Você está na página 1de 78

DIREITO PENAL

CONCEITO DE DIREITO PENAL: É UM RAMO DO ORDENAMENTO JURÍDICO


QUE CRIA CRIMES E COMINA PENAS.

É UM RAMO DO DIREITO PÚBLICO. RELAÇÃO JURÍDICA ENTRE INDÍVIDUO E


ESTADO.

A CF TRATA DE DIREITO PENAL.

O DIREITO PENAL TAMBÉM SERVE PARA PROTEGER. É GARANTIA DE QUE


SERÁ APLICADO DE FORMA CORRETA.

FINALIDADES DO DIREITO PENAL :

- FINALIDADE PREVENTIVA – TEORIA RELATIVA – INDIVIDUAL E GERAL :

- FINALIDADE RETRIBUTIVA - TEORIA ABSOLUTA

FUNÇÃO DO DIREITO PENAL :

PROTEGER OS BENS JURÍDICOS.


PRINCÍPIOS DO DIREITO PENAL

1) DA LEGALIDADE : Art. 1º do CP:   Art. 1º - Não há crime sem lei anterior que o
defina. Não há pena sem prévia cominação legal.

- LEI EM SENTIDO ESTRITO : SENTIDO MATERIAL E EM SENTIDO


FORMAL

 (ou reserva legal/ intervenção legalizada) – PARA PARTE DA


DOUTRINA

MATERIAL : CONTEÚDO – EDITAL DE UM CONCURSO

FORMAL : FORMA DE LEI – FORMALIDADE

Outros doutrinadores sustentam que a irretroatividade e reserva legal


seriam, em verdade, desdobramentos do princípio da legalidade.

Para esses doutrinadores, são subprincípios da legalidade:

1. Anterioridade legal : Em suma, inexiste segurança jurídica quando


viável a criação de lei incriminadora retroativa.

2.Reserva legal: Segundo o princípio da reserva legal, a


fundamentação do crime deve nascer da lei em sentido formal.

Não pode, por exemplo, ter como parâmetro os costumes.

O STJ, neste cenário, analisou o art. 7° do Estatuto de Roma (internalizado


pelo Decreto 4.388/2002).

Esse dispositivo tipifica o crime contra humanidade.

Na oportunidade, o STJ esclareceu que é imprescindível a edição de lei em


sentido formal para tipificação (REsp 1.798.903/ RJ).
3.Proibição de analogia “in malam partem”: Além disso, no âmbito do
Direito Penal, é vedada a utilização de analogia que prejudique o réu,
agravando sua punição, ao ainda, a analogia que crie ilícito penal.

Essa espécie de analogia é denominada de analogia “in malam partem“,


sendo vedada sua aplicação no Direito Penal.

4.Taxatividade da lei: Por fim, segundo o subprincípio da taxatividade da


lei, deve a lei ser concreta e determinada em seu conteúdo. Isso significa
que a lei precisa descrever o ato criminoso.

2) DA DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA: Há dois aspectos


vinculados a esse princípio no Direito Penal:

1. Proibição de incriminação de condutas socialmente inofensivas;


2. Vedação de tratamento degradante, cruel ou de caráter vexatório.

O STF e o STJ vêm utilizando esse princípio em diversos casos de forma


bastante corriqueira.

O STJ, por exemplo, já concedeu a liberdade provisória em razão das


condições do cárcere violar o princípio da dignidade da pessoa humana
(REsp 1.253.921/RS)

O STF, por sua vez, reconheceu a inconstitucionalidade do art. 33, § 4º, e do


art. 44, ambos da Lei n. 11.343/06 (Lei de Drogas).

Esses dispositivos proibiam a substituição da pena privativa de liberdade por


restritiva de direitos.

Segundo o STF, tal proibição viola a Dignidade da Pessoa Humana, cláusula


pétrea insuscetível de supressão por emenda (HC 120.353/ SP).
3) DA IRRETROATIVIDADE DA LEI PENAL

Art. 5° (…)

XL – a lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu;

No mesmo sentido, caminhou o art. 2° do Código Penal:

Art. 2º – Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa de
considerar crime, cessando em virtude dela a execução e os efeitos
penais da sentença condenatória.

Afirmar que a lei não pode retroagir, salvo para beneficiar o réu, é similar a
ideia de que não há crime sem lei anterior que o defina.

Daí porque, na prática, pouca utilidade tem a subdivisão dos temas, dado que
partem da mesma essência.

4) DA HUMANIDADE DAS PENAS

O princípio da humanidade é um desdobramento imediato do princípio


da dignidade da pessoa humana.

Segundo este princípio, a norma penal deve resguardar tratamento


humanizado ao sujeito ativo da infração penal.
5) DA INDIVIDUALIZAÇÃO DAS PENAS

A pena não pode ser padronizada. Em razão desse princípio, a pena será
individualizada na legislação, no poder judiciário, durante o processo, e, ao
final, na execução. Cada crime possui a respectiva pena.

Art. 5° (…) XLVI – a lei regulará a individualização da pena e adotará, entre


outras, as seguintes: a) privação ou restrição da liberdade; b) perda de bens; c)
multa; d) prestação social alternativa; e) suspensão ou interdição de direitos.

6) DA LIMITAÇÃO DAS PENAS

Segundo o princípio da limitação das penas, há algumas penas que não


podem ser adotadas no sistema vigente. É o que dispõe o art. 5°, XLVII, da
Constituição Federal: Art. 5° (…) XLVII – não haverá penas: a) de morte, salvo
em caso de guerra declarada, nos termos do art. 84, XIX; b) de caráter
perpétuo; c) de trabalhos forçados; d) de banimento; e) cruéis.

7) DA CULPABILIDADE
“ninguém será considerado culpado até o transito em julgado de sentença
penal condenatória“.

8) DA INSIGNIFICÂNCIA
O princípio da insignificância (PI), que decorre diretamente da
fragmentariedade, é “instrumento de interpretação restritiva do Direito
Penal” (Cunha, 2021).

Ou seja, em alguns casos a ofensa é incapaz de atingir de forma relevante


e concreta bens juridicamente tutelados pelo Direito Penal, afastando a
tipicidade material da conduta, excluindo, por consequência, o crime.

Quando os Tribunais Superiores admitem o princípio da


insignificância? Quatro requisitos básicos, que podem ser resumidos
no mnemônico “MARI”:

a)Mínima ofensividade da conduta;


b) Ausência de periculosidade da conduta;
c) Reduzido (reduzidíssimo) grau de reprovabilidade;
d) Inexpressividade da lesão/dano.

Questões relevantes sobre o princípio da insignificância :

1) Reincidência impede a aplicação do “PI”?

POLÊMICA! Segundo o STF (HC 123108/MG), a reincidência não


impede, por si só, o reconhecimento da insignificância. O mesmo tribunal
já decidiu, em 2020, pela não aplicação do princípio em casos de
habitualidade delitiva (AgRg no REsp 1850479/SC). O STJ, por outro lado,
estabeleceu a tese que “a reiteração criminosa inviabiliza a aplicação do
princípio da insignificância, ressalvada a possibilidade, no caso concreto,
da medida ser socialmente recomendável (EREsp 1531049/RS).”.

2) Capacidade financeira da vítima deve ser considerada na aplicação


do “PI” em crimes patrimoniais? Sim, vide o requisito “d” acima citado.

3) Aplica-se o “PI” a crimes tributários? É pacífico que sim, desde que o


valor não ultrapassse o limite do Art. 20 da Lei 10.522/02, ou seja, R$ 20
mil.

4) Aplica-se o “PI” a contrabando? Não, por menor que seja o dano,


porquanto a conduta “atinge outros bens jurídicos, como a saúde, a
segurança e a moralidade pública (AgRg no REsp 1870362/RS, Quinta
Turma.)”.
Entretanto, há uma EXCEÇÃO, que não deve ser cobrada na sua provinha:
trata-se do caso de importação de medicamento proibido, em pequena
monta, para uso próprio, preenchidos os requisitos “MARI”, ok?

5) Aplica-se o “PI” a crimes contra a Administração Pública? Basta a


leitura “seca” da súmula 599 do STJ para percebermos que NÃO: “O
princípio da insignificância é inaplicável aos crimes contra a administração
pública.”

6) Aplica-se o “PI” ao crime de moeda falsa? Pacífico o entendimento


no STJ que não (AgRg ni AREsp 1012476/SP, Quinta Turma),
independentemente do valor ou quantidade de cédulas apreendidas.

7) Aplica-se o “PI” ao crime da Lei 11.343/06 (Drogas)? Se for porte


para uso, há divergência. O STF permite a aplicação do princípio (HC
110475/SC), mas o STJ veda tal aplicação (AgRg no HC 387874/MS).
Quanto a crime de Tráfico (Art. 33 e 34 da Lei), os Tribunais entendem
que se trata de crime de perigo abstrato, ou seja, não importa o resultado
concreto da conduta, o que afasta a aplicação da insignificância.

8) Aplica-se o “PI” aos crimes ambientais? Há vários julgados que falam


ser possível, vide HC 135404/PR, REsp 1409051/SC, entre outros.

9) Aplica-se o “PI” aos crimes/contravenções que envolvem violência


doméstica e familiar contra a mulher? Não, inclusive se trata da Súmula
589 do STJ.

10) Aplica-se o “PI” aos atos infracionais? Sim, haja vista “não poder


negar aos infantes os mesmos direitos garantidos aos adultos sob a
justificativa de que as medidas socioeducativas têm como finalidade
protegê-los e educá-los.” (Cunha, 2021)

OBS: Galera, atos infracionais é o nome dado as condutas assemelhadas


a crimes cometidos por inimputáveis (< 18 anos), ok?

E a “bagatela imprópria”? Esse nome esquisito é dado àquelas condutas


que, embora relevantes, a PENA, diante do caso concreto, é
desnecessária, deixando de ser aplicada pelo juiz.

9) DA VEDAÇÃO AO “BIS IN IDEM”


Nos termos do Estatuto de Roma, Art. 20? “Ne bis in idem. 1. Salvo
disposição em contrário do presente Estatuto, nenhuma pessoa poderá
ser julgada pelo Tribunal por actos constitutivos de crimes pelos
quais este já a tenha condenado ou absolvido.”

A exceção a tal princípio é o caso de extraterritorialidade


incondicionada da lei penal brasileira, nos termos do Art. 7º, I, do
Código Penal.

10) DA PESSOALIDADE NO DIREITO PENAL

Previsto na Constituição, ensina que nenhuma pena passará da pessoa do


condenado, PODENDO OS EFEITOS CIVIS SEREM ESTENDIDOS aos
sucessores e contra eles executadas, até o limite do valor da herança.

11) DA PRESUNÇÃO DE INOCÊNCIA

Nos termos da Constituição Federal, Art. 5º, LVII, “ninguém será


considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal
condenatória.”.

Disto decorre: I) Qualquer restrição à liberdade do agente só se admite


após sua condenação definitiva; II) O ônus de provar os fatos cabe ao
titular da ação penal; III) Eventual dúvida do julgador será interpretada em
favor do réu (in dubio pro reo); OBS: O STF vedou a execução provisória
da pena antes do trânsito em julgado de sentença condenatória (ADCs 43,
44 e 54).

12) DA RESPONSABILIDADE PESSOAL E DA


RESPONSABILIDADE SUBJETIVA

O primeiro proíbe a punição de um por fato cometido por outrem. Veda-se,


também, a punição coletiva no nosso ordenamento jurídico. O segundo
condiciona a responsabilidade penal a existência de dolo ou culpa da
conduta, inclusive em crimes qualificados pelo resultado.
13) DA OFENSIVIDADE NO DIREITO PENAL

O fato para o Direito Penal, deve, no mínimo, ocasionar lesão ou perigo de


lesão ao bem jurídico tutelado. Dito isso, alguns tipos de perigo abstrato
são normalmente punidos pelo Estado: I) Porte ilegal de arma de fogo.

desmuniciada (STJ, AgRg no HC 450234/MS); II) Embriaguez ao volante


(STF, HC 109269).

14) DA INTERVENÇÃO MÍNIMA

O Direito Penal só deverá ser aplicado quando as demais esferas do


Direito não forem suficientes para evitar casos de lesão ou perigo de lesão
a bens jurídicos tutelados. Desta forma, em algumas situações, apenas o
Direito Penal será necessário e suficiente para punir atos ilícitos à altura do
dano causado.

Por isso, o legislador, de início, deverá selecionar aqueles comportamentos


indesejados, aplicando-se a esses bens jurídicos mais relevantes o Direito
Penal.

A doutrina ainda ensina que esse princípio se divide em dois:


fragmentariedade (I) e subsidiariedade (II). O primeiro relaciona-se ao
aspecto quantitativo, determinando que apenas parcela dos fatos
deve ser “resolvidos” com o Direito Penal.

O segundo, por outro lado, relaciona-se com o aspecto qualitativo,


cuidando de situações intoleráveis a uma convivência harmoniosa em
nossa sociedade.

Resumindo… Intervenção Mínima = Fragmentariedade +


Subsidiariedade

15) DA ADEQUAÇÃO SOCIAL


Apesar de uma conduta possuir tipicidade formal, não pode ser
considerada materialmente típica para o Direito Penal quando a sociedade
aceitá-la, ou seja, “se estiver de acordo com a ordem social da vida”.
(Cunha, 2021).

16) DA EXTERIORIZAÇÃO DO FATO

Veda-se a punição, pelo Direito Penal, do agente baseada em seus


pensamentos, desejos ou estilo de vida.

Rafael, primário, foi preso em flagrante delito após tentar subtrair poucos
bens de uma rede de Supermercados. Avaliados, os bens totalizaram
R$ 38,00 (trinta e oito reais) e foram integralmente restituídos à vítima.
Nesse caso, o Defensor Público fundamentará seu pedido de
absolvição por insignificância com base no princípio da
INTERVENÇÃO MÍNIMA.

 HAVENDO INFORMAÇÕES COMO PRIMARIEDADE, SUBTRAÇÃO DE COISA


POUCA MONTA, SEGUIDA DA INTEGRAL RESTITUIÇÃO, O DEFENSOR PÚBLICO
PODE (E DEVE) PLEITEAR A ABSOLVIÇÃO DO ASSISTIDO POR INSIGNIFICÂNCIA
COM BASE NO PRINCÍPIO DA INTERVENÇÃO MÍNIMA.
 PARA O RECONHECIMENTO DO INSTITUTO, É NECESSÁRIO A) MÍNIMA
OFENSIVIDADE DA CONDUTA; B) NENHUMA PERICULOSIDADE SOCIAL;
C) REDUZIDÍSSIMO GRAU DE REPROVABILIDADE DO COMPORTAMENTO;
D) INEXPRESSIVIDADE LESÃO JURÍDICA PROVOCADA.

