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Discente:
Juvenal Mabombo
Turma: B
Período: Pós-laboral
Docente
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Direito Civil: O objecto do direito civil é regular as relações entre pessoas (físicas e jurídicas) em
questões como propriedade, contratos, sucessões, família e responsabilidade civil.
Direito Penal: O objecto do direito penal é estabelecer normas que determinam quais
comportamentos são considerados crimes e as punições correspondentes a esses atos.
O direito desempenha um papel crucial na vida social por várias razões, e sua importância é
evidente em diversas esferas da sociedade. Aqui estão algumas das razões pelas quais o direito é
fundamental para a vida social: Manutenção da Ordem e da Estabilidade; Proteção dos Direitos
Individuais; Resolução de Conflitos; Regulação de Atividades Económicas; Promoção da Justiça
Social; Defesa do Interesse Público; Promoção da Paz e da Coexistência; Garantia da Segurança;
Desenvolvimento e Evolução da Sociedade
3. Estabeleça a distinção entre o direito positivo e o direito material, indicando qual é a base
do surgimento de cada uma das correntes
O direito positivo e o direito material são duas perspectivas diferentes em relação ao direito, que
se concentram em aspectos distintos do sistema jurídico. A principal diferença entre eles está na
natureza e no foco do estudo. Aqui estão as principais características de cada corrente e a base de
seu surgimento:
Direito Positivo:
Foco: O foco do direito positivo está nas leis escritas, regulamentos, códigos e decisões judiciais
que compõem o sistema jurídico de um país ou jurisdição.
Base de Surgimento: O direito positivo surge da necessidade de criar um sistema legal ordenado e
previsível que possa ser aplicado consistentemente a todas as situações. Ele é baseado na
autoridade estatal e na legislação criada pelo governo, bem como nas decisões judiciais que
interpretam e aplicam as leis.
Direito Material
Natureza: O direito material se concentra nos princípios e valores subjacentes às leis e nas questões
de justiça e equidade. Ele não se limita às regras escritas, mas considera a substância das normas
jurídicas.
Foco: O direito material está preocupado com questões de ética, moral e justiça. Ele busca
determinar o que é certo e justo em uma determinada situação, muitas vezes recorrendo a princípios
fundamentais de direitos humanos e equidade.
Em resumo, a diferença fundamental entre o direito positivo e o direito material está na natureza
do foco: o direito positivo se concentra nas regras e normas jurídicas formalmente estabelecidas,
enquanto o direito material se concentra nos princípios éticos e morais subjacentes ao sistema
jurídico. Ambos desempenham papéis importantes na compreensão e na aplicação do direito, com
o direito positivo fornecendo o arcabouço legal e o direito material fornecendo a base ética e moral
para sua interpretação e aplicação.
4. Defina o que é fonte do direito
"Fontes do direito" é uma expressão utilizada no meio jurídico para se referir aos componentes
utilizados no processo de composição do direito, enquanto conjunto sistematizado de normas, com
um sentido e lógica próprios, disciplinador da realidade social de um estado. Em outras palavras,
fontes são as origens do direito, a matéria prima da qual nasce o direito.
a) Diga em que circunstancia o costume assume força jurídica vinculativa aos seus
destinatários
O costume assume força jurídica vinculativa aos seus destinatários em várias circunstâncias,
dependendo do sistema jurídico em questão. A força jurídica do costume é geralmente reconhecida
em sistemas legais que se baseiam na tradição do direito consuetudinário. Aqui estão algumas
circunstâncias em que o costume pode se tornar vinculativo:
Reconhecimento pela lei; Uso reiterado e generalizado; Opinio juris: Além da prática repetida, o
opinio juris é um elemento importante para que o costume seja vinculativo. O opinio juris refere-
se à crença de que a prática é obrigatória por razões legais, ou seja, as pessoas aderem ao costume
não apenas por hábito, mas porque acreditam que estão legalmente obrigadas a fazê-lo;
Consistência com princípios legais; Conformidade com direitos humanos; Imunidade ao desuso:
Para que o costume seja vinculativo, ele não deve ser abandonado ou caído em desuso. A prática
deve continuar a ser seguida de forma consistente; e, Prática internacional.
