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PRINCÍPIOS
CONSTITUCIONAIS.
DIREITOS FUNDAMENTAIS
DIREITO CONSTITUCIONAL
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DIREITO CONSTITUCIONAL

TEMA DO DIA

DIREITO CONSTITUCIONAL

Princípios Constitucionais. Direitos e Garantias Fundamentais.

RESUMO – VERSÃO TOPIFICADA

1. PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS:

• São decididos antes da elaboração do texto, no momento de construção das

normas.

• Têm natureza de vetores interpretativos que imprimem coesão, harmonia e

unidade ao sistema.

• O preâmbulo é a parte precedente da CF. Segundo o STF, é MERO VETOR

INTERPRETATIVO do que se acha inscrito no texto constitucional. NÃO POSSUI

FORÇA NORMATIVA, logo, NÃO PODE SER PARÂMETRO nem objeto de

controle de constitucionalidade.

1.1. Princípio da Dignidade da Pessoa Humana

• Define Luis Roberto Barroso: “princípio da dignidade humana expressa um conjunto de

valores civilizatórios que se pode considerar incorporado ao patrimônio da

humanidade. Dele se extrai o sentido mais nuclear dos direitos fundamentais, para

tutela do mínimo existencial e da personalidade humana, tanto na dimensão física

como na moral”.

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1.2. Princípio da Legalidade

• Ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer algo que não esteja previamente

estabelecido na própria CRF e nas normas jurídicas dela derivadas.

• O princípio da reserva legal é um desdobramento da legalidade, que impõe e vincula a

regulação de determinadas matérias constantes na constituição à fonte formal do tipo lei.

• Acepções do princípio da legalidade:

PARA PARTICULARES PARA A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

Somente a lei pode criar obrigações, de O Estado se sujeita às leis, e deve atuar

forma que a inexistência de lei proibitiva em conformidade à previsão legal. O

de determinada conduta implica ser ela administrador público só poderá agir

permitida. Ótica individual, limitação dentro daquilo que é previsto e

negativa. autorizado por lei. Ótica pública,

limitação positiva.

1.3. Princípio da Isonomia

• Segundo bem definiu Rui Barbosa, “a regra da igualdade não consiste senão em quinhoar

desigualmente aos desiguais, na medida em que se desigualam. Nesta desigualdade social,

proporcionada à desigualdade natural, é que se acha a verdadeira lei da igualdade (...).

• Tratar com desigualdade a iguais, ou a desiguais com igualdade, seria desigualdade

flagrante, e não igualdade real”. Logo, é possível extrair:

ISONOMIA FORMAL ISONOMIA MATERIAL

Igualdade perante a lei Tratar os iguais na medida de sua

desigualdade

2. DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS:

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2.1. Direitos X Garantias X Remédios Constitucionais

DIREITOS GARANTIAS

São normas de conteúdo declaratório da Normas de conteúdo assecuratório, que

existência de um interesse, de uma servem para assegurar o direito

vantagem. Ex: direito à vida, à declarado. As garantias são estabelecidas

propriedade; pelo texto constitucional como

instrumento de proteção dos direitos

fundamentais e writs constitucionais. São

também chamadas de instrumentos de

tutela das liberdades e ações

constitucionais.

DIREITOS FUNDAMENTAIS GARANTIAS FUNDAMENTAIS

NORMAS QUE PROTEGEM os bens INSTRUMENTOS que buscam proteger

jurídicos fundamentais de uma sociedade os direitos fundamentais

Tem valor intrínseco, neles mesmos Tem valor instrumental

REMÉDIOS CONSTITUCIONAIS

Embora todo remédio constitucional seja uma garantia, nem toda garantia é um

remédio constitucional, porque este é um instrumento processual que tem por objetivo

assegurar o exercício de um direito. Ex: Habeas Corpus, Mandado de Segurança.

2.2. Direitos Fundamentais X Direitos Humanos

• Ambos objetivem a proteção e a promoção da dignidade da pessoa humana,

embora não se confundem:

✓ DIREITOS HUMANOS: são direitos reconhecidos no âmbito

internacional.

✓ DIREITOS FUNDAMENTAIS: são direitos reconhecidos no plano

interno de um determinado Estado. Preferencialmente, positivados na CF.


