Você está na página 1de 51

PRINCÍPIOS

PRINCÍPIO DA DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA

Trata-se de fundamento do Estado Democrático de Direito. É uma condição inerente ao ser humano, ou seja,
intrínseco.

DOS PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS


Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito
Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos:
III - a dignidade da pessoa humana;

É a qualidade intrínseca e distintiva de cada ser humano, merecedor de respeito por parte do Estado e pela
comunidade. É um. Complexo de direito e deveres fundamentais que protegem o cidadão contra atos
degradantes e desumanos, assim como garante as condições existências mínimas para uma vida saudável.
Ex. Revistas vexatórias;
USO DE ALGEMAS

Súmula vinculante 11→ Só é lícito o uso de algemas em casos de resistência e


de fundado receio de fuga ou de perigo à integridade física própria ou alheia,
por parte do preso ou de terceiros, justificada a excepcionalidade por escrito,
sob pena de responsabilidade disciplinar, civil e penal do agente ou da
autoridade e de nulidade da prisão ou do ato processual a que se refere, sem
prejuízo da responsabilidade civil do Estado.
PRINCÍPIO DA HUMANIDADE DA PENA
Tem relação com a finalidade da pena (retributiva, preventiva e ressocioalizadora).

Art. 5, XLVII - não haverá penas:


a) de morte, salvo em caso de guerra declarada, nos termos do art. 84, XIX;
b) de caráter perpétuo;
c) de trabalhos forçados;
d) de banimento;
e) cruéis;
É deduzindo da dignidade da pessoa humana como fundamento do Estado Democrático de
Direito (art. 1, III, CF)
Ex. castrações, mutilações, esterilizações etc. ou qualquer outra pena infamante ou
degradante do ser humano.
Com relação ao princípio da humanidade, é correto
afirmar que:

a) Proíbe a adequação típica por semelhança entre fatos.


b) Determina que ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença
penal condenatória.
c) Determina que a pena não pode ser superior ao grau de responsabilidade pela prática do
fato.
d) Determina que o poder punitivo estatal não pode aplicar sanções que atinjam a
dignidade da pessoa humana ou que lesionem a constituição físico-psíquica dos
condenados.
e) Determina que todos são iguais perante a lei penal.
O princípio do Direito Penal, que é uma garantia essencial aos direitos humanos do homem,
devendo ser assegurado em um estado democrático de direito, conhecido pela expressão em
latim “nullum crimen nulla poena sine lege”, significa que:

a) Nulo o crime e nula a pena sob a lei vigente.


b) O crime cometido sob a vigência da lei penal deve ser anulado.
c) A lei deve retroagir para punir o réu.
d) O crime hediondo deve ser punido mesmo sem lei.
e) Não há delito e nem pena sem prévia cominação legal.
PRINCÍPIO DA INTRANSCENDÊNCIA DA PENA

Art. 5, XLV, CF - nenhuma pena passará da pessoa do condenado, podendo a obrigação de


reparar o dano e a decretação do perdimento de bens ser, nos termos da lei, estendidas aos
sucessores e contra eles executadas, até o limite do valor do patrimônio transferido;
OBS: Pena de multa é diferente de obrigação de reparar o dano.

Extinção da punibilidade
Art. 107 - Extingue-se a punibilidade: I - pela morte do agente;
Ano: 2009 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: Prefeitura de Ipojuca - PE Prova: CESPE - 2009 -
Prefeitura de Ipojuca - PE - Procurador Municipal
Texto associado
A pena não passará da pessoa do condenado, mas a obrigação de reparar o dano e a
decretação do perdimento de bens poderá ser, nos termos da lei, estendidas aos sucessores
e contra eles executadas ilimitadamente.

Certo

Errado
Ano: 2008 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: PC-TO Prova: CESPE - 2008 - PC-TO - Delegado
de Polícia

Prevê a Constituição Federal que nenhuma pena passará da pessoa do condenado, podendo
a obrigação de reparar o dano e a decretação de perdimento de bens ser, nos termos da lei,
estendidas aos sucessores e contra eles executadas, até o limite do valor do patrimônio
transferido. Referido dispositivo constitucional traduz o princípio da intranscendência.