O princípio da Legalidade/ reserva legal ou estrita legalidade (art.5º, XXXIX)

prega que somente a lei em sentido estrito pode prever tipos penais. Tal princípio possui
como corolários:

Taxatividade/ Reserva legal/ Irretroatividade da lei penal

Princípio da anterioridade:

O crime e a pena devem estar previstos previamente.

Para a taxatividade a lei Penal deve ser clara e precisa sendo vedada, portanto, a criação
de tipos que contenham conceitos vagos ou imprecisos e a analogia in malam partem.

Direito Penal do Autor x Direito Penal do Fato

Direito Penal do Autor > pune o indivíduo pelo o que ele é, e não pelo o que ele fez.

" Condições Pessoais

Direito Penal do Fato>

 direito penal deve punir condutas praticadas pelos indivíduos lesivas a bens jurídicos de
terceiros. Pune-se o fato. A base para esse princípio está no Estado de Direito.

 O STJ e o STF não admitem a aplicação dos princípios da insignificância e da bagatela


imprópria aos crimes e contravenções praticados com violência ou grave ameaça contra
a mulher, no âmbito das relações domésticas, dada a relevância penal da conduta. Vale
ressaltar que o fato de o casal ter se reconciliado não significa atipicidade material da
conduta ou desnecessidade de pena. [STJ. 5ª Turma. HC 333.195/MS. STJ. 6ª Turma.
AgRg no HC 318849/MS. STF. 2ª Turma. RHC 133043/MT.] (Info 825).

BAGATELA IMPRÓPRIA também é conhecida como "PRINCÍPIO DA IRRELEVÂNCIA DO


FATO(ou da pena):

- onde o fato é relevante para o direito penal, mas sua PENA se torna desnecessária/ pena
desnecessária;

- seu percursor foi Luiz Flávio Gomes (LFG);

- existe no ordenamento brasileiro como por exemplo o perdão judicial

BAGATELA PRÓPRIA

➟ Princípio da INSIGNIFÂNCIA
➟ Causa atipicidade MATERIAL (Mantém-se a tipicidade FORMAL)

BAGATELA IMPRÓPRIA

➟ Torna a pena "DESNECESSÁRIA"

➟ NÃO leva à ATIPICIDADE

➟ EXCLUI A PUNIBILIDADE

Segundo o STJ, é INAPLICÁVEL o princípio da insignificância às contravenções penais


praticadas contra a mulher no âmbito das relações domésticas (Súmula 589-STJ) e aos crimes
contra a Administração pública (Súmula 599-STJ).

Segundo o STJ, é INAPLICÁVEL o princípio da insignificância aos crimes praticados contra a


criança e o adolescente e APLICÁVEL aos crimes contra a ordem tributária (REsp
1.709.029/MG).

 a) proporcionalidade: As penas devem ser aplicadas de maneira proporcional a gravidade do


fato.

 b) intervenção mínima ou ultima ratio: A  criminalização de condutas só deve ocorrer quando


for realmente necessário à proteção de bens jurídicos ou a defesa de interesses absolutamente
indispensáveis para a sociedade.

 c) ofensividade(Gabarito): Não basta que o fato seja típico. É necessário que este fato ofenda,
de maneira grave, o bem jurídico pretensamente protegido pela norma penal.

 d) bagatela imprópria.(desnecessidade da pena) 

 e) alteridade. : O fato deve causar lesão a um bem jurídico de terceiro. Logo decorre que o
direito penal não pune a autolesão.

O que afasta a tipicidade?

- Insignificância (Bagatela)

- Coação Física Irresistível


 

O que afasta a ILICITUDE?

- Legítima Defesa

- Estado de Necessidade

- Estrito Cumprimento do Dever Legal

- Exercício Regular de um Direito

O que afasta a CULPABILIDADE?

- Inimputabilidade

- Inexigibilidade de Conduta Diversa

- Inconsciência da Ilicitude (invencível/escusável) 

 A questão cobrou o conhecimento relativo aos dois pontos de vista que envolve o princípio da
PROPORCIONALIDADE: a proibição do excesso na aplicação do direito penal, bem como a
vedação à proteção deficiente Estatal.

INTERVENÇÃO MÍNIMA: FRAGMENTARIEDADE + SUBSIDIARIEDADE

Segundo o princípio da reserva legal, a infração penal somente pode ser criada por lei em
sentido estrito, ou seja, lei complementar ou lei ordinária, aprovadas e sancionadas de acordo
com o processo legislativo respectivo, previsto na CF/88 e nos regimes internos a Câmara dos
Depurados e Senado Federal.

Por fim, segue abaixo as acepções do Princípio da Legalidade de quando não há crime:
1) sem lei (admite-se somente lei em sentido estrito – Reserva legal)

2} anterior (veda-se retroatividade maléfica da lei penal.}

3} escrita (veda-se o costume incriminador)

4} estrita (veda-se a analogia incriminadora)

5) certa (veda-se o tipo penal indeterminado)

6} necessária (intervenção mínima)

A proscrição de penas cruéis e infamantes, a proibição de tortura e maus-tratos nos


interrogatórios policiais e a obrigação imposta ao Estado de dotar sua infraestrutura
carcerária de meios e recursos que impeçam a degradação e a dessocialização dos
condenados são desdobramentos do princípio da HUMANIDADE.

Princípio da Humanidade -->  estabelece que as penas impostas aos indivíduos devem


respeitar a dignidade desses. Ele engloba o Princípio da Limitação das Penas, o qual diz que
não haverá penas de morte, salvo em caso de guerra declarada, nem de caráter perpetuo,
penas de trabalho forçado, banimento e nem cruéis.

Proporcionalidade=  individualização da pena.

Pessoalidade = a pena não  passará da pessoa do condenado.

PESSOALIDADE, PERSONALIDADE OU INTRANSCEDÊNCIA: A responsabilidade penal


é PESSOAL, e não se estende a terceiros (mandamento constitucional - art. 5°, XLV, CF/88). 

COMENTÁRIO: Como sabemos, o Direito Penal serve para proteger bens jurídicos. Sendo
assim, ninguém pode ser punido pelo que é ou pelo que pensa, apenas pelo que faz no
mundo real.
Princípio da Retroatividade e Ultratividade da Lei Penal mais favorável

Lei posterior mais benéfica RETROAGE SEMPRE. Lei anterior mais favorável terá ultratividade
se for mais benéfica.

RETROATIVIDADE: A lei posterior mais benéfica aplica-se aos fatos praticados após sua
entrada em vigor, mas também retroage para alcançar fatos cometidos durante a vigência
da Lei anterior (mais gravosa).

ULTRATIVIDADE: A lei posterior será aplicada aos fatos praticados após a sua entrada em
vigor, mas subsistem os efeitos da lei anterior aos fatos por ela regidos, mesmo após sua
revogação pela lei posterior.

SÚMULA Nº 711 do STF: A lei penal mais grave aplica-se ao crime continuado ou ao crime
permanente, se a sua vigência é anterior à cessação da continuidade ou da permanência.

Súmula 611 STF - Transitada em julgado a sentença condenatória, compete ao juízo das
execuções a aplicação de lei mais benigna.

O CP adotou a teoria da UBIQUIDADE para a definição do lugar do crime. Por esta teoria,
temos que o lugar do crime será o de onde ocorreu a ação/omissão, ou ainda o local onde se
produziu ou deveria produzir-se o resultado. Isto foi feito visando facilitar a colheita de
provas, a qual poderá ser melhor colhida no local da conduta ou no local do resultado,
dependendo do caso concreto. Não poderia o legislador engessar os operadores do direito e
as autoridades policiais, sob pena de prejudicar a colheita de provas e o procedimento
investigatório e persecutório penal. Tal entendimento está descrito no art. 6ª do CP.

“a abolitio criminis é causa de extinção da punibilidade, fazendo cessar os efeitos penais da


condenação”.

Extraterritorialidade Condicionada
• Crimes que, por tratado ou convenção, o Brasil se obrigou a reprimir;
• Crimes praticados por brasileiro;
• Crimes praticados em aeronaves ou embarcações brasileiras, mercantes ou de propriedade
privada, quando em território estrangeiro e aí não sejam julgados;
• Crimes praticados por estrangeiro contra brasileiro fora do Brasil, se, reunidas as seguintes
condições:
(i) não for pedida ou for negada a extradição;
(ii) (ii) houve requisição do Ministro da Justiça.

Desde que:
• O agente entre no território nacional;
• ser o fato punível também no país em que foi praticado;
• estar o crime incluído entre aqueles pelos quais a lei brasileira autoriza a extradição;
• não ter sido o agente absolvido no estrangeiro ou não ter aí cumprido a pena;
• não ter sido o agente perdoado no estrangeiro ou, por outro motivo, não estar extinta a
punibilidade, segundo a lei mais favorável.

Aplica-se a lei penal brasileira aos crimes cometidos em aeronaves estrangeiras de


propriedade privada durante seu sobrevoo no espaço aéreo brasileiro.

De acordo com o princípio da territorialidade, disciplinado no artigo 5º, do Código


Penal, "aplica-se a lei brasileira, sem prejuízo de convenções, tratados e regras de
direito internacional, ao crime cometido no território nacional".

Assim, será aplicada a lei penal aos crimes cometidos no território brasileiro,
independentemente do sujeito ativo do delito, do titular do bem jurídico, e da
nacionalidade da vítima, por exemplo.

REVISÃO 1 – FINALIZADA EM 17/03/2023

A desistência voluntária ocorre quando o agente, por sua


vontade, desiste de continuar na execução do delito, impedindo assim, a
sua consumação. RESPONDE SÓ PELOS ATOS JÁ PRATICADOS.

O Arrependimento eficaz ocorre quando o  agente se arrepende depois


de encerrados todos os atos executórios, impedindo, assim, o resultado.
Mas vejam só, pessoal: necessariamente o arrependimento precisa ser
eficaz. Ou seja, precisa impedir a consumação do resultado. RESPONDE
SÓ PELOS ATOS JÁ PRATICADOS.
O arrependimento posterior será aplicado nos casos em que o agente,
por ato voluntário, repara o dano ou restitui integralmente a coisa, até o
recebimento da denúncia ou da queixa. Notem que aqui o crime já foi
consumado! Outro ponto relevante é que a reparação deve ser
voluntária, porém, não necessita ser espontânea, podendo ser o
agente convencido por um terceiro a voluntariamente reparar o dano
ou restituir a coisa.

Nesse caso, o efeito, como dito anteriormente, é a redução da pena de


1/3 a 2/3. Lembrando que, caso haja recusa do ofendido em aceitar a
reparação do dano, ainda assim,  o benefício do arrependimento posterior
não será excluído. O arrependimento posterior é conhecido como ponte de
prata. Ah, importante mencionar que esse instituto somente se aplica a
crimes cometidos sem violência ou sem grave ameaça à pessoa.

STJ : Assim sendo, no caso de existir um sistema de vigilância em estabelecimento


comercial, há possibilidade de configuração do crime impossível, não se podendo afirmar
que sempre que existir um sistema de vigilância se configuraria um crime impossível.

a tentativa só pode se configurar na presença do dolo de consumação do delito.

Os crimes formais são aqueles que dispensam a ocorrência do resultado.

LEGÍTIMA DEFESA: “Meios necessários são aqueles que o agente tem à sua disposição
para repelir a agressão injusta, atual ou iminente, a direito seu ou de outrem, no
momento em que é praticada".
No crime comissivo por omissão ou omissivo impróprio, o
dever de agir é para evitar um resultado concreto. Nesses
crimes, o agente não tem simplesmente a obrigação de agir,
mas a obrigação de agir para evitar um resultado, isto é, deve
agir com a finalidade de impedir a ocorrência de determinado
evento.

O agente que desiste de forma voluntária de prosseguir na execução do crime ou impede


que o resultado se produza responde apenas pelos atos já praticados, não havendo previsão
de diminuição de pena.

O arrependimento posterior deve ser dar até o RECEBIMENTO da denúncia ou queixa e não
até o seu oferecimento. Todas as bancas de concurso adoram trocar essa determinação
legal.

Súmula 145 STF - Não há crime, quando a preparação do flagrante pela polícia torna
impossível a sua consumação.

Na desistência voluntária, o agente inicia a ação delituosa, mas desiste voluntariamente de


prosseguir executando o crime. Foi exatamente o que ocorreu no caso de Pedro, que antes
de concluir a ação, desistiu voluntariamente da mesma. Nesse caso, ele responderá apenas
pelos atos já praticados, não sendo punido no caso concreto. Ex: Genessi pretende matar
Denis disparando todas as balas de seu revólver. Genessi inicia os disparos contra Denis,
acertando-o, mas no segundo disparo visualiza a figura de Jesus, e, desistindo da ação, não
prossegue com os disparos, vindo a vítima a sobreviver.

No arrependimento eficaz, o agente após exaurir todos os atos previamente pretendidos,


arrepende-se e age para evitar que o resultado se consume, conseguindo efetivamente
evita-lo. Da mesma forma, o agente somente responderá pelos atos já praticados. Ex: No
mesmo caso acima, Genessi exaure todos os atos executórios que estavam à sua disposição,
ou seja, dispara todas as balas do revólver em Denis, mas, arrependido, socorre a vítima que
vem a sobreviver.
Se a interrupção do iter criminis (atos executórios) se der de forma casuística, ou seja, por
motivos alheios à sua vontade (sem a voluntariedade do agente), estaremos falando de
tentativa e não do arrependimento eficaz. No arrependimento eficaz, o agente age de forma
voluntária para impedir o resultado.

É bastante controvertida a discussão acerca da natureza jurídica da desistência voluntária e


do arrependimento eficaz. São três as correntes acerca da natureza jurídica dos institutos: 1.
Causa de Extinção da Punibilidade (Nélson Hungria, Eugenio Raúl Zaffaroni...) 2. Causa de
Exclusão da Culpabilidade (Hans Welzel, Claus Roxin) 3. Causa de Exclusão da Tipicidade
(Damásio de Jesus, José Frederico Marques, Heleno C. Fragoso...) Em que pese a divergência,
a banca foi sábia ao colocar na questão a natureza jurídica como causa de exclusão da
ilicitude, o que já sabemos nem ao menos é prevista dentro da divergência elencada. Em
outras palavras, embora haja tal divergência, descabe falar em exclusão da ilicitude. Por fim,
cumpre informar que há quem diga que a prevalece a 3ª corrente, e, se você tiver que levar
alguma delas para a prova, que seja essa.

