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1.1.TERRITÓRIO NACIONAL
Tratam-se de normas que nos auxiliam a identificar quando a Lei Penal Brasileira terá incidência.
O art. 5º do CP estabelece que, ressalvadas as disposições constantes em convenções, tratados
e regras de direito internacional, aplica-se a lei brasileira ao crime cometido em território nacional.
Para fins de compreensão do território nacional, devemos entender que neste se compreende:
a) território físico ou geográfico: compreende o solo, subsolo, rios, lagos, mar territorial e o
espaço aéreo correspondente.
Obs.: Para fins de definição do mar territorial, considera-se uma linha de 12 milhas náuticas contadas da linha
de baixa-mar (Art. 1º da Lei nº 8.617/1993).
De maneira complementar, o art. 11, da Lei nº 7.565/1986, dispõe que o Brasil exerce com-
pleta e exclusiva soberania sobre o espaço aéreo acima de seu território e mar territorial.
b) território jurídico ou por equiparação (Art. 5º, §§1º e 2º):
- as embarcações e aeronaves brasileiras, de natureza pública ou a serviço do governo
brasileiro onde quer que se encontrem;
É comum que as questões de concurso apresentem em suas questões a menção de uma
aeronave ou embarcação que está a serviço do governo, com pessoas de diversas etnias,
e uma delas pratica um crime com a outra. A resposta para a assertiva é muito simples.
Sendo a aeronave pública ou estando ela a serviço do governo brasileiro, onde que se
encontre será considerada como extensão do território nacional, em decorrência do
princípio da territorialidade.
ͫ As aeronaves e as embarcações brasileiras, mercantes ou de propriedade privada,
que se achem, respectivamente, no espaço aéreo correspondente ou em alto-mar.
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Vemos, aqui, verdadeira exceção ao bis in idem, isso porque, além de não ser necessário o
preenchimento de nenhuma condição para a incidência da Lei brasileira, o agente será punido
mesmo que condenado no estrangeiro. Eventual condenação aplicada no estrangeiro será detraída/
descontada da condenação do Brasil, vide o art. 8º do CP.
Para sua prova, os exemplos virão da maneira mais complexa possível. Entretanto, a resolução
da questão depende exclusivamente do texto de lei.
pena será possível quando: 1) o condenado em território estrangeiro for nacional ou tiver residência
habitual ou vínculo pessoal no Brasil; 2) a sentença tiver transitado em julgado; 3) a duração da con-
denação a cumprir ou que restar para cumprir for de, pelo menos, um ano, na data de apresentação
do pedido ao Estado da condenação; 4) o fato que originou a condenação constituir infração penal
perante a lei de ambas as partes; e 5) houver tratado ou promessa de reciprocidade de tratamento.
Ademais, o pedido passivo de transferência da execução da pena formulado por Estado estran-
geiro deve ser encaminhado pela via diplomática ou por via de autoridades centrais, se houver
tratado nessa matéria, sendo certo que, após o recebimento pela autoridade responsável do Poder
Executivo, ele deve ser encaminhado ao STJ para decisão quanto à sua homologação (art. 105, inc.
I, “i”, da CF/1988, c/c art. 101 e §§, da Lei nº 13.445/2017). Caso o STJ decida pelo preenchimento
dos pressupostos legais para a homologação, deve a sentença estrangeira ser encaminhada para
a respectiva vara de execução penal da Justiça Federal do local onde se encontra a pessoa que irá
cumprir a pena (art. 102 da Lei nº 13.445/2017).
3. CONTAGEM DE PRAZO
Art. 10. O dia do começo inclui-se no cômputo do prazo. Contam-se os dias, os meses e os
anos pelo calendário comum.
Este dispositivo, embora pareça simples e não tenha a devida importância, deve ser enfatizado,
na medida em que permite a aplicação de uma série de benefícios ao acusado. Além disso, a própria
Cespe já cobrou questão nesse sentido, senão vejamos:
(CESPE – 2006)
Acerca da ação penal nos crimes contra os costumes, julgue o item a seguir.
O dia do começo inclui-se na contagem do prazo penal e tem relevância para as hipóteses de cálculo de duração
da pena, do livramento condicional e da prescrição. Em todos esses casos, a contagem dos dias, meses e anos é
feita pelo calendário gregoriano.
A assertiva está correta, tendo em vista que a hipótese se correlaciona com um prazo penal,
que é aquele utilizado para a contagem dos institutos penais, tais como a prescrição, decadência,
livramento condicional, dias de prisão etc.
Não se pode confundir o prazo de natureza penal com o prazo de natureza processual: este
possui previsão no art. 798, § 1º do CPP e, para ele, não se computará no prazo o dia do começo,
incluindo-se, porém, o do vencimento.
