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1. o conceito de direito
2. as escolas clássicas: jusnaturalismo e positivismo jurídico
3. teoria da norma
- o conceito de direito
o que é o direito:
R: o direito é um conjunto de normas reconhecidas e praticadas pelos que controlam o
monopólio de coação em determinado território.
- jusnaturalismo
● o direito natural
*as normas positivas são direito apenas na medida que se ajustam ao direito natural e não o
contradizem
ex; nessa corrente de pensamento, a doutrina nazista não poderia ser classificada como
‘’direito’’, já que era um sistema de normas em tão flagrante oposição ao direito natural
>teoria do direito natural é aquela que se considera capaz de estabelecer o que é justo e o
que é injusto de modo universalmente válido
~universalismo ético: ideia de que existem princípios morais universalmente válidos e
acessíveis à razão humana, logo o ‘’certo’’ e o ‘’errado’’ não variariam com o tempo e o
lugar, são conceitos predefinidos, independente da aceitação coletiva.
obs: somente observando a natureza não é possível determinar o que é justo e injusto de
modo universalmente reconhecível, a redução da validade à justiça leva a uma grave
consequência: a destruição de um dos valores fundamentais sobre o qual se apoia o direito
positivo (entendido como direito válido) o valor da certeza.
> se a distinção entre o justo e o injusto não é universal, é preciso debater a questão sobre
a quem compete estabelecer o que é justo; 2 alternativas
a) compete áquele que detêm o poder
b) compete aos cidadãos
> é doutrina comum para os jusnaturalistas que o direito positivo em desconformidade com
o direito natural seja considerado INJUSTO, mas não obstante deve ser obedecido.
> para ser direito, precisa ser justo
A obrigação de obedecer ao direito se justifica justamente pelo conteúdo moral das normas
jurídicas, ou seja, desrespeitar essas normas implica na violação do direito
>O que define um jusnaturalista está estritamente contido dentro das normas já
apresentadas (universalismos ético, direito essencialmente justo, como define o filtro de
princípios morais e obrigação moral de obediência ao direito), qualquer aspecto que fuja
desse campo conceitual não deve ser considerado uma análise sobre tese jusnaturalista
Racional: o direito natural advém da razão humana por meio das correntes filosóficas
existencialistas
POSITIVISMO JURÍDICO
> uma norma é justa somente ser for válida, a validade é a confirmação da justiça
Para Kelsen: ele sustenta que aquilo que constitui o direito como o direito é a validade, não
quer em absoluto afirmar que o direito válido seja também justo, pois os ideais de justiça
são subjetivos e irracionais; o probela de justiça para ele é ético e é distinto do problema
jurídico de validade.
> nessa teoria não existe outro critério do justo e injusto fora da lei positiva, quer dizer, fora
do comando do soberano. Para ele, a verdade que é justo o que é comandado, somente
pelo fato de ser comandado; e é injusto o que é proibido somente pelo fato de ser proibido
> o que conta para ele é que a conclusão seja tirada rigorosamente das premissas
> nessa corrente o estado de natureza é intolerável, e para sair desse estado os homens
pactuam entre si objetivando renunciar reciprocamente os direitos que tinham e transmiti-los
à um soberano > nessa passagem de estado de nat. para o estado civil os indivíduos
transmitem seus direitos naturais ao soberano, e consequentemente lhe atribuem o direito
de decidir o que é justo ou não
> na doutrina hobbesiana, não existe um justo por natureza mas somente um justo por
convenção.
> para hobbes a validade de uma norma jurídica e a justiça não se distinguem, pq a justiça
e a injustiça nascem juntas com o direito positivo, juntas com a validade
> se não existe outro critério do justo ou injusto além do comando do soberano, é preciso
resignar-se a aceitar como justo o que agrada o mais forte, uma vez que o soberano, se não
o mais justo entre os homens, certamente o mais forte. redução de justiça à força
O positivismo científico e o jurídico não são a mesma coisa. Alem desses teóricos do direito
atribuíram teses diferentes aos positivistas (alguns defendem o positivismo enquanto
ceticismo etico) > “não há moralidade”
Não é plausível associar o positivismo ao ceticismo ético pois alguns dos principais nomes
dessa corrente como Hart nunca se posicionaram de maneira cética, pelo contrário,
detinham moral em termos universais.
Formalismo jurídico:
Direito é composto somente ou majoritariamente por material legislado(lei), textos
normativos.
- sistema jurídico é perfeito, não possui qualquer lacuna ou antinomias sua linguagem é
clara e seu material é suficiente para fornecer uma única resposta arqueada para cada caso
concreto.
Positivismo ideológico:
- tese das fontes: para uma norma ou um conjunto de normas ser considerado válido e,
portanto, jurídica, basta que um agente ou grupo de agentes relevantes tenha se engajado,
aplicado, renunciado, endossados, praticados ou se relacionado de alguma forma com a
norma ou o sistema. Logo, direito é aquilo que determina grupo detentor de autoridade em
dado território
> o positivismo jamais pode ser a premissa maior de um silogismo prático, que nada mais é
do que um argumento composto por uma premissa maior e uma menor (se “p” então “q”),
em que a primeira premissa é normativa e a 2a premissa é descritiva. Nesse sentido, a tese
das fontes é a premissa menor no silogismo, pois apenas define o direito e não “diz” o que
fazer com ele.
Juiz naturalista ; avalia moralmente a norma, analisa sua realidade com base na justiça e
decide
Juiz positivista; analisa a validade da norma com base na tese das fontes, avalia
moralmente a norma e decide
REALISMO JURÍDICO:
> realistas são céticos em matéria ética, embora isso não tenha necessariamente relação
com o realismo.
> defensores do realismo enquanto teoria do direito se preocupam com a decisão dos
juízes, ou seja, para eles o que importa é o direito em ação. Logo, o direito é o que o juiz
decide
realismo enquanto teoria da decisão judicial> defende que o juiz não opera sob o papel de
“busca da lei” em uma crítica clara ao chamado formalistas ou seja, naoo bem do material
jurídico convencional (“lei, precedente, etc” a motivação que infeliz não a decisão do juiz
TEORIA DA NORMA:
> a norma é algo que nos imputa o que deve ser feito, o que deve acontecer e o que não
deve ou não pode acontecer