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2.3. Geração dos Direitos Fundamentais

DIREITOS DE Surgem no contexto histórico das revoluções liberais, burguesas,

PRIMEIRA diante do nascimento do constitucionalismo liberal. – Séc. XIX.

GERAÇÃO Relacionados à luta pela liberdade e segurança diante do Estado.

(INDIVIDUAIS Trata-se de impor ao Estado obrigações de não-fazer e se

OU relacionam às pessoas, individualmente. Ex: propriedade,

NEGATIVOS) igualdade formal (perante a lei), liberdade de crença, de

manifestação de pensamento, direito à vida etc. São também

chamados de direitos de defesa.

DIREITOS DE Surgem no final do século XIX e início do século XX, diante do

SEGUNDA fenômeno do constitucionalismo social (ligado ao movimento do

GERAÇÃO socialismo). São os direitos de grupos sociais menos favorecidos, e

(SOCIAIS, que impõem ao Estado uma obrigação de fazer, de prestar. Ex:

ECONÔMICOS direitos positivos, como saúde, educação, moradia, segurança

E CULTURAIS pública.

OU DIREITOS

POSITIVOS) .

DIREITOS DE • Surgem na 2º metade do séc. XX, no pós 2ª Guerra, ligados

TERCEIRA aos movimentos de melhoria da qualidade de vida dos cidadãos.

GERAÇÃO São direitos transindividuais, isto é, direitos que são de várias

(DIFUSOS E pessoas, mas não pertencem a ninguém isoladamente.

COLETIVOS): Transcendem o indivíduo isoladamente considerado. São também

conhecidos como direitos metaindividuais (estão além do

indivíduo) ou supraindividuais (estão acima do indivíduo

isoladamente considerado).

OBSERVAÇÃO: Possuem caráter indivisível e são titularizados

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por toda a coletividade.

DIREITOS DE Há autores que se referem a essa categoria, mas ainda não há

QUARTA consenso na doutrina sobre qual o conteúdo desse tipo de direitos.

GERAÇÃO Há quem diga tratarem-se dos direitos de engenharia genética

(Norberto Bobbio), enquanto outros referem-nos à luta pela

participação democrática (Paulo Bonavides), o direito à

informação e ao pluralismo.

DIREITOS DE Direito à paz.

QUINTA

GERAÇÃO

2.4. Características dos Direitos Fundamentais

HISTORICIDADE O que se entende por direitos fundamentais varia de

acordo com o momento histórico, não são conceitos

herméticos e fechados. Há uma variação no tempo e no

espaço.

INALIENABILIDADE São direitos sem conteúdo econômico patrimonial, não

podem ser comercializados ou permutados.

IMPRESCRITIBILIDADE São sempre exigíveis, ainda que não exercidos;

IRRENUNCIABILIDADE O indivíduo pode não exercer os seus direitos, mas não

pode renunciá-los, de modo geral.

RELATIVIDADE Não são direitos absolutos. Se houver um choque entre

os direitos fundamentais, serão resolvidos por um juízo

de ponderação ou pela aplicação do princípio da

proporcionalidade.

PERSONALIDADE Não se transmitem.

CONCORRÊNCIA E São direitos que podem ser exercidos ao mesmo

CUMULATIVIDADE tempo.

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UNIVERSALIDADE São universais, independentemente, de as nações

terem assinado a declaração, devem ser reconhecidos

em todo o planeta, independentemente, da cultura,

política e sociedade.

PROIBIÇÃO DE não se pode retroceder nos avanços históricos

RETROCESSO conquistados.

2.5. Dimensão dos Direitos Fundamentais

DIMENSÃO SUBJETIVA DIMENSÃO OBJETIVA

• Os direitos fundamentais Os direitos fundamentais encarnam

conferem aos seus titulares o poder de valores que permeiam toda a ordem

exigir algo, seja ação ou omissão; jurídica, condicionam e inspiram a

Ex.: omissão - respeitar a autonomia da interpretação e aplicação de outras

vontade, sem interferir na religião, normas (EFICÁCIA IRRADIANTE) e

política, etc. criam dever geral de proteção sobre os

Ex.: ação - exigir do Estado uma atuação bens salvaguardados. Assim, a

comissiva, exigir ações para garantir dimensão objetiva dos direitos

educação, saúde, etc. fundamentais consiste em atribuir a

estes importância máxima dentro do

Ordenamento Jurídico: eles são a base,

o eixo axiológico de todo o

ordenamento jurídico.

