Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
As instituições:
• “servirã o de base a um consenso sobre o certo e o errado, sobre
o justo e o injusto, sobre o que vale e o que nã o vale, garantido
assim a segurança nas relaçõ es entre os homens, ao mesmo
tempo que permitem a cada homem encontrar-se e definir-se
num contexto ou universo significativo”.
• Sã o um conjunto de regras baseada num conjunto de princípios
que visa organizar um grupo de pessoas num determinado
sentido
• Geram previsibilidade.
• Têm uma grande variabilidade porque sã o baseadas nos
padrões culturais de cada povo.
• Sã o “regras que têm a sua fonte na sociedade e na histó ria”.
• Regem os comportamentos da sociedade.
• Ligam os indivíduos através duma consciência colectiva, que os
transcende.
1
• Econó micas: contratos, propriedade, associaçõ es profissionais,
sociedades, câ maras de comércio, associaçõ es industriais, etc.
• Políticas: Estado, assembleia legislativa, governo, tribunais,
prisõ es, exército, instituiçõ es administrativas em geral, partidos
políticos, etc.
• Culturais: museus, academias, universidade, centros de
investigaçã o, etc.
O que é o Direito?
2
que acompanhar a evoluçã o de maneira a ter leis que nã o sejam
ultrapassadas com o decorrer do tempo.
3
“O Estado moderno procura moldar a realidade social e também
as concepçõ es de valor dos seus cidadã os”
Critérios:
• Heteronomia: A característica da norma jurídica que estabelece
que esta se impõe à vontade do destinatário. A lei é imposta
ao indivíduo.
Criticas: Há leis que um individuo cumpre porque vê nelas os
seus valores reflectidos. Nem todas as leis criam deveres,
algumas atribuem direito, e nessas nã o há imposiçã o nem
coaçã o.
• Coercibilidade: Serve para indicar que a força será utilizada,
apenas em caso de desobediência, como garantia do
cumprimento da norma e nã o como instrumento banal.
• Exterioridade: Para o Direito sã o relevantes as ações e nã o os
“pensamentos”. Nã o faz juízos de valor em relaçã o à atitude
interior das pessoas, salvo algumas exceçõ es. O que levou a fazer
alguma coisa? É punível? (ex. Homicídio: premeditado?
In/voluntá rio?)
• Mínimo ético: O Direito como parte da moral. Todas as normas
jurídicas sã o morais, nem todas as normas morais sã o jurídicas.
4
O direito limita-se a impor as regras morais bá sicas cuja
observâ ncia é indispensá vel para que na vida social exista paz,
liberdade e justiça.
Criticas: existem muitas normas jurídicas que nã o se baseiam em
princípios éticos. Da mesma forma que há comportamentos
éticos, censurados ou proibidos pelo direito. (ex. Paciente deixar
a seu médico uma herança)
Pontos comuns:
Direito costumeiro – nã o está escrito mas é uma regra que rege em
algumas regiõ es, criada espontaneamente pelo povo. (aldeias por
exemplo)
O Direito e a força/coação:
6
- Teoria dos interesses: Alguma coisa é pedida ao tribunal
fundamentada numa norma. O advogado/jurista interpreta essa norma
para saber se visa predominantemente: a proteçã o ou persecuçã o de
interesses pú blicos (875 cc) ou a proteçã o ou persecuçã o de interesses
privados. (o dever de fundamentaçã o dos atos administrativos,
imposta à s entidades pú blicas para a proteçã o de entes privados.
Criticas:
- É difícil determinar o interesse predominante
- Há muitas normas consideradas de interesse privado, mas na praticas
visam a proteçã o de um ente publico
- Há muitas normas de direito fiscal publico que visam a proteçã o de
um ente privado
- Teoria da supra e infra-ordenação (teoria da posição relativa dos
sujeitos):
Se entre os 2 sujeitos da relaçã o jurídica, existir uma relaçã o de
paridade (ao mesmo nível) temos uma relaçã o de direito privado. Se
um dos sujeitos tiver uma posiçã o de supremacia em relaçã o ao outro
temos uma relaçã o de direito publico.
Supremacia - poder de criar deveres na esfera jurídica de outra pessoa
sem o seu consentimento.