Certo
Errado
Em matéria de princípios constitucionais de Direito
Penal, é correto afirmar que:

a) a lei penal não retroagirá mesmo que seja para beneficiar o réu.
b) a prática de racismo não é considerada crime, salvo se a vítima for detentor de função
pública.
c) os presos têm assegurado o respeito à sua integridade física, mas não à integridade
moral.
d) a Constituição não autoriza a criação de penas de trabalhos forçados.
e) as penas privativas de liberdade poderão ser impostas aos sucessores do condenado.
Ano: 2014 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: Câmara dos Deputados Prova: CESPE - 2014 -
Câmara dos Deputados - Analista Legislativo - Consultor Legislativo Área III

Um dos princípios basilares do direito penal diz respeito à não transcendência da pena, que
significa que a pena deve estar expressamente prevista no tipo penal, não havendo
possibilidade de aplicar pena cominada a outro crime.

Certo
Errado
PRINCÍPIO DA LEGALIDADE

Art. 5, CF, XXXIX - não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia
cominação legal;

Art. 1º, CP- Não há crime sem lei anterior que o defina. Não há pena sem prévia cominação
legal.

OBS: Incluídas as contravenções penais e as medidas de segurança.

Nullum Crimen, Nulla Poena Sine Lege

Deve existir lei formal definindo quais condutas serão consideradas criminosas.
De acordo com o professor Juarez Cirino dos Santos, o princípio da legalidade é o mais
importante instrumento de proteção individual no Estado Democrático de Direito, porque
proíbe:
• a retroatividade como criminalização ou agravação da pena de fato anterior,
• o costume como fundamento ou agravação de crimes e penas,
• a analogia como método de criminalização ou de punição de condutas e
• a indeterminação dos tipos legais e das sanções penais (art. 5, XL, CF).
Ano: 2012 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: TJ-AC Prova: CESPE - 2012 - TJ-AC -
Técnico Judiciário - Auxiliar

Dado o princípio da legalidade, o Poder Executivo não pode majorar as penas


cominadas aos crimes cometidos contra a administração pública por meio de
decreto.

Certo
Errado
Ano: 2014 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: TJ-SE Prova: CESPE - 2014 - TJ-SE - Técnico
Judiciário - Área Judiciária
A respeito do princípio da legalidade, da relação de causalidade, dos crimes consumados e
tentados e da imputabilidade penal, julgue os itens seguintes.

É legítima a criação de tipos penais por meio de decreto.

Certo
Errado
Com relação ao princípio da legalidade, assinale
a afirmativa incorreta.

a) Tal princípio se aplica às contravenções e medida de segurança.


b) Tal princípio impede a criação de crimes por meio de medida
provisória.
c) Tal princípio impede incriminação genérica por meio de tipos
imprecisos.
d) Tal princípio impede a aplicação de analogia de qualquer forma no
Direito Penal.
e) Tal princípio está previsto no texto constitucional vigente.
Ano: 2011 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: TJ-ES Prova: CESPE - 2011 - TJ-ES - Comissário da
Infância e da Juventude - Específicos
Com relação aos princípios de direito penal, à aplicação da lei penal e ao crime, julgue os
itens subsecutivos.

Uma das funções do princípio da legalidade refere-se à proibição de se realizar incriminações


vagas e indeterminadas, visto que, no preceito primário do tipo penal incriminador, é
obrigatória a existência de definição precisa da conduta proibida ou imposta, sendo vedada,
com base em tal princípio, a criação de tipos que contenham conceitos vagos e imprecisos.

Certo
Errado
Ano: 2009 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: DETRAN-DF Prova: CESPE - 2009 - DETRAN-DF -
Analista – Advocacia

O princípio da legalidade veda o uso da analogia in malam partem, e a criação de crimes e


penas pelos costumes.

Certo
Errado
PRINCÍPIO DA LEGALIDADE

Subdivisão:

RESERVA LEGAL (LEGALIDADE ESTRITA): somente a lei pode criar crimes e comutar penas.

ANTERIORIDADE DA LEI PENAL: a lei penal deve ser anterior ao fato.


