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a) a Escola Histórica, que concebe Direito como o espírito popular (este é sua
força criadora);
Enfim, pela doutrina céptica, qualquer que seja a forma que ela assuma
(concebendo que o Direito carece de fundamento intrínseco, ou que consiste
em um comando arbitrário etc.), o seu significado é sempre negativo. Os seus
partidários recusam-se a aceitar um critério universal e absoluto de justiça
superior ao fato do Direito positivo.
3ª) O que são regras e em que medida é o direito uma questão de regras?
Uma controvérsia sobre o significado que tem ou que se deve dar a certa
palavra não representa - uma vez identificada como tal - nenhum obstáculo
para o progresso das idéias. Mesmo que as partes não se ponham de acordo,
elas podem entender-se perfeitamente se procurarem distinguir
cuidadosamente o significado diferente que pretendem dar à palavra
mencionada e se procurarem traduzir da linguagem da sua corrente, para a
linguagem da outra corrente, o significado daquilo a que se referem.
CONCLUSÃO
Por fim, de acordo com a Teoria da Natureza das Coisas, que foi
defendida por RADBRUCH, DIETZE, MAIHOFER, WELZEL e outros, certos aspectos da realidade
possuem força normativa e constituem uma fonte de Direito à qual deve adequar-se o Direito positivo. Trata-se
de uma reação mais recente contra o positivismo, para um retorno ao jusnaturalismo. Gustavo Radbruch
propõe a "natureza das coisas" como fundamento da "progressiva transformação de uma relação vital em uma
relação jurídica, e de uma relação jurídica em uma instituição jurídica." Esta instituição jurídica que deriva não
do Direito positivo, mas sim dos fatos da natureza, dos costumes, tradições ou usos ou das relações vitais, é
uma espécie de "tipo ideal" que se obtém "mediante a tipificação e a idealização da individualidade da relação
vital que se considera." Esta "natureza das coisas" não é diretamente uma fonte do Direito, mas sim "atenua" a
tensão entre o ser e o dever ser, estabelece um limite ao legislador enquanto este não pode obrigar a ninguém
a algo de cumprimento impossível além de cumprir um importente papel supletório nos casos de lacunas da
regulação jurídica.