APLICAÇÃO DA LEI PENAL A Constituição Federal em seu artigo 5º, inciso XXXIX, consonante com o Código Penal em seu artigo 1º expõe que não há crime sem lei anterior que o defina, bem como, inibe que sejam decretadas penas sem que haja previamente lei definindo esse calculo. Posteriormente, a doutrina subdivide o referido princípio em outros dois, sendo ele só princípio da reserva legal que afasta o uso de analogias, decretos e medidas provisórias incriminativas no direito penal. Portanto, somente leis positivadas, formais podem criar crimes e cominar penas. O outro princípio é o da anterioridade, ele impede que a lei venha a retroagir para prejudicar determinado autor dos fatos e por isso só é aceitável a punição quando a norma estiver vigente a época do acontecimento do fato. Neste contexto é importante ressaltar duas exceções, a primeira quanto ao princípio da reserva legal, uma vez que as leis penais em branco não o ferem, uma vez que houve a descrição do tipo penal ausente somente seu complemento. Sobre esse tema o STJ no Habeas Corpus 304952/MT decidiu que quando se tratar de denúncia fundamentada em norma penal em branco deverá a acusação complementar com a legislação que possua a norma complementadora, podendo culminar em trancamento da referida ação. A segunda exceção é quanto a irretroatividade da lei penal, uma vez que conforme o artigo 2º do Código Penal a lei pode retroagir em benefício do réu. Art. 2º - Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa de considerar crime, cessando em virtude dela a execução e os efeitos penais da sentença condenatória. Parágrafo único - A lei posterior, que de qualquer modo favorecer o agente, aplica-se aos fatos anteriores, ainda que decididos por sentença condenatória transitada em julgado (BRASIL, 1940). Todavia, quanto as normas processuais penais, esse preceito não se aplica, uma vez que as normas que incidem diretamente sobre o processo penal obedecem ao princípio tempus regit actum, ou seja, o tempo rege o ato e por isso a incidência dessa é mediata sobre todos os processos em andamento independentemente da época em que o fato fora praticado, conforme norma constitucional imposta também no artigo 5º, inciso XL. Portanto, existem as hipóteses a serem observadas, a Abolitio Criminis quando a norma futura vem a descriminalizar determinado ato, ela retroage para todos, com exceção dos efeitos civis. Outrossim, a Novatio Legis in Mellius que ocorre quando uma nova lei surge de modo a beneficiar o réu e neste caso a retroatividade para todos. Já a Novatio Legis in Pejus que é quando a nova norma é positivada e pode agravar a situação do réu aplica-se o principio da irretroatividade dessa norma e por fim a Novatio Legis Incriminadora, cujo objetivo é a crianção de uma nova lei penal cujo objetivo é a criação de um novo tipo penal e neste caso também não pode retroagir para atingir fatos pretéritos. Eventualmente, poderá aparecer duvida quanto a aplicação dos institutos citados anteriormente frente a análise de uma lei penal em branco, ou seja, daquele tipo normativo que torna essencial a criação de uma lei complementar. Nesta hipótese deve se observar duas situação, a primeira quando a norma penal em branco for benéfica ao réu assim como sua lei complementar neste caso aplica-se a retroatividade da lei mais benéfica, entretanto, quando o a lei complementar for infralegal não se aplica a retroatividade, mas ela se aplica como no caso do tráfico, a regulação de substancias entorpecentes ilícitas é descrita no rol da ANVISA havendo exclusão de uma substancia desse rol, haverá retroatividade. Os doutrinadores ainda divergem quanto a aplicabilidade de lei mais benéfica, por exemplo, havendo duas leis que em parte são beneficias em parte prejudiciais, em determinada teoria exclui-se a hipótese de utilizar a parte que mais beneficia o réu de cada uma, pois neste caso estariam criando uma terceira lei com partes das já existentes. Em contraponto o doutrinador Damásio de Jesus é favorável a utilização de partes de cada lei com a justificativa de integração normativa. TEORIA DO CRIME A teoria do crime é um ramo do Direito Penal composto por requisitos essenciais cujo seu principal objetivo seria de delimitar o que é considerado crime no Brasil e quando será cabível a punição, também conhecida como a Teoria Geral do Crime. Para análise de tais tópicos é necessário pautar-se não só no Código Penal mas