Art. 307. Atribuir-se ou atribuir a terceiro falsa identidade para obter vantagem, em proveito
próprio ou alheio, ou para causar dano a outrem:
Pena – detenção, de três meses a um ano, ou multa, se o fato não constitui elemento de
crime mais grave.
EXERCÍCIOS
1. (CESPE – 2013 – POLÍCIA RODOVIÁRIA FEDERAL)
Havendo conflito aparente de normas, aplica-se o princípio da subsidiariedade, que incide no
caso de a norma descrever várias formas de realização da figura típica, bastando a realização
de uma delas para que se configure o crime.
Certo ( ) Errado ( )
2. (CESPE – 2013 – DEPEN)
O conflito aparente de normas é o conflito que ocorre quando duas ou mais normas são apa-
rentemente aplicáveis ao mesmo fato. Há conflito porque mais de uma pretende regular o
Exercícios 5
fato, mas é um conflito aparente, porque, com efeito, apenas uma delas acaba sendo aplicada
à hipótese.
Fernando Capez. Curso de direito penal, V. I: parte geral. 16ª ed. São Paulo: Saraiva, 2012 (com adaptações).
Com base no texto acima e nos princípios utilizados para a solução do conflito aparente de
normas penais, julgue o item seguinte.
Considere que Alberto, querendo apoderar-se dos bens de Cícero, tenha apontado uma arma
de fogo em direção a ele, constrangendo-o a entregar-lhe a carteira e o aparelho celular.
Nesta situação hipotética, da mera comparação entre os tipos descritos como crime de cons-
trangimento ilegal e crime de roubo, aplica-se o princípio da especialidade, a fim de tipificar
a conduta de Alberto.
Certo ( ) Errado ( )
3. (CESPE – 2013 – DEPEN)
Considere que Adolfo, querendo apoderar-se de bens existentes no interior de uma casa
habitada, tenha adentrado o local e subtraído telas de LCD e um forno micro-ondas. Nesta
situação, aplicando-se o princípio da consunção, Adolfo não responderá pelo crime de violação
de domicílio, mas somente pelo crime de furto.
Certo ( ) Errado ( )
4. (CESPE – 2012 – POLÍCIA FEDERAL)
Julgue o item a seguir, com base no direito penal.
Conflitos aparentes de normas penais podem ser solucionados com base no princípio da
consunção – ou absorção. De acordo com este princípio, quando um crime constitui meio
necessário ou fase normal de preparação ou execução de outro crime, aplica-se a norma mais
abrangente. Por exemplo, no caso de cometimento do crime de falsificação de documento
para a prática do crime de estelionato sem mais potencialidade lesiva: este absorve aquele.
Certo ( ) Errado ( )
5. (CESPE – 2012 – MPE/PI)
Em relação ao conflito aparente de normas penais, ao crime impossível e às causas extintivas
da punibilidade, julgue o item que se segue.
O princípio da consunção, consoante ao posicionamento doutrinário e jurisprudencial, resolve
o conflito aparente de normas penais quando um crime menos grave é meio necessário, fase
de preparação ou de execução de outro mais nocivo, respondendo o agente somente pelo
último. Há incidência deste princípio no caso de porte de arma utilizada unicamente para a
prática do homicídio.
Certo ( ) Errado ( )
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GABARITO
1. Errado
2. Errado
3. Certo
4. Certo
5. Certo
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SUMÁRIO
TEORIA DO CRIME ............................................................................................................................................. 2
1. TEORIA GERAL DO CRIME .......................................................................................................................... 2
2. INFRAÇÃO PENAL....................................................................................................................................... 2
3. SUJEITOS DO CRIME................................................................................................................................... 3
4. OBJETOS DO CRIME ................................................................................................................................... 3
5. FATO TÍPICO ............................................................................................................................................... 4
5.1. Noções Gerais ..................................................................................................................................... 4
5.2. Conceito de Conduta .......................................................................................................................... 4
5.3. Situações que Ensejam a Exclusão da Conduta .................................................................................. 4
5.4. Formas de Conduta ............................................................................................................................ 5
TEORIA DO CRIME
1. TEORIA GERAL DO CRIME
Avançando no estudo da Teoria do Crime, passamos à análise dos elementos
constitutivos do tipo penal, bem como quais são os elementos imprescindíveis para a
configuração do delito.
Passamos também pela análise do delito doloso e culposo, assim como pelas causas
excludentes de ilicitude e culpabilidade.
Ainda, estudamos a teoria do erro, bem como situações envolvendo concurso de crimes
e o entendimento jurisprudencial consolidado.
2. INFRAÇÃO PENAL
Ao falarmos no conceito de infração penal, abordaremos as três teorias existentes para o
embasamento.
Sob o conceito formal, é toda conduta que está rotulada em uma norma penal
incriminadora sob ameaça de pena (análise legislativa).
