Você está na página 1de 23

Teoria da pena e medidas alternativas

E-mail: Luciano.Raizer@catolicasc.org.br
Provas: N1- 25/04 - N2 – 23/05
Livro: Rogério Greco – Direito Penal Estruturado

Crime
Fato típico – Humano – Doloso (Prevê e assume o risco, vontade livre e consciente
de atingir um resultado) ou culposo (Prevê, mas não assume o risco. Imprudência,
imperícia ou negligência) – está em lei.
Antijuridicidade (Contrário ao direito, que se opõe ao que é legal)

Excludentes de ilicitude Art. 23

 Legitima defesa Art. 25, CP (Quem, usando moderadamente dos meios


necessários, repele injusta agressão, atual ou iminente, a direito seu ou de
outrem)
 Estado de necessidade Art. 24, CP (Considera-se em estado de necessidade
quem pratica o fato para salvar de perigo atual, que não provocou por sua
vontade, nem podia de outro modo evitar, direito próprio ou alheio, cujo
sacrifício, nas circunstâncias, não era razoável exigir-se.
 Estrito cumprimento do dever legal Art. 23, III, 1.ª parte, CP ('Não há crime
quando o agente pratica o fato em estrito cumprimento de dever legal'.)
 Exercício regular do direito ("É o desempenho de uma atividade ou a prática
de uma conduta autorizada por lei, que torna lícito um fato típico”.)

Também considerado apenas pela doutrina:

 Excesso (''Excesso' significa 'passar dos limites' de uma dessas causas


eximentes, mas, para 'passar dos limites' será sempre necessário se ter
estado, em algum momento, dentro deles.)

Conceito de pena:
A pena é consequência natural imposta pelo estado quando alguém pratica uma
infração penal. É a sanção imposta pelo estado. Por meio de ação penal, ao criminoso
como retribuição ao delito perpetrado e prevenção a novos crimes. (Nucci)
Características: Retribuição da ameaça de um mal contra o autor de uma infração
penal
Finalidade: Preventiva – No sentido de evitar a prática de novas infrações.
Prevenção: Prevenção geral: Poder intimidativo que ela representa a toda sociedade,
destinatária da norma penal. Prevenção especial: intimidação ao autor do delito para
que não torne a agir do mesmo modo, recolhendo-o ao cárcere, quando necessário.

Natureza: Natureza mista: Retributiva e preventiva, conforme o Art. 59, Caput, do CP


(Reforma de 1984).
Pena
Privativas de liberdade, restritivas de direitos e pecuniárias.
Medidas de segurança
Aplicada apenas aos inimputáveis e semi-imputáveis. Duas são as espécies de
medidas de segurança: Internação em hospital de custódia e tratamento ambulatorial.

Fundamentos da pena
Político-estatal: Sem a pena o ordenamento jurídico deixaria de coativo. Busca a
eficácia diante das infrações penais.
Psicossocial: A pena satisfaz um anseio social da sociedade.
Ético-individual: Permite ao próprio auto do fato liberar-se de algum sentimento de
culpa.

Finalidades da pena
Teoria absoluta ou retribucionista
A pena visa retribuir o agente pela prática do crime, não se vislumbra qualquer outro
objetivo a não ser o de punir o condenado. Ex: Lei te talião.
Teoria preventiva, relativa ou utilitarista
A pena tem por base a função de inibir o máximo possível a realização de novos atos
ilícitos. Busca combater a ocorrência da reincidência. Crítica: A pena seria aplicada
para impor o medo. Deixa de ser proporcional a gravidade da infração.
Teoria Mista ou eclética
A pena deve pena seja capaz de retribuir ao condenado o mal por ele praticado
(retribuição), sem prejuízo de desestimular a prática de novos ilícitos penais
(prevenção). Há um tríplice finalidade das penas: retribuição, prevenção e
ressocialização (doutrina moderna).

A prevenção opera-se de duas formas:


1.Prevenção geral: Se dirige à sociedade. Pune-se o agente para que os membros da
sociedade não venham a delinquir. A prevenção geral destina-se ao controle da
violência, buscando diminui-la ou evitá-la.
Prevenção geral positiva: Tem por objetivo demonstrar que a lei penal é vigente e está
pronta para incidir diante de casos concretos. Reafirmação do direito penal.
Prevenção geral negativa: Poder intimidativo da sanção penal que ela representa a
toda a sociedade, destinatária da norma penal. Pune-se o auto do fato para que as
outras pessoas sintam medo e não pratiquem crimes

2.Prevenção especial: É dirigida ao condenado. Pune-se o autor para que não venha a
praticar novos crimes.
Prevenção especial positiva: proposta de ressocialização do condenado, para que
volte ao convívio social, quando finalizada a pena ou quando, por benefícios, a
liberdade seja antecipada.
Prevenção especial negativa: Intimidação do autor do delito para que não torne a agir
do mesmo modo, recolhendo-o ao cárcere, quando necessário. Evitar reincidência.