também na Constituição Federal vigente no país. A caracterização do crime pode ser retirada do conceito da subsunção, ou seja, havendo a adequação do fato concreto a norma jurídica, também conhecida como adequação da norma-fato a norma-tipo haverá o crime que culminará em uma sanção. A teoria aplicada atualmente no Brasil é teoria tripartite do crime e ela subdivide a análise do tipo em três elementos sendo eles fato típico, ilícito e culpável. Quanto a tipicidade é a subsunção em si, ou seja, quando a ação ou omissão do autor dos fatos se enquadra naquilo que está exposto como criminoso no Código Penal se dá o preenchimento da tipicidade. Ela ainda se subdivide em outros elementos sendo eles a conduta, o nexo causal, o resultado. Quanto a conduta o agente poderá se valer de uma ação quando a conduta for comissiva, de uma omissão quando sua conduta for omissiva, ou ainda há a hipótese de crimes omissivos impróprios quando tendo o agente a obrigação de impedir determinada conduta ou determinado resultado mas não faz, como uma mãe que tem o dever de cuidado e não o faz. Já o resultado é a análise se a ação do indivíduo resultou em alguma modificação no mundo real. E por fim o nexo de causalidade é o liame existente entre a ação do agente e o resultado provocado. Diante disso, segundo a teoria da tipicidade conglobante resta pontuar a tipicidade formal que se concretiza pela perfeita adequação do fato ocorrido a norma preexistente, da tipicidade material que ocorre pela concretização da lesão ou ameaça de lesão a um bem jurídico tutelado e a antinormatividade quando a conduta do agente não é aquela exigida pelo Estado. O segundo elemento do crime é a ilicitude, a análise desse elemento se baseia nas excludentes de ilicitude que podem tornar uma conduta típica lícita por ter o respaldo do direito penal, essas hipóteses se encontram elencadas no artigo 23 do Código Penal como Estado de Necessidade, legítima defesa e estrito cumprimento do dever legal. Exclusão de ilicitude Art. 23 - Não há crime quando o agente pratica o fato: I - em estado de necessidade; II - em legítima defesa; III - em estrito cumprimento de dever legal ou no exercício regular de direito (BRASIL, 1940). O artigo 24 do referido Código da continuidade a ideia de exclusão da ilicitude marcada pela primeira hipótese que é o Estado de Necessidade, neste caso os requisitos para sua aplicabilidade na esfera da situação concreta são a existência de um perigo atual, sendo que parte da doutrina acredita na aplicabilidade desta excludente para perigos iminentes, todavia a doutrina majoritária segue a letra da lei que a aplica somente para perigos atuais. Outro requisito é quanto a ameaça de direito que poderá ser próprio ou alheio, logo, sendo o bem juridicamente tutelado o autor dos fatos poderá se valer dessa excludente paira sua proteção. Em duas hipóteses ocorre o afastamento do estado de necessidade, de forma que ele não pode ser alegado quando o agente é o próprio causador da situação de perigo, sendo que os doutrinadores Damásio de Jesus, Cezar Roberto Bitencourt e Fernando Capez defendem a ideia de que em caso de quando o agente de forma culposa der causa ao perigo, por meio de negligência, imprudência ou imperícia ele ainda sim terá esse benefício, uma vez que ausente o dolo. Mas também quando o agente tiver o dever legal de enfrentar o perigo, pois neste caso não pode se valer desta prerrogativa, como por exemplo, bombeiros em incêndios, policiais em tiroteios. Mas também existem os requisitos para reconhecimento do Estado de Necessidade sendo eles a inevitabilidade da conduta, de forma que não se possa exigir do agente conduta diversa daquela que acabou por lesionar direito alheio ou próprio, bem como, a razoabilidade do sacrifício sob a égide do senso comum, ou seja, deve haver um juízo de proporcionalidade entre o bem jurídico protegido e o violado. Não só isso, mas também deverá o agente ter conhecimento da situação justificante, esse é o elemento subjetivo pois exige que no momento da lesão o autor dos fatos saiba da situação que o colocará como aquele que age em Estado de Necessidade. Esse ainda se subdivide quanto ao elemento subjetivo entre Estado de Necessidade Real, quando o agente realmente se encontra em situação de perigo que represente perigo atual em relação a direito próprio ou alheio que justifique a violação de direito de terceiro em proteção ao direito