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Fundamentos do Direito público – MF2

Professor: Pedro Serrano


Clarence Duccini – RA00224942

1) O princípio é norma ordenadora “de que algo se realize na maior medida


possível, dentro das possibilidades jurídicas e reais existentes” (ALEXY).
Para Alexy princípio é um mandado de otimização que pode ser cumprido em
menor ou em maior grau, pela ponderação entre a possibilidade jurídica e a
possibilidade real de adequação do fato à norma.
No conflito entre princípios, partindo-se sempre do pressuposto de que estes
nunca entrarão em choque, pondera-se o prevalecimento de um sobre os outros
para a resolução. Princípios não se diferenciam hierarquicamente, não se
sobrepõem, muito menos são exceções aos outros. O princípio fornece razões
prima facies (provisórias), assim, o que tiver maior peso ou valor ou
importância deve preponderar.
Segundo a clássica definição de Celso Antônio Bandeira de Mello "O princípio
é um mandamento nuclear de um sistema, verdadeiro alicerce dele, disposição
fundamental que se irradia sobre diferentes normas compondo-lhes o espírito e
servindo de critério para a sua exata compreensão e inteligência, exatamente
para definir a lógica e racionalidade do sistema normativo, no que lhe confere a
tônica de lhe dá sentido harmônico".
Desta forma os princípios refletem valores, em sede do ordenamento jurídico,
resguardados na sociedade, os seus fins maiores. Assim pôde-se afirmar que os
princípios desempenham as funções de: a) exprimir valores; b) harmonizar o
sistema jurídico; c) conduzir a atividade do intérprete.
2) Segundo Robert Alexy, os princípios são mais genéricos, e funcionam como
mandados de otimização. Desta forma os princípios tem cumprimento gradual,
de acordo com as possibilidades fáticas e jurídicas. Em virtude de existirem
diversos princípios, esses estão sempre em colisão com o outro, a prevalência
de um princípio sobre o outro em caso de colisão, deve ocorrer sempre diante
do caso concreto e partir de um juízo de ponderação.
Enquanto os princípios são mandados de otimização, as regras são mais
específicas e mandados definitivos, além disso as regras se aplicam pela lógica
da validade e não juízo de ponderação como os princípios.
Para Celso Antônio Bandeira de Mello as regras e os princípios são
caracterizados dentro do conceito de norma jurídica. A distinção entre um e
outro é uma distinção entre dois tipos de normas. Ambos dizem o que deve ser,
ainda que tenham por bases razões muito diferentes. Os princípios são as
normas jurídicas de natureza lógica anterior e superior às regras e que servem
de base para sua criação, aplicação e interpretação do direito.
As regras, por sua vez, são normas jurídicas destinadas a dar concreção aos
princípios

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