2.6. Eficácia dos Direitos Fundamentais

• Vertical: Aplica-se à tradicional ideia de limitação de poder do Estado e

respeito aos direitos dos indivíduos, conferindo direitos básicos e garantias aos

indivíduos. Há um poder superior (Estado), em face do indivíduo, em posições

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diferentes (ESTADO X PARTICULAR);

TEORIA DOS QUATRO STATUS DE JELLINECK

São as possíveis relações do indivíduo com o Estado:

• PASSIVO: O indivíduo encontra-se em posição de subordinação com relação aos

poderes públicos;

• ATIVO: É o poder do indivíduo de interferir na formação da vontade do Estado,

sobretudo através do voto;

• NEGATIVO: O indivíduo pode agir livre da atuação do Estado, podendo

autodeterminar-se sem ingerência estatal (abstenção estatal);

• POSITIVO: É a possibilidade do indivíduo exigir atuações positivas do Estado em seu

favor.

• Horizontal: possibilidade de aplicação dos direitos fundamentais nas

relações jurídicas estritamente privadas.

• Diagonal: Teoria desenvolvida por Sérgio Gamonal, e consiste na incidência e

observância dos direitos fundamentais nas relações privadas marcadas por

desigualdade de forças, ante a vulnerabilidade de uma das partes.

2.7. Direitos Individuais implícitos e explícitos

EXPLÍCITOS IMPLÍCITOS

São aqueles previstos expressamente no texto O reconhecimento decorre de interpretação do

da Constituição Federal. Como exemplo, os texto da Lei das Leis. Isto se evidencia pela

contidos no art. 5° da CF. e seus incisos, em leitura do art. 5º, parágrafo 2º, que reconhece a

especial os previstos no caput do mencionado existência de outros direitos individuais

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artigo, como a inviolabilidade do direito à vida, "decorrentes do regime e dos princípios por ela

à liberdade, à igualdade, à segurança e à adotados, ou dos tratados internacionais de

propriedade. que a República Federativa do Brasil seja

parte".

2.8. Destinatários dos Direitos Fundamentais

• Brasileiros e os estrangeiros residentes no Brasil.

2.9. Não taxatividade dos Direitos Fundamentais e Tratados de Direitos Humanos

• O ordenamento jurídico brasileiro adotou um sistema aberto de direitos

fundamentais no Brasil, não se podendo considerar taxativo o rol do artigo 5º.

TRATADO INTERNACIONAL TRATADO INTERNACIONAL


SOBRE DIREITOS SOBRE DIREITOS
TRATADOS
HUMANOS, APROVADO NO HUMANOS, APROVADO
INTERNACIONAIS DIVERSOS
RITO DA EMENDA À COM QUÓRUM DIVERSO
CONSTITUIÇÃO DAS EMENDAS

Status de lei
Status de Emenda à ordinária, desde
Supralegalidade
Constituição que haja o processo
de incorporação

2.10. Direitos Constitucionais

2.10.1. Direito à vida

• Relacionado à existência física de um ser humano.

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• O art. 5º, caput, da CF assegura a inviolabilidade do direito à vida em relação

ao Estado e em relação aos demais indivíduos.

• Abrange o direito do mínimo necessário a uma existência digna:

✓ DIREITO À INTEGRIDADE FÍSICA: direito à saúde, vedação de pena

de morte, proibição do aborto etc;

✓ DIREITO A CONDIÇÕES MATERIAIS E ESPIRITUAIS MÍNIMAS

NECESSÁRIAS A UMA EXISTÊNCIA DIGNA.

2.10.2. Direito à igualdade

• O art. 5.º, caput, consagra serem todos iguais perante a lei, sem distinção de

qualquer natureza.

• Deve-se buscar não somente essa aparente igualdade formal (consagrada no

liberalismo clássico), mas, principalmente, a igualdade material.