Por último, o conceito analítico, que é o que importa para o nosso estudo, classifica a
infração penal como fato típico, antijurídico e culpável.
Além disso, a legislação brasileira adota o sistema binário para definir a infração penal,
pois a considera como um gênero, do qual são espécies: a) crime e b) contravenção penal
(delito liliputiano, crime anão, crime vagabundo, quase crime).
Além disso, para contravenção penal não se admite tentativa → art. 4º LCP,
enquanto os crimes podem ser punidos na sua forma tentada (art. 14, II, CP).
3. SUJEITOS DO CRIME
Sujeito ativo, é o indivíduo que pratica o ato ilícito. Qualquer pessoa física, maior e capaz
pode ser sujeito ativo de um crime.
Hoje em dia, seguindo o que preconiza o art. 225, §3º, da CF c/c a Lei nº
9.605/1998, a pessoa jurídica (PJ) pode ser considerada sujeito ativo de um
crime.
Para a jurisprudência e doutrina majoritárias, a PJ pode ser sujeito ativo de
crime ambiental, sendo desnecessária a dupla imputação (punir a pessoa física e a
jurídica simultaneamente).
Com relação ao sujeito ativo, o crime pode ser comum (quando pode ser praticado por
qualquer pessoa) ou próprio (aquele em que se exige uma condição especial do agente, por
exemplo, peculato, que só pode ser praticado por funcionário público).
4. OBJETOS DO CRIME
Objeto material é a pessoa ou coisa sobre a qual recai a conduta. Registre-se, que é
plenamente possível que um crime não tenha objeto material, pois determinadas condutas
não recaem sobre pessoas nem coisas (ex.: arts. 338 e 135, ambos do CP).
Noutra banca, não se confunde o objeto material com o objeto jurídico. Este é o
interesse tutelado pela norma, aquilo que o direito penal de fato quis proteger. Destaque-se
que não há crime sem objeto jurídico tutelado.
5. FATO TÍPICO
5.1. NOÇÕES GERAIS
De fato, o Direito Penal somente se preocupa com as condutas mais relevantes para
permitir a coexistência humana. Isso permite concluir que não são todas as situações que
ocorrerem num universo jurídico que ensejarão na aplicação do Direito Penal. Para que isso
ocorra, é necessário que ocorra uma ação ou omissão humana, que viole a lei imperativa e
produza resultado lesivo (resultado naturalístico).
A partir das noções gerais do fato típico, extraímos seus elementos: a) conduta, b) nexo
causal, c) resultado, d) tipicidade.
Se, na análise completa, faltar algum dos pressupostos indicados, haverá a exclusão do
fato típico, com posterior exclusão do crime.
Este elemento não pode ser confundido com a coação moral irresistível,
pois, esta, além de ser uma situação à culpabilidade, o agente tinha a opção entre
o agir/não agir, mas uma força psicológica (grave ameaça), retira a liberdade de
escolha do cidadão.
a) Crime comissivo (praticado por ação): é o crime praticado por ação, quando há
subsunção de uma conduta a um núcleo de um tipo penal.
b.1) Crime omissivo próprio: é o crime omissivo por excelência, aquele em que já
contem no tipo penal a ideia de não fazer, constando expressamente em seu núcleo: "deixar
de...".
Exemplos:
Art. 135. Deixar de prestar assistência, quando possível fazê-lo sem risco
pessoal, à criança abandonada ou extraviada, ou à pessoa inválida ou ferida, ao
desamparo ou em grave e iminente perigo; ou não pedir, nesses casos, o socorro
da autoridade pública:
Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa.
Parágrafo único. A pena é aumentada de metade, se da omissão resulta
lesão corporal de natureza grave, e triplicada, se resulta a morte.
2. FORMAS DE CONDUTA
Quando se analisa a conduta, é importante analisar a voluntariedade do agente, que consiste
em ter ciência no ato praticado.
Para tanto, é imprescindível analisar se a conduta foi dolosa (praticada intencionalmente)
ou culposa (sem intenção de produzir o resultado), praticada por ação (conduta positiva/agir – ou
também chamado de crime comissivo) ou por omissão (conduta negativa, deixar de fazer).
Como já visto anteriormente, a ação e a omissão possuem sua relevância. Entretanto, avan-
çaremos à análise do dolo e da culpa.
Obs. 2: Não confundir dolo eventual com dolo de segundo grau. Neste dolo, o resultado paralelo é certo e
necessário, enquanto que no dolo eventual, o resultado é incerto, mas possível.