Ano: 2003 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: PC-RR Prova: CESPE / CEBRASPE -
2003 - PC-RR - Agente Carcerário
Em cada um do item a seguir, é apresentada uma situação hipotética, seguida
de uma assertiva a ser julgada.

Bento praticou o crime de receptação, cuja pena é de reclusão de um a quatro


anos. Posteriormente, por ocasião de seu julgamento, passou a viger lei que,
regulando o mesmo fato, impôs pena de um a cinco anos. Nessa situação, a lei
posterior será aplicada em face do princípio da retroatividade de lei mais
severa.
OBS: Medida provisória pode dispor sobre Direito Penal?

STF: Sim, desde que favorável ao réu. Ex. MP que ampliou o prazo para
devolução de armas.

STJ: Não, de acordo com a CF, Art. 62, p. 1, I, b.


§ 1º É vedada a edição de medidas provisórias sobre matéria:
I - relativa a:
b) direito penal, processual penal e processual civil;
Como visto, o princípio da legalidade exige a edição de
lei certa, precisa, determinada. Vamos identificar a
CLASSIFICAÇÃO DA LEI quanto ao conteúdo:

a) COMPLETA: norma penal completa é aquela que dispensa complemento valorativo (dado
pelo juiz) ou normativo (dado por outra norma).
b) INCOMPLETA: é a norma penal que depende de complemento valorativo (tipo aberto) ou
normativo (norma penal em branco).
TIPO ABERTO
É aquele que depende de complemento valorativo, a ser conferido pelo julgador no caso
concreto.
Ex. Os crimes culposos, por exemplo, são descritos em tipos abertos, uma vez que o
legislador não enuncia as formas de negligência, imprudência e imperícia, ficando a critério
do magistrado no caso concreto. Para não ofenderem o princípio da legalidade, a redação
típica deve trazer o mínimo de determinação.
Ex. Ato obsceno - Art. 233 - Praticar ato obsceno em lugar público, ou aberto ou exposto ao
público: Pena - detenção, de três meses a um ano, ou multa.
NORMA PENAL EM BRANCO

É aquela que necessita de integração por outra norma, sem a qual é inviável sua aplicação.
O complemento pode estar previsto noutro diploma, de mesmo nível ou não:
a) HETEROGÊNEA: complementação de nível diverso (portaria, decreto, regulamento etc.).
Isto é, o seu complemento normativo não emana do legislador, mas sim de fonte normativa
diversa.
Exemplo: tráfico de drogas (Lei 11.343/2006, art. 33), com a definição das substâncias assim
consideradas dada por portaria (344/2008) da Agência Nacional de Vigilância Sanitária –
ANVISA.
OBS: Não contraria o princípio da legalidade, pois o tipo penal está previsto em lei, apenas o
seu complemento é que está veiculado em instrumento infralegal.

b) HOMOGÊNEA: complementação de mesmo nível (legal). Isto é, emana do próprio


legislador (mesma fonte produtiva).
Norma penal em branco homogênea homovitelina: o complemento emana da mesma
instância legislativa (norma incompleta e seu complemento integram a mesma estrutura
normativa).
Exemplo: o artigo 312 do Código Penal trata do crime de peculato, conduta praticada por
funcionário público. O conceito de funcionário público, para fins penais, está positivado em
outro artigo, mais precisamente o 327, também do Código Penal.

Norma penal em branco homogênea Heterovitelina: o complemento da norma emana de


instância legislativa diversa (norma incompleta e seu complemento integram estruturas
normativas diversas).

Exemplo: o art. 237 pune aquele que contrair casamento conhecendo a existência de
impedimento que lhe cause a nulidade absoluta. Os impedimentos são previstos em outra
lei, qual seja, o Código Civil, art. 1.521, I a VII.
PRINCÍPIO DA INTERVENÇÃO MÍNIMA

Direito Penal é a resposta mais agressiva do Estado contra o cidadão.

OBS: Confronta o Direito Penal Simbólico.

