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Teoria Geral da Pena
1. Conceito de Pena
• Pena “é uma resposta estatal ao infrator da norma incriminadora (crime ou
contravenção), consistente na privação ou restrição de determinados bens
jurídicos do agente”;
3.1 Escola clássica (Francesco Carrara): é uma necessidade ética, permitindo o reequilibro do
sistema. A pena reveste-se de um caráter de prevenção de novos crimes, defesa da sociedade;
3.3 Terza Scuola Italiana (Carnevale): reúne conceitos clássicos e positivistas. Assim, quer enxergar
a pena como uma necessidade ética e deve a pena adequar-se ao criminoso;
3.4 Escola Penal Humanista (Lanza): a pena tem o objetivo de educar o culpado. Para essa escola, a
pena tem uma finalidade de ressocialização;
3.5 Escola Técnico-Jurídica (Manzini): a pena surge como meio de defesa a perigosidade do
agente. Assim, o objetivo da pena é castigar o delinquente. A pena tem caráter
retributivo.
3.6 Escola Moderna Alemã (Von Liszt): a pena é instrumento de ordem e segurança social.
Visa inibir a sociedade para não praticar a conduta que está sendo proibida, gerando
uma intimidação.
3.7 Escola Correcionalista (Roeder): a pena tem caráter corretivo. Assim, a função da
mesma é a correção da vontade do criminoso.
3.8 Escola da Nova Defesa Social (Gramática): a pena é uma reação da sociedade com o
objetivo de proteção ao cidadão.
• Em resumo, são três as principais correntes sobre as finalidades da
pena:
<OBS: Nem mesmo a pena de multa, que se não paga pode ser executada
como dívida de valor, passa da pessoa do condenado, porque não perde o
caráter de sanção penal. Também a perda de bens não é pena, mas efeito
da condenação.>
5.3 Princípio da individualização: nos termos do art. 5º, XLVI, da CF/88, a lei regulará a
individualização da pena e adotará, entre outras, as seguintes:
a) privação ou restrição da liberdade;
b) perda de bens;
c) multa;
d) prestação social alternativa;
e) suspensão ou interdição de direitos;
<OBS: Trata-se de princípio de cunho não absoluto, isso porque existem hipóteses
em que os pressupostos estão presentes, mas não será aplicada, ou se aplicada,
não será cumprida. Ex: casos em que a pena não será aplicada ou cumprida, por
exemplo, transação penal, suspensão do processo, perdão judicial, sursi,
livramento condicional>
5.6 Princípio da dignidade da pessoa humana: a ninguém pode ser imposta
pena que ofenda a dignidade da pessoa humana, vedando-se sanção
indigna, cruel, desumana e degradante. Conforme dispõe o art. 1º, III, da
CF, a dignidade da pessoa humana é um dos fundamentos da República
Federativa do Brasil.
5.7. Princípio da vedação do bis in idem: ninguém pode ser processado duas
vezes pelo mesmo fato. Não tem caráter absoluto, pois é possível que o
sujeito seja condenado e processado duas vezes pelo mesmo fato,
exemplo: no caso de extraterritorialidade incondicionada (aplicação da lei
penal e estrangeira – artigo 7º, I, e §1º, do CPC (ver).
2ª) Lei 9.605/98, art. 28 Lei dos Crimes Ambientais – pena de morte da pessoa jurídica
autora de crimes Ambientais - Conforme entendimento da doutrina, a sanção aplicada
teria caráter de pena de morte para a Pessoa Jurídica.
“Art. 24. A pessoa jurídica constituída ou utilizada, preponderantemente, com o fim de
permitir, facilitar ou ocultar a prática de crime definido nesta Lei terá decretada sua
liquidação forçada, seu patrimônio será considerado instrumento do crime e como tal
perdido em favor do Fundo Penitenciário Nacional”>
6.2 Pena de caráter perpétuo
• Além da pena de morte, está proibida no Ordenamento Jurídico
Brasileiro, a pena de caráter perpétuo. Nesse sentido, o art. 75 do
Código Penal limita o tempo das penas privativas de liberdade, em
patente observância a proibição de penas de caráter perpetuo -
LIMITE DE 40 ANOS (DEPOIS da Lei 13.964/19 (Pacote Anticrime -
novatio legis in pejus, sendo portanto irretroativa).
<OBS:
➢ Prestação de serviços à comunidade? Não é pena proibida pela
Constituição Federal. É pena alternativa, restritiva de direitos, evitando
pena privativa de liberdade;
➢ Trabalho penitenciário? É um misto de dever, conforme dispõe ao art. 39
da Lei de Execuções Penais e direito, conforme art. 41, deste mesmo
diploma>
• 6.4 Pena de banimento: constitui-se na expulsão do nato ou
naturalizado do nosso território.