próprio. Ou Estado de Necessidade putativo quando o agente imagina estar em situação justificante. O doutrinador GONÇALVES, Victor Eduardo Rios traz a classificação quanto a vítima, sendo defensivo quando a pessoa que tem seu direito violado é a mesma que criou a situação de perigo e agressivo quando o bem sacrificado é de propriedade de terceiro que nada tem a ver com a situação de perigo que ensejou a violação. No prosseguimento quanto ao estudo do Estado de Necessidade os doutrinadores ainda fazem diferenciação quanto aos bens, isso porque existem duas teorias sendo ela a Teoria Diferenciadora essa ocorre quando o bem que sofrerá ataque tiver valor inferior ou igual ao bem jurídico tutelado se aplica a teoria do estado de necessidade justificante que exclui a ilicitude quando analisado o caso concreto. Enquanto quando o bem jurídico tutelado for de valor maior do que o bem protegido poderá se aplicar o Estado de Necessidade exculpante hipótese em que não há aplicação do Estado de Necessidade e sim da excludente de culpabilidade. Já a segunda teoria é chamada Teoria Unitária e neste caso não há aceitação da do Estado de Necessidade exculpante de tal modo que havendo ofensa a um bem jurídico tutelado de valor maior que o protegido no máximo haverá redução de pena. É importante frisar que conforme artigo 24, § 2º do Código Penal a teoria aplicada no direito brasileiro é teoria unitária. Art. 24 - Considera-se em estado de necessidade quem pratica o fato para salvar de perigo atual, que não provocou por sua vontade, nem podia de outro modo evitar, direito próprio ou alheio, cujo sacrifício, nas circunstâncias, não era razoável exigir-se. § 1º - Não pode alegar estado de necessidade quem tinha o dever legal de enfrentar o perigo. § 2º - Embora seja razoável exigir-se o sacrifício do direito ameaçado, a pena poderá ser reduzida de um a dois terços. (BRASIL, 1940) Isso ocorre para que não se utilize das excludentes da ilicitude de modo desproporcional como sacrificar uma vida humana em busca da proteção de um bem meramente patrimonial, respeitando assim o princípio da proporcionalidade na aplicação deste institutos. A doutrina ainda faz algumas outras classificações do estado de necessidade como sua ocorrência de forma recíproca quando várias pessoas são alvo de perigo atual ocasião em que deve haver neutralidade do Estado neste conflito observando é claro a proporcionalidade. Mas também a comunicabilidade do Estado de Necessidade quando em um crime que comporte coautoria um dos autores seja beneficiado haverá o desaparecimento do crime em relação aos demais autores. A doutrina admite a aplicação do estado de necessidade no instituto da aberratio ictus ou também conhecida como erro na execução exposta no artigo 73 do Código Penal. Erro na execução Art. 73 - Quando, por acidente ou erro no uso dos meios de execução, o agente, ao invés de atingir a pessoa que pretendia ofender, atinge pessoa diversa, responde como se tivesse praticado o crime contra aquela, atendendo-se ao disposto no § 3º do art. 20 deste Código. No caso de ser também atingida a pessoa que o agente pretendia ofender, aplica-se a regra do art. 70 deste Código. Ou seja, poderá o agente se valer dessa excludente da ilicitude mesmo na ocasião em que ele por erro ou acidente na execução venha a atingir pessoa diversa daquela pretendida, como um homem que deseja se defender de um animal feroz, situação que enseja perigo iminente, e acaba atingindo pessoa diversa, portanto causando lesão a um terceiro não envolvido na situação que deu causa ao perigo. E um dos casos mais famosos e emblemático s não só na justiça brasileira, mas também no judiciário como um todo é a aplicação dessa excludente no crime de furto famélico, ou seja, quando o agente em situação de dificuldade financeira busca o furto como meio de sobrevivência, mas parte da doutrina aplica a este instituto o princípio da insignificância. Já a legitima defesa está disciplinada no artigo 25 do Código Penal e pode ser caracterizada pela ocorrência de cinco requisitos sendo eles ocorrência de uma injusta agressão, aceitando que ela seja atual ou iminente; que venha a ferir direito próprio ou alheio, que dá abertura para que a vítima reaja com os meios necessários de forma moderada ou proporcional. Legítima defesa
Art. 25 - Entende-se em legítima defesa quem, usando