Movimentos do Direito Penal


Abolicionismo penal: Tem como objetivo abolir as penas, evitando se encarcerar
pessoas a pretexto de castigá-las ou promover a sua recuperação.
Direito penal máximo: Tem como objetivo punir até os crimes e infrações mínimas afim
de não se tornar algo mais grave, sem que haja maiores freios ou limites para a
aplicação da pena.
Garantismo penal: Busca um equilíbrio entre os modelos do abolicionismo e do direito
penal máximo. Reserva o seu campo de atuação para as infrações penais mais
graves, abolindo crimes de menor potencial ofensivo, mas sempre com o respeito ao
devido processo legal e sei corolários.

Justiça retributiva:

 Tem o foco punitivo


 prevalece as penas privativas de liberdade.
 Vítima no plano secundário.
Justiça Restaurativa:

 O Crime deve ser visto como uma violação a pessoas e às relações


interpessoais.
 Procedimento envolvendo os personagens (autor e vítima). Reaproximação.
 Responsabilidade social do ocorrido
 Disponibilidade da ação penal
Justiça Reparatória:

 Conciliação pelos órgãos do sistema criminal


 Transação Penal e Suspensão condicional do Processo (Lei 9.099/95. TAC
(Lei 9.605/98).
Justiça negociada:

 Agente e o órgão acusador acordam acerca das consequências da prática


criminosa
 Instituto do direito americano – “Pela Barnaining”
 Colaboração premiada – Lei 12.850/13. Acordo de não persecução penal –
ANPP

Aula 02 – 14/03/22

Princípios da Pena
Princípios: Alicerces das normas – Fundamentos em essência.
“Normas fundantes e nucleares de um sistema “(Celso Antônio Bandeira de Mello)
Demarcadores do ponto inicial dos estudos de uma disciplina jurídica” (Robert Alexy)

Teoria geral da pena – Princípios das penas


Princípio da Dignidade da Pessoa Humana
Artigo1º, III, da Constituição Federal. Limita a atuação do Estado. Penas tem que ser
dignas.
Princípio da Legalidade
Art.5º, XXXIX da Constituição Federal. Deve estar prevista em lei. Fundamento jurídico
é a taxatividade, certeza ou determinação. Reserva legal e Taxatividade.
Princípio da Anterioridade
Lei penal só se aplica aos fatos praticados após sua vigência.
Lei só pode retroagir se for benéfica ao réu.
Princípio da Pessoalidade ou Intranscendência
Art. 5º, XLV, da Constituição Federal.
Não tem como transferir a pena para outra pessoa.
Princípio da individualização da pena
Artigo 5º. XLVI, da Constituição Federal. Se desenvolve em três momentos
(cominação da pena em abstrato, aplicação e execução)
Princípio da proporcionalidade
Proporcional à prevenção e retribuição. Suficiência da Pena Alternativa. Hipertrofia da
punição (proibição em excessos) e proteção insuficiente do Estado (Impunidade)
Princípio da Inderrogabilidade ou Inevitabilidade da Pena
este princípio designa que, estando presentes os pressupostos da pena, essa
deve ser aplicada e cumprida inevitavelmente.
Princípio da Humanidade da Pena
III - Ninguém será submetido a tortura nem a tratamento desumano ou
degradante.
XLVII–Não haverá penas de morte (salvo em caso de guerra declarada), de
caráter perpétuo, de trabalhos forçados, de banimento ou cruéis.
XLIX–É assegurado aos presos o respeito à integridade física e moral.
XLVIII- A pena será cumprida em estabelecimentos distintos, de acordo com a
natureza do delito, a idade e o sexo do apenado;
L - Às presidiárias serão asseguradas condições para que possam permanecer
com seus filhos durante o período de amamentação;

Penas proibidas
Pena de Morte
Exceções:
1) Guerra declarada – art. 85. XIX. Da C.F.):
2) Lei do Abate -Lei 7565/86 – Código Brasileiro de Aeronáutica (Autorização do
presidente ou pessoa por ele delegada).
3) Lei 9605/98 (art. 24) Crimes Ambientais – extinção da pessoa jurídica
poluidora.

Pena de Caráter Perpétuo


STF declarou inconstitucional medida de segurança por prazo indeterminado;
Previsão no Estatuto de Roma (art. 77 alínea b). Tribunal Penal Internacional.
Pena de Banimento
Penas Cruéis
Vedada Tortura. Castração Química etc.
Teoria geral da pena
Espécies da pena Art. 32 - Os regulamentos das prisões devem estabelecer a
natureza, as condições e a extensão dos favores gradativos, bem como as restrições
ou os castigos disciplinares, que mereça o condenado, mas, em hipótese alguma,
podem autorizar medidas que exponham a perigo a saúde ou ofendam a dignidade
humana.

Privativa de liberdade (PPL)


Imposição abstrata da pena pela lei. Limite mínimo e máximo do preceito secundário
(Art. 53 CP)
Art. 155. Furto
01 a 04 anos de reclusão e multa.

