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INTERPRETAÇÃO
A lei não é a única fonte de direito.
A lei convive com outras fontes normativas, como: os atos administrativos, a
jurisprudência, os contratos, os tratados internacionais etc. (temos uma multiplicidade
de fontes do direito).
Característica do direito empresarial - Cosmopolitismo: considerando a
globalização, o Direito Empresarial visa atender questões comerciais
independentemente da nacionalidade dos indivíduos ou de sua localização, uma vez que
os fatores de produção não possuem fronteiras.
As normas de direito empresarial são iguais em cerca de 170 países no mundo,
com algumas pequenas variações decorrentes do direito em que cada país tem de
estabelecer diferenças destas normas praticamente internacionais do direito empresarial.
Isso acontece para que o comercio internacional seja viabilizado. (exemplo: regulação
das sociedades, notas promissórias, cheques, título de dívida etc.)
SIGNO + SIGNIFICANTE + SIGNIFICADO = NORMA.
Significante é a pessoa que atribui significado ao signo: exemplo: juiz,
interpretações etc.
Signo – é proibido fumar.
Quando você tem um texto de lei, você não tem a norma, você tem um texto de
norma.
A norma jurídica ela só irá surgir depois que for atribuído um significado
normativo á aquele signo (o texto da norma).
A uma diferença entre o texto da norma (o signo) e o significado. Porque entre o
signo e o significado, está o significante que é a pessoa que atribui significado ao signo,
podendo ser o juiz.
QUAL É A NORMA MAIS IMPORTANTE?
Convivência social.
Conviver é um exercício diário de cidadania. Viver em sociedade é, acima de
tudo, uma necessidade humana. Torna-se simples quando se depende uns dos outros
para viver melhor. Esse exercício social se inclina, principalmente, ao respeito, às
diferenças e ao ato de obedecer às regras de conduta moral e ética.
VALORES, VONTADE GERAL, FONTES DE DIREITO, NORMAS
JURÍDICAS – PRINCÍPIOS E REGRAS, ESTRUTURAÇÃO DE OBJETIVOS,
PREVENÇÃO / SOLUÇÕES, PAZ SOCIAL E FELICIDADE.
Norma Jurídica temos que pensar nela como um gênero, do qual existem duas
espécies: as normas jurídicas do tipo princípios e as normas jurídicas do tipo regra.
As principiológicas tem um conteúdo normativo amplo. (ele é mais genérico que
as normas jurídicas do tipo regra) – porque as regras são estabelecidas no ordenamento
com aquela ideia logica de que se A FIZER B, A DEVE SER C.
As regras têm um conteúdo normativo amplo, mas não tão amplo, não tão
abstrato, do que o conteúdo normativo dos princípios.
Geralmente os princípios os comandos são bem amplos e as vezes implícitos, ele
é deduzido a partir da análise de circunstâncias do fato. (Então o fato social por
exemplo, interfere na definição de um conteúdo normativo de um princípio dependendo
do contexto.) por exemplo a palavra justiça ...
O nosso ordenamento jurídico é um misto entre princípios e regras. As regras
submetem – se aos princípios. Ele foi pensado dessa maneira para permitir a evolução
do sistema jurídico na medida na evolução da sociedade.
O pós-positivismo tenta restabelecer uma relação entre direito e ética, pois busca
materializar a relação entre valores, princípios, regras e a teoria dos direitos
fundamentais e para isso, valoriza os princípios e sua inserção nos diversos textos
constitucionais para que haja o reconhecimento de sua normatividade pela ordem
jurídica.
Prevenção / solução de conflitos – viés mais tradicional do direito. O Direito é o
estruturador de objetivos, que por meio dessa estrutura, ser houver conflito, ser houver
processo judicial para resolver esse conflito, teremos indicadores negativos de
desempenho da minha estratégia jurídica. (há quem entenda que o direito existe para
estruturar objetivos e há quem entenda que ele existe para prevenir ou solucionar
conflitos por meio de (processos judiciais – esse meio é o mais perigoso)
Tudo isso visando a paz na sociedade que é o instrumento fundamental da
felicidade, que segundo Aristóteles é o bem supremo.
