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INTRODUÇÃO AO

ESTUDO DO
DIREITO
CONCEITO DE DIREITO
• O conjunto de normas impostas pelo Estado, dotadas de
coercibilidade, para regular a sociedade, as relações entre
as pessoas.

• Para se alcançar essa imperatividade, as normas jurídicas


são dotadas de coercibilidade, como forma de constranger
(obrigar) a pessoa ao cumprimento da norma jurídica.
• Direito Objetivo – regra de conduta obrigatória;
• Direito Subjetivo – faculdade que tem a pessoa de agir para
obter de outrem o que entende cabível;
• Direito Positivo – Conjunto de normas jurídicas em vigor
em um determinado país (constituições, leis, decretos,
regulamentos);
• Direito Natural – Ordenamento anterior e superior ao que o
Estado promulga, o Direito independente das leis positivas.
(Ex: o Direito à vida).
SANÇÃO
• É a consequência jurídica prevista pela norma de
Direito, no caso do não cumprimento de ordem
descrita em uma norma jurídica.
Obs: Sanção Arbitrária – a sanção aplicável a uma
infração deve ser proporcional à infração.
COERÇÃO

• É uma força que se observa no campo psicológico, levando


alguém a cumprir determinada regra, a ter uma certa
conduta, somente devido à pressão “abstrata” que o sujeito
emissor da norma impõe.
• O indivíduo segue a norma estatal para que não lhe seja
aplicada a sanção preestabelecida no ordenamento jurídico,
ou seja, ele se porta de acordo com a lei por “medo” de ser
punido.
COAÇÃO
• Coação é a aplicação forçada da sanção, pois reflete no campo
físico.
• O Estado utiliza a coação quando a coerção não funcionou, e a
sanção decretada também não foi cumprida pelo indivíduo.
• Quando um sujeito não cumpre a norma naturalmente, pelo
efeito psicológico da coerção, o Estado ordena que ele obedeça à
sanção estabelecida, como punição pelo desrespeito à regra
legal.
SOCIEDADE E DIREITO
• Normas Sociais: Destinam-se a exercer o controle social, e se
materializam em sanções.
As Espécies de Normas que formam a Ordem Social:
• 1. Sancionadas – são aquelas reconhecidas e garantidas pelo
poder público (normas jurídicas);
• 2. Independentes – independem do poder público, e são
estabelecidas pelos costumes;
• O costume é a prática social reiterada e considerada
obrigatória;
• Um exemplo é a Lei da União Estável, que surgiu da
observação de que na sociedade brasileira existe um grande
número de famílias que se formam a partir da união do
homem e da mulher, fora do matrimônio. E, como o direito
estuda os fenômenos sociais ocorridos com frequência na
sociedade, obrigou o legislador a elaborar a Lei do
Concubinato (Art. 1727 do Código Civil - Lei 10406/02).
RELAÇÕES SOCIAIS e RELAÇÕES
JURIDICAS
•As relações sociais – na sua maioria geram
conflitos e ameaças à paz social – tornam-se
relações jurídicas (regidas por lei, costume,
jurisprudências, etc).
Direito e Adaptação
• Considerações - O ordenamento jurídico é elaborado como
processo de adaptação social e, para isto, deve ajustar-se às
condições do meio; criando a necessidade de o povo adaptar
o seu comportamento aos novos padrões de convivência.

• A Interdependência do Direito e da Sociedade - O Direito


não tem existência em si próprio, ele existe na sociedade.
INSTRUMENTOS DE CONTROLE
SOCIAL
• 1. DIREITO E JUSTIÇA: pode ser definido como o equilíbrio de
condições entre as pessoas, a garantia de participação na
distribuição do poder entre os indivíduos e da possibilidade de
convivência entre desiguais.

• "Dar tratamento isonômico às partes significa tratar igualmente os


iguais e desigualmente os desiguais, na exata medida de suas
desigualdades". (NERY JUNIOR, 1999, p. 42).

2. DIREITO E RELIGIÃO
• É um sistema de princípios e preceitos, que visa a
realização de um valor: a divindade. Visando
orientar os homens na busca e conquista da
felicidade eterna.
• As crenças religiosas formulavam as explicações
necessárias, que justificavam as tragédias, a fartura e
o Direito, como expressões da vontade divina.
3. DIREITO E MORAL
• MORAL: são normas que orientam as
consciências humanas em suas atitudes.

• - O Dever Moral não é exigível por ninguém –


reduz-se ao dever de consciência (tu deves).

• - Regras Morais estão presentes no Direito – Penal


(não matar, não furtar, respeitar os mortos) .
Família (alimentos).
• O DIREITO é:
• heterônomo (é imposto ou garantido pela autoridade competente, mesmo contra
a vontade de seus destinatários);
• bilateral (se opera entre indivíduos (partes) que se colocam como sujeitos, um de
direitos e outro de obrigações);
• coercível (o dever jurídico deve ser cumprido sob pena de sofrer o devedor os
efeitos da sanção organizada, aplicável pelos órgãos especializados da
sociedade).
• A MORAL é:
• autônoma (é imposta pela consciência ao homem);
• unilateral (diz respeito apenas ao indivíduo);
• incoercível (o dever moral não é exigível por ninguém, reduzindo-se a dever de
consciência).
CAMPO DE APLICAÇÃO
ENTRE O DIREITO E A MORAL
(TEORIAS):

• Teoria dos Círculos Secantes:


do jurista francês Claude du
Pasquier, segundo a qual
Direito e Moral coexistem,
não se separam, pois há um
campo de competência
comum onde há regras com
qualidade jurídica e que
têm caráter moral.
TEORIA DOS CÍRCULOS
CONCÊNTRICOS (JEREMY
BENTHAM - FILOSOFO
INGLÊS)
• Segundo a qual a ordem
jurídica estaria incluída
totalmente no campo da
Moral.
• NOTA: o campo moral é
mais amplo do que o do
Direito e este se subordina à
Moral.
TEORIA DOS
CÍRCULOS NOTA: Para o ilustre
jurista, a norma é o

INDEPENDENTES A ideia de Direito único elemento


não guarda essencial ao
relação alguma
(HANS KELSEN) com a Moral.
Direito, cuja
validade não
depende de
conteúdos morais.
4. DIREITO E REGRAS DE
TRATO SOCIAL
•São padrões de conduta social ditados pela
própria sociedade, com o propósito de tornar
mais agradável o ambiente social.