Penas privativas de liberdade (Espécies)


Reclusão
Regime inicial fechado, semiaberto e aberto (Artigo 33 do CP). Estabelecimentos de
segurança máxima ou média. Admite interdição do poder familiar (Art. 92) do CP.
Internação em caso de medida de segurança. Se for reclusão pode ser internado.
Detenção
Regime inicial de cumprimento semiaberto, ou aberto, salvo necessidade de
transferência a regime fechado (Art. 33 do CP) Colonias agrícolas industriais ou
similares. Internação ou tratamento ambulatorial. Se for detenção não pode ser
internado.
Prisão simples – Só é aplicada nas contravenções penais.
Prevista na lei de contravenções penais (Decreto 3688/41). Sem rigor penitenciário em
estabelecimento Especial ou seção especial de prisão comum, em regime aberto ou
semiaberto.
Crimes de menor potencial ofensivo é igual ou inferior a 2 anos de prisão.
Regimes de cumprimento de pena
Fechado
Deve ser cumprida em estabelecimento de segurança máxima ou média
(penitenciária). Sujeito ao trabalho durante o dia e a isolamento à noite. Exame
criminológico (Decisão fundamentada). Sujeito ao trabalho excepcionalmente externo
em obras e serviços públicos). Remição (é o desconto dos dias trabalhados para sua
pena). Obrigatório no regime fechado, passar por psicólogo e fazer exames.
Semiaberto
Colônias agrícolas, industriais ou similares. Compartimento coletivo. Trabalho durante
o dia (possibilidade no ambiente externo – empresas privadas). Frequência a cursos
supletivos e outros.
Aberto
Em casas de albergado ou estabelecimento adequado. Se baseia na autodisciplina e
senso de responsabilidade do condenado. Frequência a cursou outra atividade,
recolhimento no período noturno.

Fatores decisivos na determinação no regime inicial – 33, §2º e 3º do CP.

 Quantidade de pena
 Reincidência
 Circunstâncias judiciais (Art. 59). Pesquisar.

Anotação em aula para conhecimento


Maus antecedentes é quando uma pessoa cumpre uma pena e faz mais de 5 anos
que ela n comete mais nenhum crime, ela fica com maus antecedentes e volta a ser
réu primário.
A cadeia pública é para preso provisório
Remissão Art. 126 LEP. Lei de Execução Penal

Reclusão Art. 33, CP

 Fechado: Pena superior a 08 anos


 Semiaberto: Pena igual ou inferior a 08 anos e superior a 04 anos (Primário).
 Aberto: Igual ou inferior a 04 anos (Primário)

Detenção

 Semiaberto: Pena superior a 04 anos.


 Aberto: Pena igual ou inferior a 04 anos
Contravenções penais:

 Semiaberto: Pena igual ou inferior a 08 anos


 Aberto: Pena igual ou menos a 04 anos

Destaques
Reincidência – Súmula 269 do STJ
A adoção do regime prisional semi-aberto aos reincidentes condenados a pena igual
ou inferior a 04 anos se favoráveis as circunstâncias jurídicas”.
Gravidade em abstrato e concreto – Súmulas STF 718 e 719. Súmula STJ 440.

Crimes hediondos (Começa no fechado por regra), mas pode existir a possibilidade de
comportamentos favoráveis e a pessoa começar no regime semi-aberto, mesmo
sendo crime hediondo – Lei 8072/90 – STF HC 82.959 e 111.840 e 11.840 – (Sistema
progressivo e reserva de jurisdição).

Progressão de regime histórico:

 Art. 112 da LEP – 1/6 da pena e bom comportamento carcerário.


 Lei 8072/90 – Integralmente fechado – julgado inconstitucionalmente pelo STF
em 2006 (Princípio da individualização da pena. (HC 82.959/SP)
 Lei nº 11.464/07: Para os crimes hediondos cumprimento de 2/5 primário e 3/5
para o reincidente. Lei 13.769/18 Aplicável a mulher gestante, mãe ou
responsável por criança ou pessoa com deficiência – cumprimento de 1/8 –
mediante alguns requisitos.
Requisito subjetivo
Antes e a partir vigência da Lei nº 13.964/19
Ostentar boa conduta carcerária, comprovada pelo diretor do estabelecimento penal
(atual §6, do Art. 112, da LEP).
Condenada mulher gestante ou que for mãe ou responsável por crianças ou
pessoas com deficiência (Art. 112 da LEP): § 3º

I - Não ter cometido crime com violência ou grave ameaça a pessoa; (Incluído pela Lei nº
13.769, de 2018)

II - Não ter cometido o crime contra seu filho ou dependente;

III - Ter cumprido ao menos 1/8 (um oitavo) da pena no regime anterior;

IV - Ser primária e ter bom comportamento carcerário, comprovado pelo diretor do


estabelecimento;

V - Não ter integrado organização criminosa

Destaques
Progressão “Per Saltum”
Súmula vinculante 56 do STF:
I) A falta de estabelecimento penal adequado não autoriza manutenção do
condenado em regime prisional mais gravoso;
II) Os juízes da execução penal poderão avaliar os estabelecimentos
destinados aos regimes semi-aberto ou aberto, para qualificação como
adequados a tais regimes. São aceitáveis estabelecimentos que não
qualifiquem como (Terminar de ver o slide)

Falta Grave
Art. 116, §6º, da LEP:
Definição de falta grave da LEP: Art. 50 da LEP. Não se exige sentença transitada
em julgado.