SUMÁRIO
Sumário ................................................................................................................................................ 1
DIREITO PENAL – PARTE GERAL................................................................................................. 2
1. ETAPAS DA REALIZAÇÃO DO DELITO (“ITER CRIMINIS”) ............................................ 2
a) Cogitação .................................................................................................................................. 2
b) Atos Preparatórios .................................................................................................................... 2
c) Atos Executórios....................................................................................................................... 2
d) Consumação ............................................................................................................................. 2
2. Situações que Impedem a responsabilizaÇão do Agente pelo Resultado .................................... 3
2.1. Tentativa ................................................................................................................................ 3
2.2. Tentativa abandonada ou qualificada: ................................................................................... 4
2.3. Arrependimento Posterior...................................................................................................... 4
2.4. Crime Impossível ................................................................................................................... 5
Ademais, estuda-se também a consumação e tentativa, tendo em vista que existe reflexo
jurídico distinto em cada uma das situações.
A) COGITAÇÃO
Consiste a fase interna, o mero pensamento, antecipação mental. Mostra -se irrelevante
aos fins de direito na medida em que não houve o exercício ou violação de bem jurídico alheio.
B) ATOS PREPARATÓRIOS
Momento anterior ao início da execução e posterior à cogitação.
Via de regra, estes atos preparatórios são impuníveis, mas existem exceções.
As exceções aparecem nos arts. 288 e 291 do CP, bem como no art. 34 da Lei
de Drogas, e art. 5º da Lei 13.260/2016.
C) ATOS EXECUTÓRIOS
Aqui, efetivamente dá-se início à violação ao bem jurídico alheio. São as ações ou
omissões diretamente dirigidas ao intento criminoso.
D) CONSUMAÇÃO
É a fase conclusiva do iter criminis. O delito encontra-se consumado quando estiverem
reunidas todas as suas elementares (Art. 14, I, CP). Com a consumação alcança -se o resultado,
o que faz preencher a figura típica.
Por outro lado, no arrependimento eficaz, os atos executórios já foram praticados, mas
o agente, agindo em sentindo contrário, evita o resultado do crime.
Perceba que nesta segunda hipótese o agente evita a produção do resultado. E para ser
agraciado com a aplicação do instituto, o resultado não pode se produzir.
Além disso, perceba que neste instituto o agente termina de praticar TODOS os atos de
execução.
Neste sentido, nos termos do art. 16 do CP, que também é conhecido como “Ponte de
Prata”, nos crimes sem violência ou grave ameaça, se o agente repara o dano ou restitui a
coisa (por ato voluntário – não necessariamente espontâneo) até o recebimento da
denúncia, tem sua pena reduzida de 1 a 2/3.
CUIDADO!!
Embora o caput do art. 16 estabeleça que o instituto é aplicado aos crimes
sem violência ou grave ameaça, temos os seguintes entendimentos:
ATENÇÃO!!
As causas que afastam o fato típico e a ilicitude excluem o crime (tornam o fato atípico).
De outro lado, as causas que excluem a culpabilidade isentam o agente de pena.
Para delimitar a capacidade em nosso ordenamento jurídico, o Código Penal adotou a mescla
de um critério biológico e outro psicológico, o que a doutrina chama de critério biopsicológico.
Ou seja, para o primeiro deles, o agente deve ter mais de 18 anos na prática da conduta (cri-
tério biológico – art. 27, CP)
Art. 27. Os menores de 18 (dezoito) anos são penalmente inimputáveis, ficando sujeitos às
normas estabelecidas na legislação especial.
No critério psicológico, por sua vez, é necessário que agente, maior de 18 anos, tenha condi-
ções de discernir e saber aquilo que está praticando. Qualquer espécie de comprometimento da
percepção do ato ilícito pode representar uma impossibilidade na imposição da pena (inimputabi-
lidade) ou redução da pena pela incapacidade parcial (semi-imputabilidade).
A partir das considerações introdutórias, é plenamente possível avançar aos elementos que
compõem a culpabilidade.
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2. ELEMENTOS DA CULPABILIDADE
2.1. IMPUTABILIDADE
Consiste na capacidade de autodeterminação, ou o conjunto de condições que permitem ao
agente a faculdade de atuar de modo distinto, aceitando que a responsabilidade penal possa recair
sobre quem praticou a conduta.
A nossa construção legislativa não laborou no sentido de apresentar um conceito claro de
imputabilidade, mas apresenta diretamente hipóteses de inimputabilidade.
Art. 26. É isento de pena o agente que, por doença mental ou desenvolvimento mental
incompleto ou retardado, era, ao tempo da ação ou da omissão, inteiramente incapaz de
entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento.
Redução de pena
Parágrafo único - A pena pode ser reduzida de um a dois terços, se o agente, em virtude de
perturbação de saúde mental ou por desenvolvimento mental incompleto ou retardado não
era inteiramente capaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo
com esse entendimento.
Menores de dezoito anos.
Art. 27. Os menores de 18 (dezoito) anos são penalmente inimputáveis, ficando sujeitos às
normas estabelecidas na legislação especial.
