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Teórica 13.02.

2023

A economia centrada nos meios, trata da relação entre o homem e o mundo por mediação
dos outros homens. A politica cuida da relação entre os homens por mediação de eleições.
O direito trata da relação dos homens com os homens e o mundo, por mediação de um
sentido.
Um sentido é um referente fundamentante e convocante, de que nós somos os criadores.
Se o direito se poliniza num sentido, que tem a ver com os ditos sentidos, temos que dizer
sim ou não. É absolutamente necessário que haja uma segunda natureza que cuide do
problema.
Meios e fins. O direito – a relação de que se ocupa o direito é uma relação fundamente a
consequências.
A perspetiva e o conteúdo
1. Procedimental ou material?
2. A tematização do sentido não é um luxo de intelectuais

O fator determinante esta na experiência concreta, em problemas conceitos. Não se


manifestam por existência divina, tem a sua raiz em problemas concretos. Alguns
problemas do nosso dia a dia tem a ver com a normatividade jurídica, levando-nos a pensar
na razão para tal. O que temos aqui é problemas fundamento critérios.
Pensamento positivista. O apor do positivismo é muito importante. Houve razoes múltiplas
para que ele emergisse, contribuíram para matar na totalidade o estado absoluto anterior. O
positivismo pos a questão da importância do sentido para o jurista que ve as coisas como
nos. O positivismo não pos esse problema, o que relevou não foi o sentido, fpi a vontade
politica. O jurista tem que apreender o direito para o praticar.
O direito humaniza o homem, procura levar o homem a ser em cada momento, como deve
de ser. We need a dream world in order to achieve a real world. O sentido tem que ver com
isto. Nós somos seres utópicos, estamos condenados a tal, sendo esta a nossa fraqueza.
Os sentidos radicam em problemas, e vão emergindo
As normas jurídicas legais não solucionam sem esforço os problemas.
O António todos os dias dá uma sova à Maria lá em casa – não há nenhuma norma que
diga especificamente que não pode acontecer. Há normas que de determinada maneira nos
dão a informação para que se possa resolver este caso.
Página 506 nota 163 – manual – acentuação da relevância para caracterizar o modo como
se deve compreender a ordem jurídica. Existe uma dialetica a abertura cognitiva e ??
Direito, politica, economia – sub sistema prático
O direito recebe contributos da politica, economia, politica e cultura..
Prática 28.02 – lição 14

Teórica 13.03.23 – lição 15 (não terminou)


