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Esse princípio gera o provérbio “Nullum crimen, nulla poena, sinelege”, não pode haver crime,
nem pena que não resultem de uma lei prévia, escrita.
Apenas lei em sentido estrito, aprovada pelo Congresso Nacional, pode ser utilizada para tal
finalidade (criar crimes e cominar penas).
Observação:
É vedada a edição de medidas provisórias sobre matéria relativa a Direito Penal, artigo 62º,
§1º, I, b, da CF.
• Analogia = quando a lei não prevê a solução para um caso, então usa da aplicação da
norma parecida e, é chamada de análise de semelhança.
• In malem partem = este princípio é igualmente aplicável às contravenções penais e às
medidas de segurança.
1.1 – Consequências do Princípio da legalidade:
a) não há crime sem lei anterior:
No dia da data da publicação da lei, ela pode ser aplicada, mas, entretanto, o legislador
prefere que a lei seja aplicada há um determinado tempo (prazo), isso se chama vactio legis.
• Vacatio legis = é quando a lei não está em vigência, mesmo que esteja publicada.
Caso a lei em vacatio legis seja aplicada, está ferindo o princípio da anterioridade.
As normas penais em branco, são aquelas que dependem de uma outra norma para que sua
aplicação seja possível.
são normas penais em sentido amplo, a complementação é realizada pelo mesmo órgão que
produziu a norma penal em branco.
b) norma penal em branco heterogenia:
são normas penas em sentido estrito, a complementação é realizada por órgão diverso (órgão
diferente) daquele que produziu a norma penal em branco.
a) legislativa:
b) judicial:
a individualização da pena sai do plano abstrato e vai para o plano concreto, e com isso tudo,
para que a pena seja mais apropriada para cada réu, de forma a cumpro seu papel
ressocializador – educativo e punitivo.
Observação:
Os herdeiros não são responsáveis pelo crime praticado pelo agente, pois não respondem com
seu próprio patrimônio, apenas com o patrimônio eventualmente deixado pelo de cujos.
Note que a multa não é de obrigação para reparar o dano, pois não se destina a vítima, a multa
é uma espécie de pena e, portanto, não pode se executada em face dos herdeiros, ainda que
haja transferência de patrimônio.
Só em caso de guerra declarada, é possível a aplicação de pena de morte por crimes cometidos
em razão de guerra. Esta ressalva é direcionada precipuamente aos crimes militares.
A vedação à pena de trabalhos forçados, impede que o preso seja obrigado a trabalhar sem
remuneração. Assim, ao preso que trabalhar no estabelecimento prisional é garantida
remuneração mensal e abatimento no tempo de cumprimento de pena.
Deste princípio decorre que o ônus da prova cabe ao acusador (MP ou ofendido). O réu é, desde
o começo, inocente, até que o acusador prove sua culpa. Assim temos o princípio in dubio pro
reo (a favor do réu), segundo o qual, durante o processo, havendo dúvidas acerca da culpa,
deverá o juiz decidir a favor deste, pois a culpa não foi comprovada.
b) regra de tratamento:
o réu deve ser, a todo momento, tratado como inocente. E isso tem uma dimensão interna e
uma dimensão externa.
o agente deve ser tratado como inocente fora do processo, ou seja, o fato de estar sendo
processado não pode gerar reflexos negativo na vida do réu. Desta maneira, sendo este princípio
de ordem constitucional, deve a legislação infraconstitucional (CP e CPP) respeitá-la, sob pena
de violação à constituição.
Observação:
Processos criminais em curso e inquérito policial podem ser considerados mal antecedentes?
De acordo com STF e STJ não, pois nenhum deles o acusado foi condenado de maneira
irrecorrível, logo, não pode ser considerado culpado e nem sofrer qualquer consequência em
relação a eles.
De acordo com STF e STJ, não há necessidade de condenação penal transitada em julgado para
que o preso sofra a regressão do regime de cumprimento de pena mais brando para o mais
severo (do semiaberto para o fechado) basta que o preso tenha cometido novo crime doloso
ou falta grave.
Além disso, temos também, a revogação do benefício da suspensão da condicional do processo
em razão do cumprimento de crime:
Nesse caso, o STF e STJ entendem que, descoberta a prática de crime pelo acusado beneficiado
com a suspensão do processo, este benefício deve ser revogado. Não havendo a necessidade
de trânsito em julgado da sentença condenatória do crime novo.
• Incredibilidade:
Racismo, ação de grupos armados civil ou militares, contra a ordem constitucional e o
estado democrático.
• Inafiançabilidade:
Racismo, ação de grupos armados civil ou militares, tortura, tráfico de drogas,
terrorismo, crimes hediondos.
• Vedação de graça e anistia:
Tortura, tráfico de drogas, terrorismo e crimes hediondos.
Importante destacar que dois crimes muito comuns não são considerados crimes dolosos contra
a vida:
é um crime patrimonial
a morte, aqui, decorre de culpa, portanto não se trata de crime doloso contra a vida.