Como mencionado na parte preambular, o CP adotou um critério biopsicológico (duplo cumu-
lativo) para tratar da culpabilidade. Caso não sejam preenchidos um dos critérios (biológico ou
psicológico), o agente não poderá ser submetido à pena.
Em apertado resumo, se menor de 18 anos, ficará sujeito às medidas do Estatuto da Criança
e do Adolescente. Se maior de 18, mas sem condições psíquicas, poderá ser submetido à medida
de segurança.
Para se avaliar as reais condições psicológicas do indivíduo, depende-se de LAUDO MÉDICO OFICIAL, não bas-
tando a simples alegação.
B) OBEDIÊNCIA HIERÁRQUICA
Neste requisito, deparamo-nos com a situação de hierárquica entre superior e subordinado.
Dessa forma, não pode o funcionário questionar a determinação recebida pelo superior, salvo se
claramente ilegal.
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Logo, o subordinado que cumpre uma ordem que não seja manifestamente ilegal, não res-
ponderá pelo crime, mas somente o autor da ordem.
SUMÁRIO
B) EMBRIAGUEZ
Neste ponto, é imprescindível cuidado especial. Perceba, o inciso II do art. 28 do CP estabelece
com propriedade que a embriaguez voluntária ou culposa também não têm o condão de excluir
a imputabilidade penal.
A única forma de se excluir a imputabilidade em razão da embriaguez, é aquela completa e for-
tuita ou acidental. Porém, exige-se que ela conduza o agente a estado em que seja inteiramente inca-
paz de entender o caráter criminoso do fato e de determinar-se de acordo com seu entendimento.
Art. 28. CP: (...)
§ 1º - É isento de pena o agente que, por embriaguez completa, proveniente de caso fortuito
ou força maior, era, ao tempo da ação ou da omissão, inteiramente incapaz de entender o
caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento.
§ 2º - A pena pode ser reduzida de um a dois terços, se o agente, por embriaguez, prove-
niente de caso fortuito ou força maior, não possuía, ao tempo da ação ou da omissão, a
plena capacidade de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com
esse entendimento.
Etapas da embriaguez: excitação; depressão/confusão; sono.
Da mesma forma que a lei penal considera o alcoólatra como um doente, que possui a
culpabilidade comprometida, a Lei de Drogas, em seu art. 45 traz disposição bastante
semelhante, senão vejamos:
Art. 45. É isento de pena o agente que, em razão da dependência, ou sob o efeito, prove-
niente de caso fortuito ou força maior, de droga, era, ao tempo da ação ou da omissão,
qualquer que tenha sido a infração penal praticada, inteiramente incapaz de entender o
caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento.
Parágrafo único. Quando absolver o agente, reconhecendo, por força pericial, que este
apresentava, à época do fato previsto neste artigo, as condições referidas no caput deste
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A) COGITAÇÃO
Consiste a fase interna, o mero pensamento, antecipação mental. Mostra-se irrelevante aos
fins de direito na medida em que não houve o exercício ou violação de bem jurídico alheio.
B) ATOS PREPARATÓRIOS
Momento anterior ao início da execução e posterior à cogitação.
Via de regra, estes atos preparatórios são impuníveis, mas existem exceções.
As exceções aparecem nos arts. 288 e 291 do CP, bem como no art. 34 da Lei de Drogas, e art. 5º da Lei nº
13.260/2016.
C) ATOS EXECUTÓRIOS
Aqui, efetivamente dá-se início à violação ao bem jurídico alheio. São as ações ou omissões
diretamente dirigidas ao intento criminoso.
D) CONSUMAÇÃO
DIREITO PENAL – PARTE GERAL 5
É a fase conclusiva do iter criminis. O delito encontra-se consumado quando estiverem reu-
nidas todas as suas elementares (Art. 14, I, CP). Com a consumação alcança-se o resultado, o que
faz preencher a figura típica.
Como acima mencionado, o exaurimento não compõe o caminho do crime. Cuida-se, em verdade, de momento
posterior à consumação, sendo, em regra, por ela absorvido.
2.1. TENTATIVA
Também chamada de conatus, é denominada uma norma de extensão (regra ampliativa da
tipicidade penal), que permite a aplicação de pena mesmo quando não há a consumação delitiva.
Art. 14. Diz-se o crime:
Crime consumado
I - consumado, quando nele se reúnem todos os elementos de sua definição legal;
Tentativa
II - tentado, quando, iniciada a execução, não se consuma por circunstâncias alheias à
vontade do agente.
Parágrafo único - Salvo disposição em contrário, pune-se a tentativa com a pena correspon-
dente ao crime consumado, diminuída de um a dois terços.
A tentativa pode se desmembrar em:
ͫ Tentativa perfeita ou inacabada (crime falho): O agente percorre todo o iter criminis,
esgotando o processo executório que tinha por objetivo, mas a consumação não ocorre
por fatores involuntários.