15.ª Lição: A Objetivação da Normatividade Jurídica
O direito como Sistema Jurídico: o modo de objetivação da normatividade jurídica
manifesta-se num sistema. Institucionalmente, o direito surge como ordem jurídica;
intencionalmente, apresenta-se como sistema jurídico.
Qualquer sistema jurídico se caracteriza pelas notas de unidade e coerência. A unidade do
sistema jurídico é precisamente uma exigência lógica, com interesse prático, que garante a
não-contradição e assegura a programação da vida, um pressuposto da realização da
segurança através do direito. Assim, o direito tem que ser uma ordem em que se objective a
normatividade vigente. Contudo, ele também ajuíza, igualmente, em termos valoradores, os
critérios da própria acção.
O direito é necessariamente uma ordem, mas não menos necessariamente um problema.
De que tipo há-de ser o sistema jurídico? Como se manifesta ele?
-> A perspectiva normativística do sistema jurídico que traduz a concepção positivista
do direito: dominou o pensamento jurídico europeu desde o início do século XIX. Teve a
sua origem no jusnaturalismo – num pensamento lógico-abstracto e axiomático-dedutivo
que concebia o sistema jurídico como um sistema logicamente estruturado com base nas
posições abstractas que se manifestavam antes da sua aplicação concreta, sob a forma de
normas. O normativismo foi a tradução daquilo mesmo;
-> Opõe-se a esta concepção normativa uma perspectiva casuística, de que é exemplo o
direito romano clássico (um sistema jurisprudencial doutrinal), o direito medieval (um
sistema
jurisprudencial hermenêutico), ou acutalmente o sistema inglês da Common Law – um
sistema
baseado em precedentes, isto é, na resolução de casos concretos, toma-se como ponto de
partida a comparação do fundamento normativo material de casos análogos precedentes. O
casuísmo era portanto uma perspectiva mais antiga, pelo que o normativismo constituiu
uma
novidade. Do ponto de vista casuístico dá-se enorme importância à figura do jurista,
enquanto
instância de reconstituição do fundamento jurídico nuclear e culturalmente conservadora.
Era
um sistema complexo constituído por várias dimensões;
-> O racionalismo moderno mudou as coisas. Quis eliminar a pluridimensional
complexidade do sistema jurídico do direito romano e do direito pré-moderno ao afirmar a
unidimensionalidade do sistema jurídico: era composto por um só estrato imposto ao
legislador. Esta concepção normativista foi a concepção do positivismo ulterior que via o
sistema jurídico como um sistema concluso, um conjunto de normas legais que contém a
resolução de todos os problemas da vida concreta, porque direito era igual à lei;
-> Hoje, o entendimento do positivismo jurídico é insustentável. Temos que descobrir um
entendimento do sistema que se mostra liberto das aforias positivistas. Nem toda a
normatividade material que transcreve as normas pré-existentes – não só uma
normatividade
que está acima das normas legais, mas também a normatividade que está abaixo destas (a
própria normatividade jurídica numa dimensão integrante do sistema jurídico). É certo que o
positivismo jurídico falava já em princípios, mas estes não eram ainda princípios normativos,
mas sim gerais do direito (generalizações lógicas das normas positivas). Ao formarmos
princípios normativos, estamos já a fazer referência ao primeiro estrato do sistema jurídico.

Prática 14/03
Norma, critério, decisão. Entre estes tem que existir fundamento, as respostas dos juristas
têm que ser fundamentadas. Existem vários extratos do sistema jurídico, nós atualmente
não somos, na maioria, positivistas. A lei não se baseia apenas em códigos, baseia-se em
variados extratos do sistema, entre eles jurisprudência, doutrinas, lei. Nós precisamos de
ver a relação dialética entre todos eles de forma a resolver os problemas que enquanto
juristas, nos são apresentados.
Lição 15 – sistema jurídico
Vamos tentar perceber o direito ao contrário da perspetiva positivista. O direito não se reduz
às normas jurídicas legais.
Hoje percebemos que o direito é muito mais que um conjunto de normas, não se reduzindo
à legislação. O sistema jurídico é composto por um conjunto de normas que representam
apenas um dos estratos do próprio.
Qual é a relevância metodomologica do sistema jurídico?
Consiste no percurso racionalmente percorrido pelo jurista desde o momento em que se
confronta com o caso até que o resolve judicativo-decisoriamente.
Caso/norma//fundamentação//decisão judicativa. A decisão tem de ser judicativa ou seja,
fundamentada, não pode ser resultado do arbítrio de quem a profere, se não for
fundamentada, não percebemos como se chegou aquela conclusão. É aqui que entra o
juízo de fundamentação. A fundamentação deve ser baseada no sistema jurídico, que é
uma pluralidade de extratos, e é nestes últimos que o jurista encontra a fundamentação.
Como é que faz, então, o jurista? // vai fundamentar, encontrar a fundamentação nos
extratos do sistema jurídico para tomar a decisão e so assim esta pode ser criticada.
Os diversos extratos:
O sentido do direito é transversal, trespassa todos os outros e todos os outros o
pressupõem. Os princípios:

 Positivos
 Supra-positivos
 Transpositivos
Polarizam-se em determinados valores.
As normas jurídicas legais: - 131 Código Penal