No arrependimento eficaz, apesar de o agente ter exaurido os atos executórios ao seu


alcance, ele age a tempo e consegue evitar o resultado. Portanto, o agente impede a
consumação do delito que pretendia, e por isso, a lei concedeu-lhe o benefício de responder
apenas pelos atos já praticados. Exemplificando, no caso em que Genessi, querendo matar a
vítima, dispara todas as balas de seu revólver sobre ela, mas se arrepende e a socorre, não
vindo a mesma a falecer, responderá apenas pelas lesões causadas à vítima, não
respondendo pelo crime pretendido que era o homicídio. Caso, apesar do esforço de
Genessi para salvar a vítima, esta vem a falecer, estar-se-á consumado o crime de homicídio,
o qual deverá responder. Nesse caso, poderá incidir a causa de diminuição de pena do art.
65, III, “b”, CP.

Para tanto, fixou-se o entendimento de que o parâmetro para a diminuição da pena será a
da maior proximidade ou não da consumação do delito. Em outras palavras, será verificada a
distância percorrida o iter criminis, e quanto mais próxima da consumação, menor a
diminuição da pena. A esse propósito: “A quantificação da causa de diminuição de pena
relativa à tentativa (art. 14, II, CP) há de ser realizada conforme o iter criminis percorrido
pelo agente: a redução será inversamente proporcional à maior proximidade do resultado
almejado” (STF: HC118.203/MT, rel. Min. Gilmar Mendes, 2ª Turma, publicado em
15.10.2013)

Entende-se possível que a injusta agressão ocorra por omissão, quando a mesma for
passível de causar dano, e o omitente tenha o dever jurídico de agir. O exemplo utilizado na
obra do i. Professor Cleber Masson, fornecido por Mezger, é o caso do carcereiro que tem o
dever de liberar o recluso após o cumprimento integral da pena, mas que não o faz. Com a
sua omissão ilícita, inegavelmente um bem jurídico do preso, autorizando a reação em
legítima defesa.

A Aberratio ictus prevista no artigo 73, 1ª parte, do CP, ocorre quando há um erro na
execução em virtude da inabilidade do agente ou do acidente no emprego dos meios
executórios, atingindo pessoa diversa da pretendida. Ela pode ser de duas espécies: com
unidade simples ou resultado único (o desvio no golpe faz com que atinja outra pessoa,
diversa da pretendida, sendo que aquela que o agente queria alcançar não sofre nenhuma
lesão) e com resultado duplo (neste caso, o agente atinge a vítima pretendida e o terceiro).

Já a Aberratio deliciti, ou aberratio criminis, prevista no artigo 74, do Código Penal, ocorre
quando o acidente ou erro no emprego dos meios executórios faz com que se atinja um bem
jurídico diferente do pretendido. Atenção: na aberratio ictus cuidava-se de acertar pessoa
diferente. Na aberratio delicti, tratase de bem jurídico diverso.

O erro de proibição (erro sobre a ilicitude do fato), consiste na falsa percepção da realidade
que o agente tem sobre o caráter ilícito do fato que pratica. O art. 21, CP determina que o
desconhecimento da lei é inescusável. No entanto, nesse caso, até presume-se que o agente
conhece a lei, mas no caso concreto o mesmo acaba por desconhecer o seu conteúdo ou
vem a interpretá-lo mal, o que o faz não entender adequadamente o seu caráter ilícito. O
agente pensa que é lícito o que, na verdade, é ilícito. Nesse caso, determina a lei que se o
erro de proibição for inevitável/escusável, isenta de pena, se evitável/inescusável, é causa
de diminuição de pena. Exemplo clássico é o do turista que traz consigo maconha para
consumo próprio, pois em seu país a substância é liberada. Nesse caso o agente acredita
sinceramente que a conduta é lícita. O delito putativo por erro de tipo, constitui no crime
imaginário que só existe na mente do agente. Ou seja, o agente deseja praticar o crime, mas
acaba, por erro, cometendo uma conduta penalmente irrelevante. Ex: José deseja furtar o
livro de Direito Penal de sua colega Joana, mas acabar por levar o seu próprio livro por
engano. Repare que o comportamento do agente era subjetivamente criminoso (ele
desejava praticar o crime), mas objetivamente ele não é considerado crime, pois ninguém
pode furtar coisa própria, mas somente alheia.

A questão trata do chamado “erro de tipo”, que é o erro que pode recair sobre os elementos
essenciais ou acidentais do tipo penal. O erro de tipo essencial vai incidir sobre os elementos
que constituem o tipo penal. Já o erro de tipo acidental recai sobre outros dados que não
sejam elementos do tipo.

AQUI

No dolo geral o agente, acreditando já ter alcançado o resultado almejado, pratica nova
conduta com finalidade diversa e, ao final, constata que foi esta última que produziu o
resultado que buscava desde o início. O dolo é geral e envolve todo o desenrolar da ação
típica, desde o início da execução até a consumação do delito.

Etapas do iter criminis. A fase interna é dividida em três etapas: a cogitação, a deliberação
e a resolução. A fase externa, por sua vez, pode ser formada também por quatro etapas: a
manifestação, a preparação, a execução e a consumação.

ELEMENTOS DO TIPO OBJETIVO : ligados ao aspecto material do crime


i) Descritivos: descrevem aspectos materiais da conduta (tempo, circunstância,
forma de execução).
ii) ii) Normativos/ Valorativos: há um juízo de valor para a sua compreensão. Ex:
no ato obsceno, o juiz deve valorar o que é essa obscenidade.
iii) iii) Científico: Vão além do normativo, pois exigem conhecimento técnico de
determinado conceito. Ex: para saber se houve utilização inadequada de
embrião humano, é necessário saber tecnicamente o que é um embrião
humano.

Na desistência voluntária o agente, por ato voluntário, interrompe a execução do crime,


abandonando os demais atos necessários à consumação. O agente pode prosseguir com a
execução, mas não quer. Ela não é admitida nos crimes unissubsistentes. Já no
arrependimento eficaz, depois de praticados os de execução, o agente adota providências
para impedir a produção do resultado. Só é possível nos crimes materiais. Em ambos os
casos, para que tenhamos a desistência voluntária e o arrependimento eficaz, é preciso
que a conduta do agente seja dotada de voluntariedade e eficácia, isto é, a conduta do
agente deve ser livre de coação física ou moral e tem que ser capaz de evitar a produção
do resultado. No arrependimento posterior o agente que comete o crime sem violência ou
grave ameaça à pessoa restitui a coisa ou repara o dano até o recebimento da denúncia ou
queixa. Nesses casos, a pena será reduzida de um a dois terços, tratando-se de causa de
diminuição de pena, incidindo na terceira fase de aplicação da pena.

As lesões desportivas estão acobertadas pelo exercício regular do direito.

Imagine que Caio, com animus necandi, ministre dose letal de veneno na comida de Ana.
No entanto, antes que a substância produza o efeito almejado, Ana é atingida por um raio,
morrendo eletrocutada. Nessa situação, em decorrência da quebra da relação de
causalidade, Caio deverá responder por tentativa de homicídio.
Comentários Caio responderá por tentativa porque o crime não se consumou por
circunstâncias alheias à sua vontade. Ocorreu uma causa independente que quebrou o
nexo causal, respondendo, então, somente pelos atos já praticados.

Segundo o Código Penal, são causas de inimputabilidade:

Inimputáveis

Art. 26 - É isento de pena o agente que, por doença mental ou desenvolvimento mental

incompleto ou retardado, era, ao tempo da ação ou da omissão, inteiramente incapaz de

entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento.  

Redução de pena

Parágrafo único - A pena pode ser reduzida de um a dois terços, se o agente, em virtude de

perturbação de saúde mental ou por desenvolvimento mental incompleto ou retardado não

era inteiramente capaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo

com esse entendimento.

Menores de dezoito anos

Art. 27 - Os menores de 18 (dezoito) anos são penalmente inimputáveis, ficando sujeitos às

normas estabelecidas na legislação especial.

Emoção e paixão

Art. 28 - Não excluem a imputabilidade penal

I - a emoção ou a paixão;
Embriaguez

II - a embriaguez, voluntária ou culposa, pelo álcool ou substância de efeitos análogos.

§ 1º - É isento de pena o agente que, por embriaguez completa, proveniente de caso fortuito

ou força maior, era, ao tempo da ação ou da omissão, inteiramente incapaz de entender o

caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento.

§ 2º - A pena pode ser reduzida de um a dois terços, se o agente, por embriaguez,

proveniente de caso fortuito ou força maior, não possuía, ao tempo da ação ou da omissão,

a plena capacidade de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com

esse entendimento.

Para o crime ocorrer, tem que haver fato tipico, ato antijuridico e culpavel. Assim, a
culpabilidade se exterioriza quando o agente é imputavel ( pode ser responsabilidado
penalmente): inteiramente bom da cabeça ( rsrs..sem doença mental e se estar embrigado
de forma involuntaria), alem disso também tem que ser maior de idade ( + 18 anos).

 HÁ CASOS EM QUE ESSA IMPUTABILIDADE É EXCLUIDA:

- menor de 18 anos - criterio biologico

- doente mental, e na hora da ação do crime, ele esteja na forma inconsciente -  criterio
biopsicologico

- embriagez INVOLUNTARIA, proveniente de caso fortuito.

C.U.I.D.A.D.O: A embriaguez patotoligca ( o viciado ) é causa de exclusão, mas por doença


mental...e não por embriaguez involuntari..hahaha.

Foi minha forma resumida de mostrar as causas de inimputabilidade. 

 
Desistência voluntária - o agente voluntariamente interrompe a execução do crime,
impedindo a sua consumação (art. 15, CP).

Arrependimento eficaz - o agente termina todo o processo de execução, no entanto, evita a

consumação.

Nos dois casos acima, o agente só responde pelos atos até então praticados.

Arrependimento posterior - ocorre nos crimes cometidos sem violência ou grave ameaça à

pessoa, em que a pessoa, voluntariamente, repara o dano ou restitui a coisa até o

recebimento da denúncia ou da queixa. A pena será reduzida de um a dois terços (art. 16,

CP)

Apenas complementando os comentários dos colegas, transcrevo os conceitos trazidos por


Fernando Capez (Curso de Direito Penal, Vol. 1):

TIPICIDADE: É a subsunção, justaposição, enquadramento, amoldamento ou integral


correspondência de uma conduta praticada no mundo real ao modelo descritivo constante
da lei (tipo legal). Para que a conduta humana seja considerada crime, é necessário que se
ajusta a um tipo legal.

ILICITUDE: É a contradição entre a conduta e o ordenamento jurídico, pela qual a ação ou


omissão típicas se tornam ilícitas.

CULPABILIDADE: Juízo de censurabilidade e reprovação exercido sobre alguém que praticou


um fato típico e ilícito. Não se trata de elemento do crime, mas pressuposto para imposição
de pena.

IMPUTABILIDADE: É a capacidade de entender o caráter ilícito do fato e de determinar-se de

acordo com esse entendimento. O agente deve ter condições físicas, psicológicas, morais e

mentais de saber que está realizando um ilícito penal. Além dessa capacidade plena de

entendimento, deve ter totais condições de controle sobre sua vontade.

Bons estudos!
Obediência hierárquica – Na obediência hierárquica o agente pratica o fato em
cumprimento a uma ordem proferida por um superior hierárquico. Todavia, a ordem não
pode ser MANIFESTAMENTE ILEGAL.

ATENÇÃO! Obediência hierárquica>> só se aplica aos funcionários públicos, não aos


particulares!

Erro do Tipo: A realidade do agente está distorcida. Se escusável exclui a Tipicidade.

Erro de Proibição: A realidade do agente está perfeita. Se escusável exclui a Culpabilidade.

Erro de FATO ISENTA de pena.

Erro de DIREITO REDUZ a pena ou a SUBSTITUI.

ERRO DE PROIBIÇÃO OU ERRO SOBRE A ILICITUDE DO FATO

Pode ser:

1-INEVITÁVEL (ou ESCUSÁVEL)>>É causa de exclusão da culpabilidade.

-Isenta de pena (exclui a culpabilidade do agente, por ausência de potencial consciência


da ilicitude);

2-EVITÁVEL (ou INESCUSÁVEL)>> É reduz a pena de 1/6 a 1/3.

-Mera causa de diminuição de pena.

- O agente podia, nas circunstâncias, ter ou atingir essa consciência.

Embriaguez voluntária (dolosa ou culposa) não exclui a imputabilidade penal.

EMBRIAGUEZ

Voluntária (dolosa ou culposa) ---->imputável.

Preordenada ---> imputável ± agravante
Acidental (Caso fortuito ou força maior):

·        Completa >> inimputável

·        Parcial>> imputável com causa de diminuição de pena.

Excludente de Ilicitude (LEEE)

Legitima defesa

Estado de necessidade

Estrito cumprimento do dever legal

Exercício regular do direito

Excludente de Culpabilidade (MEEDOC)

Menor Idade

Embiraguez completa incidental

Erro de Proibição

Doença Mental

Obediencia Hierárquica

Coação Moral Irresistível .

A culpabilidade como juízo de reprovação exige que se tenha a possibilidade de saber que a
ação praticada é proibida. É estruturada sobre a motivação normativa do sujeito

responsável por um fato ilícito. 

A ideia de coculpabilidade pode ser exemplificada na legislação brasileira pela circunstância

atenuante de pena de baixo grau de instrução ou escolaridade do agente nos crimes

ambientais. 
I - CORRETA. De fato, o iter criminis é o "caminho do delito", consubstanciando-se nos atos
internos, preparatórios e executórios até a consumação final do delito. É dividido em fase
interna: cogitação; e fase externa: preparação, consumação e execução. No caso da
tentativa, a questão fala o seguinte: quanto MAIS o agente se aproxima da consumação do
delito, MENOS ele deve ser agraciado com a causa de redução de pena relacionada à
tentativa (que varia entre 1/3 e 2/3).

Assim, se, por exemplo, o agente realiza diversos disparos de arma de fogo, esvaziando o
tambor de um revólver, e atinge a vítima diversas vezes, caso esta não vá a óbito, por
circunstâncias alheias à vontade do agente, deve ser concedida a MENOR redução da
tentativa (1/3).

Ao contrário, se o agente, portando o mesmo revólver, efetua apenas um disparo de arma


de fogo, não atingindo a vítima, e sua ação é cessada por qualquer circunstância alheia à
vontade dele, deve merecer maior redução de pena (próxima ou igual a 2/3).

II - CORRETA. De fato, a causalidade nos crimes comissivos por omissão, ou espúrios é


jurídica, não fática. Explica-se: nos crimes comissivos puros, a conduta se verifica com uma
ação ou omissão do agente, faticamente levando a um resultado naturalístico. É a ação ou
inação do agente que produz diretamente o resultado criminoso. No caso dos crimes
comissivos por omissão, no entanto, não é o agente que atua diretamente para provocar
uma situação faticamente criminosa, mas sua omissão - quando devia e poder agir - é
criminalizada, juridicamente, por questões legais ou de política criminal.