Somente os ataques mais insuportáveis (mais graves), os que podem gerar repercussões
visíveis (palpáveis) e muito preocupantes para terceiros (para a convivência social), é que
devem ser castigados penalmente. Fora disso, não se deve usar o Direito Penal, que é
fragmentário e subsidiário, ou seja, que está subordinado ao princípio da intervenção
mínima.
Ano: 2010 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: EMBASA Prova: CESPE - 2010 - EMBASA -
Analista de Saneamento - Advogado
Texto associado
Em virtude da aplicação do princípio da insignificância, o Estado, vinculado pelo princípio de
sua intervenção mínima em direito penal, somente deve ocupar-se das condutas que
impliquem grave violação ao bem juridicamente tutelado.

Certo
Errado
O Direito Penal busca primordialmente a proteção de algo selecionado pelo legislador dentro
de um critério político, somente merecendo sua proteção aqueles bens mais importantes,
sempre na ideia de que a intervenção desse ramo do Direito se justifica apenas quando outro
não se mostrar suficiente. Qual dos princípios abaixo melhor fundamenta o texto acima no
seu ponto fulcral?

a)Proporcionalidade.
b)Legalidade.
c)Adequação social.
d)Intervenção mínima.
e)Lesividade.
O direito penal só deve se preocupar com a proteção dos bens jurídicos mais essenciais à
vida em sociedade, constituindo a sua intervenção a ultima ratio, ou seja, tal intervenção
somente será exigida quando não se fizer suficiente a proteção proporcionada pelos demais
ramos do direito. Tal conceito tem relação com o princípio da

a) anterioridade.
b) reserva legal.
c) intervenção mínima.
d) proporcionalidade.
e) intranscendência.
PRINCÍPIO DA SUBSIDIARIEDADE

O Direito Penal só deve atuar quando os demais ramos do direito mostrarem-se insuficientes.

O Direito Penal é direito de ultima ratio, é dizer, só deve atuar nos casos em que os demais ramos do Direito
forem insuficientes para resolver o problema.

PRINCÍPIO DA FRAGMENTARIEDADE

Trata-se de uma característica do Direito Penal de tutelar apenas um fragmento dos bens jurídicos existentes,
somente aqueles tidos como essenciais.

Caberá ao Direito Penal proteger os bens jurídicos mais importantes, e punir os ataques mais graves, deixando
de lado bens ou lesões de pouca importância.
PRINCÍPIO DA LESIVIDADE
Somente as condutas que lesionam ou ameaçam gravemente os bens jurídicos tutelados
pelo direito são passíveis de sanção penal. A lesão deve ainda atingir bem jurídico alheio.

O princípio da lesividade, também conhecido como ofensividade, é aquele segundo o qual


somente pode ser considerada merecedora de tutela penal, a conduta que seja apta a expor
a perigo ou a causar dano a bem jurídico penalmente relevante. Portanto, para que ocorra o
delito, é imprescindível a efetiva lesão ou perigo de lesão ao bem jurídico.
Ex. Cuspir no chão.

Crítica: crimes de perigo abstrato. Ex. dirigir embriagado.


No tocante aos princípios constitucionais orientadores do estudo da Teoria do Crime,
assinale a afirmativa incorreta.

a) O princípio da intervenção mínima abrange os princípios da subsidiariedade e da


fragmentariedade
b) O princípio da dignidade humana atua como uma espécie de "superprincípio", devendo
toda norma jurídica nele se escorar.
c) O princípio da adequação social serve de base de interpretação da norma, além de
orientar o legislador para eventual revogação do tipo penal.
d) O princípio da insignificância autoriza o afastamento da tipicidade material.
e) O princípio da alteridade permite a punição do agente por conduta sem condições de
atingir direito de terceiros.
PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA (OU BAGATELA)
Trata-se de uma conduta que, embora tipificada como crime, é irrelevante, não merecendo
a reprimenda penal. Exclui a tipicidade material, ou seja, o fato já nasce insignificante.