Críticas:
- Há muitas relaçõ es de direito publico que estã o em relaçã o de
paridade
- Há muitas relaçõ es de direito privado em que existe poder de
supremacia
- Há relaçõ es em que existe supremacia do direito pú blico em relaçã o
ao privado, mas nã o deixa de ser direito privado.
- Teoria de sujeitos (Qualidade dos sujeitos)
Há que interpretar a norma proposta para perceber se esta é de
aplicaçã o geral (qualquer pessoa pode invocá -la) – direito
privado/comum,
Ou se só pode ser invocada por quem tenha características publicas
(dotado de autoridade publica), entã o é direito publico.
Críticas:
- É essencialmente formal
7
Graus de Direito Público:
• Direito da Uniã o Europeia (entre os países – harmonizar direitos
de cada país)
• Direito Internacional Publico (relaçõ es entre os estados,
organizaçõ es internacionais (ex. ONU))
• Direito Constitucional – as relaçõ es entre os vá rios ó rgã os de
soberania e o processo de criaçã o de normas. Valores
fundamentais
• Direito Administrativo – o funcionamento do poder executivo do
estado, governo, régios autó nomas, e autarquias locais.
• Direito Penal – Tipifica os crimes e as penas associadas aos
mesmos. O que prejudica a paz social.
• Direito Financeiro – Complexo de normas que regulam a recolha,
gestã o e aplicaçã o dos meios financeiros pú blicos, provenientes
dos impostos e taxas, receitas patrimoniais e empréstimos
pú blicos.
• Direito tributá rio – Regula a obtençã o das receitas
coativas (impostos e taxas) de montante fixado
• Direito Fiscal – Normas que regulam a
incidência, o lançamento, e a cobrança de
impostos.
• Direito Contraordenacional – Pagamentos de coimas.
• Direito Processual Civil/ Penal/ Administrativo/ Tributá rio –
Regula a tramitaçã o do processo – dita o procedimento do
processo.
• Direito da concorrência/da regulaçã o: Concorrência - Normas de
funcionamento do mercado (entre empresas). Regulaçã o –
Estabelece quem regula e o que regula.
8
• Direito dos valores mobiliá rios – regula a emissã o e a
comercializaçã o de valores mobiliá rios (açõ es, obrigaçõ es,
etc.)
• Direito dos Seguros
• Direito do Trabalho – os direitos e obrigaçõ es emergentes do
contrato individual de trabalho, as relaçõ es colectivas de
trabalho, e certos contratos específicos.
- Direito do Consumo – Regula os direitos e deveres dos
consumidores. Consumidor = a pessoa singular que adquire
bens para seu consumo pessoal de um profissional
• Direito da Propriedade Intelectual – Relativo a ideias e as suas
traduçõ es físicas/materializaçã o. Poder de uso exclusivo de
determinadas ideias.
• Direito Internacional Privado – Regula a escolha da lei aplicada
quando há um conflito de interesses entre entidades privadas de
diferentes países – Dizem qual o ordenamento que deve
prevalecer na resoluçã o de conflitos de interesses
• Microestrutura do Direito
Norma Jurídica
2 grandes aspetos:
- Criaçã o das normas (por juristas)
• Explicar aos tribunais como estas vã o ser aplicadas
9
• Hipótese legal/Previsão legal/Facti-species: descreve o
“modelo” de situaçã o de facto, o facto ou conjunto de factos, ou
dados normativos, a situaçã o típica da vida, cuja verificaçã o em
concreto desencadeia a consequência jurídica fixada na
estatuiçã o.
• Estatuição: Estatui/contém a soluçã o/consequência jurídica
para o caso.
• Atribuiçã o de Direito ou deveres
• Modificar Direitos ou deveres
• Extinguir Direitos ou deveres
Silogismo jurídico:
• Premissa maior: a norma
• Premissa menor: a situaçã o concreta aplicá vel à norma
• Conclusã o: consequência jurídica prescrita na estatuiçã o da
norma
10
Presidente da República
Factos jurídicos
De facto jurídico – que tem relevâ ncia para o Direito - quando está
descrito numa norma – na Hipó tese Legal e vem alterar situaçã o prévia
(constituiçã o, modificaçã o e extinçã o de relaçõ es jurídicas/direitos
subjetivos e as correspondentes obrigaçõ es.
