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Direito Penal

Conceito
O Direito Penal pode ser caracterizado como o conjunto de normas que tem como objetivo
principal regular o poder do Estado de punir, estabelecendo penas e consequências para
atos que são considerados infratores.
Geralmente, o Direito Penal configura o crime como um fato e a pena como consequência.
A partir desse pressuposto, seguimos para a definição de que ele configura os limites do
poder punitivo do Estado.
O direito penal é uma área jurídica responsável por atribuir penas aos delitos cometidos na
sociedade, tendo como base as leis originadas do Poder Legislativo.

Disposições Penais CF
1. Princípio da Legalidade/Anterioridade Penal
A norma basilar do Direito Penal é a não existência de crime sem lei anterior que o defina.
Isto é, para que uma conduta seja considerada um delito, é preciso que seu dispositivo e
sua hipótese de incidência estejam previstos em um documento escrito que superou todas
as etapas do processo legislativo.
Em muitos casos, inclusive em provas de concurso, é possível que os dizeres do art. 5º,
inciso XXXIX, da Constituição da República Federativa do Brasil (CRFB) sejam
representados pelas expressões latinas: nullum crimen sine lege e nulla poena sine lege.
Isto é, não há crime sem lei e, consequentemente, não há pena sem lei.
Além disso, a partir da legalidade, surgem dois outros princípios igualmente importantes: o
da reserva legal e o da anterioridade da lei penal.

2. Princípio da reserva legal/ Vedação Medida Provisória


A palavra lei pode ser utilizada em sentido lato ou estrito. No primeiro, ela é sinônima de
norma jurídica, independentemente de ser decreto, constituição, medida provisória etc. No
segundo, ela designa um tipo específico de documento legislativo que, na hierarquia do
nosso sistema jurídico, está situado imediatamente abaixo da CRFB e acima dos decretos:
as leis ordinárias, delegadas e complementares.
Um ponto central é que, no Direito Civil, a legalidade se refere ao sentido lato do termo,
estando traduzida na norma de que ninguém é obrigado a fazer ou a deixar de fazer alguma
coisa senão em virtude de lei — art. 5º, inciso II, da CRFB. Lei, nesse caso, é uma norma
jurídica válida.
No Direito Penal, a legalidade mais rigorosa e fixa é a chamada reserva legal. Apenas a lei
em sentido estrito pode ser utilizada para prever um crime. Além disso, entre as espécies, a
lei delegada e a medida provisória — que não é lei, mas tem força de — estão excluídas por
proibição prevista na CRFB, nos artigos 68,§1º e 62, §1º, I, “b”, respectivamente.

3. Princípio da irretroatividade/ Eficácia Temporal Lei Penal


Enquanto as leis em geral gozam de retroatividade mínima — alcançam obrigações
vencidas não pagas e por vencer —, a lei definidora de crime não retroage senão para
beneficiar o réu. Isso significa o seguinte:
● se a lei nova extingue o delito, acusados, réus e condenados são atingidos (abolitio
criminis);
● se a lei nova reduz a pena ou traz regime de aplicação mais benefício, acusados,
réus e condenados são atingidos (novatio legis in mellius);
● se a lei nova cria crime ou piora a situação, não há aplicação senão as condutas
posteriores à data de início da sua vigência (novatio legis in pejus).

4. Presunção de inocência
Por sua vez, a também chamada presunção de não culpabilidade está prevista no art. 5º,
inciso LVII, da CRFB:
ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal
condenatória.
Existem duas interpretações quanto ao sentido e alcance dessa norma: a primeira
considera o princípio parte da estrutura obrigatória do processo penal, alcançando o início
do cumprimento da pena. Já a segunda é menos abrangente e situa a aplicação na
condução do processo e da avaliação das provas.
Em ambos os casos, caberá ao acusador demonstrar a existência do crime. No entanto, a
segunda interpretação possibilita a chamada prisão em segunda instância.

