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E-mail: Luciano.Raizer@catolicasc.org.br
Provas: N1- 25/04 - N2 – 23/05
Livro: Rogério Greco – Direito Penal Estruturado
Crime
Fato típico – Humano – Doloso (Prevê e assume o risco, vontade livre e consciente
de atingir um resultado) ou culposo (Prevê, mas não assume o risco. Imprudência,
imperícia ou negligência) – está em lei.
Antijuridicidade (Contrário ao direito, que se opõe ao que é legal)
Conceito de pena:
A pena é consequência natural imposta pelo estado quando alguém pratica uma
infração penal. É a sanção imposta pelo estado. Por meio de ação penal, ao criminoso
como retribuição ao delito perpetrado e prevenção a novos crimes. (Nucci)
Características: Retribuição da ameaça de um mal contra o autor de uma infração
penal
Finalidade: Preventiva – No sentido de evitar a prática de novas infrações.
Prevenção: Prevenção geral: Poder intimidativo que ela representa a toda sociedade,
destinatária da norma penal. Prevenção especial: intimidação ao autor do delito para
que não torne a agir do mesmo modo, recolhendo-o ao cárcere, quando necessário.
Fundamentos da pena
Político-estatal: Sem a pena o ordenamento jurídico deixaria de coativo. Busca a
eficácia diante das infrações penais.
Psicossocial: A pena satisfaz um anseio social da sociedade.
Ético-individual: Permite ao próprio auto do fato liberar-se de algum sentimento de
culpa.
Finalidades da pena
Teoria absoluta ou retribucionista
A pena visa retribuir o agente pela prática do crime, não se vislumbra qualquer outro
objetivo a não ser o de punir o condenado. Ex: Lei te talião.
Teoria preventiva, relativa ou utilitarista
A pena tem por base a função de inibir o máximo possível a realização de novos atos
ilícitos. Busca combater a ocorrência da reincidência. Crítica: A pena seria aplicada
para impor o medo. Deixa de ser proporcional a gravidade da infração.
Teoria Mista ou eclética
A pena deve pena seja capaz de retribuir ao condenado o mal por ele praticado
(retribuição), sem prejuízo de desestimular a prática de novos ilícitos penais
(prevenção). Há um tríplice finalidade das penas: retribuição, prevenção e
ressocialização (doutrina moderna).
2.Prevenção especial: É dirigida ao condenado. Pune-se o autor para que não venha a
praticar novos crimes.
Prevenção especial positiva: proposta de ressocialização do condenado, para que
volte ao convívio social, quando finalizada a pena ou quando, por benefícios, a
liberdade seja antecipada.
Prevenção especial negativa: Intimidação do autor do delito para que não torne a agir
do mesmo modo, recolhendo-o ao cárcere, quando necessário. Evitar reincidência.
Justiça retributiva:
Aula 02 – 14/03/22
Princípios da Pena
Princípios: Alicerces das normas – Fundamentos em essência.
“Normas fundantes e nucleares de um sistema “(Celso Antônio Bandeira de Mello)
Demarcadores do ponto inicial dos estudos de uma disciplina jurídica” (Robert Alexy)
Penas proibidas
Pena de Morte
Exceções:
1) Guerra declarada – art. 85. XIX. Da C.F.):
2) Lei do Abate -Lei 7565/86 – Código Brasileiro de Aeronáutica (Autorização do
presidente ou pessoa por ele delegada).
3) Lei 9605/98 (art. 24) Crimes Ambientais – extinção da pessoa jurídica
poluidora.
Quantidade de pena
Reincidência
Circunstâncias judiciais (Art. 59). Pesquisar.
Detenção
Destaques
Reincidência – Súmula 269 do STJ
A adoção do regime prisional semi-aberto aos reincidentes condenados a pena igual
ou inferior a 04 anos se favoráveis as circunstâncias jurídicas”.
Gravidade em abstrato e concreto – Súmulas STF 718 e 719. Súmula STJ 440.
Crimes hediondos (Começa no fechado por regra), mas pode existir a possibilidade de
comportamentos favoráveis e a pessoa começar no regime semi-aberto, mesmo
sendo crime hediondo – Lei 8072/90 – STF HC 82.959 e 111.840 e 11.840 – (Sistema
progressivo e reserva de jurisdição).