“Atos humanos, ou acontecimentos naturais sem efeitos jurídicos” =
factos ajurídicos, que têm significado social ou real mas juridicamente
irrelevantes porque estã o no “espaço livre de direito”.
11
• Declaraçõ es quase negociais: Atos com conteú do
declarativo. Aproximam-se de negó cios jurídicos. É quase
negociá vel porque há um controlo sobre parte das
condiçõ es. Nã o pode influenciar as consequências da açã o.
Podem ser de vontade (querer que algo aconteça) ou de
ciência (pronuncia se sobre a veracidade dum facto, refere
se a um facto histó rico). (ex. De vontade – passar um
cheque. De ciência – declarações de impostos)
• Negó cio Jurídico: Atos com conteú do declarativo. É Sempre
uma declaração de vontade. Os efeitos produzem se de
acordo com a vontade declarada. Configura os efeitos
jurídicos do ato.
Influencia as consequências da açã o.
• Contratos – 2 declaraçõ es de vontade
• 1 declaraçã o de vontade (ex. Testamento)
12
Dever Jurídico
Obrigatoriedade de tomar um determinado comportamento + dever de
indemnizar se esse dever nã o for realizado. Pode ser um
comportamento positivo (uma açã o) ou negativo (uma omissã o).
Ónus Jurídico: Indica um conceito de encargo, de interesse exclusivo,
mas nã o necessariamente um dever. Neste um individuo tem a
possibilidade de adotar um comportamento, embora nã o seja
necessariamente obrigado a fazê-lo. Ficará , no entanto, numa
desvantagem se nã o o fizer.
Estado de sujeição: Numa determinada relaçã o jurídica, por vezes
uma parte está sujeita a aceitar modificaçõ es da relaçã o pela outra,
sem ter que consentir. (Contraparte do titular dum direito subjetivo)
13
jurídico. Inviolá veis.
O destinatá rio do exercício de direito está num estado de sujeiçã o.
Codificação
15
Um có digo é uma lei em sentido material. Tem a força pró pria da lei
que o aprova ou na qual está contido. Pode ser uma lei da AR, um DL do
Governo ou qualquer outro diploma.
Os primeiros có digos surgem do final do século XIX. O Direito romano,
misturado com os usos e costumes (direito consuetudiná rio) de cada
regiã o/cidade/país e com a religiã o cató lica, era o que baseava o
funcionamento da sociedade desde a Idade média até ao Iluminismo.
Falta de objectividade.
Surge a teoria positivista de que o ú nico conhecimento que se obtém
nã o é especulativo, mas sim através da experiência e da aprendizagem
– A “Idade de Ouro” do cientismo. Os juristas consideraram entã o que
havia uma ciência no seu trabalho, ciência jurídica, e, portanto,
introduziram um método no Direito. As normas eram tratadas como se
fossem factos, e estas eram a essência e o ú nico conteú do do Direito,
apó s serem criadas pelo legislador e pelo Poder. Nã o se considerava
que fossem ou tivessem que ser baseadas na Justiça, mas sim na
Segurança.
Características:
• Regula de forma científico-sistemática (ordenado de acordo
com determinado critério, estrutura formal). O ordenamento tem
em conta uma base científica e é elaborado pela ciência jurídica.
• Unitária (trata duma determinada matéria, ex. Código civil –
direito civil)
• Lei
• Contém disciplina fundamental de uma matéria ou ramo
relativamente importante ou vasto do Direito.
Quando a lei regula de maneira unitá ria e sistemá tica uma matéria ou
ramo que nã o tem a dignidade, amplitude, ou estabilidade suficiente
para justificar a criaçã o dum có digo estatuto.
