Você está na página 1de 7

LÓGICA E ARGUMENTAÇÃO JURIDICA

17/02/2023 – Aula T/P

A palavra “persuasão” é fundamental nesta disciplina.

Tudo depende de um processo dialético assente na persuasão.

Lógica formal

Lógica material

-Apresentação ;

24/02/2023 – Aula T/P

A palavra sofista significa pessoa habilidosa na argumentação desonesta.

O raciocínio humano tem 2 pontos :

 Plano interno :
 Ideia ;
 Juízo ;
 Raciocínio ;
 Plano externo ;

Na lógica material estudamos a operação da mente de outros ou de nós próprios.

Na lógica formal partindo de 2 premissas válidas o resultado é sempre o mesmo. Se as


conclusões são sempre a mesma basta inserir determinadas premissas e este vai ajudar-nos.

A lógica material é informal , impura , maior , criativa , construtiva , imaginativa , uma lógica de
compromisso , uma lógica valorativa na medida em que é a lógica do bem , do mal , do certo e
do incerto.

A lógica material admite fatores de subjetividade.

Lógica jurídica é uma lógica material que visa refletir sobre o que fazer quando nos limites do
possível queremos chegar a juízos razoáveis e justos. Visa refletir sobre o que fazer e que
comportamentos a adotar.

03/03/2023 – Aula T/P

Não existe conclusões de probabilidade mas conclusões de certeza.

A lógica jurídica é uma lógica material assente na dialética e na argumentação com vista a
persuadir um auditório.
Lógica jurídica :

Lógica jurídica é uma lógica material que visa refletir sobre o que fazer quando nos limites do
possível queremos chegar a raciocínios razoáveis e justos.

Quando nos limites do possível queremos chegar/atingir juízos razoáveis e justos , ou seja ,
queremos alcançar e fazer justiça.

Se no âmbito da criação e especialmente da aplicação da lei grande parte do processo

Se não for permitida a interpretação da lei , a dicotomia entre as correntes que defendem a
interpretação da lei que são as correntes atuais na maioria dos países , e quando estamos
perante correntes jurídicas que defende/permite e que ache essencial a interpretação da lei
quais são os limites dessa interpretação da lei? É a dicotomia entre o positivismo e o
jusnaturalismo.

O jusnaturalismo defende que o direito é composto por 2 vertentes :

 A vertente positivada (o direito tal e qual como está escrito) ;


 Os princípios , interpretações etc… ;
 É uma corrente dualista ;

Por outro lado , uma corrente positivista é uma corrente monista , ou seja , o direito é apenas
a vontade do legislador representada na lei.

Qual o fundamento ou razão para o dever de obediência à lei? A resposta positivista


fundamento para o dever de obediência à lei está na vontade do legislador. A resposta
jusnaturalista diz-nos que só devemos obedecer esta lei se esta resultar de uma combinação
entre o direito legislado , que por sua vez é limitado.

Se dissermos que uma corrente jusnaturalista é aquela em que o legislador aceita e poe a si
mesmo limites , então o que será o direito natural?

O direito natural para uns constitui sempre um limite ao legislador , para outros provem de
outras coisas , mas que no essencial tem sempre a função de impor limites quer ao legislador
quer ao intérprete.

Pelo contrário , a solução positivista consiste num direito cuja validade não se interroga e que
pode consistir numa mera técnica de controlo social que está ao saber de quem a cada
momento se apodera do poder.

Em correntes positivistas a imprevisibilidade era tal que estaríamos sempre ao favor do


legislador em questão.

O direito natural é fundamento do pensamento jusnaturalista.

Existem várias correntes das doutrinas jusnaturalistas.

Em que que assenta este direito natural?


Na Grécia uma corrente sofista diz que o direito natural se baseia na própria natureza humana
pois esta traz consigo um conjunto de princípios que devem ser respeitados. Na natureza
humana algo diz que não devemos atentar contra a vida do outro pois isso é censurável , no
extremo o atentado livre e permanente contra a vida do outro iria levar à extinção da espécie.

O direito natural dá o sentido , fim e ética normativa ao direito positivo , ou seja , o direito
positivo tem como limite aquilo que resulta desta harmonia da vida na terra.

Naturalmente , surgem em determinados momentos algumas controvérsias entre o que é


direito , se é justo , se é injusto etc… , mas sobre as relações entre o direito e a justiça ….ver
sebenta….