FONTES DO DIREITO.
Princípios explícitos são aqueles que estão declarados no texto da norma, como
o princípio isonomia por exemplo e que além de estar declarado na fonte do direito, esse
texto é autoexplicativo. CF art. 5° - caput. Existe um comando normativo que declara
que ele existe e que muitas vezes declara o que ele significa, outras vezes é declarado a
sua existência no texto da norma, mas a norma não explica o que aquilo significa no
ponto jurídico, entrando assim a interpretação de que existe o significante para dar
significado normativo ao texto. (CF, leis e contratos)
Princípios implícitos são aqueles que, embora não estejam expressos na
Constituição, decorrem do seu sistema, dos seus valores e dos seus princípios gerais,
podendo ser inferidos a partir de normas e dispositivos esparsos em leis
infraconstitucionais (o princípio de justiça é implícito, cada um deve ser dado o que é
seu) – trabalho indutivo e científico do jurista.
Generalidade das normas – elas não são feitas para uma pessoa, mas sim para as
pessoas de direito público ou privado, físicas ou jurídicas que se enquadram naquela
situação genérica. Então é uma forma normativa que admite as pessoas e situações que
se adequam a ela para estabelecer um determinado resultado. (art. 222 da CF) – essa
norma ela foi estabelecida por conta de uma pessoa física, mas serve para todos.
Pirâmide invertida -
VALORES
PRINC.FUNDAMENTAIS
PRINC. GERAIS
PRINC. ESPECIFICOS
REGRA 3
REGRA 2
REGRA 1
USOS E COSTUMES.
Os usos e costumes são a segunda fonte subsidiaria do Direito empresarial.
Quando o direito empresarial surgiu na idade média a fonte primaria eram os
usos e costumes, praticadas nas praças de comercio das cidades continentais da Europa,
e ainda tem uma relevância até hoje no direito comercial.
Quando se fala em usos e costumes, existe uma diferença entre usos e costumes
propriamente ditos e atos de natureza comercial não regulados por lei e realizados
usualmente pelos empresários na prática da vida comercial.
Qual é essa diferença?
Os usos e costumes propriamente ditos são aqueles que foram identificados e
reconhecidos pela junta comercial. Já os de natureza comercial não foram formalizados,
mas praticados pelos empresários.
JURISPRUDÊNCIA.
A Jurisprudência é a terceira fonte subsidiaria do Direito empresarial.
É uma fonte importantíssima nos dias de hoje, principalmente depois que a
constituição foi alterada e passou-se a reconhecer no Art. 103 - A, a sumula de efeito
vinculante estabelecida pelo STF.
A jurisprudência mesmo que por sumulas vinculantes e por meio de acórdãos,
que estabelecem julgamentos distintos a respeito do mesmo assunto, são fontes
importantes do direito empresarial e do direito de uma forma geral.
A divergência jurisprudencial é o fundamento para o recurso especial e para o
recurso de revista, que são recursos que levam o processo para a terceira instancia.
ANALOGIA E PRINCÍPIOS GERAIS DO DIREITO
Analogia e princípios gerais do direito não são fontes do direito, mas são
métodos que poderão ser usados para tomar uma norma que foi pensada para uma certa
situação e aplicá-la a outra analogicamente (mutatis mutandis).
Haverá normas não regulamentadas que irão necessitar de devidas adaptações
para a sua aplicação.
E os princípios gerais do direito não são fontes do direito, mas são reconhecidos
como espécie do gênero norma e usados para fundamentar interesses e situações do
direito empresarial.
DOUTRINA.
A doutrina é uma fonte indireta, mas é de extrema importância porque a
interpretação do texto passa pelo entendimento acadêmico científico.
Atenção – as palavras são polissêmicas, uma mesma palavra pode ter diversos
significados.
Histórico
Conceito de direito empresarial
Matéria empresarial
INÍCIO DA CIVILIZAÇÃO; POLÍTICA DE SUBSISTÊNCIA;
inviabilidade.
Núcleo da teoria geral do direito empresarial, que começam pelos aspectos
históricos.