Vantagens:
• Estabilidade
• Facilitar o trabalho dum jurista – a construçã o científica do
Direito
16
• Põ e em evidencia os princípios comuns, “as grandes orientaçõ es
legislativas, os grandes nexos construtivos e funcionais, assim
como a articulaçã o precisa entre os diversos institutos e figuras”
Críticas à codificação
• Existe o risco dos có digos rigidificarem e formalizarem o direito
(por vezes inadequada para resolver os problemas duma
sociedade em mutaçã o constante e acelerada)
• Desligam o Direito da realidade – regulamentaçã o casuística
• As leis que tinham intençã o de vigorar muitos anos passavam a
estar desfasadas da realidade e das concepçõ es da sociedade
Técnicas Legislativas
As técnicas legislativas sã o usadas para:
• Evitar redundâ ncias
• Fazer um aproveitamento econó mico das normas, em termos de
linguagem. (maior conteú do em menos palavras)
17
Técnicas:
• O recurso a partes gerais: Técnica legislativa de sistematizaçã o
dos diplomas, que põ e em evidência “As disposiçõ es que sã o
comuns à s vá rias matérias a regular”
• Fixar/por em evidência as regras e conceitos comuns,
princípios gerias aplicá veis a todas as matérias reguladas
no diploma
• Evitar ter que repetir aquilo que é comum
• Resposta antecipada, “pré decisões”
Pode ser feita para a hipó tese legal (art 974º) ou para a estatuiçã o (art
692º, 694º, a 699º, etc.)
18
Relativamente a casos nã o regulados na lei —> disposiçõ es legais
extensã o dum instituto a casos nã o previstos na lei (ex. Aplicar as
regras do contracto de mandato a determinados contratos nã o
regulados de prestaçã o de serviços).
Os casos em que o legislador utiliza normas remissivas nã o sã o iguais,
mas aná logos. Assim, frequentemente consta a expressã o “com as
necessá rias adaptaçõ es” ou algo equivalente.
• Presunção legal:
“As ilaçõ es que o legislador retira dum facto conhecido para firmar um
facto desconhecido “(art 349º cc). – Objetivo: facilitar a prova do facto
ónus da prova, porque o inverte: “Quem tem a seu favor a presunçã o
legal escusa de provar o facto a que ela conduz” (art 350º1 cc). Basta
provar o acontecimento do facto conhecido.
Presunçõ es legais (prevista numa norma) sã o as que estã o previstas na
lei. Podem ser relativas ou absolutas:
• Relativas (iuris tantum): admitem prova em contrá rio
• Absolutas (iuris et de iure): nã o admitem prova em contrá rio
(1260º3)
• A presunçã o é relativa a menos que o legislador tenha exprimido
explicitamente que nã o podem haver provas em contrá rio.
“Sempre” (350º2)
19
Só sã o admitidas nos casos em que se admite prova testemunhal.
Admitem simples contraprova, ao passo que as presunçõ es legais só
admitem, nos casos em que isto é verdade, prova em contrário.
As presunçõ es judiciais inspiram-se nas regras da experiência, nos
juízos correntes de possibilidade, nos princípios da ló gica ou nos
pró prios dados da intuiçã o humana. Se existirem provas que ataquem
um dos fundamentos da presunçã o judicial, esta deixa de ser utilizada.
O legislador recorre pontualmente a conceitos indeterminados para
permitir ao tribunal (juiz) chegar à soluçã o mais justa, e para permitir
a permeabilidade do sistema jurídico à evoluçã o social, cultural,
mentalidades (alteração dos bons costumes), etc.
• Conceitos indeterminados:
• Conceitos que têm um cará cter vago , carecem de
preenchimento valorativo. O juiz tem que avaliar se aquele
conceito é ou nã o aplicá vel. Têm que ser concretizados em
cada caso concreto. Ex. Boa fé, bons costumes, interesse
pú blico, justa causa, etc. Dentro destes estã o incluídos os
conceitos gradativos: o julgador, ao aplica-los, tem que
proceder a uma graduaçã o. Ex. Culpa grave, leve, levíssima.
• Enunciados legais que remetem para dados e regras da
experiência com um conteú do flexível. Ex.“Preço de
mercado”
Vantagens:
• Adaptaçã o do Direito à realidade
• Adaptaçã o do Direito à s evoluçõ es sociais, morais, culturais,
econó micas, politicas, etc.
• “Individualizaçã o” da soluçã o
• Mais adequado para julgar situaçõ es ou temas mais complexos.