O Direito Penal deve procurar proteger a comunidade de crimes que tenham gravidade
razoável, evitando punir os chamados crimes de bagatela. Fundamenta-se no princípio da
fragmentariedade, pois compete ao Direito Penal proteger bens jurídicos mais
importantes, e não proteger qualquer bem jurídico. A conduta já nasce insignificante,
atípica (excluída a tipicidade material).
Ano: 2014 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: TJ-SE Prova: CESPE - 2014 - TJ-SE -
Técnico Judiciário - Área Judiciária
Conforme o STF, para que incida o princípio da insignificância e, consequentemente,
seja afastada a recriminação penal, é indispensável que a conduta do agente seja
marcada por ofensividade mínima ao bem jurídico tutelado, reduzido grau de
reprovabilidade, inexpressividade da lesão, e nenhuma periculosidade social.

Certo

Errado
- Súmula 589, STJ: É inaplicável o princípio da insignificância nos crimes ou contravenções
penais praticados contra a mulher no âmbito das relações domésticas.

-Súmula 599, STJ: O princípio da insignificância é inaplicável aos crimes contra a


administraçãopública.
-
- Súmula 606, STJ: Não se aplica o princípio da insignificância aos casos de transmissão
clandestina de sinal de internet via radiofrequência que caracterizam o fato típico previsto
no artigo 183 da lei 9.472/97.
Requisitos, segundo o STJ

Requisitos, segundo o STJ (HC 92.961 no STF e Resp. 1084540 no STJ):

Mínima Ofensividade da Conduta;

Ausência de Periculosidade Social;

Reduzido Grau de Reprovabilidade do Comportamento;

Inexpressividade da Lesão Jurídica.


OBS: Insignificância e reincidência. Juízo amplo conglobante. Há decisões em
vários sentindos. A reincidência específica, em regra, afasta a insignificância. A
reincidência, por si só, não afasta a insignificância.

OBS: Bagatela Imprópria: A pena mostra-se desnecessária. É hipótese de


perdão judicial. Embora relevante o fato para o Direito Penal, o Estado perde o
interesse na punição. Ex. reparação do dano em crime contra o patrimônio sem
violência ou grave ameaça.
Ano: 2013 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: DPE-ES Prova: CESPE - 2013 - DPE-ES - Defensor
Público –

O princípio da insignificância ou da bagatela exclui


Aa punibilidade.
Ba executividade.
Ca tipicidade material.
Da ilicitude formal.
Ea culpabilidade.
Princípio do Non Bis in Idem

Ninguém poderá ser punido duas vezes pelo mesmo fato.

Mostra-se, aqui, o abandono do Direito Penal do Autor.

Veda, também, a utilização de uma mesma circunstância como constitutiva do tipo e


qualificadora ou majorante ao mesmo tempo.
O princípio da Intervenção Mínima no Direito Penal encontra reflexo em quais
princípios?
a) Fragmentariedade e imputação objetiva.
b) Subsidiariedade e imputação objetiva.
c) Subsidiariedade e da Fragmentariedade.
d) Fragmentariedade e funcionalismo sistêmico.
e) imputação objetiva e na proposta de funcionalismo sistêmico.
O princípio da Insignificância ou Bagatela exclui a:

a) Punibilidade.
b) Executividade.
c) Tipicidade Material.
d) Ilicitude Formal.
e) Culpabilidade.

Configuram desdobramento do princípio da reserva legal, exceto:

a) Lex Praevia.
b) Lex Stricta,
c) Lex Scripta.
d) Lex Certa.
e) Ultima Ratio.
PRINCÍPIO DA PRESUNÇÃO DE INOCÊNCIA

Art. 5, LVII - ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal
condenatória;
É um princípio de ondem material e processual.

Art. 11, DUDH →Toda a pessoa acusada de um acto delituoso presume-se inocente até que a
sua culpabilidade fique legalmente provada no decurso de um processo público em que
todas as garantias necessárias de defesa lhe sejam asseguradas.
PRINCÍPIO DA CULPABILIDADE
É implícito e deriva da dignidade da pessoa humana.