b) Fale do elemento material e psicológico do costume
O costume jurídico, para ser reconhecido como uma fonte de direito vinculativa, geralmente requer
a presença de dois elementos principais: o elemento material (ou objetivo) e o elemento
psicológico (ou subjetivo). Esses elementos desempenham um papel fundamental na formação e
reconhecimento do costume jurídico:
Elemento Material (Objectivo): O elemento material refere-se à prática repetida e generalizada que
constitui o costume. É a observação consistente de uma determinada conduta ou norma por um
grupo de pessoas ou pela sociedade como um todo. Alguns aspectos importantes do elemento
material incluem: Repetição; Generalização; Duração; e, Uniformidade.
Elemento Psicológico (Subjectivo): O elemento psicológico, também conhecido como opinio juris
(opinião de que é uma obrigação legal), refere-se à crença de que a prática é obrigatória por razões
legais. Para que o costume seja vinculativo, não basta apenas que as pessoas o sigam; elas devem
fazê-lo porque acreditam que estão legalmente obrigadas a fazê-lo. Alguns aspectos essenciais do
elemento psicológico incluem: Convicção de obrigatoriedade; Reconhecimento da norma e
Consciência coletiva: A convicção de obrigatoriedade deve ser compartilhada pela comunidade ou
sociedade em questão, em vez de ser uma crença individual isolada.
5. Indique explicando quais são as características da norma jurídica
Generalidade e abstração: As normas jurídicas são formuladas de maneira geral e abstrata, ou seja,
elas se aplicam a uma classe geral de situações e não mencionam casos específicos. Por exemplo,
uma norma que proíbe o roubo se aplica a qualquer pessoa em qualquer lugar, independentemente
das circunstâncias específicas.
Bilateralidade: As normas jurídicas são bilaterais, o que significa que impõem direitos e deveres
correlativos. Se uma pessoa tem o direito de propriedade sobre uma casa, outra pessoa tem o dever
de não invadir essa propriedade.
Imperatividade: As normas jurídicas são imperativas, ou seja, elas impõem obrigações e sanções
coercitivas em caso de descumprimento. O Estado tem o poder de aplicar sanções, como multas
ou prisão, para fazer cumprir as normas jurídicas.
Heteronomia: As normas jurídicas são impostas por uma autoridade externa e são heterônomas, o
que significa que não dependem da vontade das partes envolvidas. Por exemplo, um contrato é
autônomo, pois depende do acordo das partes, enquanto uma norma jurídica é heterônoma e
independe da vontade das pessoas afetadas.
Coercibilidade: O cumprimento das normas jurídicas pode ser forçado pelo Estado. Se alguém não
cumprir uma norma jurídica, o Estado pode intervir e aplicar sanções.
Exterioridade: As normas jurídicas são externas às pessoas que estão sujeitas a elas. Isso significa
que elas não dependem da moral pessoal ou das crenças individuais, mas são estabelecidas pelo
sistema jurídico.
Publicidade: As normas jurídicas são geralmente publicadas e disponíveis para consulta pública.
Isso garante que as pessoas tenham acesso às leis que regem sua conduta.
Essas características das normas jurídicas ajudam a definir o seu papel na organização da
sociedade, na resolução de disputas e na garantia de ordem e justiça. Elas também são
fundamentais para a compreensão do funcionamento do sistema legal em uma sociedade.
a) Fale exaustivamente da abstração e apresente a principal diferença com a estatuição
A característica da "abstração" nas normas jurídicas é fundamental e desempenha um papel crucial
na forma como o direito é concebido, elaborado e aplicado em uma sociedade. A abstração refere-
se ao fato de que as normas jurídicas são formuladas de maneira geral e ampla, sem entrar em
detalhes específicos ou particularidades de casos individuais.
Diferença entre Abstração e Estatuição:
Em suma, a abstração nas normas jurídicas permite que elas sejam amplas, flexíveis e aplicáveis a
uma variedade de situações, enquanto a estatuição é mais específica, detalhada e limitada em sua
aplicação. Ambas têm seu lugar no sistema legal, dependendo das necessidades e dos objetivos de
regulamentação de uma sociedade e da complexidade das situações a serem regulamentadas. A
escolha entre abstração e estatuição depende das circunstâncias e da abordagem legislativa adotada
em um determinado contexto jurídico.