Desvantagens:
• Mais subjetividade/incerteza/insegurança/imprevisibilidade
• Sã o pouco pedagó gicas
20
Vantagens:
• Adaptaçã o do Direito à realidade
• Permitem ao tribunal (juiz) chegar à soluçã o mais justa
• Permitem a permeabilidade do sistema jurídico à evoluçã o
social, cultural, mentalidades (alteração dos bons costumes), etc.
Desvantagens:
• Mais subjetividade/incerteza/insegurança/imprevisibilidade
• Menos segurança
• Sã o pouco pedagó gicas
Enumeraçõ es exemplificativas
Desvantagens:
• Inadequada pela complexidade da matéria, das relaçõ es sociais,
da mutaçã o social, etc.
• Corre o risco de cometer omissõ es:
21
• 1) O legislador pode nã o compreender nas suas hipó teses
todas as situaçõ es da vida carecidas do mesmo tratamento
jurídico. Lacunas de regulamentaçã o
• 2) O legislador pode abranger nas suas hipó teses situaçõ es
ou casos que reclamariam por sua natureza um tratamento
especial ou excepcional. Lacunas de exceçã o.
Vantagens:
• Pedagó gica
• Traz segurança/certeza
• Tende ser lacunosa por força da imprevisibilidade de certos
casos e mutaçã o social e por força das omissõ es.
22
situaçã o em que estaria se a violaçã o nã o tivesse ocorrido.
(483º1 562º)
• Reconstituiçã o natural (em espécie) (566º1)
Prevalência da reconstituiçã o natural
Ex. Apreensã o do bem para entrega ao proprietá rio,
restituiçã o do bem ao estado anterior à violaçã o do
direito, reparaçã o do bem danificado
23
• Heterotutela ou tutela pública: (202º CRP)
• Administrativa
• Judiciá ria, jurisdicional, judicial Tribunais – “administrar a
justiça em nome do povo”;
“defender atos e interesses legalmente reconhecidos”;
“reprimir a violaçã o da legalidade”; “Dirimir (resolver)
conflitos de interesses (pú blicos e privados)”
• Os tribunais sã o guiados por dois princípios
fundamentais, que sã o complementares: (203º)
• Principio da independência (216º1,2)
– Inamovibilidade dos juízes – Só podem ser
movidos, em abrigo da lei.
- Irresponsabilidade dos juízes
• Principio da imparcialidade “apenas estão
sujeitos à lei (e ao Direito)”
- Princípio de autogoverno (215º + 217º) – “formam um corpo
único, e regem-se de acordo com o seu próprio estatuto”
- Incompatibilidades (216º3,4): nã o podem desempenhar outras
funçõ es publicas ou privadas remuneradas, salvo as que estã o
contidas no artigo.
- Impedimentos: Juízes têm o dever de declarar-se impedido de
julgar uma açã o em que tem um conflito de interesses, e quando
nã o o faz, uma das partes pode pedi-lo.
24
dos judiciais ou administrativos e
Tribunais comuns fiscais
1ª instâ ncia <5,000€ Tribunal 1º Instancia
Comarca
2ª Instâ ncia >5,000€ Tribunal da T. da Relaçã o
Relaçã o Tribunal Central
Administrativo
Supremo >30,000€ STJ - Justiça STA - Administrativo
Tribunal
• As Fontes do Direito
Noção
As fontes do Direito referem-se aos modos de produçã o e
exteriorizaçã o de normas jurídicas = Modos de criaçã o e revelaçã o de
normas jurídicas
“a questão de saber o que constitui o direito como direito”.
Classificações
Fontes intencionais/voluntárias
Fontes imediatas
VER JBM
Fontes mediatas
Nã o valem (nã o vinculam) por si pró prias Não têm força normativa
própria Necessitam de um mediador (em regra a Lei), que lhes
atribui força normativa
Só valem como fonte de Direito (só têm força vinculativa) se a lei lhes
reconhecer essa força
• Lei
• Costume
• Jurisprudência
• Doutrina
• Princípios fundamentais de Direito
• Usos
• Equidade
Fontes de Direito
Doutrina:
• Estudos, pareceres, elaborados pelos jú ris consultus
(especialistas em Direito); interpretaçã o de normas e articulaçã o
de regimes jurídicos.