Três vertentes:
Limitador da pena: Nesta acepção a culpabilidade funciona não como fundamento da pena, mas como limite
desta, impedindo que a pena seja imposta aquém ou além da medida prevista pela própria ideia de
culpabilidade, aliada, é claro, a outros critérios, como importância do bem jurídico, fins preventivos etc.
Elemento constitutivo do crime: Refere-se, nesta acepção, ao fato de ser possível ou não a aplicação da pena
ao autor de um fato típico e antijurídico, isto é, proibido pela lei penal. Para isso, exige-se a presença de uma
série de requisitos – imputabilidade, potencial consciência da ilicitude e exigibilidade de conduta diversa –, que
constituem os elementos positivos específicos do conceito dogmático de culpabilidade. A ausência de qualquer
desses elementos é suficiente para impedir a aplicação de uma sanção penal.
Impedimento à responsabilidade objetiva: Nesta acepção, o princípio da culpabilidade impede a atribuição da
responsabilidade objetiva. Ninguém responderá por um resultado absolutamente imprevisível se não houver
obrado, pelo menos, como dolo ou culpa (nullum crimen, nulla poena sine culpa).
INDIVIDUALIZAÇÃO DA PENA
Cada agente responderá de acordo com as suas características pessoais e as
circunstâncias do caso concreto.
Art. 5, XLVI - a lei regulará a individualização da pena e adotará, entre outras,
as seguintes:
a) privação ou restrição da liberdade;
b) perda de bens;
c) multa;
d) prestação social alternativa;
e) suspensão ou interdição de direitos;
Ex. Lei de crimes hediondos que trouxe a obrigatoriedade do cumprimento de pena no regime fechado – STF
declarou a sua inconstitucionalidade.

FASES:
• Legislativa;
• Judicial;
• Execução Penal;
Princípio da Proporcionalidade

Trata-se do princípio que busca coibir excessos, de modo que as sanções


aplicadas devem possuir correspondência com os fins almejados.
Teoria dos degraus: Adequação, necessidade e proporcionalidade estrita.
PRINCÍPIO DA ADEQUAÇÃO SOCIAL

Relaciona-se com a característica do Direito Penal de conexão com os fatos sociais


(harmonização).
Tal princípio parte da premissa de que comportamentos historicamente desenvolvidos
dentro de um contexto social positivo, adequados, portanto, aos valores éticos-sociais
tutelados pelo direito, não poderão nunca ser tidos como ilícitos, ainda que, literalmente,
venham a se amoldar num tipo penal.

- Súmula 502, STJ: Presentes a materialidade e a autoria, afigura-se típica, em relação ao


crime previsto no art. 184, § 2o, do CP, a conduta de expor à venda CDs e DVDs piratas.

Ex. Tatuagem; Brinco em criança; Adultério.


Ano: 2012 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: TRE-RJ Prova: CESPE - 2012 - TRE-RJ - Analista
Judiciário - Área Judiciária

A venda de cópias não autorizadas de CDs e DVDs — cópias piratas — por vendedores
ambulantes que não possuam outra renda além da advinda dessa atividade, apesar de ser
conduta tipificada, não possui, segundo a jurisprudência do STJ, tipicidade material,
aplicando-se ao caso o princípio da adequação social.

Certo
Errado
Princípio da Alteridade Penal

Princípio pelo qual inexiste punição àquele que não atinge bem jurídico de outrem.

Ex. Autolesão e suicídio.

Cuidado: Estelionato.

OBS: Art. 28 da Lei de Drogas.


Trata-se do princípio de não bis in idem:

a) A criminalização só será legítima se necessária para a proteção do bem


jurídico.
b) A pena não passará da pessoa do condenado.
c) Todos são iguais perante a lei penal.
d) Ninguém pode ser punido duas vezes pelo mesmo fato.
e) Considera-se culpado apenas após o trânsito em julgado de sentença penal
condenatória.
Qual dos seguintes princípios exprime a máxima de que ninguém será
considerado culpado até a sentença transitada em julgado?

a) Lesividade
b) Proporcionalidade
c) Alteridade penal
d) Presunção de inocência
e) Intranscendência
Ano: 2013 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: DEPEN Prova: CESPE - 2013 - DEPEN - Agente
Penitenciário
Texto associado
Considere que Adolfo, querendo apoderar-se de bens existentes no interior de uma casa
habitada, tenha adentrado o local e subtraído telas de LCD e forno micro-ondas. Nessa
situação, aplicando-se o princípio da consunção, Adolfo não responderá pelo crime de
violação de domicílio, mas somente pelo crime de furto.

Certo
Errado

Você também pode gostar