5. Princípios do contraditório e da ampla defesa


Tais princípios são tratados em conjunto, embora exista divergência se seriam sinônimos.
Para quem distingue contraditório e ampla defesa, previstos no art. 5º, inciso LV, da CRFB
— interpretação mais comum em concursos —, os significados são os seguintes:

Contraditório
Corresponde à oportunidade de resposta às acusações, verificada pelo respeito a três
direitos subjetivos:
● direito à informação: ter ciência do que ocorre no processo e acesso aos
documentos;
● direito à reação: poder responder às acusações;
● direito à influência: ter as alegações consideradas pelo magistrado da causa, que,
em caso de rejeição, deve fazê-lo de forma fundamentada.

Ampla defesa
Consiste em ter meios à disposição para oferecer uma resposta juridicamente
fundamentada às acusações. Por exemplo, há cerceamento de defesa quando o acusado
não tem advogado e a defensoria pública não atua.

6. Responsabilidade pessoal
Qualquer que seja a pena aplicada, ela estará restrita à liberdade, ao patrimônio e à pessoa
do condenado. A exceção é o uso do patrimônio transferido em herança para quitar
obrigação de decretação de perdimento de bens e de reparação de dano.
O objetivo é descontar os valores do patrimônio do falecido, de modo que os herdeiros não
sejam obrigados por indenizações e penas além do que for transferido. A redação do art. 5º,
inciso XLV, da CRFB é clara nesse sentido:
XLV – nenhuma pena passará da pessoa do condenado, podendo a obrigação de reparar o
dano e a decretação do perdimento de bens ser, nos termos da lei, estendidas aos
sucessores e contra eles executadas, até o limite do valor do patrimônio transferido.

7. Individualização da pena
As penas devem ser proporcionais à conduta do agente. Logo, se os crimes são diferentes
entre si, não pode haver aplicação de penas genéricas, mas apenas as devidamente
individualizadas, conforme exigência da norma do art. 5º, inciso XLVI, da CRFB.
Assim, ao definir um crime, mudar a aplicação ou o regime de cumprimento de pena, o
legislador deve criar critérios para ajustar a punição conforme comportamentos anteriores,
posteriores e durante o processo, além de considerar aspectos sociais e, principalmente, a
intencionalidade.

FIXANDO CONHECIMENTO
1. Qual das afirmações abaixo define corretamente o conceito do princípio da reserva legal?
a) Não há crime sem lei que o defina; não há pena sem cominação legal.
b) A pena só pode ser imposta a quem, agindo com dolo ou culpa, e merecendo juízo de
reprovação, cometeu um fato típico e antijurídico.
c) A criminalização de uma conduta só se legitima se constituir meio necessário para a
proteção de determinado bem jurídico.
d) Nenhuma pena passará da pessoa do condenado.
e) A pena deve estar proporcionada ou adequada à magnitude da lesão ao bem jurídico
representada pelo delito e a medida de segurança à periculosidade criminal do agente.

2.O princípio da proporcionalidade:


a) proíbe a adequação típica por semelhança entre fatos.
b) determina que o poder punitivo estatal não pode aplicar sanções que atinjam a dignidade
da pessoa humana ou que lesionem a constituição físico-psíquica dos condenados.
c) determina que a pena não pode ser superior ao grau de responsabilidade pela prática do
fato.
d) determina que ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença
penal condenatória.
e) determina que todos são iguais perante a lei penal.

3. Com relação ao princípio da anterioridade da lei, marque a alternativa correta.


a) O direito penal intervém somente nos casos de maior gravidade, protegendo uma parte
dos interesses jurídicos.
b) Para que haja crime e seja imposta pena é preciso que o fato tenha sido cometido depois
de a lei entrar em vigor.
c) A lei posterior mais severa tem efeito "ex nunc".
d) Apesar de uma conduta se subsumir ao modelo legal, não será considerada típica se for
socialmente adequada ou reconhecida, isto é, se estiver de acordo com a ordem social da
vida historicamente condicionada.
e) O direito penal só deve ser aplicado quando a conduta defende um bem jurídico, não
sendo suficiente que seja imoral ou pecaminosa.