III - CORRETA. Como explicado no item anterior, só existe violação do dever jurídico nos
crimes omissivos impróprios ou comissivos por omissão quando o agente PODIA E DEVIA
agir para evitar o resultado. Não se pode, portanto, atribuir uma conduta criminosa a um
agente policial quando deixa de agir, individualmente, para evitar um assalto a carro forte
com 20 criminosos armados com fuzis.

Como diferenciar o ERRO DE PROIBIÇÃO DIRETO DO INDIRETO?

Lembre-se do seguinte exemplo:


Um Holandês que fuma regularmente um baseado lá, resolve vir turistar no Brasil e traz o
bagulho pensando que pode acender aqui (ele erra DIRETAMENTE quanto ser proibido a
conduta aqui no Brasil).

Agora se este mesmo cidadão está fumando o bagulho lá por prescrição médica para
"relaxar, aliviar o stress, dormir melhor". Vem para o Brasil e traz o "medicamento", sabendo
que no Brasil o uso da maconha é proibido. Porém, acredita que o receituário médico lhe
permitirá continuar o "tratamento" incide em erro de proibição indireto, pois não erra
DIRETAMENTE quanto a proibição, ele erra ao pensar que a receita médica lhe assegurará o
uso.

Erro sobre elementos do tipo                         

Art. 20 - O erro sobre elemento constitutivo do tipo legal de crime exclui o dolo, mas permite
a punição por crime culposo, se previsto em lei.                       

Descriminantes putativas                           

§ 1º - É isento de pena quem, por erro plenamente justificado pelas circunstâncias,
supõe situação de fato que, se existisse, tornaria a ação legítima. Não há isenção de
pena quando o erro deriva de culpa e o fato é punível como crime culposo.    

Art. 20. Descriminantes putativas (Erro de Proibição INDIRETO) - GABARITO

       § 1º - É isento de pena quem, por erro plenamente justificado pelas circunstâncias,


supõe situação de fato que, se existisse, tornaria a ação legítima. Não há isenção de pena
quando o erro deriva de culpa e o fato é punível como crime culposo.

Erro sobre a ilicitude do fato (Erro de Proibição DIRETO)

       Art. 21 - O desconhecimento da lei é inescusável. O erro sobre a ilicitude do fato, se


inevitável, isenta de pena; se evitável, poderá diminuí-la de um sexto a um terço.

o erro de tipo se divide em:

escusável=> exclui dolo e culpa

inescusável=> exclui o dolo, responde por culpa (se previsto na modalidade culposa)


Participação

 Induzir (colocar na consciência)
 Instigar (estimular) - João
 Prestar auxílio (fornecer meios) - Luiz e Pedro

não há participação dolosa em crime culposo, como também não há a participação

culposa em crime doloso!!!

Prevalece a doutrina que sim,é possível coautoria em crimes omissivos impróprios ou

comissivos por omissão.

para caracterizar o concurso, basta que duas ou mais pessoas concorram para a prática

delituosa, não sendo necessária a identificação dos corréus.

Participação Negativa ou conveniência

o indivíduo simplesmente observa a prática sem nada fazer, não pode ser considerado
partícipe pois não tinha o dever legal de evitar

NO CONCURSO DE PESSOAS NÃO PRECISA DO PRÉVIO AJUSTE!!! GUARDEM ISSO!!!!

Pune-se a participação se o autor tiver levado a efeito uma conduta: 

Acessoriedade mínima:  típica

Acessoriedade limitada: típica + ilícita       

Acessoriedade máxima: típica + ilícia + culpável

Hiperacessoriedade:   típica + ilícita + culpável + punível

 
Obs.: o direito brasileiro adota a acessoriedade LIMITADA.

Teorias adotadas no Brasil no Concurso de Pessoas:

Regra : Teoria Monista (unitária): todos os agentes respondem pelo mesmo tipo penal;

Exceção: Teoria Pluralista: prevê pluralidade de agentes que respondem por tipos penais
distintos. Adotada no Brasil como exceção. Exemplos:

a) abortamento consentido pela gestante e o terceiro abortador (Art. 124 e 126)

b) corrupção ativa e passiva (Art. 317 e 333)

c) facilitação de contrabando e descaminho (Art. 318 e 334)

d) falso testemunho e suborno (Art. 342§1°-testemunha subornada e 343 – quem suborna a


testemunha)

NA TEORIA DO DOMÍNIO DO FATO OU TEORIA RESTRITIVA, OBJETIVA, SUBJETIVA ------

> COAUTOR SÃO TODOS AQUELES QUE PRATICAM ATIVIDADES IMPORTANTE DENTRO DA

DIVISÃO DE TAREFAS.

é necessário que cada concorrente tenha consciência de contribuir para a atividade

delituosa de outrem, dispensada a prévia combinação entre eles.

É necessário que os autores tenham a vontade de contribuir para o resultado da atividade


delituosa, mas a

prévia combinação entre os autores é perfeitamente dispensável.


Regime Fechado à execução da pena em estabelecimento de Segurança Máxima ou Média;

Regime Semiaberto a execução da pena em Colônia


Agrícola, Industrial ou Estabelecimento Similar;

Regime Aberto à execução da pena em Casa de Albergado ou Estabelecimento Adequado.

Regras do regime fechado

a.        Exame criminológico no início do cumprimento.

b.        Comissão Técnica de Classificação (chefes de serviço, psiquiatra, psicólogo, assistente


social).

c.        Exame da personalidade e antecedentes.

d.        A penitenciária masculina deve estar em local afastado do centro urbano.

e.        Isolamento durante o período noturno.

f.         Cela individual com dormitório, sanitário, lavatório, 6m2, condições térmicas


adequadas.

g.        Trabalho – incentivado na medida de 3 para 1. ¾ do salário mínimo. Todos os


benefícios.

h.       Educação – 12h para 1 dia.

i.         Auxílio-reclusão – benefício para a família do preso enquanto ele estiver em regime


fechado.

execução da pena em estabelecimento de segurança máxima ou média

Resumo - Curso de Direito - FMU

PENAS (CP, art. 33, caput)

RECLUSÃO

DETENÇÃO
PRISÃO SIMPLES

REGIMES DE CUMPRIMENTO DE PENA (CP, art. 33, parágrafo primeiro)

FECHADO

SEMIABERTO

ABERTO

MEDIDAS SOCIEDUCATIVAS (ECA, art.112)

ADVERTÊNCIA

OBRIGAÇÃO DE REPARAR O DANO

PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS À COMUNIDADE

LIBERDADE ASSISTIDA

INSERÇÃO EM REGIME DE SEMI-LIBERDADE

INTERNAÇÃO EM ESTABELECIMEBTO EDUCACIONAL

ENCAMINHAMENTI AOS PAIS, MEDIANTE TERMO DE RESPONSABILIDADE

ORIENTAÇÃO, APOIO E ACOMPANHAMENTO TEMPORÁRIOS

MATRÍCULA E FREQUÊNCIA OBRIGATÓRIAS EM ESTABELECIMENTI OFICIAL DE ENSINO


FUNDAMENTAL

INCLUSÃO EM PROGRAMA COMUNITÁRIO OU OFICIAL DE AUXÍLIO À FAMÍLIA À CRIANÇA E


AO ADOLESCENTE

INCLUSÃO EM SERVIÇOS E PROGRAMAS OFICIAIS OU COMUNITÁRIOS DE PROTEÇÃO, APOIO


E PROMOÇÃO DA FAMÍLIA, DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

Cálculo da pena

Art. 68 - A pena-base será fixada atendendo-se ao critério do art. 59 deste Código (1º fase);
em seguida serão consideradas as circunstâncias atenuantes e agravantes (2º fase); por
último, as causas de diminuição e de aumento (3º fase).
Sistema trifásico

 1º fase --> circunstâncias judiciais do art. 59 


 2º fase --> circunstâncias atenuantes (arts. 65 e 66) e agravantes (arts.61 e 62)
 3º fase --> causas de diminuição e causas de aumento 

Súmula 231-STJ. A incidência da circunstância atenuante não pode conduzir à redução da


pena abaixo do mínimo legal. 

Súmula 241-STJ - A reincidência penal não pode ser considerada como circunstância
agravante e, simultaneamente, como circunstância judicial.  

Súmula 444-STJ - É vedada a utilização de inquéritos policiais e ações penais em curso para
agravar a pena-base.  

Súmula 636-STJ: A folha de antecedentes criminais é documento suficiente a comprovar os


maus antecedentes e a reincidência. 

Penas restritivas de direitos

         Art. 43. As penas restritivas de direitos são:

        I - prestação pecuniária; 

        II - perda de bens e valores;

       III - limitação de fim de semana. 

       IV - prestação de serviço à comunidade ou a entidades públicas; 

       V - interdição temporária de direitos; 

       VI - limitação de fim de semana. 

As penas restritivas substituem as privativas de liberdade quando os requisitos forem


preenchidos. Assim, não é decisão discricionária do magistrado, se ele constatar a presença
dos requisitos, deve aplicar a substituição.

A pena deve ser substituída quando:

1) não houve violência ou ameaça no cometimento do crime, a pena aplicada não for maior
do que 4 anos, ou para crimes culposos independente da pena; 2) o réu não for reincidente
em crime doloso;

3) o réu não tiver maus antecedentes.   


Para os casos de condenação em crimes em âmbito de violência doméstica, mesmo que a
pena seja inferior a 4 anos, não é possível a substituição por pena restritivas de direitos.
Esse entendimento foi objeto do enunciado de Súmula n 588 do Superior Tribunal de Justiça.

LEP: Do Trabalho Externo

Art. 36. O trabalho externo será admissível para os presos em regime fechado somente em
serviço ou obras públicas realizadas por órgãos da Administração Direta ou Indireta, ou
entidades privadas, desde que tomadas as cautelas contra a fuga e em favor da disciplina.

Art. 37. A prestação de trabalho externo, a ser autorizada pela direção do


estabelecimento, dependerá de aptidão, disciplina e responsabilidade, além
do cumprimento mínimo de 1/6 (um sexto) da pena.

A limitação de fim de semana é um tipo de pena restritiva de direitos, assim como a


interdição temporária de direitos.

Art. 387, §2º, CPP. O tempo de prisão provisória, de prisão administrativa ou de internação,
no Brasil ou no estrangeiro, será computado para fins de determinação do regime inicial
de pena privativa de liberdade. 

Lei de execução penal

Art. 93. A Casa do Albergado destina-se ao cumprimento de pena privativa de liberdade, em


regime aberto, e da pena de  limitação de fim de semana.

Desconhecimento da lei: Circunstância atenuante (aplicado na segunda fase da aplicação


da pena, art. 65, II, do CP).

Erro de proibição (Art. 21, CP): O agente acredita que conhece a lei, mas o faz
erroneamente. Se era inevitável, isenta de pena. Se era evitável, pena reduzida de 1/6 a 1/3
(aplica-se na terceira fase da aplicação da pena).
STJ : É admissível a adoção do regime prisional semiaberto aos reincidentes condenados a
pena igual ou inferior a 4 anos se favoráveis as circunstâncias judiciais.

A - Errada: STJ, Súmula 440 - Fixada a pena-base no mínimo legal, é  vedado  o estabelecimento


de regime prisional mais gravoso do que o cabível em razão da sanção imposta, com base
apenas na gravidade abstrata do delito.

B - Errada: STJ, Súmula 443 - O aumento na terceira fase de aplicação da pena no crime de
roubo circunstanciado exige fundamentação concreta,  não sendo suficiente para a sua
exasperação a mera indicação do número de majorantes.

C - Errada: STJ, Súmula 493 - É  inadmissível  a fixação de pena substitutiva (art. 44 do CP) como
condição especial ao regime aberto.

D - Correta: STJ, Súmula 269 - É admissível a adoção do regime prisional semi-aberto aos
reincidentes condenados a pena igual ou inferior a quatro anos se favoráveis as circunstâncias
judiciais.

E - Errada: STJ, Súmula 231 - A incidência da circunstância atenuante  não pode conduzir à
redução da pena abaixo do mínimo legal.

Súmula 588 /STJ - A prática de crime ou contravenção penal contra a mulher com violência
ou grave ameaça no ambiente doméstico impossibilita a substituição da pena privativa de
liberdade por restritiva de direitos. (Súmula 588, TERCEIRA SEÇÃO, julgado em 13/09/2017,
DJe 18/09/2017)

SUBSTITUIÇÃO DA PENA PPL POR RDT, ART. 44 DO CP.

Requisitos para a substituição.

Crime doloso: Pena aplicada não superior a 04 anos e Crime sem violência ou grave
ameaça.

Crime culposo: Qualquer pena e Qualquer crime.

Réu não reincidente em crime doloso. *Exceção: a medida seja socialmente recomendável


e não seja reincidente no mesmo crime.

As circunstâncias subjetivas devem ser favoráveis ao agente.


CRIMES AMBIENTAIS - a interdição temporária de direitos, nos crimes ambientais,
pode consistir em proibição de participar de licitações, pelo prazo de 5 (cinco) anos, no
caso de crimes dolosos, e de 3 (três) anos, no de crimes culposos.

EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE

Redução dos prazos de prescrição

ARTIGO 115 - São reduzidos de metade os prazos de prescrição quando o criminoso


era, ao tempo do crime, menor de 21 (vinte e um) anos,  ou, na data da sentença, maior
de 70 (setenta) anos.

CP, Art. 181 - É isento de pena quem comete qualquer dos crimes previstos neste
título “crimes contra o patrimônio”, em prejuízo:

II - de ascendente ou descendente, seja o parentesco legítimo ou ilegítimo, seja civil ou


natural.

_____________________

Ps¹... ESCUSA ABSOLUTÓRIA X ESCUSA RELATIVA:

ESCUSA ABSOLUTÓRIA

 Art. 181 do CP;


 Extingue a punibilidade;

ESCUSA RELATIVA

 Art. 182 do CP;


 A ação penal só se procede mediante representação;

Ps².: NÃO se aplica

 Quando haja emprego de grave ameaça ou violência à pessoa;


 Ao estranho que participa do crime;
 Se o crime é praticado contra pessoa com idade igual ou superior a 60 (SESSENTA)
ANOS.

_____________________
Súmula 497, STF: Quando se tratar de crime continuado, a prescrição regula-se pela pena
imposta na sentença, NÃO se computando o acréscimo decorrente da continuação.