10/03/2023 – Aula T/P

O direito e a justiça têm relações difíceis.

Quando há alguma “discussão” a justiça tem sempre razão.

O conceito de “direito natural” é algo superior a nos que se impõe à natureza humana e
conforme as correntes e épocas se reconduz a várias entidades/ordens de fatores.

Esses princípios do direito natural reconduzem-se a deus , como por exemplo , não matar etc…

Existe uma dificuldade em arranjar uma definição para direito natural , mas todos nós estamos
de acordo que este está acima do direito positivo/da vontade do homem/legislador.

Estes valores encontram-se acima do direito positivo/da vontade do legislador e portanto


transcendem o legislador e obrigam o legislador constituinte.

Será que se não houver no código penal ou na CRP uma norma jurídica que diga que a vida
humana é inviolável , não está o legislador na mesma obrigado a respeita-la?

A existência de tais princípios decorre a obrigação de o juiz na fundamentação da sua sentença


aferir se a sua solução é justa , equitativa , razoável e socialmente aceitável , e onde é que ele
vai apelar para fazer este julgamento? Aos princípios fundamentais do direito.

Esta obrigação que o juiz tem de ver se a sua solução é justa (tem contribuído muito para a
mudança de regimes jurídicos) , equitativa , razoável e socialmente aceitável.

Se existe um conjunto de valores que se chamam de princípios fundamentais do direito , e se


eles chegaram até nós e foram progressivamente assumindo forma de letra de lei , existiram
documentos fundamentais neste caminho que é importante que os alunos de direito os
conheçam.

O que são os princípios fundamentais de direito?


O que são os princípios gerais de direito?

São grandes linhas orientadoras de cada ramo do direito e que se extraem do próprio direito
positivo. Por exemplo , princípios gerais do direito constitucional (separação de poderes etc..).

Para que as leis sejam “boas” deve intervir na sua feitura o legislador , mas também deve
intervir quem aplica essas leis.

A lei não faz sentido se não tiver como fim os cidadãos , ou seja , deve pensar nos seus
destinatários e nas consequências que pode gerar.

Os princípios gerais do direito têm um sentido mais restrito/técnico.

Na idade média : Recusa a existência de leis injusta , chegando até mesmo a afirmar que caso
seja injusto a população deve recusar-se a aplica-la ;

Jusnaturalismo/dualismo , ou seja , o direito é constituído pela regra jurídica positivada + os


princípios fundamentais de direito , por outro lado , o positivismo é caracterizado por ser uma
doutrina monista , ou seja , o direito é a lei e tudo que não for lei também não é direito.

Confusão entre direito e justiça : se se aplicou o direito , a lei diz que se aplicou isto e fez-se
justiça , ou então , nem sequer se pode questionar se foi feita , ou não , justiça , por exemplo ,
num teste aparece a seguinte questão :

Confronte o dever de o juiz aferir se a sua sentença é justa , equitativa , razoável e socialmente
aceitável , colocar-se-ia logo aqui o confronto com a visão monista/positivista.

Primeira grande manifestação de uma forma de positivismo :

Um ponto comum que todas as correntes positivistas têm é que o direito expressa a vontade
do legislador , logo o juiz está reduzido a um trabalho quase mecânico de simplesmente aplicar
a lei.

A ordem positivista/monista exclui o direito natural seja ele de origem divina , origem nas
coisas , origem na natureza do homem etc…

Na ordem jurídica positivista não há juízos de valor

O direito romano : o imperador como única doente de direito ;

A idade média :

Para um positivista que entende que o direito é aquilo que está estritamente previsto na lei ,
não importam outros fatores que levaram o individuo em questão a tomar esse
comportamento.

Existem outras escolas positivista (positivismo sociológico) que encara o direito como uma
técnica de controlo social.
Esta forma de ver o direito tem tido ao longo dos séculos consequências negativas para os
cidadãos.

Para o positivismo a lei identifica-se com o próprio direito , logo o legislador é a própria fonte
de direito.

Outra forma de positivismo é a chamada Escola de Viena , o neopositivismo.

Escola espanhola do direito natural – esta escola teve vários autores/defensores , um dos
quais diz que desvinculava de deus o direito e este direito teria como fonte não
a vontade/razão divina mas sim a natureza racional do homem , em
consequência disto separam o direito natural do direito positivo atribuindo ao
legislador a única exclusividade de criar direito defendendo o direito positivo.