 Previsão
 Estatuição
O legislador prevê, vê antes uma determinada situação, depois, a essa visão anterior vai
associar uma consequência (estatuição). Nota – os princípios projetam-se nas normas
jurídico-legais.
Jurisprudencia: produto da atividade dos tribunais que vao sendo depositadas criando um
historial de decisões que vao sendo arquivadas e que podem – devem ser consultadas.
Doutrina: o resultado da atividade dos pensadores do Direito – autores juridicos (é através
dos estratos do sistema jurídico que o jurista vai construir a sua fundamentação, daí a
importância da relevância metodonomologia)
Realidade jurídica: é um estrato do sistema jurídico, os próprios particulares dao se a si
próprios o direito pelo qual se regem. Exemplo: o p. da liberdade contratual 219 CC
Regras ou bordões procedimentais: o cumprimento entre os sujeitos processuais. O sistema
jurídico tem uma pluralidade de fatores que estão numa relação dialética. Quanto às 3
classificaçoes dos princípios:
1. Positivo: quando o principio esta consagrado no sistema jurídico, é um principio
normativo positivo. Ex: normalidade contratual – está no ordenamento jurídico.
Traduz-se no facto de existir em cada um de nós o poder de escolha e de fixar
livremente o conteúdo do contrato, embora com algumas restrições. O principio da
liberdade contratual existe mas não é absoluto ; o principio da boa fé (762 CC), que
impõe que as partes adotem honestidade.
2. Suprapositivisto: radicam, polarizam na própria ideia de direito, mesmo que não
estejam consagrados no nosso ordenamento jurídico, estão presentes. Estão para
alem da positivação. O principio da legalidade é positivo, transpositivo e também
suprapositivos
3. Transpositivisto: caracterizam um determinado ramo do Direito, dao especificidade a
esse ramo do Direito. O principio do in duvio pro reu, individualiza um tipo de direito,
e estes são também, princípios positivos. Princípios que dao marca de contraste. Em
direito da família, temos o principio basilar, o principio da igualdade dos cônjuges,
também é positivo e transpositivo.
Ainda quanto as normas legais estas são as concretização dos princípios, estrato
pragmaticamente mais importante. Por de trás de uma norma, há sempre um princípio
normativo. Que radica em valores, em que um determinado momento histórico.
Se eu resolver um caso através de uma norma ou utilizar ou chamar a norma estou
também a chamar um ou mais princípios subjacentes a esta e ao sentido do direito. É
composta por uma previsão e uma estatuição. O legislador ao criar uma norma antevê
que pode ocorrer uma determinada situação e uma determinada consequência. É esta a
estrutura logica das normas. Por um lado, resulta de uma situação em que o legislador
teve que assumir. Existe aqui uma autoridade em que ele decidiu a consequência –
momento de autoridade implícito.
Quanto à dogmática, esta reproduz o que é resultado da atividade dos autores juridicos,
que fazem uma descrição do direito vigente. Fazem uma exposição de um determinado
tipo de Direito. Para alem de o sistematizar, também fornece modelos práticos que nos
guiam a nós juristas porque nos desoneram iniciar a questão a partir do seu fundo.
Quanto à jurisprudência, prende-se com a atividade dos tribunais.

Pratica 21/03/23 – Continuação da lição 15


Existem bases de dados dos tribunais (www.dgsi.pt).
O tribunal tem as normas e procede à experimentação das mesmas logo uma sentença é
algo que nos desonera, o que nos liberta. Os precedentes jurisdicionais têm também esta
função de aliviar o esforço que temos que fazer e por isso vamos nos socorrer daquelas
sentenças que nos forem mais favoráveis.
O jurista resolve os casos com que se confronta socorrendo-se de uma norma que tem por
de trás um principio normativo e o sentido do Direito e até mesmo a doutrina ou a dogmática
assim como a jurisprudência.

Teórica 27/03/23 – Inicio da lição 16

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