Hipótese
O conselho de ministros no âmbito da sua função legislativa aprovou na ultima terça feira uma lei
que revoga a tabela salarial única anteriormente aprovada pela AR. Vale aqui dizer, que a norma
revogativa ( lei que revoga a outrora) do conselho de ministérios assume a forma de Decreto-Lei,
sem no entanto ter sido submetida a promulgação pelo PR.
a) Fale de todos os vícios patentes na hipótese.
Previsão: a norma jurídica regula situações ou casos hipotéticos da vida que se espera venham
a acontecer (previsíveis), isto é, contém, em si mesma, a representação da situação futura;
Estatuição: a norma jurídica impõe uma conduta a adoptar quando se verifique, no caso
concreto, a previsão da norma:
Sanção: a norma jurídica dispõe os meios de coacção que fazem parte do sistema jurídico para
impor o cumprimento dos seus comandos.Explique exaustivamente o significado de “vacatio
legis”
"Vacatio legis" é uma locução latina que se refere ao período de vacância, ou seja, ao intervalo de
tempo que existe entre a publicação de uma lei e o início de sua vigência. Esse conceito é
fundamental no contexto do direito e do ordenamento jurídico de muitos países, pois estabelece o
momento a partir do qual a nova lei passará a produzir efeitos legais.
A "vacatio legis" desempenha um papel importante no sistema jurídico por diversas razões:
Clareza e previsibilidade: Permite que as pessoas tenham tempo suficiente para se familiarizar com
o teor da nova lei antes que ela comece a ser aplicada. Isso promove a clareza e a previsibilidade
no sistema jurídico, uma vez que as pessoas e as organizações têm a oportunidade de entender suas
obrigações e direitos sob a nova legislação.
Adaptação: Oferece às pessoas afetadas pela nova lei a chance de se adaptar às mudanças que ela
introduz. Isso é particularmente relevante quando uma nova lei implica alterações substanciais nas
práticas, nos direitos ou nas responsabilidades dos indivíduos ou das entidades.
Estabilidade legal: A "vacatio legis" também ajuda a evitar mudanças repentinas e frequentes na
legislação, o que poderia causar confusão e instabilidade no sistema jurídico. Ela proporciona um
período de transição que permite uma mudança ordenada de normas legais.
Os períodos de "vacatio legis" podem variar de acordo com o país e o tipo de legislação. Em alguns
casos, leis urgentes ou de extrema importância podem entrar em vigor imediatamente após a
publicação. No entanto, em muitos sistemas legais, especialmente quando se trata de leis
complexas ou que afetam muitas partes interessadas, a "vacatio legis" pode durar semanas, meses
ou até mesmo anos.
É importante destacar que a "vacatio legis" não significa que a lei não tenha valor ou não seja
vinculante durante esse período. Ela simplesmente determina quando a lei começa a ser aplicada
de forma plena. Durante a "vacatio legis", as disposições da nova lei podem ser utilizadas para fins
informativos e de planeamento, mas a sua aplicação prática só terá início após o término desse
período. Portanto, é fundamental para o cumprimento da lei que as partes interessadas estejam
cientes da data em que a "vacatio legis" terminará, para que possam agir de acordo com as novas
normas legais a partir desse ponto.
b) diga qual é a consequência jurídica da não publicação da lei.
A não publicação de uma lei pode ter implicações significativas no contexto jurídico. Em muitos
sistemas legais, a publicação de uma lei é um requisito essencial para que ela entre em vigor e seja
considerada legalmente válida. A consequência jurídica da não publicação de uma lei pode incluir
o seguinte: Ineficácia e inaplicabilidade; Falta de notificação; Violação do devido processo legal;
Insegurança jurídica; Necessidade de republicação; Responsabilidade das autoridades;
Portanto, a consequência jurídica da não publicação de uma lei geralmente é a sua ineficácia e
inaplicabilidade, juntamente com possíveis implicações legais e desafios à sua validade. É
fundamental que as leis sejam publicadas de forma adequada para garantir a transparência, a
certeza legal e o devido processo nos sistemas jurídicos.