I - Não ter cometido crime com violência ou grave ameaça a pessoa; (Incluído pela Lei nº
13.769, de 2018)
III - Ter cumprido ao menos 1/8 (um oitavo) da pena no regime anterior;
Destaques
Progressão “Per Saltum”
Súmula vinculante 56 do STF:
I) A falta de estabelecimento penal adequado não autoriza manutenção do
condenado em regime prisional mais gravoso;
II) Os juízes da execução penal poderão avaliar os estabelecimentos
destinados aos regimes semi-aberto ou aberto, para qualificação como
adequados a tais regimes. São aceitáveis estabelecimentos que não
qualifiquem como (Terminar de ver o slide)
Falta Grave
Art. 116, §6º, da LEP:
Definição de falta grave da LEP: Art. 50 da LEP. Não se exige sentença transitada
em julgado.
Organizações criminosas
A) As lideranças de organizações criminosas armadas ou que tenham armas à
disposição deverão iniciar o cumprimento da pena em estabelecimentos penais
de segurança máxima (Art. 2º, §8º, da lei nº12.850/2013);
B) O condenado expressamente em sentença por integrar organização crimonosa
ou por crime praticado por meio de organização criminosa não poderá
progredir de regime de cumprimento de pena ou obter livramento condicional
ou outros benefícios prisionais se houver elementos probatórios que indiquem
a manutenção do vínculo associativo (art.2º, §9).
Multa ou
Restritivas de direitos
Anotação: Respeitando o limite de 04 anos. - Ele pode aplicar duas restrições, ou ele pode
aplicar uma e mais multa
§5º Sobrevindo condenação a pena privativa de liberdade por outro crime, o juiz da
execução penal decidirá sobre a conversão, podendo deixar de aplica-la se for possível ao
condenado cumprir a pena substitutiva anterior.
Multa
Valor dia-multa
§1º - O valor do dia-multa será fixado pelo juiz não podendo ser inferior a um trigésimo do
maior salário-mínimo mensal vigente ao tempo do fato, nem superior a 5 vezes esse
salário.
Atualização
§2º - O valor da multa será atualizado, quando da execução, pelos índices de correção
monetária.
Critério especial
§ 1º - A multa pode ser aumentada até o triplo, se o juiz considerar que, em virtude da
situação econômica do réu, é ineficaz, embora aplicada no máximo
Pagamento
Art. 50 – A multa deve ser paga dentro de 10 dias depois de transitada em julgado a
sentença. A requerimento do condenado e conforme as circunstâncias, o juiz pode permitir
que o pagamento se realize em parcelas mensais.
Desconto em salário
a) aplicada isoladamente;
b) aplicada cumulativamente com pena restritiva de direitos;
c) concedida a suspensão condicional da pena.
Não admite conversão: Art. 51. Transitada em julgado a sentença condenatória, a multa
será executada perante o juiz da execução penal e será considerada dívida de valor,
aplicáveis as normas relativas à dívida ativa da Fazenda Pública, inclusive no que
concerne às causas interruptivas e suspensivas da prescrição.
Cálculo das penas
(3ª fase, P. geral, P. especial) Aplicação das causas de aumento ou diminuição da pena
Circunstâncias judiciais
Anotação: Muitas vezes o juiz não tem como saber a conduta social e tomam medidas
como por testemunha. Ato infracional não pode valorar sobre o réu, pois foi cometido
como de menor e tudo que foi feito de menor não valora como conduta social.
Motivos do crime: É porque, o motivo pelo qual, a razão do agente ter praticado o
delito. Em tese, todo crime possui um motivo.
Anotação: Muitas vezes aqui o motivo já está na segunda fase. Por exemplo motivo fútil
que está na 2º fase.
Ex. Se o réu mata o rapaz responsável pela renda de uma família, então é uma
consequência negativa.
O código penal não diz em quando o juiz deve aumentar ou diminuir a pena, em fazer das
circunstâncias judiciais favoráveis e desfavoráveis, ficando a critério do juiz.
Todo aumento ou redução deve se dar de forma fundamentada, sob pena de nulidade.
A jurisprudência sugere 1/6 e 1/8 sobre a pena mínima ou diferença entre as penas
mínimas e máximas (oscilação) para cada circunstância judicial desfavorável. Já a doutrina
sugere 1/8, haja vista que temos 8 (oito) circunstâncias judiciais ou 1/7. STF – HC 97056 –
Informativo 563.
Exercício 1: 2 anos e 6 meses a partir do 1/8 avaliando primeiro pelo período do meio das
penas iniciais e finais
Não podem conduzir à redução abaixo do mínimo legal ou aumento da pena máxima.
Circunstancias agravantes.
Rol taxativo
Circunstancias atenuantes.
Rol exemplificativo