Anotações em sala de aula


Detração é o abate de pena que a pessoa já cumpriu em pena provisória, ou seja,
se o condenado já cumpriu um período de pena provisória ele abate esse período
quando for condenado 10 anos e cumpriu 2 em provisório ele fica apenas 8 depois
da condenação.
Remição é o abate da pena pelo trabalho ou estudo.
A cada 12 horas de estudo abate 1 dia de pena
A cada 3 dias de trabalho abate 1 dia de pena
Tempo de cumprimento da pena
O artigo 75 Do Código penal alterou o tempo máximo de cumprimento de penas
privativas de liberdade em 10 anos, elevando de 30 para 40 o período máximo de
prisão.
§1º Quando o agente for condenado a penas privativas de liberdade cuja soma
seja superior a 40 anos, devem elas ser unificadas para atender ao limite máximo
deste artigo.
§2º Sobrevindo condenação por fato posterior ao início do cumprimento da pena,
far-se-á nova unificação, desprezando-se, para esse fim, o período da pena já
cumprido.

Organizações criminosas
A) As lideranças de organizações criminosas armadas ou que tenham armas à
disposição deverão iniciar o cumprimento da pena em estabelecimentos penais
de segurança máxima (Art. 2º, §8º, da lei nº12.850/2013);
B) O condenado expressamente em sentença por integrar organização crimonosa
ou por crime praticado por meio de organização criminosa não poderá
progredir de regime de cumprimento de pena ou obter livramento condicional
ou outros benefícios prisionais se houver elementos probatórios que indiquem
a manutenção do vínculo associativo (art.2º, §9).

Anotação importante para a prova oral em sala de aula.


Pesquisar o que é prisão preventiva e prisão cautelar

 Vídeo em salas de aula


3/4 do salário do preso ficam pro preso e 25% Vão para os órgãos penitenciários.
Para progressão de regime o preso para por exame criminológicos
O semiaberto é uma estrutura separada, ela não se enquadra como está na LEP, mas
são 4 galerias e não são celas, mas, sim portas que não são trancadas e tem acesso
ao corredor, diferentes do fechado. São alojamentos para 2 internos cada. Em torno
de 33 a 40% do pessoal do semi-aberto estava com autorização para trabalho externo.
No regime semi-aberto o
Tem 183 em atividades educacionais.
A saída temporária a lei deixa até 5 saídas.

Art. 5 da LEP. Os condenados serão classificados, segundo os seus antecedentes e


personalidade, para orientar a individualização da execução penal.
Em caso de falta grave a contagem recomeça a partir da data da falta grave. Ele não
perde o tempo de prisão normal já passado e sim o tempo de contagem da remissão.
Por exemplo o tempo que ele já trabalhou ou estudou, ele zera a contagem da
remissão e recomeça tudo novamente a partir da data do fato.
LEP: Art. 127. O condenado que for punido por falta grave perderá o direito ao
tempo remido, começando o novo período a partir da data da infração disciplinar.
O preso que está com a tornozeleira, começa a ser monitorado, caso a tornozeleira
seja rompido ou perca a localização. abre-se um inquérito para apurar o porquê,
podendo a chegar em falta grave ou até ser recapturado para a prisão novamente.
Progressão, tem que cumprir os requisitos. O pessoal comunica o juiz que está perto
da progressão e ele analisa. O defensor público o advogado tem que fazer o pedido,
tem que cumprir o requisito objetivo e subjetivo. No caso dos crimes sexuais é feito um
parecer da junta sendo favoráveis ou não favoráveis para liberar ou não o preso.
Hoje trabalhando são 386 presos, eles são remunerados por um salário-mínimo.
Se eles fizerem uma resenha de um livro eles ganham 4 dias de remissão no mês.
(Tirar Dúvida)
40 a 45% dos presos no fechado não estão trabalhando em Joinville.
A Progressão considera-se a pena total.

Penas restritivas de direito (PRD).


Previstas na parte geral (Art. 43 do CP)
São autônomas e substituem a pena privativa de liberdade (Art. 44 do CP)
Mesma duração das penas substituídas.
Anotação em sala de aula
As penas privativas de liberdade podem ser substituídas pro penas privativas de
direitos. É uma substituição, ou seja, só cumprirá o que falta da pena norma
Slide
Direito subjetivo do réu – Presentes os requisitos que deve ser aplicada pelo juiz.
Súmula 643 do STJ: “A execução da pena restritiva de direitos depende do trânsito em
julgado da condenação.

Cabimento PRD. Art. 44, CP


I) Aplicada pena privativa de liberdade não superior a 4 anos e o crime não
for cometido com violência ou grave ameaça a pessoa, ou qualquer que
seja a pena aplicada, se o crime for culposo; Exceção – Lei Maria da Penha
(11.340/06) Súmula 588 do STJ e CTB). Obs. Não cabe substituição de
pena privativa de liberdade contra a mulher. Vai ter que cumprir a pena em
privativa de liberdade por mais que seja no regime aberto.
II) O réu não for reincidente em crime doloso; Atenção -§3º “Se o condenado
for reincidente, o juiz poderá aplicar a substituição, desde que, em face de
condenação anterior, a medida seja socialmente recomendável e a
reincidência não se tenha operado em virtude da prática do mesmo crime.”
III) A culpabilidade, os antecedentes, a conduta social e a personalidade do
condenado, bem como os motivos e as circunstâncias indicarem que essa
substituição seja suficiente.