A PRESCRIÇÃO

Art. 109. antes de transitar em julgado a sentença final regula-se pelo máximo da pena


privativa de liberdade cominada ao crime, verificando-se:       

OBS: O art. 111 informa quando começa o prazo de prescrição, que normalmente se dá no
tempo do crime (quando consumou, do último ato) ou de quando o menor completa 18
anos (crimes contra a dignidade sexual ou que envolvam violência contra a criança e o
adolescente (salvo se já proposta ação penal)).

Art. 110 - depois de transitar em julgado a sentença condenatória regula-se pela pena


aplicada, os quais se aumentam de um terço, se o condenado é reincidente.     

OBS: Se há SENTENÇA, há pena, será por esta regulada e NÃO poderá o TERMO INICIAL ser
anterior à DENUNCIA / QUEIXA (como acontece quando não há sentença).

   

PRESCRIÇÃO

1) ANTES DO TEJ = NÃO há sentença, regulada pelos prazos abstratos do CP: MÁXIMA de


pena do crime;

2) DEPOIS DO TEJ = Já existe SENTENÇA, regulada pela PENA.

> o TERMO INICIAL não pode ser anterior à denúncia;queixa; se for antes do TEJ pode
ser, conforme as situações descritas no ART. 111.

> +1/3 se reincidente o condenado.

Só pode ser aplicada a reincidência se houver SENTENÇA.

       Art. 113 - No caso de evadir-se o condenado ou de revogar-se o livramento


condicional, a prescrição é regulada pelo tempo que resta da pena.  

OBS: Se fugiu da prisão, então cumpriu algo, nem que seja um minuto, logo, a prescrição é
regulada pelo tempo que falta.

Sobre a causa de aumento do crime continuado (vários crimes em sequência ART. 71) (Ver
comentário da colega Rafaela Mota), há no crime permanente (um só crime prolongado) e
se dá no dia em que cessou a permanência.

EX: quando cessa o cárcere priv


O acréscimo da continuidade delitiva não conta para fins de prescrição!

A pena de cada crime de furto é de 2 anos (e não de 2 anos e 4 meses).

Por isso a prescrição é de 4 anos que, diminuída da metade em razão da idade, resulta
em 2 anos.

PRESCRIÇÃO RETROATIVA: é espécie da prescrição da pretensão punitiva (não há trânsito


em julgado da condenação para ambas as partes), é calculada pela pena concreta, ou seja,
pela pena aplicada na sentença condenatória.

Depende, contudo, do trânsito em julgado da sentença condenatória para a acusação no


tocante à pena imposta, seja pela não interposição do recurso cabível no prazo legal, seja
pelo fato de ter sido improvido seu recurso.

A prescrição retroativa começa a correr a partir da publicação da sentença ou acórdão


condenatório, desde que haja transitado em julgado para a acusação ou ao seu recurso
tenha sido negado provimento.

Justifica-se seu nome, “retroativa”, pelo fato de ser contada da sentença ou acórdão
condenatório para trás. Dessa forma, no campo dos crimes em geral, a prescrição retroativa
pode ocorrer entre a publicação da sentença ou acórdão condenatórios e o recebimento da
denúncia ou queixa.

Lei 9.605/98, art. 29 (...) § 2º No caso de guarda doméstica de espécie silvestre não


considerada ameaçada de extinção, pode o juiz, considerando as circunstâncias, deixar
de aplicar a pena.

Cuidado: Para que incida o perdão judicial do art. 29, §2º da Lei 9.605/98 deve, além de
não ser ameaçada de extinção, haver guarda doméstica de espécie silvestre.

Então, é assim, o cara tá preso já (tá pagando), o que vier de condenação posterior, soma ao
que ele já tem, mas como ele já tá pagando, o lapso começa lá na prisão. Não pode ser nas
sentenças posteriores, porque é prejuízo em cima do que ele já cumpriu. 

Pensar sempre no que é mais benéfico pro réu.

Atenção: o aumento da pena em razão da reincidência na fração de 1/3 só incide na


prescrição da pretensão EXECUTÓRIA.
CUMPRIR PENA NO EXTERIOR É CAUSA IMPEDITIVA DA PRESCRIÇÃO

Importante lembrar:

Interrompe a prescrição [começa a contar do zero]

 Recebimento da denúncia
 Decisão de pronúncia
 Confirmação da pronúncia
 Publicação da sentença ou acórdão recorrível
 Início ou continuação do cumprimento de pena

Suspende a prescrição [retoma a contagem do prazo de onde parou]

 Enquanto não resolvida questão prejudicial


 Enquanto o agente cumpre pena no exterior
 Pendência de embargos de declaração ou de recursos aos Tribunais Superiores,
quando inadmissíveis
 Enquanto não cumprido ou não rescindido o acordo de não persecução penal

Os recursos aos Tribunais Superiores somente


suspendem o prazo prescricional quando
inadmissíveis.

Se menor de 14 de anos ou contra quem não tem o necessário discernimento para a prática
do ato, ou que, por qualquer outra causa, não pode oferecer resistência, responde o agente
pelo crime de: 

 Responde por homicídio: Se o suicídio se consuma ou se da automutilação resulta


morte
 Responde por lesão gravíssima: se da automutilação ou da tentativa de suicídio
resulta lesão corporal de natureza grave ou gravíssima

Trata-se de homicídio qualificado pela conexão CONSEQUENCIAL. (Famosa queima de


arquivo (aqui no Ceará))

SEMPRE COBRADO:

Conexão teleológica:  o homicídio é praticado para assegurar a execução de outro crime.

O sujeito primeiro mata alguém e depois pratica outro delito. Exemplo: Matar o segurança
de um empresário para em seguida sequestrá-la.

Conexão consequencial: a assegurar a ocultação, a impunidade ou a vantagem de outro


crime. O sujeito comete um crime e só depois o homicídio.

Na ocultação o agente pretende impedir que se descubra a prática de outro crime.


Exemplo: depois de furtar um estabelecimento comercial, o larápio, que estava encapuzado,
mata uma testemunha que presenciara a prática do crime. 

Na impunidade, por sua vez, o agente deseja evitar a punibilidade do crime anterior.
Exemplo: estuprar uma mulher e depois matá-la para não ser reconhecido como o autor do
crime contra a liberdade sexual.

Observações importantes para provas mais densas:

I) Nessa qualificadora, em todas as suas hipóteses, é irrelevante o tempo decorrido entre o


homicídio e o outro crime. 

II) Não é vantagem de contravenção penal.

ART. 116 - Depois de passada em julgado a sentença condenatória, a prescrição não

corre durante o tempo em que o condenado está preso por outro motivo.

PPP - quando o acusado estiver cumprindo pena no estrangeiro.

PPE - quando o acusado estiver cumprindo pena por outro crime.


São excludentes de culpabilidade:

 por inimputabilidade: doença mental, embriaguez por caso fortuito

ou força maior, menoridade (rol taxativo)

 por ausência de potencial consciência da ilicitude: erro de proibição

inevitável (rol taxativo)

 por inexigibilidade de conduta diversa: coação moral irresistível e

obediência hierárquica; (rol exemplificativo)

As Penas Restritivas de Direito são... PPPIL

Prestação Pecuniária;

Perde bens e valores;

Prestação de serviços à comunidade ou a entidades públicas;

Interdição temporária de direitos; e

Limitação de fim de semana.

PRESCRIÇÃO APÓS O TRÂNSITO EM JULGADO

Art. 110 CP • A prescrição depois de transitar em julgado a sentença condenatória


rEGULA-SE PELA PENA APLICADA (EM CONCRETO) e verifica-se nos prazos fixados no
artigo anterior, os quais se AUMENTAM DE 1/3, SE O CONDENADO É REINCIDENTE.  

§1º - A prescrição, depois da sentença condenatória com trânsito em julgado para a


acusação ou depois de improvido seu recurso, regula-se pela pena aplicada, não
podendo, em nenhuma hipótese, ter por termo inicial data anterior à da denúncia ou
queixa.

PRESCRIÇÃO DA PENA NO CRIME CONTINUADO


Quando se tratar de CRIME CONTINUADO, a prescrição regula-se pela pena imposta na
sentença, NÃO SE COMPUTANDO o acréscimo decorrente da continuação.

CP Art. 116 - Antes de passar em julgado a sentença final, a prescrição não corre:

IV - enquanto não cumprido ou não rescindido o acordo de não persecução penal

Aplica-se a detração para determinar o regime inicial de cumprimento da


pena.

 Súmula 497-STF: Quando se tratar de crime continuado, a prescrição


regula-se pela pena imposta na sentença, não se computando o
acréscimo decorrente da continuação.

 CP, art. 113 - No caso de evadir-se o condenado ou de revogar-se o

livramento condicional, a prescrição é regulada pelo tempo que resta

da pena.

CUIDADO:

CAUSAS IMPEDITIVAS DE PRESCRIÇÃO X CAUSAS INTERRUPTIVAS:

- CUMPRIMENTO DE PENA NO EXTERIOR É CAUSA IMPEDITIVA

-  PELO INÍCIO OU CONTINUAÇÃO DO CUMPRIMENTO DA PENA É CAUSA INTERRUPTIVA


Interrompe a prescrição [começa a contar do zero]

 Recebimento da denúncia
 Decisão de pronúncia
 Confirmação da pronúncia
 Publicação da sentença ou acórdão recorrível
 Início ou continuação do cumprimento de pena

Suspende (impeditiva)  a prescrição [retoma a contagem do prazo de onde parou]

 Enquanto não resolvida questão prejudicial


 Enquanto o agente cumpre pena no exterior
 Pendência de embargos de declaração ou de recursos aos Tribunais Superiores,
quando inadmissíveis
 Enquanto não cumprido ou não rescindido o acordo de não persecução penal

No Direito Penal, o erro inevitável sobre a ilicitude do fato exclui a culpabilidade, de

modo a impedir a responsabilidade penal do agente.

Erro do TIPO - Exclui o DOLO

                                          - Escusável/ Descupável: Exclui Dolo + Culpa

                                          - Inescusável/Indescupácel: :  Exclui Dolo (pode responder por Culpa)

Erro de PROIBIÇÃO - Exclui a CULPABILIDADE

                                          - Escusável/ Descupável: Isenta de Pena

                                          - Inescusável/Indescupácel: Reduz a pena  de 1/6 a 1/3

ELEMENTOS DA CULPABILIDADE:
Macete ---> I M P O E X

1 - IMputabilidade;

2 - POtencial conhecimento da ilicitude;

3 - EXigibilidade de conduta diversa

EXCLUDENTES DA CULPABILIDADE:

Macete: ----> M E D E C O

1 - MEnoridade;

2 - Doença mental;

3 - Embriaguez acidental e completa;

4 - Coação moral

5 – Obediência

Culpabilidade (Excludentes): 

1. Imputabilidade (excludentes) (AME):

- Anomalia psíquica

- Menoridade

- Embriaguez acidental completa

2. Potencial consciência da ilicitude (excludentes):

- Erro de proibição;

3. Exigibilidade de conduta diversa (excludentes): (ECO)


- Estrita observância de ordem;

- Coação moral irresistível;

- Obediência hierárquica (ordem não manifestamente ilegal).

Reconhecida a tentativa, a pena há de ser diminuída na proporção inversa do iter


criminis percorrido pelo agente.

A causalidade, nos crimes comissivos por omissão, não é fática, mas jurídica,
consistente em não haver atuado o omitente, como devia e podia, para impedir o
resultado.

O crime culposo comissivo por omissão pressupõe a violação por parte do omitente
do dever de agir para impedir o resultado.

Os partícipes recebem penas pelos mesmos crimes que os praticados pelos autores,


mas as penas são reduzidas entre 1/3 e 1/6, dependendo do que realmente
participaram.

No que concerne à aplicação das penas restritivas de direitos dos arts. 43 a 48 do CP, é

correto afirmar que

os crimes culposos admitem sua aplicação em substituição às privativas de liberdade,

independentemente da pena aplicada.

 É possível a conversão da pena do condenado reincidente, "desde de que, em face de

condenação anterior, a medida seja socialmente recomendável e a reincidência não se

tenha operado em virtude da prática do mesmo crime"  (art. 44, § 3º CP).


Segundo o artigo 44, § 2º, CP, na condenação igual ou inferior a um ano, a substituição

pode ser feita por multa ou por uma pena restritiva de direitos; se superior a um ano, a

pena privativa de liberdade pode ser substituída por uma pena restritiva de direitos e

multa ou por duas restritivas de direitos.

Só não cabe PRD ao reincidente ESPECÍFICO em crimes DOLOSOS.

A”, por motivo egoístico, induz uma pessoa do sexo feminino a suicidar-se. Nos termos
do Código Penal, “A” responderá pelo crime de:

Art. 122. Induzir ou instigar alguém a suicidar-se ou a praticar automutilação ou prestar-


lhe auxílio material para que o faça

§ 3º A pena é duplicada:   

I - se o crime é praticado por motivo egoístico, torpe ou fútil;   

II - se a vítima é menor ou tem diminuída, por qualquer causa, a capacidade de


resistência.

O motivo da pena ser duplicada  é pelo motivo  egoístico, e não pelo simples motivo da
pessoa ser do sexo feminino.

Detração

ARTIGO 42 - Computam-se, na pena privativa de liberdade e na medida de segurança, o


tempo de prisão provisória, no Brasil ou no estrangeiro, o de prisão administrativa e o
de internação em qualquer dos estabelecimentos referidos no artigo anterior. 

Art. 63 - Verifica-se a reincidência quando o agente comete novo crime, depois

de transitar em julgado a sentença que, no País ou no estrangeiro, o tenha condenado por

crime anterior.
Aumentos do homicídio.

Todos os culposos = 1/3

Dolosos

-contra <14 e >60 anos = 1/3

-por milícia = de 1/3 a 1/2

-no feminicídio (todos) = de 1/3 a 1/2

A perda de bens ou valores se dá em favor do FUNPEN (art. 45, §3º, CP). O que se dá

em favor da vítima é a pena de prestação pecuniária (art. 45, §1º, CP), cujo valor será

fixado entre 1 e 360 salários mínimos.

Participação Negativa ou conveniência

o indivíduo simplesmente observa a prática sem nada fazer, não pode ser considerado
partícipe pois não tinha o dever legal de evitar.

Aborto:

COM CONSENTIMENTO DA VITIMA Reclusão 1 A 4 ANOS

SEM CONSENTIMENTO OU - 14 Reclusão 3 A 10 anos

Causas de INIMPUTABILIDADE

·        MENORIDADE PENAL-MENORES DE 18 ANOS-Inimputável


·        DOENÇA MENTAL

-Sem discernimento algum-Inimputável

-Discernimento Parcial-redução de pena de 1 a 2 terços

·        EMBRIAGUEZ

-Voluntária (Dolosa ou Culposa)-Não afasta a IMPutabilidade

-Acidental ( Caso fortuito ou força maior):

    *Sem discernimento algum-Inimputável

     *Discernimento Parcial-redução de pena de 1 a 2 terços

*PARTICIPAÇÃO - Conceito: é a contribuição dolosa em crime alheio. 

