direitos ou interesses
alheios.
Direito Penal I
PRINCÍPIO DA COCULPABILIDADE.
4. O acusado absolvido por sentença transitada em julgado não poderá ser submetido
a novo processo pelos mesmos fatos.