4. Com relação ao princípio do "ne bis in idem", é correto afirmar que:


a) a criminalização de uma conduta só será legitima se constituir meio necessário para a
proteção de determinado bem jurídico.
b) nenhuma pena passará da pessoa do condenado.
c) todos são iguais perante a lei penal.
d) ninguém pode ser punido duas vezes pelo mesmo fato.
e) ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal
condenatória.

5. Analise as afirmações sobre o princípio da insignificância e marque a alternativa correta.


I – O princípio da insignificância está ligado aos chamados “crimes de bagatela”.
II – Nas hipóteses de lesões mínimas, será reconhecida a atipicidade dos fatos.
III – O princípio da insignificância recomenda que o direito penal apenas intervenha nos
casos de lesão jurídica grave.
a) Todas.
b) I e II.
c) I e III.
d) II e III.
e) Nenhuma.

6. É correto afirmar, no que diz respeito ao princípio da culpabilidade, que:


a) a criminalização de uma conduta só se legitima se constituir meio necessário para a
proteção de determinado bem jurídico.
b) não há crime sem lei que o defina; não há pena sem cominação legal.
c) a pena deve estar proporcionada ou adequada à magnitude da lesão, ao bem jurídico
representada pelo delito e a medida de segurança à periculosidade criminal do agente.
d) determina que a pena não pode ser superior ao grau de responsabilidade pela prática do
fato.
e) a pena só pode ser imposta a quem, agindo com dolo ou culpa, e merecendo juízo de
reprovação, cometeu um fato típico e antijurídico.

7. O princípio da proibição da analogia "in malam partem":


a) determina que o poder punitivo estatal não pode aplicar sanções que atinjam a dignidade
da pessoa humana ou que lesionem a constituição físico-psíquica dos condenados.
b) determina que ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença
penal condenatória.
c) proíbe a adequação típica por semelhança entre fatos.
d) determina que todos são iguais perante a lei penal.
e) determina que a pena não pode ser superior ao grau de responsabilidade pela prática do
fato.

8. Qual das alternativas traz o correto conceito do princípio da irretroatividade da lei penal?
a) O direito penal só deve ser aplicado quando a conduta defende um bem jurídico, não
sendo suficiente que seja imoral ou pecaminosa.
b) O direito penal intervém somente nos casos de maior gravidade, protegendo uma parte
dos interesses jurídicos.
c) Apesar de uma conduta se subsumir ao modelo legal, não será considerada típica se for
socialmente adequada ou reconhecida, isto é, se estiver de acordo com a ordem social da
vida historicamente condicionada.
d) A lei posterior mais severa tem efeito "ex nunc".
e) Para que haja crime e seja imposta pena é preciso que o fato tenha sido cometido depois
de a lei entrar em vigor.

9. O princípio da igualdade determina que:


a) ninguém pode ser punido duas vezes pelo mesmo fato.
b) ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal
condenatória.
c) a criminalização de uma conduta só se legitima se constituir meio necessário para a
proteção de determinado bem jurídico.
d) todos são iguais perante a lei penal.
e) nenhuma pena passará da pessoa do condenado.

10. Analise as afirmações e marque a alternativa correta.

I – O princípio da fragmentariedade é conseqüência dos princípios da reserva legal e da


intervenção mínima.
II – O princípio da pessoalidade impede a punição por fato alheio.
III – O direito penal protege todos os bens jurídicos de violações, até os de menor
importância.
a) Todas as afirmações estão corretas.
b) Apenas as afirmações I e II estão corretas.
c) Apenas as afirmações II e III estão corretas.
d) Apenas as afirmações I e III estão corretas.
e) Nenhuma das afirmações está correta.

11. Qual das seguintes afirmações define corretamente o princípio da intervenção mínima?
a) não há crime sem lei que o defina; não há pena sem cominação legal.
b) a pena só pode ser imposta a quem, agindo com dolo ou culpa, e merecendo juízo de
reprovação, cometeu um fato típico e antijurídico.
c) a criminalização de uma conduta só se legitima se constituir meio necessário para a
proteção de determinado bem jurídico.
d) nenhuma pena passará da pessoa do condenado.
e) a pena deve estar proporcionada ou adequada à magnitude da lesão ao bem jurídico
representada pelo delito e a medida de segurança à periculosidade criminal do agente.