Autoria é a principal e a participação é sempre uma conduta acessória.

Adotou-se a teoria da acessoriedade limitada. 

Quando existe participação? Eu vou olhar para a conduta do autor.

Há várias teorias: 

1.Teoria da acessoriedade mínima: basta que a conduta do autor configure um fato


típico.

2.Teoria da acessoriedade limitada: basta que a conduta do autor configure um fato


típico + ilícito.

3.Teoria da acessoriedade máxima: fato típico + ilicitude + culpabilidade

4.Teoria da hiper acessoriedade: fato típico + ilicitude + culpabilidade + punibilidade.

PRAZO PRESCRICIONAL:

Art. 109,  V, CP - em quatro anos, se o máximo da pena é igual a um ano ou, sendo superior,
não excede a dois;
Art. 115 - São reduzidos de metade os prazos de prescrição quando o criminoso era, ao
tempo do crime, menor de 21 (vinte e um) anos, ou, na data da sentença, maior de 70
(setenta) anos.

Portanto, prazo prescricional de 2 anos;

PRESCRIÇÃO RETROATIVA

Art. 110, § 1, CP - A prescrição, depois da sentença condenatória com trânsito em julgado


para a acusação ou depois de improvido seu recurso, regula-se pela pena aplicada, não
podendo, em nenhuma hipótese, ter por termo inicial data anterior à da denúncia ou
queixa.

Art. 29 - Quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas a este
cominadas, na medida de sua culpabilidade. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de
11.7.1984)

  § 1º - Se a participação for de menor importância, a pena pode ser diminuída de um


sexto a um terço. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

  § 2º - Se algum dos concorrentes quis participar de crime menos grave, ser-lhe-á
aplicada a pena deste; essa pena será aumentada até metade, na hipótese de ter sido
previsível o resultado mais grave.

Quanto à participação a doutrina é praticamente unânime: não é possível nos crimes


culposos

Toda participação é dolosa!

É possível participação em contravenção penal, pois a ela se aplicam as regras gerais


do Código Penal quando a lei específica (lei de contravenções penais) não dispõe de
modo diverso.

Pode haver concurso de agentes em crime culposo na modalidade coautoria. O crime


culposo é composto de imprudência, negligência ou imperícia, de modo que não é
aceitável dizer que uma pessoa auxiliou, instigou ou induziu outrem a ser imprudente
sem ter sido igualmente imprudente.Ex: dois operários se encontram no alto de um
prédio em construção carregando uma tábua, por descuido ou falta de atenção -
caracteriza imprudência - deixam a tábua cair, matando um pedestre que passava no
local. Temos aí um crime culposo com coautoria, ou seja, houve aqui concurso de
agentes.

Ao recolherem os objetos de valor, Joaus e Joseh praticaram o núcleo do tipo penal


(subtrair), de modo que devem ser considerados coautores da infração penal.

Já Pedrus teve participação acessória: não executou o núcleo do tipo penal de furto,


mas forneceu auxílio aos demais, ao escolher a residência e emprestar seu veículo
para o transporte dos objetos furtados. Dessa forma, deve ser considerado partícipe.

Concurso de pessoas:
-Indispensável a adesão subjetiva à vontade do outro, embora desnecessária a prévia
combinação.

Famoso PRIL

Pluralidade de agentes;

Relavância causal da conduta;

Identidade do crime;

Liame subjetivo.

Art. 23 Não há crime quando o agente pratica o fato em:

I. Estado de necessidade

II. Legítima defesa

III. Estrito cumprimento do dever legal


A diferença entre desistência voluntária e arrependimento eficaz, é que na desistência

voluntária (também conhecida como tentativa abandonada), o agente abandona a

execução do crime quando lhe sobrava, objetivamente, margem de atuação, ou seja,

não esgota os atos executórios. Logo, o agente só responderá pelos atos praticados. Já

o arrependimento eficaz se configura quando o agente, desejando retroceder na

atividade delituosa, desenvolve nova conduta, depois de terminada a execução,

evitando o resultado naturalístico (evita a consumação do delito).

Art. 30 - Não se comunicam as circunstâncias e as condições de caráter pessoal, salvo

quando elementares do crime.

Crime Comum -> admite coautoria, admite participação

Crime Próprio -> admite coautoria, admite participação

Crime Mão-própria -> NÃO admite coautoria, admite participação

Crime Culposo -> admite coautoria, NÃO admite participação

Crime Omissivo -> NÃO admite coautoria, admite participação

Falso testemunho = crime de mão própria

Crime de mão própria = não admite coautoria, mas participação. Não admite autoria
mediata.

IMPUTABILIDADE: É a capacidade de entender o caráter ilícito do fato e de determinar-

se de acordo com esse entendimento. 


ILICITUDE: É a contradição entre uma conduta e o ordenamento jurídico”.

tipicidade: é o que está escrito na lei.

ilicitude: é se é lícito ou não.

Para além do motivo torpe, vale citar inovação legislativa que previu nova hipótese de
Homicídio Qualificado:

Homicídio contra menor de 14 (quatorze) anos    (Incluído pela Lei nº 14.344, de 2022)   

IX - contra menor de 14 (quatorze) anos:    (Incluído pela Lei nº 14.344, de 2022)  

Pena - reclusão, de doze a trinta anos.

Obediência hierárquica – Na obediência hierárquica o agente pratica o fato em


cumprimento a uma ordem proferida por um superior hierárquico. Todavia, a ordem não
pode ser MANIFESTAMENTE ILEGAL.

ATENÇÃO! Obediência hierárquica>> só se aplica aos funcionários públicos, não aos


particulares!

Erro do Tipo: A realidade do agente está distorcida. Se escusável exclui a Tipicidade.

Erro de Proibição: A realidade do agente está perfeita. Se escusável exclui


a Culpabilidade.

O erro inevitável sobre a ilicitude do fato isenta o réu de pena.

E se evitável, poderá diminuí-la de um sexto a um terço.

Art. 28 - Não excluem a imputabilidade penal: (...) II - a embriaguez, voluntária ou


culposa, pelo álcool ou substância de efeitos análogos.
Feminicídio       (Incluído pela Lei nº 13.104, de 2015)

VI - contra a mulher por razões da condição de sexo feminino:      (Incluído pela


Lei nº 13.104, de 2015)

VII – contra autoridade ou agente descrito nos arts. 142 e 144 da Constituição


Federal, integrantesdo sistema prisional e da Força Nacional de Segurança Pública,
no exercício da função ou em decorrência dela, ou contra seu cônjuge, companheiro
ou parente consanguíneo até terceiro grau, em razão dessa condição:     (Incluído
pela Lei nº 13.142, de 2015)

VIII - com emprego de arma de fogo de uso restrito ou proibido:         (Incluído pela Lei nº
13.964, de 2019)       (Vigência)

Homicídio contra menor de 14 (quatorze) anos        (Incluído pela Lei nº 14.344, de


2022)     Vigência

IX - contra menor de 14 (quatorze) anos:       (Incluído pela Lei nº 14.344, de 2022)     Vigência

Pena - reclusão, de doze a trinta anos.

§ 2o-A Considera-se que há razões de condição de sexo feminino quando o


crime envolve:      (Incluído pela Lei nº 13.104, de 2015)

I - violência doméstica e familiar;      (Incluído pela Lei nº 13.104, de 2015)

II - menosprezo ou discriminação à condição de mulher.      (Incluído pela Lei nº


13.104, de 2015)

§ 2º-B. A pena do homicídio contra menor de 14 (quatorze) anos é aumentada de:      (Incluído


pela Lei nº 14.344, de 2022)     Vigência

I - 1/3 (um terço) até a metade se a vítima é pessoa com deficiência ou com doença que
implique o aumento de sua vulnerabilidade;       (Incluído pela Lei nº 14.344, de 2022)     Vigência

II - 2/3 (dois terços) se o autor é ascendente, padrasto ou madrasta, tio, irmão, cônjuge,
companheiro, tutor, curador, preceptor ou empregador da vítima ou por qualquer outro título tiver
autoridade sobre ela.     (Incluído pela Lei nº 14.344, de 2022)     Vigência

§ 3º Se a injúria consiste na utilização de elementos referentes a religião ou à condição de


pessoa idosa ou com deficiência:        (Redação dada pela Lei nº 14.532, de 2023)
Pena - reclusão, de 1 (um) a 3 (três) anos, e multa.       (Redação dada pela Lei nº 14.532, de
2023)

Disposições comuns

        Art. 141 - As penas cominadas neste Capítulo aumentam-se de um terço, se qualquer dos
crimes é cometido:

        I - contra o Presidente da República, ou contra chefe de governo estrangeiro;

        II - contra funcionário público, em razão de suas funções, ou contra os Presidentes do Senado
Federal, da Câmara dos Deputados ou do Supremo Tribunal Federal;        (Redação dada pela Lei nº
14.197, de 2021)        (Vigência)

        III - na presença de várias pessoas, ou por meio que facilite a divulgação da calúnia, da
difamação ou da injúria.

        IV - contra criança, adolescente, pessoa maior de 60 (sessenta) anos ou pessoa com
deficiência, exceto na hipótese prevista no § 3º do art. 140 deste Código.      (Redação dada pela Lei
nº 14.344, de 2022)     Vigência

  § 1º - Se o crime é cometido mediante paga ou promessa de recompensa, aplica-


se a pena em dobro.              (Redação dada pela Lei nº 13.964, de 2019)

       § 2º Se
o crime é cometido ou divulgado em quaisquer modalidades das redes
sociais da rede mundial de computadores, aplica-se em triplo a pena.        (Incluído
pela Lei nº 13.964, de 2019)       (Vigência)

Art. 147-B.  Causar dano emocional à mulher que a prejudique e perturbe seu pleno
desenvolvimento ou que vise a degradar ou a controlar suas ações, comportamentos, crenças
e decisões, mediante ameaça, constrangimento, humilhação, manipulação, isolamento,
chantagem, ridicularização, limitação do direito de ir e vir ou qualquer outro meio que cause
prejuízo à sua saúde psicológica e autodeterminação:     (Incluído pela Lei nº 14.188, de 2021)

Pena - reclusão, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa, se a conduta não constitui
crime mais grave.    (Incluído pela Lei nº 14.188, de 2021)

CONCUSSÃO - exigir vantagem indevida. RECLUSÃO

EXCESSO DE EXAÇÃO - exigir tributo ou contribuição social.RECLUSÃO

CORRUPÇÃO PASSIVA- solicitar ou receber ou aceitar promessa. RECLUSÃO
CORRUPÇÃO ATIVA - oferecer ou prometer vantagem indevida a funcionário
público. RECLUSÃO

CORRUPÇÃO PASSIVA PRIVILEGIADA - ceder a pedido ou influência de outrem. DETENÇÃO

PECULATO apropriar-se, dinheiro, valor, bem móvel, público ou particular. RECLUSÃO

PREVARICAÇÃO retardar ou deixar de praticar, ato de oficio, para satisfazer interesse ou


sentimento pessoal. DETENÇÃO

CONDESCENDÊNCIA CRIMINOSA - deixar o funcionário, por indulgência, de responsabilizar


subordinado que cometeu infração. DETENÇÃO

ADVOCACIA ADMINISTRATIVA patrocinar, interesse privado perante a administração


pública. DETENÇÃO.

• Exposição ou abandono de recém-nascido:

 para ocultar desonra própria.

• Abandono de incapaz: 

Abandonar pessoa que está sob seu cuidado, guarda

MNEMÔNICO = AUMENTA DE 1/3 = 13 DE PRESIDENT LULA.

CRIME COMETIDO NA REDE DE COMPUTADORES = LEMBRA QUE NET TEM 3 PALAVRAS


( TRIPLO )

ATENÇÃO! NOVIDADE LEGISLATIVA

Desde 12 de janeiro de 2023, com a sanção da Lei nº 14.532, a prática de injúria racial
passou a ser expressamente uma modalidade do crime de racismo, tratada de acordo com
o previsto na Lei nº 7.716/1989. A pena prevista para o crime de injúria racial –
caracterizado quando a motivação é relacionada a raça, cor, etnia ou procedência
nacional – que era de um a três anos, passou a ser de dois a cinco anos de reclusão.

Além de imprescritível, a ação penal de injúria racial passa a ser INCONDICIONADA!


Súmula 610, STF: Há crime de latrocínio, quando o homicídio se consuma, ainda que não

realize o agente a subtração de bens da vítima.

SUBTRAÇÃO CONSUMADA + MORTE CONSUMADA = Latrocínio consumado

SUBTRAÇÃO TENTADA + MORTE TENTADA = Latrocínio tentado

SUBTRAÇÃO TENTADA + MORTE CONSUMADA = Latrocínio consumado (súmula


610 do STF)

SUBTRAÇÃO CONSUMADA + MORTE TENTADA = Latrocínio tentado

Fraude: Engana, subtrai/ se apossa

Estelionato: Engana, recebe

fraude a vítima não faz parte da jogada, criminoso age pelas costas.

estelionato a vítima é ludibriada , fazendo parte da jogada

**Se a pena máxima em abstrato não é superior a 2 (dois) anos, será crime de menor
potencial ofensivo, nos termos do art. 61, da Lei 9099/95.

Art. 61. Consideram-se infrações penais de menor potencial ofensivo, para os efeitos desta
Lei, as contravenções penais e os crimes a que a lei comine pena máxima não superior a 2
(dois) anos, cumulada ou não com multa. 

PECULATO é o ÚNICO crime contra a ADM Pública que prevê modalidade CULPOSA.

