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TRABALHO – 2º Semestre
PROFESSOR
GUSTAVO BOHLER
TAUBATÉ/SP
2022.2
INTRODUÇÃO
Para iniciarmos, o Estudo das Fontes do Direito, é importante definir o que é fonte do
direito. Fonte do Direito é de onde provêm o direito, a origem, nascente, motivação, a
causa das várias manifestações do direito. Nas palavras de Miguel Reale (2003),
Fontes do Direito são “processos ou meios em virtude dos quais as regras jurídicas se
positivam com legítima força obrigatória”. Já para Hans Kelsen (2009) é “o fundamento
de validade da norma jurídica, decorre de uma norma superior, válida.”
Fontes históricas
Para Paulo Nader e Pablo Stolze as fontes históricas são fontes do Direito. Segundo
Paulo Nader (2004) as fontes históricas são “conjuntos de fatos ou elementos das
modernas instituições jurídicas: á época, local, as razões que determinaram a sua
formação”. Em contrapartida Miguel Reale (2003), não considera as fontes históricas
como fontes do direito, pois trata-se de um estudo filosófico e sociológico dos motivos
éticos ou dos fatos econômicos, estudo de outra ciência. Todavia, o estudo deste
artigo irá se concentrar nas FONTES MATERIAIS E FORMAIS DO DIREITO.
DESENVOLVIMENTO
Fontes Materiais
Fontes formais
Por outro lado, as fontes formais, o meio pelo qual as normas jurídicas se exteriorizam,
tornam-se conhecidas. São, portanto, os canais por onde se manifestam as fontes
materiais (GARCIA 2015).
Existem diversas classificações para as fontes formais, quais sejam, ESTATAIS: são
produzidas pelo poder público e correspondem à lei e à jurisprudência E NÃO
ESTATAIS: decorrem diretamente da sociedade ou de seus grupos e segmentos, sendo
representadas pelo costume, doutrina e os negócios jurídicos; ESCRITAS: codificadas,
NÃO ESCRITAS: decorrentes do comportamento, NACIONAIS: são as criadas no BRASIL
E INTERNACIONAIS: as que tem origem na norma estrangeira (GARCIA 2015).
Sendo a fonte direta, imediata ou primária do direito aquela que revela imediatamente
o direito positivo e basta por si mesma, sendo esta a LEI – normas jurídicas escritas
provenientes do estado. Até mesmo porque, adotamos no BRASIL o sistema do CIVIL
LAW, que é uma estrutura jurídica em que a aplicação do direito se dá a partir da
interpretação da LEI.
Lei
Contudo, com o passar dos anos, vêm se admitindo também como FONTE FORMAL
PRIMÁRIA DO DIREITO os PRECEDENTES, que são decisões judiciais reiteradas que
possuem efeitos vinculantes. Os precedentes ganharam essa força a partir da EC
45/2004 que criou as súmulas vinculantes que se tornaram de observância obrigatórias
aos julgadores, assemelhando-se, neste aspecto ao sistema COMMON LAW, onde a
aplicação do direito se dá pelo uso de precedentes e do costume.
Cabe dizer que, a doutrina moderna cita ainda, o Novo CPC como uma indicativa da
força de fonte formal primária dos precedentes, eis que o referido diploma legal no
art. 927 determinou a observância dos julgados na aplicação da Lei. Entretanto, este é
ainda um tema controvertido, uma vez que o Brasil, por ser o país com uma
Constituição rígida exige a subordinação da decisão à LEI e aos princípios éticos sociais.
No que diz respeito às fontes indiretas, mediatas e secundárias, que são aquelas que
suprem a falta de LEI, a Lei de Introdução ao Direito Brasileiro, no art.4º, previu três
delas, quais sejam: a analogia, costumes e princípios gerais do direito, sendo que a
doutrina majoritárias ainda trata de outras, quais sejam: jurisprudência, doutrina,
negócio jurídico, equidade e brocardos jurídicos.
Analogia
Costumes
São ideias jurídicas gerais que sustentam, dão base ao ordenamento jurídico e não
necessariamente precisam estar escritos para serem válidos. Logo, tratam-se de
preceitos essenciais, que fundamentam o Direito ou certos ramos do Direito, sendo o
entendimento atual de que os princípios gerais do direito possuem força normativa,
Ex. principio da dignidade da pessoa humana.
A partir daqui, as próximas fontes que iremos ver são tratadas por alguns como fontes
formais indiretas do direito e por outros como forma de interpretação da norma.
Doutrina:
Maria Helena DINIZ (2008) tratando A DOUTRINA como fonte formal indireta a
conceitua como fonte decorrente da atividade científico-jurídica, isto é, dos estudos
científicos realizados pelos juristas, na análise e sistematização, interpretação,
elaboração das normas jurídicas, facilitando e orientando a tarefa de aplicar o direito,
e na apreciação da justiça ou conveniência dos dispositivos legais, adequando-os aos
fins que o direito deve perseguir.
A Doutrina, assim, exerce função de relevância na elaboração, reforma e aplicação do
Direito, influenciando a legislação e a jurisprudência, bem como o ensino ministrado
nos cursos jurídicos.
Por outro lado, Miguel Reale (2003) e Paulo de Barros Carvalho entendem que a
doutrina não altera a estrutura do direito apenas ajuda a compreende-lo e portanto
seria uma forma de interpretação do direito e não uma fonte.
Jurisprudência
Equidade
Neste ponto, considera-se que a equidade poderá ser tanto fonte do direito como
fonte de integração da norma, será fonte do direito quando a própria lei prevê a
possibilidade de sua aplicação pelo juiz no momento do julgamento ( art. 140,
parágrafo único do CPC, art. 8ºda CLT) , por outro lado será integração da norma
quando houver uma lacuna da lei e se fizer necessária a integração pelo uso da
equidade.
Negócios jurídicos
Brocardos jurídicos
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Por fim, conclui-se que as Fontes do Direito são de suma importância para a aplicação
do direito no caso em concreto, sendo a Lei insuficiente, é possível a busca de outras
fontes para a solução do caso.
REFERÊNCIAS
https://www.migalhas.com.br/depeso/93550/defeitos-dos-negocios-juridicos-em-
face-do-codigo-civil-de-2002