12. Com relação ao princípio da humanidade, é correto afirmar que:


a) proíbe a adequação típica por semelhança entre fatos.
b) determina que o poder punitivo estatal não pode aplicar sanções que atinjam a dignidade
da pessoa humana ou que lesionem a constituição físico-psíquica dos condenados.
c) determina que a pena não pode ser superior ao grau de responsabilidade pela prática do
fato.
d) determina que ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença
penal condenatória.
e) determina que todos são iguais perante a lei penal.

GABARITO COMENTADO
1. A
De acordo com o art. 5º, XXXIX, da Constituição Federal e art. 1º, do Código Penal, "não há
crime sem lei que o defina; não há pena sem cominação legal". Assim, a alternativa correta
é a letra "A".
A letra "B" traz a definição do princípio da culpabilidade, a letra "C" traz a definição do
princípio da intervenção mínima, a letra "D" traz a definição do princípio da pessoalidade, e
a letra "E" traz a definição do princípio da individualização da pena.

2. C
"Chamado também 'princípio da proibição de excesso', determina que a pena não pode ser
superior ao grau de responsabilidade pela prática do fato. Significa que a pena deve ser
medida pela culpabilidade do autor. Daí dizer-se que a culpabilidade é a medida da pena" -
JESUS, Damásio E. Direito Penal - Parte Geral, 26ª ed., v. I, p. 11. Desta forma, a
alternativa correta é a letra "C".
A letra "A" traz a definição do princípio da proibição da analogia "in malam partem", a letra
"B" traz a definição do princípio da humanidade, a letra "D" traz a definição do princípio da
presunção da inocência, e a letra "E" traz a definição do princípio da igualdade.

3. B
De acordo com o art. 5º, XXXIX, da CF, e art. 1º, do CP, bem como as lições do ilustre
doutrinador Damásio E. de Jesus em seu livro Direito Penal - Parte Geral, 26ª ed., v. I, p. 9,
"não há crime sem lei anterior que o define; não há pena sem prévia cominação legal. Para
que haja crime e seja também imposta a pena é preciso que o fato tenha sido cometido
depois de a lei entrar em vigor". Assim, a alternativa correta é a letra "B".
A letra "A" traz a definição do princípio da fragmentariedade, a letra "C" traz a definição do
princípio da irretroatividade da lei, a letra "D" traz a definição do princípio da adequação
social, e a letra "E" traz a definição do princípio da ofensividade.

4. D
Segundo ensinamentos do ilustre doutrinador Damásio E. de Jesus em seu livro Direito
Penal - Parte Geral, 26ª ed., v. I, p. 11, "ninguém pode ser punido duas vezes pelo mesmo
fato. Possui duplo significado: 1º) penal material: ninguém pode sofrer duas penas em face
do mesmo crime; 2º) processual: ninguém pode ser processado e julgado duas vezes pelo
mesmo fato". Assim, a alternativa correta é a letra "D".
A letra "A" traz a definição do princípio da intervenção mínima, a letra "B" traz a definição do
princípio da pessoalidade, a letra "C" traz a definição do princípio da igualdade, e a letra "E"
traz a definição do princípio da presunção da inocência.

5. A
Todas as afirmações estão corretas, pois, segundo as lições de Damásio E. de Jesus, em
seu livro Direito Penal - Parte Geral, 26ª ed., v. I, p. 10, o princípio da insignificância, "ligado
aos chamados 'crimes de bagatela' (ou 'delitos de lesão mínima'), recomenda que o Direito
Penal, pela adequação típica, somente intervenha nos casos de lesão jurídica de certa
gravidade, reconhecendo a atipicidade do fatos nas hipóteses de perturbações jurídicas
mais leves (pequeníssima relevância material)". Assim, a alternativa correta é a letra "A".