FURTO QUALIFICADO – MUDANÇA EM 2021

§ 4º-B. A pena é de reclusão, de 4 (quatro) a 8 (oito) anos, e multa, se o furto mediante


fraude é cometido por meio de dispositivo eletrônico ou informático, conectado ou não à rede
de computadores, com ou sem a violação de mecanismo de segurança ou a utilização de
programa malicioso, ou por qualquer outro meio fraudulento análogo.      (Incluído pela Lei nº
14.155, de 2021)

§ 4º-C. A pena prevista no § 4º-B deste artigo, considerada a relevância do resultado


gravoso:      (Incluído pela Lei nº 14.155, de 2021)

I – aumenta-se de 1/3 (um terço) a 2/3 (dois terços), se o crime é praticado mediante a
utilização de servidor mantido fora do território nacional;      (Incluído pela Lei nº 14.155, de
2021)

II – aumenta-se de 1/3 (um terço) ao dobro, se o crime é praticado contra idoso ou


vulnerável.   (Incluído pela Lei nº 14.155, de 2021)

Dentro de estelionato – art 171:

Fraude eletrônica

§ 2º-A. A pena é de reclusão, de 4 (quatro) a 8 (oito) anos, e multa, se a


fraude é cometida com a utilização de informações fornecidas pela vítima ou
por terceiro induzido a erro por meio de redes sociais, contatos telefônicos ou
envio de correio eletrônico fraudulento, ou por qualquer outro meio
fraudulento análogo.      (Incluído pela Lei nº 14.155, de 2021)

§ 2º-B. A pena prevista no § 2º-A deste artigo, considerada a relevância do


resultado gravoso, aumenta-se de 1/3 (um terço) a 2/3 (dois terços), se o crime
é praticado mediante a utilização de servidor mantido fora do território
nacional.     (Incluído pela Lei nº 14.155, de 2021)

        § 3º - A pena aumenta-se de um terço, se o crime é cometido em


detrimento de entidade de direito público ou de instituto de economia popular,
assistência social ou beneficência.

        Estelionato contra idoso ou vulnerável        (Redação dada pela Lei nº


14.155, de 2021)

§ 4º A pena aumenta-se de 1/3 (um terço) ao dobro, se o crime é cometido


contra idoso ou vulnerável, considerada a relevância do resultado gravoso.    
exige vantagem=concussao

solicita vantagem= corrupcao passiva

solicita/exige tributo = crime funcional conta a ordem tributaria

Súmula 582-STJ: Consuma-se o crime de roubo com a inversão da posse do

bem mediante emprego de violência ou grave ameaça, ainda que por breve tempo e

em seguida à perseguição imediata ao agente e recuperação da coisa roubada, sendo

prescindível a posse mansa e pacífica ou desvigiada.

abuso de confiança sua natureza é subjetiva, portanto não cabe na forma privilegiada.

São objetivas o meio e o modo de execução (veneno, fogo, explosivo etc.) e a condição


da vítima (criança, velho, enfermo e mulher grávida);

São subjetivas as que dizem respeito aos motivos (fútil, torpe, dissimulação etc.)."

Qualificadora objetiva: Praticamente todas, exceto Abuso de confiança. Vide STJ

Abuso de confiança é a única qualificadora de natureza subjetiva.

3) O delito de dano ao patrimônio público, quando praticado por preso para facilitar a
fuga do estabelecimento prisional, demanda a demonstração do dolo específico de
causar prejuízo ao bem público (animus nocendi), sem o qual a conduta é atípica.

Diferenciação de animus nocendi (de causar danos) e animus necandi (de matar)

Regra: Em regra, o coautor que participa de roubo armado responde pelo latrocínio
ainda que o disparo tenha sido efetuado só pelo comparsa. Essa é a jurisprudência do
STJ e do STF.
Exceção: Entretanto, se um dos agentes quis participar de crime menos grave, ser-lhe-
á aplicada a pena deste. Logo, se o coautor que não atirou não queria participar do
latrocínio, não responderá por esse crime mais grave.

Previsão no CP: art. 29,  § 2º - Se algum dos concorrentes quis participar de crime


menos grave, ser-lhe-á aplicada a pena deste (do crime menos grave - no caso da
questão: roubo); essa pena será aumentada até metade, na hipótese de ter sido
previsível o resultado mais grave.

Coisa esquecida: furto

Coisa perdida: apropriação de coisa achada

Coisa abandonada: não há crime

Não esquecer:

No Capítulo dos crimes contra o Patrimônio a Receptação é o Único delito que admite
a modalidade culposa.

a) Súmula 567 - STJ: Sistema de vigilância realizado por monitoramento eletrônico ou


por existência de segurança no interior de estabelecimento comercial, por si só, não
torna impossível a configuração do crime de furto.

b) Súmula 582 - STJ - Consuma-se o crime de roubo com a inversão da posse do bem


mediante emprego de violência ou grave ameaça, ainda que por breve tempo e em
seguida à perseguição imediata ao agente e recuperação da coisa roubada, sendo
prescindível a posse mansa e pacífica ou desvigiada.

c) Inf. 645 STJ - O pagamento do débito oriundo de furto de energia elétrica antes do
recebimento da denúncia não é causa de extinção da punibilidade.

Consumação e tentativa no latrocínio:

Morte consumada + Subtração consumada = Latrocínio consumado;

Morte consumada + subtração tentada = Latrocínio consumado;


Morte tentada + Subtração tentada = Latrocínio tentado;

Morte tentada + Subtração consumada = Latrocínio tentado (Doutrina + maioria STF/STJ).

*O que ocorre com a vida da vítima é o que determina a consumação ou não do latrocínio.

A FORMA PRIVILEGIADA APLICA-SE EM

Furto

Estelionato

Receptação

Apropriação indébita

FURTO PRIVILEGIADO:

 Primário;
 Pequeno valor a coisa furtada.   

FURTO PRIVILEGIADO-QUALIFICADO:

 Primário;
 Pequeno valor a coisa furtada;
 Qualificadora objetiva (Rompimento de obstáculo; Escalada ou destreza; Emprego de
chave falsa; Concurso de duas ou mais pessoas).

✔️  PARA AJUDAR A FIXAR

CUIDADO!

Sobre a alternativa - A) O crime de (1)atentado violento ao pudor  pressupõe (2)representação da


vítima, que pode ser suprida pelos responsáveis em caso de menoridade.  (errado)

Cuidado! Primeiro ponto é que o atentado violento ao pudor se encontra agora no art. 213 (não
tivemos abolitio criminis)

 Trata-se do princípio da  continuidade normativo típica, ou seja, ele foi, a grosso modo,
deslocado para 'outro lugar'.
 Outra  obs: (Questão) A contravenção penal de importunação ofensiva ao pudor foi
tacitamente revogada. Errado! Na verdade foi expressamente revogada
Cuidado! Segundo ponto é que TODOS os delitos desse titulo são de ação penal
pública  INCONDICIONADA  (art.225). Não há mais aquelas diferenças. CUIDADO!!⚠️

O crime de atentado violento ao pudor não existe mais, foi revogado e inserida no crime de
estupro. Não houve abolitio criminis.

Falsificação de documento público. Art. 297 - Falsificar, no todo ou em parte, documento


público, ou alterar documento público verdadeiro.

➥ Complementando: lembre-se dos EQUIPARADOS a documento público: LATTE (Art. 297,


§ 2º)

 Livro mercantil;
 Ações comerciais;
 Testamento particular;
 Título ao portador/transmissível por endosso;
 Emanado de entidade paraestatal.

Há três coisas que vc precisa saber sobre os crimes contra a fé pública:

1) não admite a aplicação do princípio da insignificância

2) não admite o instituto do arrependimento posterior

3)não há modalidade culposa

Súmula 522 do STJ: A conduta de atribuir-se falsa identidade perante autoridade policial é
típica, ainda que em situação de alegada autodefesa.

Sumula 73, STJ: A utilização de papel moeda grosseiramente falsificado configura, em tese, o
crime de estelionato, da competência da Justiça Estadual.

Súmula 546 do STJ - A competência para processar e julgar o crime de uso de documento


falso é firmada em razão da entidade ou órgão ao qual foi apresentado o documento
público, não importando a qualificação do órgão expedidor.

 
 FALSA IDENTIDADE ==> Sem utilizar documento falso para tanto.
 Se utilizar documento falso ==> responde por Uso de documento falso (art304)

Está sujeito às penas do crime de falsificação de documento público quem insere na Carteira

de Trabalho e Previdência Social do empregado declaração diversa da que deveria ter sido

escrita.  

"falsidades ideológicas" em documentos de efeito tributário ou previdenciário no CP,


serão considerados falsidade de documento publico (e não ideológica) motivo: cagada
legislativa 

Comentário de um colega do qc

Súmula 17 do STJ - “Quando o falso se exaure no estelionato, sem mais potencialidade

lesiva, é por este absorvido”.

Esse entendimento decorre da aplicação do princípio de direito penal na qual o crime-meio

é absorvido pelo crime-fim, que consubstancia o chamado "princípio da consunção (ou

absorção)". É uma das formas de solução do chamado "conflito aparente de normas".

ATENÇÃO REDOBRADA:

Desde 12 de janeiro de 2023, com a sanção da Lei nº 14.532, a prática de injúria racial

passou a ser expressamente uma modalidade do crime de racismo, tratada de acordo com

o previsto na Lei nº 7.716/1989. A pena prevista para o crime de injúria racial –

caracterizado quando a motivação é relacionada a raça, cor, etnia ou procedência

nacional – que era de um a três anos, passou a ser de dois a cinco anos de reclusão.
DIFERENCIAÇÃO

Caluniar - atribuir falsamente crime.


Difamar - atribuir fato negativo que não seja crime.
Injuriar - atribuir palavras ou qualidades negativas, xingar.

A pena aumenta-se de 1/3 (um terço) ao dobro, se o crime é cometido contra idoso ou

vulnerável, considerada a relevância do resultado gravoso (CP, 171, §4º).

Sobre qualificadoras no crime de FURTO:

São objetivas o meio e o modo de execução (veneno, fogo, explosivo etc.) e a condição da


vítima (criança, velho, enfermo e mulher grávida);

São subjetivas as que dizem respeito aos motivos (fútil, torpe, dissimulação etc.)."

Qualificadora objetiva - Concurso de pessoas

Privilegiado - Réu primário e pequeno valor

O FURTO PODE SER PRIVILEGIADO - QUALIFICADO ( Furto Híbrido )

Súmula 511 – É possível o reconhecimento do privilégio previsto no § 2º do art. 155 do CP


nos casos de crime de furto qualificado, se estiverem presentes a primariedade do agente, o
pequeno valor da coisa e a qualificadora for de ordem objetiva.

____________________

Em relação ao privilégio:

Art.155, § 2º - Se o criminoso é primário, e é de pequeno valor a coisa furtada, o juiz pode


substituir a pena de reclusão pela de detenção, diminuí-la de um a dois terços, ou aplicar
somente a pena de multa.
___________

Observações:

I) Ainda hoje há séria discussão em relação às qualificadoras do furto , mas a maioria


entende que a única subjetiva é a quebra de confiança.

II) para maioria , pequeno valor refere-se aquele inferior ao salário mínimo ao tempo do
fato.

Furto com explosivo – HEDIONDO E o roubo não!!!

NOVIDADE 2021 : ESTELIONATO CONTRA IDOSO: PENA AUMENTA DE UM TERÇO AO


DOBRO!

REGRA: COM O PACOTE ANTICRIME O ESTELIONATO PASSOU A SER COMO REGRA CRIME
CONDICIONADO À REPRESENTAÇÃO DA VÍTIMA!

EXCEÇÃO: ESTELIONATO É DE APP INCONDICIONADA, SE FOR COMETIDO CONTRA:

 ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
 CRIANÇA OU ADOLESCENTE
 DEFICIÊNCIA MENTAL
 MAIOR DE 70 ANOS OU INCAPAZ

FURTO (fraude dispositivo eletrônico) E ESTELIONATO (Fraude eletrônica) :

SERVIDOR MANTIDO FORA DO TERRITORIO NACIONAL: AUMENTA-SE de 1/3 a 2/3 

IDOSO E VULNERÁVEL: AUMENTA-SE de 1/3 ao DOBRO

Os dois delitos têm penas de reclusão, de 4 (quatro) a 8 (oito) anos e multa
De maneira resumida as causas de aumento de pena no roubo (ARMA):

+1/3 até metade Se a violência ou grave ameaça é exercida com emprego de arma branca

+2/3 Se a violência ou ameaça é exercida com emprego de arma de fogo.

Aplica-se em dobro a pena prevista se a violência ou grave ameaça é exercida com


emprego de arma de fogo de uso restrito ou proibido.

o erro de proibição incide sobre o elemento potencial consciência de ilicitude e, caso


inevitável, pode levar à isenção da pena. Porém, caso seja evitável, levará a uma redução da
pena de 1/6 a 1/3.

o erro de tipo, evitável ou inevitável, afasta o dolo da conduta, porém pode levar à
condenação por crime culposo, caso seja previsto legalmente.

ERRO DE TIPO – ERROS SOBRE OS ELEMENTO CONSTITUTIVO LEGAL DO CRIME – PEGAR


O CELULAR DE OUTRA PESSOA, PENSANDO SER MEU

ERRO DE PROIBIÇÃO – PRATICA A CONDUTA, MAS ACREDITA QUE SUA CONDUTA É


CONTRÁRIA AO DIREITO – ILICITUDE . AFASTA-SE O DOLO, MAS PODE SER PUNIDO DE
FORMA CULPOSA, CASO HAJA PREVISÃO LEGAL E SE FOR UM ERRO EVITÁVEL. Afasta a
culpabilidade – potencial consciência da ilicitude, se inevitável.

Se evitável, reduz a pena de 1/6 a 1/3.

- ART. 169 – APROPRIAÇÃO DE COISA ACHADA É UM EXEMPLO.


Erro sobre a pessoa e erro na execução

- São espécies de erro acidental


- Pessoa: representação – representa a realidade de forma inadequada.

- Execução – acidente no uso da execução. conhece a realidade sobre a pessoa.

Nos dois casos, não isenta o agente de pena. Responde pelo crime praticado. São levadas
em consideração as condições da vítima virtual – a que se pretendia atingir. Teoria da
equivalência.

Coação moral IRRESISTÍVEL: isenta de pena. Exclui a culpabilidade.

Coação moral RESISTÍVEL: causa de diminuição.

Árvore do Crime:

Fato típico:

-------> Conduta

        ---> Dolo (está inserido dentro da conduta, de acordo com a teoria finalista da ação)

        ---> Culpa (está inserido dentro da conduta, de acordo com a teoria finalista da ação)

-------> Resultado

-------> Nexo causal

------->Tipicidade

           +

Ilícito (aí precisa verificar se não há alguma excludente de ilicitude, caso exista alguma,
embora o fato seja típico não é ilícito, logo não é crime)
(excludentes de ilicitude:

--------> estado de necessidade

--------> legítima defesa

--------> estrito cumprimento do dever legal

--------> exercício regular do direito

--------> aborto necessário e aborto no caso de gravidez resultante de estupro 

--------> etc.)

           +

Culpável 

--------> Potencial consciência da ilicitude

--------> Imputablidade

--------> Exigibilidade de conduta diversa

Antes, o crime de furto só tinha um ÚNICO aumento de pena: 1/3 quando praticado
durante o repouso noturno. Contudo, houve alteração legislativa ,pela LEI 14.155 DE 2021,
incluindo novos aumentos de pena.

