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Quanto é hierarquia
Quanto à hierarquia, as normas podem ser normas constitucionais,
leis (complementares, ordinárias, delegadas, decretos legislativos,
resolução e medidas provisórias), decretos regulamentares, normas
de hierarquia inferior (portarias, circulares). (NUNES, 2017)
Quanto ao poder de autonomia legislativa
Quanto ao poder de autonomia legislativa, as normas podem ser
nacionais (se vigorarem em todo o território do país); locais (com
incidência regionalizada) como as federais, estaduais e municipais (a
depender da competência normativa de cada esfera territorial).
(DINIZ, 2004)
Quanto à natureza de suas disposições
Quanto à natureza de suas disposições, elas se dividem em
normas substantivas e adjetivas. Também já falamos sobre elas
quando estudamos fontes do direito. As normas substantivas ou
materiais definem e regulam as relações jurídicas ou criam direitos
ou deveres. As normas adjetivas consistem “(...) em um agrupamento
de regras que definem os procedimentos a serem cumpridos no
andamento das questões forenses.” (NADER, 2018, p. 149)
No que diz respeito à sua aplicabilidade
No que diz respeito à sua aplicabilidade, as normas jurídicas podem ser
autoaplicáveis, normas jurídicas dependentes de complementação e normas
jurídicas dependentes de regulamentação. As normas autoaplicáveis são as que
entram em vigor independente de qualquer outra norma posterior. (DINIZ, 2004)
Revogação
Será expressa quando a nova lei diz expressamente que revoga outra.
A revogação tácita acontece quando a nova lei, mesmo não dizendo,
modifica a lei antiga, por estar dispondo sobre o mesmo objeto e matéria.
Agora que você já conhece as principais definições da teoria da Norma
Jurídica, comece desde já a observar as normas que surgem no Diário
Oficial, especialmente as que se relacionam com o seu cotidiano, deste
modo, será possível melhor compreender como acontecem a vigência e a
revogação.
Unidade
Pirâmide de Kelsen
Coerência
As normas jurídicas são construídas e válidas, até outra norma jurídica surgir.
Portanto, o ordenamento jurídico pode ser construído com materiais oriundos
de outras épocas. Percebemos, assim, que a ordem jurídica é fragmentada e
complexa. Para que não vire um verdadeiro caos, é necessário que tenha
coerência, essencial para o seu funcionamento. Isso quer dizer que, para que as
normas inferiores concretizem as normas superiores, elas devem ter o mesmo
sentido e direção.
Completude
Uma ordem jurídica plena, completa, é aquela que dispõe de normas para
regular todos os casos jurídicos. A teoria coloca que: “por completude entende-
se a propriedade pela qual um ordenamento jurídico tem uma norma para
regular qualquer caso.” (BOBBIO, 2016, p. 115) Então, completude significa
ausência de lacunas. Assim, a completude é uma condição necessária para o
ordenamento, em que valem duas regras: o juiz é obrigado a julgar todas as
controvérsias que se apresentarem a seu exame; e deve julgá-las com base em
uma norma pertencente ao sistema. (BOBBIO, 2016).
Como você pôde perceber, o Direito é um todo construído pelo ordenamento jurídico,
em que tem o ápice na Constituição Federal, sendo que ela é o que dá validade a
todas as normas. Agora que você conhece mais sobre a complexidade do
ordenamento jurídico podemos dar mais um passo no mundo do Direito.
Filosofia do direito
Sociologia ao direito
Falamos em Sociologia do Direito quando se estuda a base social de um
direito específico, é a “análise da maneira por que o nosso direito estatal
reflete a sociedade brasileira em suas linhas gerais” (LYRA FILHO, 1982, p.
33). Trata-se de um ramo da sociologia que busca descrever o fenômeno
jurídico como parte da sociedade. Por outro lado, falamos em Sociologia
Jurídica quando estudamos o Direito em geral, como elemento do processo
sociológico, em qualquer estrutura dada (LYRA FILHO, 1982). A sociologia
Jurídica, portanto, examina a influência dos fatores sociais sobre o direito e
as incidências deste último na sociedade. Trata-se de um ramo que busca
descrever e explicar a eficácia dos institutos jurídicos.
Fato social
Zetética
Concepções epistemológicas
Escola de exegeses
Teologiamo de Ihering
A jurisprudência dos valores traz uma nova forma de pensar o positivismo e a interpretação
jurídica. Ela é usada como uma técnica de estabelecimento de um catálogo objetivo de
valores fundamentais superprotegidos, que a sociedade tutela. Ou seja, em caso de conflito
ou dúvida, aplica-se os valores da sociedade. Com esse tanto de ideias novas surgindo, no
meio do século XX, percebeu-se que falar em positivismo não era suficiente. Assim, alguns
autores entendem a entrada do pós-positivismo, como uma superação do legalismo, com o
reconhecimento de valores por toda a comunidade (BARROSO, 2001).
Hermenêutica
Interpretação do Direito
Sentido
Alcance
Gramatical
Sistemática
Evolutiva
Teleológica
Axiológica
Leva em consideração os princípios do ordenamento jurídico. Afinal, os
princípios, valores, são os nossos guias dentro do Direito.
Tipos de interpretação
Declarativa
Restritiva
Extensiva
Tridimensionalidade Jurídica
Miguel Reale, em sua teoria de Tridimensionalidade Jurídica, diz que o sistema jurídico é
composto de três elementos interdependentes, as normas, os fatos e os valores. Quando
há uma incongruência entre eles é quando temos a lacuna e a quebra da isomorfia no
sistema.
O que se deve fazer no caso da ausência de normas é a integração.
Para Maria Helena Diniz, a teoria das lacunas tem dois objetivos:
Analogia
Analogia legis
Analogia juris
A analogia legis é quando o juiz aplica uma norma existente, destinada a reger um caso
semelhante ao previsto.
Costume jurídico
O costume jurídico é uma norma jurídica obrigatória, mas é uma norma não escrita, que “surge
de uma prática longa, diuturna e reiterada da sociedade”. (NUNES, 2017, p. 145) O costume
jurídico é fruto da prática social individualizada, em que a própria comunidade dá o cunho
obrigatório para ele.
Muitas vezes, por ser essa prática reiterada e advir de baixo pra cima, ou seja, da sociedade
para o Estado não se sabe muito bem qual a sua sanção.
Mas, o que é importante, é o costume e depois, caso não cumprido, o juiz analisará o caso
concreto para se descobrir a sua consequência. (NUNES, 2017).
Os princípios gerais de direito são cânones, “verdades fundante (...) enunciações normativas de
valor genérico, que condicionam e orientam a compreensão do ordenamento jurídico” (REALE,
2013).
Assim, os princípios são componentes do direito, normas positivadas ou não que orientam a
compreensão do sistema jurídico (DINIZ, 2012). Se, mesmo assim, ainda não tiver dado certo a
integração do fato a uma norma, cabe então ao juiz recorrer a equidade.
As normas gerais podem ser alvo de analogia, entretanto, apenas para beneficiar o
réu. A analogia maligna no direito penal não é possível, pois assim o juiz poderia
aumentar a pena de alguém sem prévia cominação legal (GRECO, 2004).
A chamada norma singular, é aquela norma descrita para atingir uma utilidade
especial, que descreve uma exceção, restringe direitos. Assim, a lei que abre
exceção a uma regra geral não pode ser usada para suprir a lacuna de outra
(FERRAZ JR., 2018).