ͫ Tentativa imperfeita ou inacabada: Aqui, o agente não consegue levar adiante todo o
plano criminoso. O processo de execução delitiva sofre interferência antes mesmo da
realização do itinerário previsto.
ͫ Tentativa vermelha ou cruenta: A vítima sofre lesões, mas o fato não se consuma.
ͫ Tentativa branca ou incruenta: a vítima não chega a ser fisicamente atingida.
Não admitem tentativa:
- Crimes de atentado;
- Crimes culposos;
- Crimes preterdolosos;
- Crimes omissivos próprios;
- Crimes unissubsistentes;
- Crimes habituais;
- Contravenções penais.
MNEMÔNICO QUE AUXILIA É O CCHOUP:
Contravenções penais;
Culposos;
Habituais;
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Omissivos Próprios;
Unissubsistentes;
Preterdolosos.
Obs.: Também, o crime de Atentado.
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SUMÁRIO
DIREITO PENAL – PARTE GERAL ............................................................................................................... 2
1. CONCURSO DE PESSOAS .................................................................................................................. 2
2. CONCURSO DE PESSOAS EM CRIMES CULPOSOS .....................................Erro! Indicador não definido.
3. PUNIBILIDADE NO CONCURSO DE PESSOAS ............................................Erro! Indicador não definido.
4. COMUNICABILIDADE DAS CIRCUNSTÂNCIAS, CONDIÇÕES E ELEMENTARES .............Erro! Indicador não
definido.
5. PARTICIPAÇÃO IMPUNÍVEL ....................................................................Erro! Indicador não definido.
a) Retributiva;
b) Preventiva;
c) Reeducativa.
Aqui, podemos elencar a existência de uma prevenção geral positiva, que ocorre
quando o legislador estabelece os padrões para aplicação da pena (pena em abstrato), ao
passo que, o objetivo desse intervalo de pena é coibir a prática delitiva, que consiste na
prevenção geral negativa.
2. INOVAÇÕES LEGISLATIVAS
O embate doutrinário hodiernamente é intenso acerca da possibilidade de se permitir a
chamada justiça negociada, no âmbito do direito penal. Fato é que referido instituto tem
ganhado cada vez mais voz e vez no cenário jurídico. A exemplo, podemos elencar o acordo
de não persecução penal, previsto no art. 28-A, do CPP, in verbis:
Cito este aresto da Lei Processual Penal a título de exemplo. Vemos ainda reflexos da
justiça negociada nos institutos previstos nos arts. 74, 76 e 89 da Lei 9.099/95 e, ainda, nas
situações envolvendo a colaboração premiada (prevista da Lei de Organização Criminosa –
12.850/2013).
3. PENAS PROIBIDAS
Consoante previsão do art. 5º, XLVII da CF, são proibidas no Brasil:
a) Pena de morte;
b) Penas de caráter perpétuo;
c) Penas de trabalhos forçados;
d) Pena de banimento;
e) Pena de natureza cruel;
Nosso foco é a análise das penas privativas de liberdade, que consiste na análise do
disposto no item “a” acima mencionado e destacado. Além disso, destacaremos alguns efeitos
relacionados à produção de prova
SUMÁRIO
DIREITO PENAL – PARTE GERAL .................................................................................................................... 1
1. PENAS RESTRITIVAS DE DIREITOS ......................................................................................................... 1
1. DA PENA DE MULTA
A multa consiste numa sanção penal que pode estar atrelada ao preceito secundário.
A multa penal consiste no pagamento de uma soma de dinheiro por parte do condenado a favor
do Estado. O art. 49, CP, diz que “a pena de multa consiste no pagamento ao fundo penitenciário,
da quantia fixada na sentença, e calculada em dias-multa”.
A pena de multa é sempre cominada, na hipótese de crime, de forma alternativa ou cumula-
tiva. Aparece, por vezes, isoladamente, nas contravenções. Nas cominações da pena de multa na
Parte Especial do CP não aparecem os limites a serem observados. Esses limites estão previstos na
Parte Geral (art. 49, CP).
A multa não comporta previsão de aplicação em valores, mas sim, em dias multa, que serão
calculados de acordo com a realidade econômica do acusado.
No modelo atual, dispõe o art. 49, do CP, que a pena de multa se consubstancia em dias-multa,
a ser recolhida ao Fundo Penitenciário Nacional (Funpen), sendo calculada, na sentença, em quan-
tidade que varia entre o mínimo de 10 (dez) e o máximo de 360 (trezentos e sessenta) dias-multa.