Slide 70

Resolução de um teste de avaliação continua :

1. Podem , no âmbito da lógica material , eu tenho que conhecer as regras , os métodos e


o objeto da ciência. Tenho também que conhecer os métodos e os objetos da história .
Definir lógica , lógica material , e que dependerão , ou não , do método conforme se
trate de ciências exatas ou humanas e sociais.
2. Estamos no âmbito da lógica jurídica material , politica legislativa o legislador é
obrigado a dialogar , a escolher entre esta e aquela opção. Quanto à admissibilidade
para uns é possível , para outros não , mas entende-se que sim , isto no âmbito da
lógica formal. O que está em causa é a troca de argumentos com vista a persuadir e a
convencer alguém.
3. Chega-se a juízos de verdade na lógica formal. Chega-se a juízos de probabilidade na
lógica material. Silogismo rigoroso (lógica formal) , silogismo criativo (âmbito da lógica
material).
4. O positivismo tem como fim principal a segurança e dai não admite interpretações , ou
seja , o legislador escreveu e fica assim definido. O jusnaturalismo privilegia o valor
justiça.

17/03/2023 – Aula T

24/03/2023 – Aula T

Correção do teste de avaliação continua :

1. Lógica jurídica é uma lógica material

31/03/2023 – Aula T
14/04/2023 – Aula T/P

Jusnaturalismo contemporâneo

21/04/2023 – Aula T/P

Começou na pág.102 da sebenta

Trâmites/fases da argumentação : Pág.110)

 Invenção (é o momento inicial , corresponde ao “trabalho de casa”) ;


 Disposição (
 Elocução
 Memória
 Ação

Para o 2º teste :

 Argumentos valorativos
 Sistemática e sinteticidade - Pág.112 ;
 Clareza e verosimilhança - Pág.113 ;

Pág.42 a 53 – Jusnaturalismo (positivismo não sai) ;

Pág.70 a 115 – definição de argumentos valorativos ;

05/05/2023 – Aula T/P

19/05/2023 – Aula T/P

Art.607º CPC

26/05/2023 – Aula T/P

Exame do dia 4/10/2021

1. Defina lógica formal e lógica material indicando os tipos de ciências correspondentes


a cada uma delas.
R: Aqui estamos perante a lógica que consiste no estudo das operações da mente com
vista a persuadir ou conquistar a adesão de alguém para a tese que propomos.
O estudo das operações da mente consiste na lógica formal , duas premissas
verdadeiras chegamos sempre à mesma conclusão (obtém-se sempre o mesmo
resultado) , e na lógica material , de duas premissas podemos ter vários
resultados/conclusões.
Temos como exemplo de lógica formal o campo das ciências exatas , como a
matemática e da física.
As ciências correspondentes à lógica material são as ciências humanas e sociais.

2. Diga o que entende por escola da exegese referindo o papel desempenhado pelo
juiz.
R: A escola da exegese é uma escola monista , de natureza positivista. O juiz limita-se a
aplicar a lei tal e qual ela foi redigida pelo legislador o que se pode traduzir na
expressão “juiz boca da lei”. Há aqui uma confusão entre direito e justiça , sendo o
termo “confusão” usado no sentido de se considerarem iguais uma coisa e outra , se
aplicou a lei fez justiça.

3. Indique e defina os trâmites da argumentação jurídica estudados.


R: Os tramites da argumentação jurídica são a invenção , disposição , elocução ,
memória e ação. – ver slide 110 do ppt

4. Refira e caracterize as categorias de argumentos jurídicos estudados.


R: Argumentos de direito , de facto , emotivos , valorativos
Os argumentos de direito incidem sobre a norma jurídica ou qualquer dos seus
elementos , estes podem surgir tanto das fontes de direito primárias (tratados ,
convenções , constituição etc…) como das secundárias (jurisprudências , doutrina ,
princípios etc..).
Argumentos emotivos são os que apelam à emoção , sentimento , sensibilidade da
pessoa que podem levar à conquista da adesão. Estas levam a uma mudança
psicológica a quem tem que decidir que sem esse elemento argumentativo iria decidir
de outra maneira.

5. Exponha a importância da fundamentação das sentenças e quais considera serem os


seus destinatários.
R:

Você também pode gostar