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2. Princípio da Anterioridade
- Decorre também do Art. 5º, XXXIX da CF e do Art. 1º do CP
O crime e a pena devem estar definidos numa lei previa ao fato cuja punição se pretende.
Quando a lei penal entre em vigor, desta data em diante começam seus efeitos.
Art. 5º. Inciso XL, Irretroablidade da lei penal mais grave.
Art. 5º. Inciso XL, Princípio da retroabilidade da lei penal mais benéfica.
5. Princípio da Confiança
O princípio da confiança baseia-se na expectativa de que as outras pessoas ajam de um modo já esperado, ou seja, normal.
Consiste, portanto, na realização da conduta de uma determinada forma na confiança de que o comportamento do outro
agente se dará conforme o que acontece normalmente
8. Princípio da Proporcionalidade
A exigência de proporcionalidade deve ser determinada no equilíbrio que deve existir na relação entre crime e pena, ou seja,
entre a gravidade do injusto penal e a pena aplicada.
O princípio da proporcionalidade apresenta três dimensões:
1) Adequação da pena: a pena criminal é um meio adequado (entre outros) para realizar o fim de proteger um bem jurídico?
2) Necessidade da pena: a pena criminal (meio adequado entre outros) é, também, meio necessário (outros meios podem ser
adequados, mas não seriam necessários) para realizar o fim de proteger um bem jurídico?
3) Proporcionalidade em sentido estrito: a pena criminal cominada e/ou aplicada (considerada meio adequado e necessário),
é proporcional à natureza e extensão da lesão abstrata e/ou concreta do bem jurídico?
9. Princípio da Humanidade
Consiste no benefício Constitucional concedido para que a pena não ultrapasse a pessoa do réu (com ressalvas aos efeitos
extrapenais da pena), nem que esta atente desnecessariamente contra sua integridade física e mental. Ex. Desta forma, torna-
se inconstitucional: Pena de morte (salvo em caso de guerra declarada), Pena de trabalhos forçados, Penas cruéis, etc.
Escola Clássica:
Essa exigência prática desse período e sua filosofia resultaram duas importantes filosofias da escola clássica: O
jusnaturalismo, de Grócio e o Contratualismo de Rousseau, para o qual a ordem jurídica resulta do livre acordo entre os
homens, acatando a uma parte de seus direitos no interesse da ordem e segurança comum
Escola Positiva:
CRIME decorre de fatores naturais e sociais;
DELINQUENTE não é dotado de livre-arbítrio; é um ser anormal sob as óticas biológica e psíquica;
PENA funda-se na defesa social; objetiva a prevenção de crimes. Deve ser indeterminada, adequando-se ao criminoso para
corrigi-lo (é a chamada teoria absoluta da pena; quando visar recuperação do condenado é a teoria relativa; nosso CP adota a
teoria eclética ou mista, eis que os fins da pena é punir o condenado e ao mesmo tempo regenerá-lo, ou ao menos tentar).
OBS.: Garofalo (criador do termo Criminologia) vê a pena como forma de eliminar o criminoso grave, defendendo até a pena
de morte. Para ele, o delinqüente típico é um ser a quem falta qualquer altruísmo, destituído de qualquer benevolência e
piedade, são os epitetados de “assassinos”.Três categorias de criminosos: a) assassinos;b) violentos ou enérgicos; c) ladrões e
neurastênicos. Ainda acrescentou um quatro grupo, o daqueles que cometem crimes contra os costumes, aos quais chamou de
criminosos cínicos. Garófalo era um defensor da pena de morte sem qualquer comiseração.
Escola Técnico-jurídica:
CRIME fenômeno individual e social;
DELINQUENTE é dotado de livre-arbítrio e responsável moralmente;
PENA meio de defesa contra a perigosidade do agente; tem por objetivo castigar o delinquente.
Escola Correcionalista:
CRIME é um ente jurídico, criação da sociedade; não é natural;
DELINQUENTE é um ser anormal, portador de uma vontade reprovável;
PENA é a correção da vontade do criminoso e não a retribuição a um mal, motivo pelo qual pode ser indeterminada. Ou seja,
pena e medida de segurança são institutos dependentes.