Tipos de PRD. Art. 43. As penas restritivas de direito são:


I) Prestação Pecuniária (reais);
II) Perda de bens e valores (reais); não é confisco (efeito da condenação)
III) Limitação de fim de semana.
Art. 48. – A limitação de fim de semana consiste na obrigação de
permanecer, aos sábados e domingos, por 5 horas diárias em casa de
albergado ou outro estabelecimento adequado.
IV) Prestação de serviço à comunidade ou a entidades públicas.
V) Interdição temporária de direitos;
Art. 47 – Proibição do exercício de cargo, função ou atividade pública, bem
como de mandato eletivo: II – Proibição (Completar)

PRD – Prestação pecuniária e perda de bens e valores (reais):

Art. 45 §1º: A prestação pecuniária consiste no pagamento em dinheiro à vítima, a


seus dependentes ou a entidade pública ou privada com destinação social, de
importância fixada pelo juiz, não inferior a 1 salário-mínimo nem superior a 360
salários-mínimos. O valor pago será deduzido do montante de eventual condenação
em ação de reparação civil, se coincidentes os beneficiários.

ATENÇÃO: Diferente da pena de MULTA: a) vai para o fundo penitenciário Nacional;


b) forma de cálculo; c) não a reconversão;

PRD – Prestação pecuniária e perda de bens e valores (Reais):

Art. 45. § 3 º A perda de bens e valores pertencentes aos condenados dar-se-á,


ressalvada a legislação especial, em favor do Fundo Penitenciário Nacional, e seu valor
terá como teto - o que for maior - o montante do prejuízo causado ou do provento obtido
pelo agente ou por terceiro, em consequência da prática do crime.
Prestação de serviços à comunidade:
Art. 46. A prestação de serviços à comunidade ou a entidades públicas é aplicável às
condenações superiores a seis meses de privação da liberdade.

§ 1o A prestação de serviços à comunidade ou a entidades públicas consiste na atribuição


de tarefas gratuitas ao condenado.

§ 2o A prestação de serviço à comunidade dar-se-á em entidades assistenciais, hospitais,


escolas, orfanatos e outros estabelecimentos congêneres, em programas comunitários ou
estatais.

§ 3o As tarefas a que se refere o § 1o serão atribuídas conforme as aptidões do


condenado, devendo ser cumpridas à razão de uma hora de tarefa por dia de condenação,
fixadas de modo a não prejudicar a jornada normal de trabalho. § 4o Se a pena substituída
for superior a um ano, é facultado ao condenado cumprir a pena substitutiva em menor
tempo (art. 55), nunca inferior à metade da pena privativa de liberdade fixada.

§ 3o As tarefas a que se refere o § 1o serão atribuídas conforme as aptidões do


condenado, devendo ser cumpridas à razão de uma hora de tarefa por dia de condenação,
fixadas de modo a não prejudicar a jornada normal de trabalho.

 § 4o Se a pena substituída for superior a um ano, é facultado ao condenado cumprir a


pena substitutiva em menor tempo (art. 55), nunca inferior à metade da pena privativa de
liberdade fixada.

Condenação igual ou inferior a 01 anos:

 Multa ou
 Restritivas de direitos

Condenação superior a 01 ano:

 01 Pena restritiva de direitos e multa


 02 penas restritivas de direitos

Anotação: Respeitando o limite de 04 anos. - Ele pode aplicar duas restrições, ou ele pode
aplicar uma e mais multa

Exercícios 1. Fechado e Sem substituição.

Exercício 2. 171 caput.

Pena de um ano 4 meses e 10 dias de reclusão e pagamento de 11 dias multa

171 reclusão de um a 5 anos.


Conversão ou (reconversão)

§ 4ºA pena restritiva de direitos converte-se em privativa de liberdade quando ocorrer o


descumprimento injustificado da restrição imposta. No cálculo da pena privativa de
liberdade a executar. Será deduzido o tempo em cumprido da pena restritiva de direitos,
respeitando o saldo mínimo de trinta dias de detenção ou reclusão.

Superveniência de condenação por outro crime:

§5º Sobrevindo condenação a pena privativa de liberdade por outro crime, o juiz da
execução penal decidirá sobre a conversão, podendo deixar de aplica-la se for possível ao
condenado cumprir a pena substitutiva anterior.

Multa

Previsão no tipo penal

Art. 49 – A pena de multa consiste no pagamento ao fundo penitenciário da quantia fixada


na sentença e calculada em dias-multa. Será, no mínimo de 10, e no máximo de 360 dias-
multa.

Valor dia-multa

§1º - O valor do dia-multa será fixado pelo juiz não podendo ser inferior a um trigésimo do
maior salário-mínimo mensal vigente ao tempo do fato, nem superior a 5 vezes esse
salário.

Atualização

§2º - O valor da multa será atualizado, quando da execução, pelos índices de correção
monetária.

Anotação: 1º estabelece o dia-multa, depois estabelece o valor do dias-multa.

Critério especial

Art. 60 – Na fixação da pena de multa o juiz deve atender, principalmente, à situação


econômica do réu.

