Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
29 QUADRO SINÓTICO
CONCEITO
O Direito Administrativo é ramo do Direito Público, na medida em que seus princípios e regras
regulam o exercício de atividades estatais, especialmente a função administrativa.
“ESTADO EM REDE”
A teoria do Estado em rede foi criada como uma tentativa de aperfeiçoamento do modelo de
administração pública gerencial. Seu principal desafio é incorporar a participação da sociedade
civil organizada na priorização e na implementação de estratégias governamentais, fomentando a
gestão regionalizada e a gestão participativa, por meio de institutos como consultas e
audiências públicas.
PRINCÍPIOS REGRAS
Aplicáveis a um
QUANTO À
Disciplinam maior quantidade de casos práticos. número menor de
ABRANGÊNCIA
situações concretas.
Têm um conteúdo
QUANTO À
Possuem um conteúdo mais geral dotado de reduzido à
ABSTRAÇÃO DO
acentuado nível de abstração. disciplina de certas
CONTEÚDO
condutas.
No conflito entre
regras surge uma
Enunciam valores fundamentais do ordenamento
questão de validade,
QUANTO À jurídico, de modo que, havendo colisão entre
utilizando-se a
TÉCNICA PARA dois ou mais princípios, emprega-se a lógica da
lógica do tudo ou
SOLUCIONAR cedência recíproca, aplicando-se ambos,
nada, de modo que
ANTINOMIAS simultaneamente, mas com os conteúdos
uma norma é
mitigados.
aplicada afastando a
incidência da outra.
QUANTO AO Têm conteúdo valorativo que, muitas vezes, não O conteúdo das
CONTEÚDO prescreve uma ordem específica para regulação regras sempre se
PRESCRITIVO de comportamentos. expressa por meio
de um dos três
modais deônticos
existentes:
permitido, proibido
e obrigatório. Toda
regra jurídica
permite, proíbe ou
obriga determinada
conduta humana.
PRINCÍPIOS REGRAS
Força cogente
FORÇA COGENTE Força cogente máxima
máxima
Atingem maior
ABRANGÊNCIA quantidade de casos Disciplinam menos casos
práticos
ABSTRAÇÃO DO
Conteúdo mais geral Conteúdo mais específico
CONTEÚDO
Enunciam valores
IMPORTÂNCIA
fundamentais do Somente disciplinam casos concretos
SISTÊMICA
sistema
HIERARQUIA NO
Hierarquia superior Hierarquia inferior
ORDENAMENTO
TÉCNICA PARA
SOLUCIONAR Cedência recíproca Lógica do tudo ou nada
ANTINOMIAS
Revelados pela
MODO DE CRIAÇÃO Criadas diretamente pelo legislador
doutrina
O Direito Administrativo é o direito comum dos O Direito Civil é o direito comum dos
ramos do Direito Público. As soluções jurídicas ramos de Direito Privado. Assim, por
aplicáveis a problemas privados não servem de exemplo, havendo uma lacuna no Direito
modelo para dirimir adequadamente controvérsias Empresarial incapaz de ser preenchida
que envolvem o Estado. O operador deve recorrer, mediante soluções internas desse ramo,
na hipótese de lacuna, somente às normas e aos cabe ao operador do Direito recorrer às
princípios administrativos. regras análogas de Direito Civil.
CONCEITOS
Governo é a cúpula diretiva do Estado, responsável pela condução dos altos interesses estatais
e pelo poder político, e cuja composição pode ser modificada mediante eleições.
Poder Executivo é o complexo de órgãos estatais verticalmente estruturados sob direção superior
do “chefe do Executivo” (Presidente da República/Governador/Prefeito). Junto com o Legislativo
e o Judiciário, o Executivo compõe a tripartição dos Poderes do Estado.
1ª) o exercício do
poder de polícia;
2ª) a prestação de 4ª) atividade de intervenção (intervenção na propriedade privada;
serviços públicos; intervenção no domínio econômico – regulação; e intervenção no
3ª) a realização de domínio social).
atividades de
fomento.