ARTIGO 155

(...)

§ 4º-B. A pena é de reclusão, de 4 (quatro) a 8 (oito) anos, e multa, se o furto mediante


fraude é cometido por meio de dispositivo eletrônico ou informático, conectado ou não à
rede de computadores, com ou sem a violação de mecanismo de segurança ou a utilização
de programa malicioso, ou por qualquer outro meio fraudulento análogo.    

  

§ 4º-C. A pena prevista no § 4º-B deste artigo, considerada a relevância do resultado


gravoso:  
I – aumenta-se de 1/3 (um terço) a 2/3 (dois terços), se o crime é praticado mediante a
utilização de servidor mantido fora do território nacional;      

II – aumenta-se de 1/3 (um terço) ao dobro, se o crime é praticado contra idoso ou


vulnerável. 

Crime de esquecimento ou de “olvido” = é o crime omissivo impróprio culposo; praticado


com culpa inconsciente, aquela em que o agente sequer prevê o resultado, apesar de
previsível  objetivamente. 

 ex: Salva-vidas que, em virtude de uma conversa com amigos, negligentemente


esquece de prestar atenção nos banhistas, ocasião em que um deles morre afogado.

Art. 21, CP. O desconhecimento da lei é inescusável. O erro sobre a ilicitude do fato, se

inevitável, isenta de pena; se evitável, poderá diminuí-la de um sexto a um terço.

Não se confunde o erro sobre a ilicitude do fato com o desconhecimento da lei. Art. 21 - O

desconhecimento da lei é inescusável. O erro sobre a ilicitude do fato, se inevitável, isenta

de pena; se evitável, poderá diminuí-la de um sexto a um terço.

Teoria Monista ou Unitária / ou igualitária : Para essa teoria, ainda que o fato criminoso
tenha sido praticado por vários agentes, conserva-se único e indivisível, sem qualquer
distinção entre os sujeitos.

Art. 29 - Quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas a este
cominadas, na medida de sua culpabilidade.

Crimes contra o patrimônio

Esquematizando...

Escusa absolutória:

C.A.D
Cônjuge

Ascendente

Descendente

Consequência jurídica: Isenção de pena.

Escusas Relativas:

C-I-TIO

Cônjuge separado

Irmão

Tio ou sobrinho com quem o agente coabita

Consequência jurídica: Torna a ação do crime condicionada à representação.

Quebra da escusa:

Violência ou grave ameaça (Mariano)

 idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos. (Paulo)

ao estranho que participa do crime. (Felício)

Sucesso, Bons estudos, Não desista!

Art. 289, §2º Quem, tendo recebido de boa-fé, como verdadeira, moeda falsa ou
alterada, a restitui à circulação, depois de conhecer a falsidade, é punido
com detenção e multa.

Figura privilegiada: quando o agente recebe de boa-fé a moeda falsa e, após conhecer
da falsidade, restitui à circulação.

9) O estado de sono, que diminua a capacidade da vítima de oferecer

resistência, caracteriza a vulnerabilidade prevista no Art. 217-A, § 1º, do Código Penal - CP.

(estupro de vulnerável)
Art. 297 - Falsificar, no todo ou em parte, documento público, ou alterar documento público

verdadeiro:

        Pena - reclusão, de dois a seis anos, e multa.

        § 1º - Se o agente é funcionário público, e comete o crime prevalecendo-se do cargo,

aumenta-se a pena de sexta parte.

Sumula 73, STJ: A utilização de papel moeda grosseiramente falsificado configura, em tese, o
crime de estelionato, da competência da Justiça Estadual.

Participação Negativa ou conveniência

o indivíduo simplesmente observa a prática sem nada fazer, não pode ser considerado
partícipe pois não tinha o dever legal de evitar

Erro de TIPO:

É uma falsa percepção da realidade

Exclui o Fato Típico:

Se inevitável - Exclui o Dolo/Culpa

Se evitável - Exclui o Dolo, pune-se à Culpa se prevista em lei.

Toda participação é dolosa!

É possível participação em contravenção penal, pois à ela se aplicam as regras gerais do

Código Penal quando a lei específica (lei de contravenções penais) não dispõe de modo

diverso.
Pode haver concurso de agentes em crime culposo na modalidade coautoria. O crime
culposo é composto de imprudência, negligência ou imperícia, de modo que não é aceitável
dizer que uma pessoa auxiliou, instigou ou induziu outrem a ser imprudente sem ter sido
igualmente imprudente.Ex: dois operários se encontram no alto de um prédio em
construção carregando uma tábua, por descuido ou falta de atenção - caracteriza
imprudência - deixam a tábua cair, matando um pedestre que passava no local. Temos aí
um crime culposo com coautoria, ou seja, houve aqui concurso de agentes.

Ao recolherem os objetos de valor, Joaus e Joseh praticaram o núcleo do tipo penal


(subtrair), de modo que devem ser considerados coautores da infração penal.

Já Pedrus teve participação acessória: não executou o núcleo do tipo penal de furto, mas
forneceu auxílio aos demais, ao escolher a residência e emprestar seu veículo para o
transporte dos objetos furtados. Dessa forma, deve ser considerado partícipe

Código Penal adotou a TEORIA OBJETIVO FORMAL.

Autor: Quem pratica o núcleo do tipo ( Roubar; Matar).

Partícipes: os que auxiliam, mas não praticam o núcleo. (Motorista; Empresta o carro). 

tipicidade: é oq está escrito na lei.

ilicitude: é se é lícito ou não.

a relação do chefe com empregado, segunda a legislação trabalhista, não é de hierarquia e


sim de subordinação.
CRIMES CONTRA A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

FUNCIONÁRIO PÚBLICO – CONTRA A AP :

PRÓPRIO : TÍPICO

IMPRÓPRIO: ATÍPICO

PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA – STJ : EM REGRA NÃO É CABÍVEL , SALVO NO DESCAMINHO

CASO DE AUMENTO DE PENA:

PECULATO :

- PECULATO APROPRIAÇÃO – APROPRIAR-SE O FP DE DINHEIRO, VALOR OU QLR BEM MÓVEL –


PÚBLICO OU PARTICULAR – DE QUE TENHA POSSE EM RAZÃO DO CARGO

- PECULATO DESVIO: DESVIÁ-LO (TUDO ACIMA) O FP EM PROVEITO PRÓPRIO OU ALHEIO

PECULATO FURTO: EMBORA NÃO TENHA A POSSE DO VALOR, DINHEIRO OU BEM, SUBTRAI OU
CONCORRE PARA QUE SEJ SUBTRAÍDO, EM PROVEITO PRÓPRIO OU ALHEIO, VALENDO -SE DA
FACILIDADE DE SER FUNCIONÁRIO.

EM TODOS OS CASOS : RECLUSÃO E MULTA


PRINCÍPIO – PROCESSO LEGAL: B) Art. 5 LIV - ninguém será privado da liberdade ou de seus
bens sem o devido
processo legal

ESTRITA LEGALIDADE: Está previsto no Art. 5 XXXIX da CF e no Art. 1 do CP, diz que, a
conduta exercida pelo indivíduo somente será considerado crime se cumular 2
pressupostos: o fato estar previsto na lei penal e o ato ser exercido depois da entrada em
vigor desta ou seja, a lei tem que ser anterior (princípio da anterioridade).

Considera-se praticado o crime no lugar em que ocorreu a ação ou omissão, no todo


ou em parte, bem como onde se produziu ou deveria produzir-se o resultado.

 Tanto na Desistência Voluntária como no Arrependimento Eficaz, caso o agente não


consiga evitar o resultado.

ESQUECEU?  =>  FALTA DE ATENÇÃO  =>  FEZ MENOS DO QUE DEVERIA  ==>  NEGLIGÊNCIA

EXAGEROU NO QUE FEZ?  =>  EXCEDEU-SE  =>  FEZ MAIS DO QUE DEVERIA  ==>  IMPRUDÊNCIA

FEZ A CIRURGIA ERRADA OU BIZONHOU NO PROCEDIMENTO?  =>  É CURIOSO OU MAL


PREPARADO PARA O TRAMPO  ==>  IMPERÍCIA

FATO TÍPICO= conduta tipificada em lei. Ex.: art. 121, CP - "matar alguém" .

Agora para saber se é crime, devem estar presentes todos os elementos do crime ou delito:
fato típico + ilícito + culpável.
Para não confundir lembrar da palavra:

CIDA

Computa se Idêntica e Atenua se Diversa (as penas)

AJUDA BASTANTE:

Legalidade/ reserva legal ou estrita legalidade (art.5º, XXXIX)

Somente lei em sentido estrito pode prever tipos penais.

NÃO se admite medidas provisórias ou outra espécie legislativa.

São corrolários da reserva legal:

Taxatividade/ Reserva legal/ Irretroatividade da lei penal

Princípio da anterioridade:

O crime e a pena devem estar previstos previamente.

LESIVIDADE OU OFENSIVIDADE: NÃO há crime SEM OFENSA a bens jurídicos (exige que do


fato praticado ocorra lesão ou perigo de lesão ao bem jurídico tutelado); 

ALTERIDADE: A conduta a ser proibida deve lesionar DIREITO DE TERCEIROS. A infração


penal NÃO pode atingir apenas o próprio autor. 

PESSOALIDADE, PERSONALIDADE OU INTRANSCEDÊNCIA: A responsabilidade penal


é PESSOAL, e não se estende a terceiros (mandamento constitucional - art. 5°, XLV, CF/88). 

CULPABILIDADE: Autor da conduta deve ter agido com DOLO OU CULPA.

 
ADEQUAÇÃO SOCIAL: Condutas tidas como ADEQUADAS pela sociedade NÃO merecem
tutela penal.

HUMANIDADE: Decorre do PRINCÍPIO DA DIGINIDADE DA PESSOA HUMANA e proíbe que


a pena seja usada como meio de VIOLÊNCIA, como tratamento CRUEL, DESUMANO E
DEGRADANTE. 

INTERVENÇÃO MÍNIMA: Direito Penal deve intervir na medida do que for ESTRITAMENTE


NECESSÁRIO. 

      => DOUTRINA DIVIDE EM: 

            *PRINCÍPIO DA FRAGMENTARIEDADE: Somente bens


jurídicos RELEVANTES merecem a tutela

penal. 

            *PRINCÍPIO DA SUBSIDIARIEDADE: O Direito Penal somente tutela um bem jurídico


quando os DEMAIS RAMOS DO DIREITO se mostrem insuficientes (atuação do Direito Penal
como ultima r

Art. 89. Nos crimes em que a pena mínima cominada for igual ou inferior a um ano,
abrangidas ou não por esta Lei, o Ministério Público, ao oferecer a denúncia, poderá
propor a suspensão do processo, por dois a quatro anos, desde que o acusado não esteja
sendo processado ou não tenha sido condenado por outro crime, presentes os demais
requisitos que autorizariam a suspensão condicional da pena.

17) No crime de corrupção passiva, é indispensável haver nexo de causalidade entre a


conduta do servidor e a realização de ato funcional de sua competência. 

19) O crime de corrupção ativa É FORMAL E INSTANTÂNEO, consumando-se com a


simples promessa ou oferta de vantagem indevida.

Súmula 645 do STJ:  “O crime de fraude à licitação é formal, e sua consumação prescinde da
comprovação do prejuízo ou da obtenção de vantagem”.
Corrupção paSsiva - Servidor público (solicita, Recebe ou Aceita)

 Corrupção ATiva - ParTicular (Oferece ou Promete)

NÃO necessariamente quando estiver um crime terei o outro também.

OBS: Caso apareça o verbo "Exigir" o crime será de Concussão

OBS: Se o servidor EXIGIR- mediante violência/grave ameaça- o crime será de EXTORSÃO

Art. 329 - Opor-se à execução de ato legal, mediante violência ou ameaça a funcionário
competente para executá-lo ou a quem lhe esteja prestando auxílio.

Conduta de Marlene configura o crime de tráfico de influência:

Art. 332 - Solicitar, exigir, cobrar ou obter, para si ou para outrem, vantagem ou promessa
de vantagem, a pretexto de influir em ato praticado por funcionário público no exercício
da função.

ATENÇÃO! Não confundir tráfico de influência com o crime de exploração de prestígio:

 Exploração de prestígio --> influir em juiz, jurado, órgão do MP, funcionário da justiça,
perito, tradutor, intérprete ou testemunha (justiça).
 Tráfico de influência --> influir em ato de funcionário público (geral). 

CONCUSSÃO - exigir vantagem indevida. RECLUSÃO

EXCESSO DE EXAÇÃO - exigir tributo ou contribuição social.RECLUSÃO

CORRUPÇÃO PASSIVA- solicitar ou receber ou aceitar promessa. RECLUSÃO

CORRUPÇÃO ATIVA - oferecer ou prometer vantagem indevida a funcionário


público. RECLUSÃO

CORRUPÇÃO PASSIVA PRIVILEGIADA - ceder a pedido ou influência de outrem. DETENÇÃO

PECULATO apropriar-se, dinheiro, valor, bem móvel, público ou particular. RECLUSÃO

PREVARICAÇÃO retardar ou deixar de praticar, ato de oficio, para satisfazer interesse ou


sentimento pessoal. DETENÇÃO
CONDESCENDÊNCIA CRIMINOSA - deixar o funcionário, por indulgência, de responsabilizar
subordinado que cometeu infração. DETENÇÃO

ADVOCACIA ADMINISTRATIVA patrocinar, interesse privado perante a administração


pública. DETENÇÃO.

Resistência = quando alguém se opõe à execução de ato legal, mediante violência ou


ameaça a funcionário competente para executá-lo ou a quem lhe esteja prestando auxílio
(art. 329 CP ).

Desobediência = quando a pessoa desobedece uma ordem legal de funcionário público.


Sem violência.

Desacato = o desacato ocorre quando o funcionário público é ofendido “no exercício da


função ou em razão dela”.

↦ FAVORZINHO GRATUITO = CORRUPÇÃO PASSIVA PRIVILEGIADA

↦ SATISFAÇÃO DE INTERESSE PRÓPRIO = PREVARICAÇÃO

VERBOS , os que mais caem

->falsificação de papéis púb.=falsificar ou adulterar ,fabricar,alterar

->falsificação de documento púb.= falsificar ou alterar- todo ou em parte

->falsidade de selo ou sinal púb.=fabricar ou alterar

->falsidade de documento particular= falsificar no todo ou em parte

->falsa identidade=atribuir a si ou 3° identidade falsa

->falsidade ideológica= omitir, inserir ,fazer inserir

->falso atestado médico = fornecer atestado médico falso exclui: dentista,psicologo,


fisioterapeuta dentre outros

Você também pode gostar