Política de subsistências: as pessoas tentavam produzir o que precisavam para
sobreviver, porém, essa política é inviável. Sendo assim a sociedade evoluiu essa ideia
para uma política de trocas (trocas de bens supérfluos), mas havia um problema no
sistema de trocas, que era a falta de equivalência dos bens. (por esse motivo ela não se
mostrou adequada). Surgindo assim a moeda.
Com a moeda, surgiu a compra e venda e a atividade comercial.
No início da atividade comercial não havia regulamentação estatal: existia um
sistema de autorregulação estabelecido pelos próprios comerciantes, com fundamento
nos usos e costumes da atividade comercial.
Surgindo assim também o comerciante, que nada mais é a pessoa que tem como
fundamento profissional a troca (compra por menos e revende por mais).
Surgiu o comerciante e a própria atividade comercial, mas não surgiu o direito
comercial. Porque a atividade comercial ela era considerada como indigna no direito
romano (então quem realizava a atividade comercial em Roma eram os estrangeiros
e/ou os escravos em nome ou em favor dos cidadãos romanos). Por isso não havia uma
regulação específica para o direito comercial.
As normas de direito comercial surgiram apenas na idade média, quando se
desenvolveram na Europa, principalmente na parte continental, os mercados e as feiras.
O direito comercial surgiu apenas por uma necessidade dos comerciantes que
passaram a se reunir em corporações de ofício de mercadores e nessas corporações eram
eleitos cônsules.
Os cônsules eram comerciantes escolhidos pelos próprios comerciantes
responsáveis por dirimir controvérsias da vida comercial, que eram resolvidas pelos
usos e costumes.
Com o tempo as decisões dos cônsules eram escritas nos estatutos das cidades.
Depois da idade média em 1673 ocorreu as ordenanças que tinha como objetivo
estabelecer um padrão regulatório único para a atividade comercial em toda França.
Entre 1789 e 1799 ocorreu a revolução francesa e um dos ideais dessa revolução
era o enfraquecimento da burguesia, as ideias da igualdade, liberdade e fraternidade, e
quando o napoleão assumiu o comando da França, ele intensificou no âmbito jurídico o
movimento de codificação do direito francês, que foi aprovado pela assembleia nacional
constituinte de 1970. Nesse contexto foi promulgado o código civil francês em 1804 e o
código do comercio em 1807 (inspirados nas normas previstas de 1673).
O movimento de codificação de direito francês influenciou vários países,
inclusive o brasil.
O brasil surgiu em ponto de vista econômico em 1808, quando foi decretado a
abertura dos portos brasileiros às nações amigas por D. João VI.
Iniciando assim o desenvolvimento econômico e social no Brasil.
E foi esse desenvolvimento econômico que fundamentou a independência do
brasil que aconteceu no dia 7 de setembro de 1822.
Em 1850, Dom Pedro II promulgou o Código Comercial brasileiro
Até os dias atuais, o Código Comercial (Lei n. 556/1850) é a lei brasileira mais
antiga em vigor: encontra-se em vigor o capítulo que trata do direito comercial
marítimo, pois o direito comercial terrestre foi revogado pelo Código Civil de 2002.
A independência do Brasil exigiu a criação de normas brasileiras. E nesse
contexto em 1832, D. Pedro I nomeou uma comissão de juristas, todos formados
basicamente em Portugal para escrever o código comercial e esse código foi
promulgado por d. Pedro II em 1850.
O Código de 1850 é uma compilação do código de comercio francês de 1807.
O código de 1850 foi revogado em sua primeira parte pelo código civil de 2002
(atividade comercial terrestre).
Em 2002, foi promulgado o Código Civil brasileiro (Lei 10.406, de
10/01/2002), que entrou em vigor em 10/01/2003
O código civil de 2002 atualizou as normas do código comercial de 1850.
POR QUE TUDO ISSO É IMPORTANTE?
Porque vamos confrontar instrumentos colocados à disposição do empresário e
da sociedade empresária que não fazem sentido nos dias de hoje, porque não são
utilizados, mas que encontram fundamento na evolução na regulação da atividade
comercial.