§ 1º - A multa pode ser aumentada até o triplo, se o juiz considerar que, em virtude da
situação econômica do réu, é ineficaz, embora aplicada no máximo
Pagamento

Art. 50 – A multa deve ser paga dentro de 10 dias depois de transitada em julgado a
sentença. A requerimento do condenado e conforme as circunstâncias, o juiz pode permitir
que o pagamento se realize em parcelas mensais.

Desconto em salário

§1º A cobrança da muta pode efetuar-se mediante desconto no vencimento ou salário do


condenado quando:

a) aplicada isoladamente;
b) aplicada cumulativamente com pena restritiva de direitos; 
c) concedida a suspensão condicional da pena.  

§2º O desconto não deve incidir sobre os recursos indispensáveis ao sustento do


condenado e de sua família

Não admite conversão: Art. 51. Transitada em julgado a sentença condenatória, a multa
será executada perante o juiz da execução penal e será considerada dívida de valor,
aplicáveis as normas relativas à dívida ativa da Fazenda Pública, inclusive no que
concerne às causas interruptivas e suspensivas da prescrição.
Cálculo das penas

(1ª fase, art. 59) Análise subjetiva de oito critérios

(2ª fase, art. 61,62,65,66) Avaliação de atenuantes e agravantes

(3ª fase, P. geral, P. especial) Aplicação das causas de aumento ou diminuição da pena

1ª fase. Art. 59. -


1.Culpabilidade
2.Antecedentes
3.Conduta social
4.Personalidade
5.Motivos
6.Circunstâncias
7.Consequências
8.Comportamento vítima

1ª fase – circunstâncias judiciais, art. 59, CP.

 Chamadas de circunstâncias judiciais ou inominadas (diferente das circunstâncias


legais – 2ª fase)
 Caráter residual ou subsidiário – não incidem quando prevista como causa de
aumento ou diminuição
 Fixa a base.
 Não pode reduzir o mínimo legal ou aumentar o máximo da pena cominada.

Aqui em Joinville é usado 1/8 sobre o intervalo e aumentando a partir da mínima (o


mais proporcional para o professor). E a pena mínima e 1/6 sobre a mínima.

Circunstâncias judiciais

 Culpabilidade: Trata-se do grau de reprovabilidade e censura da conduta do réu.


Grau de culpabilidade. Não se deve confundir esta culpabilidade com a
pertencente ao substrato do crime (fato típico, ilícito e Culpável). Atentar para o
que for inerente ao crime.

Anotação: Culpabilidade não é a culpabilidade do conceito tripartido do crime. Trata-se de


analisar um grau de reprovabilidade daquela conduta. Culpabilidade = grau de
reprovabilidade/censura. Ex. Quem praticou estelionato sabendo de alguém que estava
vulnerável

 Antecedentes do réu: Trata-se à vida progressão do agente, anterior ao crime.


Deve constar na folha de antecedentes. Inquérito policial arquivado, ou em
andamento, ação penal em andamento, processo penal com absolvição, processo
penal em andamento com decreto condenatório, atos infracionais, não geram
maus antecedentes. Súmulas 241 e 444 do STJ. Não confundir com
REINCIDENCIA. * RE 593818 – STF – não se aplica prazo quinquenal.

Anotação: Fatos ocorridos anteriormente em que houve uma sentença transitada em


julgado, ou seja, uma condenação definitiva e que não se encaixa na reincidência. Não
confundir com reincidência.

 Conduta Social: Refere-se ao comportamento do réu em seu meio familiar, social,


profissional. É a relação e convivência perante a sociedade. Obtida no
Interrogatório ou depoimento testemunhal. Prisão civil por alimento (div).

Anotação: Muitas vezes o juiz não tem como saber a conduta social e tomam medidas
como por testemunha. Ato infracional não pode valorar sobre o réu, pois foi cometido
como de menor e tudo que foi feito de menor não valora como conduta social.

 Personalidade do agente: É o caráter do delinquente, o retrato psíquico deste. Está


mais afeto à psicologia do que às Ciências Jurídicas. Analisa se o réu tem caráter
voltado à prática de crimes.

Anotação: As condenações anteriores só podem ser citadas aqui se forem fundamentadas.

 Motivos do crime: É porque, o motivo pelo qual, a razão do agente ter praticado o
delito. Em tese, todo crime possui um motivo.

Anotação: Muitas vezes aqui o motivo já está na segunda fase. Por exemplo motivo fútil
que está na 2º fase.

Como identifico se o crime é qualificado? Quando tenho novos limites de pena

 Circunstâncias do crime: O modo de execução refere-se ao modus operandi, forma


de execução do crime. Os meios empregados relacionam-se ao instrumento
utilizado na execução do rime. As circunstâncias de tempo e lugar referem-se ao
local do cometimento do crime (ermo, p. ex.) e às condições temporais, como o
crime cometido no silencio da noite. Cuidado para evitar “bis in idem” com
qualificadores, causas de aumento e diminuição.

 Consequências do crime: São as consequências do crime, efeitos deste para a


vítima, familiares e a sociedade.

Ex. Se o réu mata o rapaz responsável pela renda de uma família, então é uma
consequência negativa.

 Comportamento da vítima: Refere-se à atitude da vítima, se provocativa ou


facilitadora da ocorrência do crime. Vitimologia. Sempre favorável ao réu.