6. E
"Nullum crimen sine culpa. A pena só pode ser imposta a quem, agindo com dolo ou culpa,
e merecendo juízo de reprovação, cometeu um fato típico e antijurídico". JESUS, Damásio
E. Direito Penal - Parte Geral, 26ª ed., v. I, p. 11. Assim, a alternativa correta é a letra "E".
A letra "A" traz a definição do princípio da intervenção mínima, a letra "B" traz a definição do
princípio da reserva legal, a letra "C" traz a definição do princípio da individualização da
pena, e a letra "D" traz a definição do princípio da proporcionalidade.

7. C
A alternativa "C" está correta, pois, conforme as lições de Damásio E. de Jesus, em seu
livro Direito Penal - Parte Geral, 26ª ed., v. I, p. 9, "corolário da legalidade, proíbe a
adequação típica por semelhança entre fatos".
A letra "A" traz a definição do princípio da humanidade, a letra "B" traz a definição do
princípio da presunção da inocência, a letra "D" traz a definição do princípio da igualdade, e
a letra "E" traz a definição do princípio da proporcionalidade.

8. D
A alternativa "C" está correta, pois, conforme as lições de Damásio E. de Jesus, em seu
livro Direito Penal - Parte Geral, 26ª ed., v. I, p. 9, "corolário da legalidade, proíbe a
adequação típica por semelhança entre fatos".
A letra "A" traz a definição do princípio da humanidade, a letra "B" traz a definição do
princípio da presunção da inocência, a letra "D" traz a definição do princípio da igualdade, e
a letra "E" traz a definição do princípio da proporcionalidade.

9. D
Conforme o art. 5º, "caput", da CF, e as lições de Damásio E. de Jesus (Direito Penal -
Parte Geral, 26ª ed., v. I, p. 11), "todos são iguais perante a lei penal, não podendo o
delinquente ser discriminado em razão de cor, sexo, religião, raça, procedência, etnia etc.".
Assim, está correta a alternativa "D".
A letra "A" traz a definição do princípio do "ne bis in idem", a letra "B" traz a definição do
princípio da presunção da inocência, a letra "C" traz a definição do princípio da intervenção
mínima, e a letra "E" traz a definição do princípio da pessoalidade.

10. B
A afirmação III está errada, uma vez que contradiz os ensinamentos do doutrinador
Damásio E. de Jesus, que diz que o princípio da fragmentariedade "é conseqüência dos
princípios da reserva legal e da intervenção necessária (mínima). O direito penal não
protege todos os bens jurídicos de violações: só os mais importantes. E, dentre estes, não
os tutela de todas as lesões: intervém somente nos casos de maior gravidade, protegendo
um fragmento dos interesses jurídicos. Por isso é fragmentário" - grifo nosso. Assim, a
alternativa correta é a letra "B"

11. C
"O princípio da intervenção mínima, também conhecido como ultima ratio, orienta e limita o
poder incriminador do Estado, preconizando que criminalização de uma conduta só se
legitima se constituir meio necessário para a proteção de determinado bem jurídico".
(BITENCOURT, Cezar Roberto. Manual de Direito Penal - Parte Geral, 7ª ed., v. I, p. 11).
Desta forma, a alternativa que traz o correto conceito de referido princípio é a letra "C".
A letra "A" traz a definição do princípio do reserva legal, a letra "B" traz a definição do
princípio da culpabilidade, a letra "D" traz a definição do princípio da pessoalidade, e a letra
"E" traz a definição do princípio da individualização da pena.

12. B
Seguindo as lições de Cezar Roberto Bitencourt, em seu Manual de Direito Penal - Parte
Geral, 7ª ed., v. I, p. 15, "O princípio de humanidade do direito penal é o maior entrave para
a adoção da pena capital e da prisão perpétua. Esse princípio sustenta que o poder punitivo
estatal não pode aplicar sanções que atinjam a dignidade da pessoa humana ou que
lesionem a constituição físico-psíquica dos condenados". Desta forma, a alternativa correta
é a letra "B".
A letra "A" traz a definição do princípio da proibição da anlogia "in malam partem", a letra
"C" traz a definição do princípio da proporcionalidade, a letra "D" traz a definição do
princípio da presunção da inocência, e a letra "E" traz a definição do princípio da igualdade.

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