• Contributo importante e auxílio aos legisladores
• Nã o ditam normas jurídicas
Jurisprudência:
26
• Conjunto das decisõ es do tribunal. Nã o vinculam aquele tribunal
em situaçõ es futuras, outros tribunais, as entidades pú blicas,
nem os particulares que nã o sejam parte no caso submetido a
julgamento.
• Têm força vinculativa apenas no â mbito do caso julgado – as
partes intervenientes no caso concreto
• No nosso sistema não vigora a regra do “Precedente Judiciá rio”
27
No Direito Internacional Publico, o costume internacional continua a
ser uma importante fonte do direito.
28
• Critério da Hierarquia lex superiori derogat legi inferiori
Interpretação autêntica:
• realizada pelo mesmo ó rgã o que emitiu a lei
• com força da lei através duma nova lei, sem conteú do inovador
lei interpretativa Serve apenas para fixar o sentido de uma lei
anterior.
Interpretação doutrinal:
• Elemento gramatical/literal (/ letra da lei/ texto da norma):
• Ponto de partida de interpretaçã o:
• Funçã o negativa: o texto permite excluir sentidos
que ele nã o comporta
• Funçã o positiva: o texto aponta para um sentido:
• O texto só comporta um sentido
29
• O texto comporta mú ltiplos sentidos
(polissemia), sendo que aponta para um
sentido como o mais frequente ou mais
comum
• Limite: Art.9º,nº2: Nã o pode ser considerado pelo
intérprete o pensamento legislativo que nã o tenha na letra
da lei um mínimo de correspondência verbal, ainda que
imperfeitamente expresso.
30
• Trabalhos preparató rios: Os elementos imediatamente
anteriores à feitura da norma:
• Estudos legislativos: Encomendado a um grupo de
especialistas
• Anteprojetos: Projeto inicial de diplomas
• Atas da discussã o no parlamento
Duas correntes:
HISTORICISMO E O ATUALISMO
31
situaçõ es do que devia
Argumentos:
• A pari = argumento de identidade de razão = onde a
razã o de decidir for a mesma, a mesma deve ser a decisã o
• A fortiori = argumento de maioria de razão = se uma
decisã o tem subjacente uma determinada razã o de decidir,
a mesma decisã o deve valer nas situaçõ es em que estejam
presentes razõ es mais fortes.
Argumentos:
• Lá onde termina a razão de ser da lei, termina também a
sua aplicação
32
• A lei que proíbe o menos também proíbe o mais – “A minori
ad maius” Normas imperativas/dispositivas
• Argumento “a contrario (sensu)” – O intérprete parte de
uma norma excecional para retirar dela um preceito geral
(aplicá vel a todas as situaçõ es nã o previstas na norma
excecional) de sentido contrá rio.
Integração/preenchimento/colmatação de lacunas
34
LN resolve conflitos de leis no tempo
Quando estes conflitos se verificam, pode estar prevista na lei nova a
resoluçã o dos conflitos temporais suscitados pelo seu inicio de
vigência Disposição transitória: quando as normas da LN visam
resolver conflitos temporais. Dois tipos:
• Cará cter formal: a LN limita-se a indicar qual das leis é a lei
competente
• Cará cter material: a LN nã o escolhe entre uma das udas, mas cria
um regime novo (diferente da LN e da LA) para as situaçõ es de
conflito temporal
Quando a lei nova não abstrai dos factos que deram origem à relaçã o
jurídica, tem cará ter supletivo. Assim, a resoluçã o deste problema vai
de encontro com a 1ª Parte do artigo 12º/2, na qual a lei nova visa
apenas factos novos (regra). Desta forma, o conflito é resolvido à luz da
norma no tempo em que essa situaçã o ocorreu.
297º1:
35
• A lei nova vem fixar um prazo mais curto.
• Esta é de aplicaçã o imediata aos prazos que começaram a contar-
se antes do seu inicio de vigência.
• Mas o novo prazo só se conta a partir do inicio de vigência da lei
nova.
297º2:
• A lei nova vem fixar um prazo mais longo
A lei nova é de aplicaçã o imediata aos prazos que começaram a
contar-se antes do seu inicio de vigência.
36