Anotação: Sempre será valorado em favorecimento ao réu.


Circunstâncias judiciais

O código penal não diz em quando o juiz deve aumentar ou diminuir a pena, em fazer das
circunstâncias judiciais favoráveis e desfavoráveis, ficando a critério do juiz.

Todo aumento ou redução deve se dar de forma fundamentada, sob pena de nulidade.

A jurisprudência sugere 1/6 e 1/8 sobre a pena mínima ou diferença entre as penas
mínimas e máximas (oscilação) para cada circunstância judicial desfavorável. Já a doutrina
sugere 1/8, haja vista que temos 8 (oito) circunstâncias judiciais ou 1/7. STF – HC 97056 –
Informativo 563.

Exercício 1: 2 anos e 6 meses a partir do 1/8 avaliando primeiro pelo período do meio das
penas iniciais e finais

Exercícios 2: 1 Agravamento Pena - reclusão, de doze a trinta anos.

Circunstancia era favorável - 16 anos e 6 meses


Exercício 3: Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa.

2 ª FASE AGRAVANTES E ATENUNANTES

Chamadas de circunstâncias legais.

Previstas nos artigos 61 e 62 (agravantes) e 65 e 66 (atenuantes).

Não podem conduzir à redução abaixo do mínimo legal ou aumento da pena máxima.

Atentar se essas circunstâncias não constituem elementares, qualificadoras, causas de


aumento ou de diminuição de pena, a fim de se evitar a dupla valoração ("bis in idem").

O código penal não estabelece o quantum de aumento ou de redução. jurisprudência no


sentido da aplicação da fração de 1/6 (um sexto) por consistir o menor índice previsto no
sistema penal para as causas de aumento e de diminuição.

Circunstancias agravantes.
Rol taxativo

 REINCIDÊNCIA: Consiste no cometimento de uma infração penal depois de o


agente já ter sido condenado definitivamente, no Brasil ou no exterior, por
crime anterior (Art. 63 do CP).
Período depurador: Após os 5 anos, o sujeito torna a ser primário, embora possa
ter maus antecedentes. Termo inicial do período depurador é a data do
cumprimento da pena ou da extinção da punibilidade, e não da data do trânsito em
julgado da condenação anterior (Art. 64, I do CP).
Reincidência é demonstrada certidão cartorária ou por folha de antecedentes.
 REINCIDÊNCIA:

REINCIDÊNCIA e CONTRAVENÇÃO PENAL:

 MOTIVO FÚTIL OU TORPE: Motivo fútil é o móvel insignificante que levou o


agente a praticar o delito. Motivo torpe é o motivo repugnante, vil, abjeto,
moralmente reprovável.
 PARA FACILITAR A EXECUÇÃO, A OCULTAÇÃO, AIMPUNIDADE OU
VATAGEM DE OUTRO CRIME: Conexão entre dois ou mais crimes.
 TRAIÇÃO, DE EMBOSCADA, OU MEDIANTEDISSIMULAÇÃO, OU OUTRO
RECURSO QUE DIFICULTOUOU TORNOU IMPOSSÍVEL A DEFESA DA
VÍTIMA: Modo da prática do crime. Traição - confiança, Emboscada -tocaia ou
cilada, Dissimulação - disfarce da real intenção criminosa, outro meio que
dificulte ou torne impossível - interpretação analógica.
 COM EMPREGO DE VENENO, FOGO, EXPLOSIVO, TORTURAOU OUTRO
MEIO INSIDIOSO OU CRUEL, OU DE QUE PODIARESULTAR EM PERIGO
COMUM: Meios para se praticar o crime. Cruel - causa a vítima sofrimento
desnecessário. Insidioso - ardiloso, astucioso. Perigo Comum - coloca em risco
mais pessoas além da vítima. Interpretação analógica.
 CONTRA ASCENDENTE, DESCENDENTE, IRMÃO OUCÔNJUGE:
Interpretação restritiva.
 COM ABUSO DE AUTORIDADE OU PREVALECENDO-SE DERELAÇÕES
DOMÉSTICAS, DE COABITAÇÃO OU DEHOSPITALIDADE, OU COM
VIOLÊNCIA CONTRA AMULHER NAFORMA DA LEI ESPECÍFICA. Abuso de
autoridade - vínculo de dependência. Relações domésticas e de coabitação:
são as ligações existentes entre membros de uma mesma vida familiar,
podendo ou não existir vínculo de parentesco. Hospitalidade -recepção
eventual. Violência contra a mulher.
 CONTRA CRIANÇA, MAIOR DE 60 (SESSENTA) ANOS, ENFERMO OU
MULHER GRÁVIDA: Vulnerabilidade da vítima. Agente deve conhecer a
condição.
 QUANDO O OFENDIDO ESTAVA SOB IMEDIATAPROTEÇÃO DA
AUTORIDADE: Desafia-se a autoridade estatal.
 EM OCASIÃO DE INCÊNDIO, NAUFRÁGIO, INUNDAÇÃOOU QUALQUER
CALAMIDADE PÚBLICA, OU DEDESGRAÇA PARTICULAR DO OFENDIDO:
Insensibilidade moral do agente que se aproveita de situações calamitosas.
 EMBRIAGUEZ PREORDENADA: Atinge o estado de embriaguez visando a
prática do crime.
 CONCURSO DE PESSOAS (Art. 62):
I - Promove, ou organiza a cooperação no crime ou dirige a atividade dos demais
agentes;
II - Coage ou induz outrem à execução material do crime;
III - Instiga ou determina a cometer o crime alguém sujeito à sua autoridade ou não-
punível em virtude de condição ou qualidade pessoal;
IV - Executa o crime, ou nele participa, mediante paga ou promessa de recompensa.