A interpretação das regras do Direito Administrativo está sujeita aos princípios hermenêuticos
gerais estudados pela Filosofia do Direito e, subsidiariamente, às regras interpretativas
próprias do Direito Privado.
O Direito Administrativo pátrio, assim como ocorre na maioria dos países modernos, não está
organizado em um diploma único. Nosso Direito Administrativo não está codificado.
Acesso da população
Visão panorâmica
SISTEMAS ADMINISTRATIVOS
JURISDIÇÃO UNA
CONTENCIOSO ADMINISTRATIVO (FRANCÊS)
(INGLÊS)
A competência para criar leis sobre Direito Administrativo, em regra, é concorrente (art. 24, II,
CF) entre a União, os Estados e o Distrito Federal. Municípios que não participam de
competências concorrentes também podem criar leis sobre Direito Administrativo, não com base
na competência concorrente, mas a partir do interesse local (art. 30, I, da CF). Exceção: art. 22,
II, da CF, competência privativa da União para legislar sobre desapropriação.
O Direito Administrativo é basicamente disciplinado por meio de lei ordinária, promulgada pelo
Parlamento da entidade federativa competente para legislar a matéria objeto da lei. Porém, alguns
poucos temas de Direito Administrativo estão constitucionalmente submetidos à reserva de lei
complementar, só podendo ser veiculados por esta espécie normativa. É o caso, principalmente,
da definição das áreas de atuação das fundações governamentais (art. 37, XIX, da CF).
O projeto de lei, como regra geral no Direito Administrativo, é de iniciativa comum entre o
Legislativo e o Executivo da esfera federativa habilitada constitucionalmente para legislar sobre a
matéria, de tal sorte que, na maioria das vezes, pode ser feito tanto pelo Poder Legislativo quanto
pelo Poder Executivo. Obs.: vide exceção do art. 61, § 1º, da CF.
FUNÇÃO ADMINISTRATIVA
INTERESSE PÚBLICO
Somente o interesse público primário tem supremacia sobre o interesse particular. Interesse
público secundário não tem supremacia.
RESPOSTA:
a) Poder Executivo ou Administração direta e indireta (função típica);
b) Poder Legislativo e Poder Judiciário (função atípica);
Tribunais de Contas: são órgãos auxiliares do Legislativo (art. 71 da CF) que exercem
atipicamente função administrativa, por exemplo, na gestão de seus servidores.
c) Ministério Público, Defensorias Públicas e outros órgãos não participantes da Tripartição de
Poderes. Como o Ministério Público e as Defensorias Públicas não pertencem a nenhum dos três
Poderes clássicos, melhor evitar mencionar em funções típicas ou atípicas esses organismos. A
nomenclatura “função típica” ou “função atípica” deve ser reservada para o contexto da
Tripartição;
d) particulares, mediante delegação estatal. Exemplos: concessionários e permissionários de
serviço público.
ATENÇÃO: o exercício atípico, ou delegado, da função administrativa é revestido das mesmas
prerrogativas especiais presentes quando a função administrativa é exercida típica, ou
diretamente, pelo Poder Executivo (art. 1º, § 1º, da Lei n. 9.784/99). Por isso, nada impede que,
por exemplo, o Judiciário revogue atos administrativos por ele praticados.
FUNÇÃO DE GOVERNO
MARGEM DE
Alta discricionariedade Discricionariedade comum
LIBERDADE
1) Nas esferas administrativa, controladora e judicial, não se decidirá com base em valores
jurídicos abstratos sem que sejam consideradas as consequências práticas da decisão (art. 20);
2) A motivação demonstrará a necessidade e a adequação da medida imposta ou da invalidação
de ato, contrato, ajuste, processo ou norma administrativa, inclusive em face das possíveis
alternativas (art. 20, parágrafo único);