Você está na página 1de 3

1º PONTO: O problema do conceito de direito

Diversas acepções do termo “direito”


- Dificuldades em se definir o conceito de direito
a) O caráter multívoco do vocábulo “direito”
b) A complexidade do objeto “direito”
c) Falta de acordo entre juristas
d) Inadequação ontológica do conceito em relação ao objeto a que se refere
É o estudo filosófico das categorias e conceitos fundamentais que formam a
base da compreensão do mundo jurídico. Em outras palavras, a ontologia no
direito busca analisar as entidades, relações e conceitos fundamentais que
constituem o universo do direito, como por exemplo, as noções de pessoa,
propriedade, contrato, obrigação, entre outras.
A ontologia no direito é importante para uma compreensão mais profunda do
sistema jurídico e para a elaboração de teorias jurídicas coerentes e
consistentes. Ela pode ajudar a elucidar questões fundamentais sobre a
natureza e o significado das leis, bem como a relação entre as leis e outros
sistemas normativos, como a moralidade e a ética.

PRIMEIRA DICOTOMIA: DIREITO NATURAL x DIREITO POSITIVO

Direito Natural
Normas jurídicas que são estabelecidas e aplicadas pelo Estado em uma determinada sociedade. O
direito positivo é o conjunto de regras ou normas jurídicas que são criadas e sancionadas pelo poder
estatal e que, por isso, possuem uma FORÇA VINCULANTE sobre os indivíduos.
O termo “positivo” se refere ao fato de que as normas jurídicas são criadas de forma deliberada e
intencional, por meio de um processo formal de elaboração e aprovação, e não simplesmente a partir
de uma

Direito Positivo
Consiste em normas jurídicas que são estabelecidas e aplicadas pelo Estado em uma determinada
sociedade. O direito positivo é o conjunto de regras ou normas jurídicas que são criadas e sancionadas
pelo poder estatal e que, por isso, possuem uma FORÇA VINCULANTE sobre os indivíduos.
O termo “positivo” se refere ao fato de que as normas jurídicas são criadas de forma deliberada e
intencional, por meio de um processo formal de elaboração e aprovação, e não simplesmente a partir
de uma ordem natural ou divina. Em geral o direito positivo é elaborado por meio de um processo
legislativo, em que são estabelecidas leis a regulamentos que definem os direitos e deveres dos
cidadãos, bem como as sanções que devem ser aplicadas em caso de descumprimento das normas.
O direito positivo é uma parte fundamental do sistema jurídico de um país, uma vez que estabelece as
regras que regem a vida em sociedade e que garantem a segurança e a estabilidade da ordem pública.
No entanto, é importante destacar que nem todas as normas jurídicas são consideradas direito positivo.
Em resumo, o direito positivo é o conjunto de normas jurídicas que são criadas e aplicadas pelo Estado
em uma determinada sociedade, e que possuem uma força vinculante sobre os indivíduos. Ele é uma
parte fundamental do sistema jurídico de um país, e estabelece as regras que regem a vidade em
sociedade e garantaem a ordem pública.

SEGUNDA DICOTOMIA: DIREITO OBJETIVO x DIREITO SUBJETIVO

Percebe-se facilmente que essa teoria da precedência dos direitos subjetivos é insustentável,
tanto a partir de um ponto de vista lógico, quando de um psicológico. O caráter jurídico de um
fenômeno não é perceptível pelos sentidos. O fato de um indivíduo ter ou não ter um direito
de possuir uma coisa não pode ser visto, ouvido ou tocado. A afirmação de que um indivíduo
tem um direito ou não tem um direito de possuir uma coisa é um julgamento de valor que é
possível lógica e psicologicamente apenas se o indivíduo que faz a afirmação pressupõe a
existência, isto é, a validade de uma norma geral referente à posse. Erra norma não é nem
lógica, nem psicologicamente resultado o resultado de uma abstração baseada numa soma de
percepções similares de direitos; por exemplo, o conceito geral de uma árvore é o resultado de
uma abstração baseada em uma soma de percepções similares; porque os direitos não são
perceptíveis pelos sentidos como as árvores. O modo como a ideia de uma regra geral vem a
existir é uma questão que não temos de responder aqui. Precisamos apenas estabelecer que,
sem pressupor uma norma geral regulando a conduta humana, não é possível fazer nenhuma
afirmação sobre a existência ou não existência de direitos. Se existe uma questão de direito
jurídico, deve-se pressupor uma regra jurídica. Não podem existir direitos jurídicos antes da
existência do direito. A definição de direito jurídico como um interesse protegido pelo Direito,
ou uma vontade reconhecida pelo Direito, expressa vagamente um discernimento um
discernimento desse fato. Enquanto um direito não foi “garantido” pela ordem jurídica – ele
não é um direito jurídico (Legal Right). Ela é tornado um direito jurídico primeiramente pela
garantia da ordem jurídica. Isso significa que o Direito objetivo precede os direitos subjetivos
ou é concomitante a eles.
Apesar de logicamente insustentável, a teoria da precedência dos direitos subjetivos é da
máxima importância política. O seu propósito é obviamente, influenciar a formação do Direito,
em vez de analisar a natureza do Direito positivo. Se a ordem jurídica não pode criar, mas
meramente garantir direitos, ela tampouco pode extinguir direitos. É, então, juridicamente
impossível abolir a instituição da propriedade privada, ou, mais ainda, a legislação é, então
incapaz de privar qualquer indivíduo particular de qualquer direito particular de propriedade.
Todas essas consequências da doutrina de precedência dos direitos estão em contradição com
a realidade jurídica. A doutrina da precedência dos direitos não é uma descrição científica do
Direito positivo, mas sim uma ideologia política.

Direito Objetivo

Direito jurídico
Legal Right
Expressão habitual que não satisfaz as exigências metodológicas da teoria pura do direito ou da
jurisprudência analítica (Kelsen)

Direito Subjetivo

Moral Right
“Direito” moral
A teoria da precedência dos direitos subjetivos é insustentável (pontos de vista lógico e psicológico): a
afirmação de que se tem um direito pressupõe necessariamente a existência (validade) de uma norma
prévia.

TERCEIRA DICOTOMIA: DIREITO PÚBLICO x DIREITO PRIVADO

Direito Público

Ramos do Direito Público: Constitucional, Administrativo, Tributário, Financeiro, Processual, Ambiental,


Penal..
Esfera da Liberdade, Igualdade.
Encontro de homens livres (vida política).
A ação dignifica o homem, conferindo-lhe liberdade.
Atividade: Ação.
Lugar da ação: a cidade (polis).
Animal político.

Direito Privado

Ramos do Direito Privado: Civil (família, contratos, obrigações, sucessões, etc), comercial, empresarial.
Âmbito da necessidade (necessidades da natureza): Sobrevivência.
Objetivo de suprir exigências da condição animal dos seres humanos.
Ausência de liberdade face à coação da necessidade.
Atividade: Labor.
Lugar do labor: a casa (domus, oikia).
Animal Laborans.

Você também pode gostar