Após fixada a quantidade de dias-multa deve o magistrado informar, na sentença condenatória,
o valor de cada dia-multa, em patamar que não pode ser inferior a 1/30 (um trigésimo) do maior
salário mínimo mensal vigente ao tempo do fato, nem superior a 5 (cinco) vezes esse salário (art.
49, parágrafo único, do CP).
Complementando essa sistemática, o art. 60, do CP, assinala que na fixação da multa o juiz deve
atender, principalmente, à situação econômica do réu, autorizando, inclusive, que se ultrapasse os
limites do art. 49, até o triplo, se o juiz considerar que, em virtude da situação econômica do réu é
ineficaz, embora aplicada no máximo.
2. DA APLICAÇÃO DA PENA
2.1. ASPECTOS GERAIS
A aplicação da sanção ao autor do crime representa tema central de toda a disciplina. É aonde
será possível efetivar o direito subjetivo de punir do estado.
Vale o destaque constitucional que a individualização da pena (art. 5º, XLVI, da CF) e se des-
dobra em três etapas sucessivas: cominação, aplicação e execução.
A primeira, denominada de individualização legislativa, compreende a escolha, por parte do
legislador, da espécie de sanção, bem como a respectiva quantidade abstrata.
A segunda, individualização judiciária, é tarefa do juiz criminal, que deverá escolher que penas
vai aplicar e aplicá-las ao caso concreto em que houve a violação efetiva da norma.
A etapa derradeira, realizada pelo juiz de execução penal, acompanha o efetivo cumprimento
da pena aplicada.
Sobre o assunto, vale registrar que a aplicação da pena pressupõe o exame das provas produzi-
das sob o crivo do contraditório e da ampla defesa, dentre outros princípios e regras constitucionais
e processuais penais pertinentes.
Há, portanto, uma comunhão de aspectos estritamente penais com disposições da CFe do CPP,
pois é por meio da sistemática das provas que se chega não somente à absolvição ou condenação
do acusado, mas, também à quantificação da pena que, no último caso, o mesmo deva receber.
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Apenas vale a ressalva de que a condenação anterior não pode agravar a pena base sob o argumento de maus
antecedentes e, ainda, funcionar como uma agravante, sob pena de bis in idem (súm 241, STJ).
c) Conduta Social: diz respeito acerca da situação envolvendo o contexto de vida social do
indivíduo.
d) Personalidade do agente: consiste no conjunto de fatos que condicionam ou influenciam
o comportamento do agente. Leva-se em consideração sua idade, formação escolar, profissão,
convicções.
e) Motivos do crime.
f) Circunstâncias do crime: Fatos externos à pessoa do agente, ligados à forma de execução e
instrumentos utilizados no delito. Além disso, avalia-se as condições da vítima, entre outros.
g) Consequências do crime: Neste momento, deve-se avaliar o exato momento do iter criminis
que a conduta cessou. Se houve consumação, se houve interrupção da execução etc.
h) Comportamento da vítima: para a definição da pena, é imprescindível se avaliar como a
vítima se portou no ato do crime, desde que isso seja possível.
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1. CONSIDERAÇÕES GERAIS
Conceitualmente, este instituto diz respeito a possibilidade de se suspender, por determinado
período de tempo, a execução da pena privativa de liberdade.
Esse período de suspensão é denominado “período de prova”. Acautele-se para não errar.
O nome é sugestivo ao erro. Todavia, perceba que aqui já estaremos em etapa final do processo,
logo, não haverá prova efetiva a ser produzida. O beneficiário da suspensão da pena passará um
período tendo de justificar e cumprir determinadas condições para que permaneça em liberdade.
Seguindo as lições previstas nos arts. 77 a 82 do Código Penal Brasileiro e 156 a 163 da Lei de
Execuções Penais (Lei 7.210/84), temos que o instituto constitui um direito subjetivo do réu, ou
seja, preenchidos os requisitos necessários, o benefício deve ser concedido.
De acordo com a letra da Lei, podemos perceber a existência de 4 (quatro) formas de sursis
penal (nome empregado pela doutrina):
a) sursis simples (arts. 77 e 78, §1º, CP);
b) sursis especial (arts. 77 e 78, §2º, CP);
c) sursis etário (arts. 77, §2º, 1ª parte, CP);
d) sursis humanitário (arts. 77, §2º, 2ª parte, CP).
Antes de avançarmos às espécies, é válido observar, portanto, que na suspensão condicional
da pena, o réu é processado, é reconhecida sua culpa (condenado) e, preenchidos os requisitos, a
execução da pena será suspensa.
Não se pode confundir este instituto com a Suspensão Condicional do Processo (art. 89,
da Lei 9.099/95), na medida em que, no sursis processual, o processo é suspenso, e não
a execução da pena.
Portanto, no instituto previsto na Lei dos Juizados Criminais, não há que se falar em sus-
pensão da execução da pena, na medida em que o processo não chegará até esta etapa.