•Ex: a cortesia, a etiqueta, a linguagem.


FONTES DO DIREITO
• São os modos, os meios, os instrumentos ou formas pelos quais o Direito se
manifesta e se articula perante a sociedade.
• Quais sejam: Lei, Jurisprudência, Doutrina, Equidade, analogia e os princípios
gerais de direito e os Costumes.

• Características das Fontes Formais do Direito:

• Generalidade - Por definição, a norma jurídica é genérica, isto é, aplica-se a


todas as pessoas a que ela se destina. Ex: as leis dos Códigos Civil e Penal.
• Abstração - As normas jurídicas são abstratas. Isto significa que só têm sentido
se elaboradas para disciplinarem hipóteses futuras, que poderão se configurar
ou não.
• Coação - Esta é uma propriedade específica das normas jurídicas.
Não existe Direito Positivo sem coação. A coação é que difere a norma
jurídica de qualquer outro tipo de norma, sobretudo da norma
moral.

• Permanência - Entende-se por permanência a vigência da lei no


tempo. Sob este aspecto, a lei, uma vez entrando em vigor,
permanecerá em vigor até que outra lei a revogue. Enquanto não
ocorrer a revogação, aconteça o que acontecer, a norma jurídica,
tendo ou não eficácia, está e permanecerá em vigor.
AS FONTES ESTATAIS DO
DIREITO
•Conceito – são aquelas constituídas de normas
escritas, vigentes no território do Estado, por
ele promulgadas, e são aplicadas pelas
autoridades administrativas ou pelas
judiciárias.
•Ex: Lei, Jurisprudência.
FONTES FORMAIS NÃO-
ESTATAIS
•Conceito: decorrem diretamente da sociedade
ou de seus grupos e segmentos.
•Ex: Costume Jurídico, Doutrina, Poder
Negocial, Poder Normativo.
QUESTÕES PARA REVISÃO
1."Fontes do direito" é uma expressão utilizada no meio jurídico para se referir
aos componentes utilizados no processo de composição do direito, enquanto
conjunto sistematizado de normas, com um sentido e lógica próprios,
disciplinador da realidade social de um estado. Em outras palavras, fontes
são as origens do direito, a matéria prima da qual nasce o direito. Nesse
sentido, são fontes do direito:

a) A ética, a moral, a religião, a lei e a analogia.


b) A lei, a jurisprudência, a sanção, a coação e a coerção.
c) A política, os costumes, os fatos, os atos normativos e administrativos.
d) A lei, os costumes, a analogia, a doutrina e a jurisprudência.
2. Leia atentamente o texto a seguir e após responda ao que se pede.
“A ‘paz’ produzida pelo Direito apenas pode ser ‘relativa’. ‘Relativa’
porque, se entende por paz a ‘ausência de força’; como o Direito
precisa de força para conter os impulsos agressivos, a paz que
promove não é absoluta. O Direito combate a força arbitrária,
substituindo-a pela força regulada por normas e parafraseada em
pressupostos, requisitos e ritos de aplicação”. (KELSEN,
Hans. Apud SGARBI, Adrian. Hans Kelsen, Ensaios introdutórios,
2001-2005. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2007, p. O trecho acima
cuida de uma das características da norma jurídica. Identifique,
explique-a e comente acerca da necessidade da utilização da força na
aplicação do Direito.
3. “Manter os próprios compromissos não constitui dever de virtude, mas dever de direito, a cujo
cumprimento pode-se ser forçado. Mas prossegue sendo uma ação virtuosa (uma demonstração de
virtude) fazê-lo mesmo quando nenhuma coerção possa ser aplicada. A doutrina do direito e a
doutrina da virtude não são, consequentemente, distinguidas tanto por seus diferentes deveres,
como pela diferença em sua legislação, a qual relaciona um motivo ou outro com a lei”.
Pelo trecho acima podemos inferir que Kant estabelece uma relação entre o direito e a moral. A
esse respeito, assinale a afirmativa correta:

a) O direito e a moral são idênticos, tanto na forma como no conteúdo prescritivo. Assim, toda
ação contrária à moralidade das normas jurídicas é também uma violação da ordem jurídica.
b) A conduta moral refere-se à vontade interna do sujeito, enquanto o direito é imposto por uma
ação exterior e se concretiza no seu cumprimento, ainda que as razões da obediência do
sujeito não sejam morais.
c) A coerção, tanto no direito quanto na moral, é um elemento determinante. É na possibilidade
de impor-se pela força, independentemente da vontade, que o direito e a moral regulam a
liberdade.
d) Direito e moral são absolutamente distintos. Consequentemente, cumprir a lei, ainda
que espontaneamente, não é demonstração de virtude moral.
MEDIDA DE EFICIÊNCIA
• ESCOLHER UM VIDEO E RELACIONÁ-LO COM O DIREITO.

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