• Concepções da igualdade:

• Concepção formal: é a igualdade perante a lei e perante o Estado. Por

essa concepção, a igualdade impede que os indivíduos sejam tratados pelos

poderes públicos de maneira diversa.

• Concepção material: representa o tratamento igual dos iguais e o

tratamento desigual daqueles em situações desiguais. Por essa concepção,

a igualdade deve adotar critérios distintivos justos e razoáveis, de modo que

os poderes públicos devem adotar medidas concretas para reduzir ou

compensar desigualdades.

• Dimensões da igualdade (NOVELINO, 2017, p. 340):

✓ Dimensão objetiva: é a igualdade compreendida como princípio

material estruturante do Estado brasileiro que impõe o tratamento igual

para os iguais e desigual para os desiguais, bem como ações voltadas à

redução das desigualdades sociais e regionais;


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✓ Dimensão subjetiva: confere a indivíduos e grupos posições jurídicas

de caráter negativo (proteção contra diferenciações ou igualizações

arbitrárias) e de caráter positivo (direito a exigir determinadas prestações

materiais e jurídicas destinadas à redução de desigualdades).

2.10.3. Direito à integridade

• A Carta Magna proíbe a prática de lesões, psíquicas e morais (provocação de dor

interna e sofrimento).

• Veda a prática da tortura, bem como qualquer tipo de comercialização de órgãos,

tecidos e substâncias humanas para fins de transplante, pesquisa e tratamento (art.

199, §4º).

2.10.4. Proibição à tortura

• Ninguém será submetido a tortura nem a tratamento desumano ou degradante (art.

5º, III, da CF).

• Uso de algemas: “o uso legítimo de algemas não é arbitrário, sendo de natureza

excepcional, a ser adotado nos casos e com as finalidades de impedir, prevenir ou

dificultar a fuga ou reação indevida do preso, desde que haja fundada suspeita ou

justificado receio de que tanto venha a ocorrer, e para evitar agressão do preso

contra os próprios policiais, contra terceiros ou contra si mesmo. O emprego dessa

medida tem como balizamento jurídico necessário os princípios da

proporcionalidade e da razoabilidade” (HC 89.429, Rel. Min. Cármen Lúcia, j.

22.08.2006, DJ de 02.02.2007).

2.10.5. Direito à privacidade

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• Dimensões:

✓ INTIMIDADE: É o direito de estar só;

✓ VIDA PRIVADA: É o direito do indivíduo de ser do modo que quiser,

sem a intervenção de outrem.

✓ HONRA: Ligada à honra objetiva (visão da sociedade) e honra

subjetiva (visão da própria pessoa).

✓ IMAGEM: É a representação da pessoa, por meio de desenhos,

fotografias.

2.10.6. Direito à privacidade e inviolabilidade de domicílio

• A casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem o

consentimento do morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre ou para

prestar socorro, ou, durante o dia, por determinação judicial.

• O conceito de domicílio, segundo o STF, abrange todo lugar privativo, ocupado por

alguém, com direito próprio e de maneira exclusiva, mesmo sem caráter definitivo

ou habitual.

2.10..7. Direito às liberdades

• LIBERDADE DE CONSCIÊNCIA: Foro íntimo. Subdivide-se em:

✓ LIBERDADE DE CRENÇA: É a liberdade de pensamento de foro íntimo em

questões de natureza religiosa, incluindo o direito de professar ou não uma religião,

de acreditar ou não na existência de um, em nenhum ou em vários deuses (art. 5º,

VI); e

✓ LIBERDADE DE CONSCIÊNCIA EM SENTIDO ESTRITO: É a liberdade de

pensamento de foro íntimo em questões não religiosas.

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• LIBERDADE DE EXTERIORIZAÇÃO DE PENSAMENTO:

✓ LIBERDADE DE CULTO: A CF assegura ampla liberdade de crença;

✓ LIBERDADE DE INFORMAÇÃO JORNALÍSTICA: A CF/88 consagrou

expressamente o princípio da publicidade como um dos vetores imprescindíveis à

Administração Pública, conferindo-lhe absoluta prioridade na gestão administrativa

e garantindo pleno acesso às informações a toda a sociedade.