QUANDO A AGRAVANTE NÃO AUMENTA A PENA:


1) for elementar do tipo penal: ex. art. 250 docp.
2) qualificar o delito: ex. art. 121, § 2 do cp.
3)se a pena base for fixada no máximo (1ª fase).

Circunstancias atenuantes.
Rol exemplificativo

 SER O AGENTE MENOR DE 21 (VINTE E UM), NA DATADO FATO, OU


MAIOR DE 70 (SETENTA), NA DATA DASENTENÇA: Menoridade relativa e
senilidade. Súmula74 do STJ - prova.
 DESCONHECIMENTO DA LEI.
 COMETIDO O CRIME POR RELEVANTE VALOR SOCIAL OU MORAL.
 PROCURADO, POR SUA ESPONTÂNEA VONTADE, LOGOAPÓS O CRIME,
EVITAR-LHE OU MINORAR-LHE ASCONSEQUÊNCIAS, OU TER, ANTES DO
JULGAMENTO, REPARADO O DANO.
 COMETIDO O CRIME SOB COAÇÃO A QUE PODIARESISTIR, OU EM
CUMPRIMENTO DE ORDEM DAAUTORIDADE SUPERIOR, OU SOB
INFLUÊNCIA DEVIOLENTA EMOÇÃO, PROVOCADA POR ATO INJUSTO
DAVÍTIMA.

 CONFESSADOESPONTANEAMENTE, PERANTE AAUTORIDADE, A


AUTORIA DO CRIME.
 COMETIDO O CRIME POR SOB INFLUÊNCIA DE MULTIDÃOEM TUMULTO,
SE NÃO O PROVOCOU.

CIRCUNSTÂNCIA ATENUANTE INOMINADA:


 Art. 66 - A pena poderá ser ainda atenuada em razão de circunstância
relevante, anterior ou posterior ao crime, embora não prevista expressamente
em lei.
Exemplos: arrependimento sincero do agente, sua extrema penúria, a recuperação do
agente após o cometimento do crime, a confissão, embora não espontânea, ter o
agente sofrido dano físico, fisiológico ou psíquico, em decorrência do crime, ser o réu
portador de doença incurável.
Em alguns casos aplicável a teoria da coculpabilidade, na qual a sociedade teria certa
parcela contribuição para o delito.

QUANDO A CRCUNSTÂNCIA ATENUANTE NÃO ATENUA A PENAS:

 constituir o crime ou privilegiar o acusado.


 quando apena base estiver no mínimo legal (SÚMULA 231 stj).

CONCURSO DAS AGRAVANTES E ATENUTANTES:

Art. 67 – No concurso de agravantes e atenuantes, a pena deve aproximar-se do limite


indicado pelas circunstancias preponderantes, entendendo-se como tais as que
resultam dos motivos determinantes do crime, da personalidade do agente e da
reincidência.
A jurisprudência pátria entende como circunstancia preponderante as seguintes
atenuantes e agravantes:
1 – Atenuantes de menoridade e da senilidade;
2 – Agravante da reincidência;
3 – Atenuantes e agravantes subjetivas;
3 – Atenuantes e agravantes objetivas.

CONCURSO DAS AGRAVANTES E ATENUTANTES:


1) Pode haver a compensação: Anula-se o aumento e a redução (neutralização).
2) Havendo preponderantes (Art. 67): Reincidência, menoridade (18 a 21 anos) e
confissão (valem mais) - 1/6 e 1/12. Menoridade sempre prevalece.
3) Compensação entre reincidência e confissão - divergência STJ. Não se aplica
compensação no caso de multirreincidência.

3º Fase – Causas de aumento e causas de diminuição - Pena definitiva

São circunstancias previstas no código penal que podem aumentar ou diminuir


a pena. Encontram-se na parte geral ou na parte especial do CP.
Aplicadas na 3º fase de aplicação da pena, tomando por base a pena
intermediária.
O quantum está previsto em lei, ainda que em quantidade variável. Fixada e,
fração (1/3, 1/2, em dobro, diminui metade).
Não há possibilidade de compensação entre causas de aumento e diminuição.
Podem extrapolar limite máximo da pena ou ir abaixo do mínimo legal.
Primeiro aplica causa de aumento e depois a diminuição (divergências).
Concurso entre duas causas de aumento ou diminuição situadas na parte
especial (homogêneo) - juiz pode aplicar a causa a que mais aumente ou
diminua (art. 68, Par. Único). Se previstas na parte geral não - aplica-se todas.
Havendo duas ou mais causas de aumento ou diminuição - incidência
cumulativa (juros sobre juros) - majoritária. Em sentido contrário indecência
isolada - Minoritária.

Você também pode gostar