Além disso, é possível que a legislação especial (como acontece, por exemplo, na lei de crimes
ambientais – art. 16) estabeleça condições específicas ao sursis.
3. REVOGAÇÃO OBRIGATÓRIA
Revogação obrigatória
Art. 81 - A suspensão será revogada se, no curso do prazo, o beneficiário:
I - é condenado, em sentença irrecorrível, por crime doloso;
II - frustra, embora solvente, a execução de pena de multa ou não efetua, sem motivo jus-
tificado, a reparação do dano;
III - descumpre a condição do § 1º do art. 78 deste Código.
Haverá, obrigatoriamente, revogação do benefício nas seguintes hipóteses:
e) condenação definitiva por crime doloso;
Inclusive, o STF e a doutrina entendem que se trata de causa de revogação automática,
não exigindo decisão de magistrado.
f) quando o beneficiário tenha condições e frustre o pagamento da pena de multa ou,
sem justificar, não repara o dano;
g) descumprimento injustificado de prestação de serviços ou limitação do final de
semana;
4. REVOGAÇÃO FACULTATIVA
Revogação facultativa
§ 1º - A suspensão poderá ser revogada se o condenado descumpre qualquer outra condição
imposta ou é irrecorrivelmente condenado, por crime culposo ou por contravenção, a pena
privativa de liberdade ou restritiva de direitos.
Prorrogação do período de prova
§ 2º - Se o beneficiário está sendo processado por outro crime ou contravenção, considera-se
prorrogado o prazo da suspensão até o julgamento definitivo.
§ 3º - Quando facultativa a revogação, o juiz pode, ao invés de decretá-la, prorrogar o
período de prova até o máximo, se este não foi o fixado.
Cumprimento das condições
Art. 82 - Expirado o prazo sem que tenha havido revogação, considera-se extinta a pena
privativa de liberdade.
O magistrado poderá revogar a suspensão da pena, nas seguintes hipóteses:
quando o beneficiário descumprir qualquer condição imposta por ocasião da concessão
do benefícios (exceto a prestação de serviços e a limitação de final de semana, que acar-
retam na revogação obrigatória);
quando o beneficiário é condenado com trânsito em julgado por crime culposo ou por
contravenção penal e tem contra si aplicada pena privativa de liberdade ou restritiva de
direitos.
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1. DISPOSIÇÕES GERAIS
Trata-se de instituto que permite ao indivíduo liberdade antecipada, preparando o indivíduo
para a soltura plena.
Considerando que o sistema de cumprimento de pena respeita uma cronologia progressiva,
após o preenchimento dos requisitos estabelecidos pela legislação.
A concessão do livramento consiste em direito subjetivo do condenado e não de faculdade
do magistrado.
3. CONDIÇÕES FACULTATIVAS
Além das questões apresentadas, a LEP permite outras condições, vide art. 132, §2º da LEP.
4. REVOGAÇÃO OBRIGATÓRIA
Haverá, obrigatoriamente, a revogação da liberdade condicional nas seguintes hipóteses:
a) indivíduo condenado a pena privativa de liberdade, com sentença transitada em julgado,
por crime cometido durante o benefício;
Impende observar que, caso corra a revogação, não será computado como tempo de pena o período em que
esteve solto.
Ademais, não se concederá novo livramento em relação à mesma pena (art. 88, CP). Poderá ser beneficiado,
contudo, no caso de preenchidos os requisitos do crime praticado durante a vigência do livramento.
b) liberado condenado a pena privativa de liberdade, em sentença transitada em julgado por
crime anterior a vigência do benefício;
Aqui, não houve desadaptação do indivíduo. Ele não descumpriu nenhuma medida da liberdade condicional.
Logo, o período em que esteve em liberdade é contado como tempo de pena cumprida.
Não se admite mais de um livramento condicional pela mesma pena.
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5. REVOGAÇÃO FACULTATIVA
O magistrado poderá revogar o livramento condicional se o liberado deixar de cumprir qualquer
da obrigações impostas, ou for irrecorrivelmente condenado a crime ou contravenção a pena que
não seja privativa de liberdade.
Nada impede que o magistrado altere as condições, ao invés de revogar o benefício.
6. EXTINÇÃO
O juiz não poderá declarar extinta a pena enquanto não passar em julgado a sentença em
processo que o beneficiário responda relativamente a crime praticado durante o livramento.
Compulsando a redação do art. 89 do CP extraímos que, se o crime é cometido antes da
vigência do período de prova não há que se prorrogar o livramento.
Se até o fim do livramento não houver revogação, será extinta a pena.
Esse é o entendimento consolidado na súmula 617 do STJ:
Súmula 617: “A ausência de suspensão ou revogação do livramento condicional antes do
término do período de prova enseja a extinção da punibilidade pelo integral cumprimento
da pena.