ATENÇÃO! O STF concluiu que o direito ao esquecimento é incompatível com a

Constituição Federal e que eventuais excessos ou abusos no exercício da

liberdade de expressão e de informação devem ser analisados caso a caso.

A tese de repercussão geral firmada no julgamento foi a seguinte:

“É incompatível com a Constituição Federal a ideia de um direito ao

esquecimento, assim entendido como o poder de obstar, em razão da

passagem do tempo, a divulgação de fatos ou dados verídicos e licitamente

obtidos e publicados em meios de comunicação social – analógicos ou digitais.

Eventuais excessos ou abusos no exercício da liberdade de expressão e de

informação devem ser analisados caso a caso, a partir dos parâmetros

constitucionais, especialmente os relativos à proteção da honra, da imagem, da

privacidade e da personalidade em geral, e as expressas e específicas

previsões legais nos âmbitos penal e cível”.

• LIBERDADE DE EXPRESSÃO: É o direito de se exprimir, não se expressar,

de calar e de não se informar.

• LIBERDADE ARTÍSTICA E OS VEÍCULOS DE COMUNICAÇÃO SOCIAL: É

ampla liberdade na produção da arte.

• LIBERDADE DE LOCOMOÇÃO: É o direito de ir e vir, amparado por habeas

corpus.

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• LIBERDADE DE REUNIÃO: É o agrupamento organizado de pessoas de

caráter transitório, com uma determinada finalidade. Se em locais abertos ao

público (art. 5º, XVI, da CF/88):

• REUNIÃO PACÍFICA;

• SEM ARMAS;

• FINS LÍCITOS;

• DEVE OCORRER UM AVISO PRÉVIO À AUTORIDADE COMPETENTE (NÃO

PRECISA DE AUTORIZAÇÃO).

O que se entende por aviso prévio para os fins do direito de reunião do

art. 5º, XVI, da CF/88?

O STF fixou a seguinte tese: A exigência constitucional de aviso prévio

relativamente ao direito de reunião é satisfeita com a veiculação de

informação que permita ao poder público zelar para que seu exercício se dê

de forma pacífica ou para que não frustre outra reunião no mesmo local.

STF. Plenário. RE 806339, Rel. para acórdão Min. Edson Fachin, julgado em

14/12/2020 (Repercussão Geral – Tema 855).

• LIBERDADE DE ASSOCIAÇÃO: Agrupamento de pessoas, organizado e

permanente, para fins lícitos. Abrange:

• Direito de associar-se a outras pessoas para a formação de uma entidade;

• Aderir a uma associação já formada;

• Desligar-se da associação;

• Autodissolução das associações.

• LIBERDADE DE AÇÃO PROFISSIONAL: É o direito de cada indivíduo

exercer qualquer atividade profissional.

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2.10.8. Direito de petição e de obtenção de certidões

• Assegura-se a todos, independentemente do pagamento de taxas:

• o direito de petição aos Poderes Públicos em defesa de direito ou

contra ilegalidade ou abuso de poder;

• a obtenção de certidões em repartições públicas, para defesa de

direitos e esclarecimento de situações de interesse pessoal.

• Caso o pedido de certidão não seja atendido, o remédio constitucional cabível

será o mandado de segurança e não o habeas data.

2.10.9. Princípio da pessoalidade

• Nenhuma pena passará da pessoa do condenado, podendo a obrigação de

reparar o dano e a decretação do perdimento de bens ser, nos termos da lei,

estendidas aos sucessores e contra eles executadas, até o limite do valor do

patrimônio transferido (art. 5º XLV, da CF).

• O princípio da pessoalidade tem duas dimensões:

✓ Dimensão negativa: impede que sanções de natureza penal

extrapolem o âmbito estritamente pessoal do infrator, vedando a imposição

de pena a terceiros;

✓ Dimensão positiva: impõe o dever de expor circunstancialmente as

condutas responsáveis pelo ilícito, bem como de narrar com clareza o grau

de participação dos acusados.

2.10.10. Princípio da individualização da pena

• A lei regulará a individualização da pena e adotará, ente outras, as seguintes:

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✓ privação ou restrição da liberdade;

✓ perda de bens;

✓ multa;

✓ prestação social alternativa;

✓ suspensão ou interdição de direitos.

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