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2023
A economia centrada nos meios, trata da relação entre o homem e o mundo por mediação
dos outros homens. A politica cuida da relação entre os homens por mediação de eleições.
O direito trata da relação dos homens com os homens e o mundo, por mediação de um
sentido.
Um sentido é um referente fundamentante e convocante, de que nós somos os criadores.
Se o direito se poliniza num sentido, que tem a ver com os ditos sentidos, temos que dizer
sim ou não. É absolutamente necessário que haja uma segunda natureza que cuide do
problema.
Meios e fins. O direito – a relação de que se ocupa o direito é uma relação fundamente a
consequências.
A perspetiva e o conteúdo
1. Procedimental ou material?
2. A tematização do sentido não é um luxo de intelectuais
Prática 14/03
Norma, critério, decisão. Entre estes tem que existir fundamento, as respostas dos juristas
têm que ser fundamentadas. Existem vários extratos do sistema jurídico, nós atualmente
não somos, na maioria, positivistas. A lei não se baseia apenas em códigos, baseia-se em
variados extratos do sistema, entre eles jurisprudência, doutrinas, lei. Nós precisamos de
ver a relação dialética entre todos eles de forma a resolver os problemas que enquanto
juristas, nos são apresentados.
Lição 15 – sistema jurídico
Vamos tentar perceber o direito ao contrário da perspetiva positivista. O direito não se reduz
às normas jurídicas legais.
Hoje percebemos que o direito é muito mais que um conjunto de normas, não se reduzindo
à legislação. O sistema jurídico é composto por um conjunto de normas que representam
apenas um dos estratos do próprio.
Qual é a relevância metodomologica do sistema jurídico?
Consiste no percurso racionalmente percorrido pelo jurista desde o momento em que se
confronta com o caso até que o resolve judicativo-decisoriamente.
Caso/norma//fundamentação//decisão judicativa. A decisão tem de ser judicativa ou seja,
fundamentada, não pode ser resultado do arbítrio de quem a profere, se não for
fundamentada, não percebemos como se chegou aquela conclusão. É aqui que entra o
juízo de fundamentação. A fundamentação deve ser baseada no sistema jurídico, que é
uma pluralidade de extratos, e é nestes últimos que o jurista encontra a fundamentação.
Como é que faz, então, o jurista? // vai fundamentar, encontrar a fundamentação nos
extratos do sistema jurídico para tomar a decisão e so assim esta pode ser criticada.
Os diversos extratos:
O sentido do direito é transversal, trespassa todos os outros e todos os outros o
pressupõem. Os princípios:
Positivos
Supra-positivos
Transpositivos
Polarizam-se em determinados valores.
As normas jurídicas legais: - 131 Código Penal
Previsão
Estatuição
O legislador prevê, vê antes uma determinada situação, depois, a essa visão anterior vai
associar uma consequência (estatuição). Nota – os princípios projetam-se nas normas
jurídico-legais.
Jurisprudencia: produto da atividade dos tribunais que vao sendo depositadas criando um
historial de decisões que vao sendo arquivadas e que podem – devem ser consultadas.
Doutrina: o resultado da atividade dos pensadores do Direito – autores juridicos (é através
dos estratos do sistema jurídico que o jurista vai construir a sua fundamentação, daí a
importância da relevância metodonomologia)
Realidade jurídica: é um estrato do sistema jurídico, os próprios particulares dao se a si
próprios o direito pelo qual se regem. Exemplo: o p. da liberdade contratual 219 CC
Regras ou bordões procedimentais: o cumprimento entre os sujeitos processuais. O sistema
jurídico tem uma pluralidade de fatores que estão numa relação dialética. Quanto às 3
classificaçoes dos princípios:
1. Positivo: quando o principio esta consagrado no sistema jurídico, é um principio
normativo positivo. Ex: normalidade contratual – está no ordenamento jurídico.
Traduz-se no facto de existir em cada um de nós o poder de escolha e de fixar
livremente o conteúdo do contrato, embora com algumas restrições. O principio da
liberdade contratual existe mas não é absoluto ; o principio da boa fé (762 CC), que
impõe que as partes adotem honestidade.
2. Suprapositivisto: radicam, polarizam na própria ideia de direito, mesmo que não
estejam consagrados no nosso ordenamento jurídico, estão presentes. Estão para
alem da positivação. O principio da legalidade é positivo, transpositivo e também
suprapositivos
3. Transpositivisto: caracterizam um determinado ramo do Direito, dao especificidade a
esse ramo do Direito. O principio do in duvio pro reu, individualiza um tipo de direito,
e estes são também, princípios positivos. Princípios que dao marca de contraste. Em
direito da família, temos o principio basilar, o principio da igualdade dos cônjuges,
também é positivo e transpositivo.
Ainda quanto as normas legais estas são as concretização dos princípios, estrato
pragmaticamente mais importante. Por de trás de uma norma, há sempre um princípio
normativo. Que radica em valores, em que um determinado momento histórico.
Se eu resolver um caso através de uma norma ou utilizar ou chamar a norma estou
também a chamar um ou mais princípios subjacentes a esta e ao sentido do direito. É
composta por uma previsão e uma estatuição. O legislador ao criar uma norma antevê
que pode ocorrer uma determinada situação e uma determinada consequência. É esta a
estrutura logica das normas. Por um lado, resulta de uma situação em que o legislador
teve que assumir. Existe aqui uma autoridade em que ele decidiu a consequência –
momento de autoridade implícito.
Quanto à dogmática, esta reproduz o que é resultado da atividade dos autores juridicos,
que fazem uma descrição do direito vigente. Fazem uma exposição de um determinado
tipo de Direito. Para alem de o sistematizar, também fornece modelos práticos que nos
guiam a nós juristas porque nos desoneram iniciar a questão a partir do seu fundo.
Quanto à jurisprudência, prende-se com a atividade dos tribunais.