moderadamente dos meios necessários, repele injusta agressão, atual ou iminente, a direito seu ou de outrem. Parágrafo único. Observados os requisitos previstos no caput deste artigo, considera-se também em legítima defesa o agente de segurança pública que repele agressão ou risco de agressão a vítima mantida refém durante a prática de crimes (BRASIL, 1940). A classificação desse instituto se subdivide entre Legitima Defesa Reciproca quando vítima e agressor se confundem no caso concreto em razão do excesso, sendo que, essa aplicação não pode se dar quando uma delas for putativa. Já a legítima defesa sucessiva ocorre quando o agressor inicial precisa se defender dos excessos da vítima primária. Ainda há a Legítima Defesa Real que é a hipótese descrita no artigo supramencionado e aquele que dá causa a excludente da ilicitude. Já a putativa é a hipótese em que o perigo real ou iminente existe apenas no plano imaginário do agente. A legitima Defesa Própria ocorre quando o agente busca proteger um direito seu enquanto a legítima defesa de terceiros busca a proteção de direito alheio. Ainda a legitima defesa subjetiva ocorre quando em decorrência de erro inevitável há o excesso do exculpante. Não somente, pois a Legítima Defesa com Erro na Execução é aquele em que atinge direito alheio e não aquele que pretendia-se atingir, neste caso, absolve-se o autor dos fatos na esfera criminal e mantém as acusações na esfera civil pelos danos causados. Já a Legitima Defesa Geral é a hipótese do caput do artigo supramencionado e a legitima defesa especial está prevista em lei própria qual seja a Lei Anticrime nº 13.964 e ocorre quando o agente de segurança pública repele perigo iminente ou atual que se dirigia a vítima ou refém durante a prática de crimes. Quanto a análise da agressão injusta ela só será suportada por atividade humana, uma vez que, em razão de ataque animal o comum é que se utilize do Estado de Necessidade, não sendo vedada a legítima defesa quando os animais são utilizados pelo homem como instrumento criminoso. Ademais, não é necessária que a agressão seja ilícita, basta que ela seja injusta e direcionada a determinada pessoa. Por outro lado, um ponto que a diferencia do estado de necessidade é que aqui se admite agressão atual ou iminente, ou seja, aquele que está acontecendo e aquele que está prestes a ocorrer. Logo, excluem-se as agressões passadas e futuras. A legitima defesa ainda comporta que a ameaça se dirija a direito próprio daquele que agirá, mas também em proteção a direito alheio. Por isso, pode ocorrer inclusive que o próprio titular do direito seja atingido., tutelando também bens de pessoas jurídicas e até mesmo a legítima defesa do feto e do cadáver, sendo que a doutrina diverge quanto a última. Acima de tudo a reação deverá ocorrer utilizando-se dos meios necessários e com o uso moderado no tempo na injusta agressão para repeli-la. Isso ocorre porque embora não haja um meio infalível para o calculo da proporcionalidade a caracterização do excesso pode afastar a excludente e responderá o agente pelos seus atos seja na modalidade culposa ou dolosa. O principio da proporcionalidade também se aplica em relação aos bens jurídicos conflitantes. O doutrinador Cléber Masson ainda pontua em sua obra Direito Penal Esquematizado a existência da legítima defesa da honra utilizado em massa quando julgados crimes hoje conhecidos como feminicídio, sendo que no HC nº 170559 os ministros Alexandre de Morais e Luís Roberto Barroso foram vencidos e foi reconhecido esse instituto. Contudo, a mera provocação somente dá causa a diminuição de pena conforme os arts. 65, III, b e 121, § 1º do Código Penal. § 1º Se o agente comete o crime impelido por motivo de relevante valor social ou moral, ou sob o domínio de violenta emoção, logo em seguida a injusta provocação da vítima, o juiz pode reduzir a pena de um sexto a um terço (BRASIL, 1940). Outras situações possíveis elencadas pela doutrina são a Legitima Defesa Real contra Legitima Defesa Putativa, quando uma pessoa imagina estar em perigo e ataca um terceiro que vai se encontrar em uma situação de perigo seja ela atual ou iminente podendo se valer do instituto da legitima defesa. E a Legitima Defesa Putativa contra Legítima Defesa Putativa que ocorre quando ambos os envolvidos imaginam-se estar em situação de perigo criando-a de forma mútua. TEORIA DA PROVA REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. 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