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ATENÇÃO: As ideias trazidas neste resumo são produtos das reflexões do professor
Felipe Comarela e de suas aulas, organizadas sob a forma de texto pela monitora. Sob
hipótese alguma deve ser compartilhado sem autorização, sob pena de violação de direitos
autorais.
TÓPICO 1 – ITEM A
Existe uma relação direta e indissociável entre Direito e sociedade. O Direito atua
como um balizador, regulando comportamentos para alcançar a harmonia social.
O ser humano sozinho não é capaz de grandes feitos, é necessário viver em sociedade
para que haja uma relação solidária entre os indivíduos, de maneira a satisfazer
necessidades que não poderiam ser supridas individualmente.
Dessa forma, o Direito deve agir como um balizador do que é esperado pela sociedade
para viver de forma ordenada e harmônica. Não podendo ser uma ferramenta acabada,
pelo contrário, deve ser mutável para se adaptar ao contexto social.
A ferramenta adotada pelo Direito para alcançar a harmonia é a norma jurídica, que
expressa um dever ser, ou seja, o indivíduo deve (dever) se orientar pela norma para
que adote um comportamento (ser) aceitável.
Porém, nem todo comportamento tem relevância jurídica, somente aqueles que têm é que
são chamados de fatos jurídicos.
Relações de competição: existe um mesmo objeto de interesse por diversas pessoas. Ex.:
Concursos públicos.
Nesse sentido, a ausência de solução harmônica (não atendimento aos objetivos sociais)
pela via de cooperação e/ou de competição geram relações conflituosas, que também são
disciplinadas pelo Direito.
Recapitulando:
Normas éticas: determinam um fazer ou não fazer. Ex.: religião, moral, Direito e regras
de trato social.
DIREITO E RELIGIÃO
Pontos convergentes Orientação para a busca do bem.
O Direito possui alteridade – apenas existe Direito em uma
relação com outro indivíduo, por outro lado, as normas
Pontos divergentes religiosas podem ser aplicadas de forma unilateral.
O Direito possui segurança – estabelecimento prévio de
comportamentos de forma objetiva, por outro lado, as
normas religiosas são transcendentais.
DIREITO E MORAL
Pontos convergentes Regulam o comportamento em sociedade.
O Direito é predeterminado, estabelecendo normas sobre
situações objetivas.
Pontos divergentes Por outro lado, a moral traz concepções abstratas. Ex.: é
necessário o zelo dos pais para com o seus filhos.
O Direito é bilateral, impõe um comportamento esperado
(dever ser), chamado de imperativo-atributivo, de caráter
obrigatório. Ou seja, existe um indivíduo que impõe uma
regra de dever ser e outro que a cumpre.
Por outro lado, a norma moral é uma concepção dos
indivíduos sobre o que é ou não devido. O descumprimento
pode ensejar reprovação pela sociedade, mas não uma
penalidade pelo Estado.
O Direito é aplicado aos atos já externalizados, portanto,
não interfere no plano do pensamento. Ex.: furto é crime,
mas pensar em furtar não.
A moral está relacionada com a consciência pessoal,
geralmente é aplicada em âmbito interno.
O Direito é heterônomo, é determinação alheia a vontade
do indivíduo. Ex.: O Estado cria o Direito e o cidadão
Pontos divergentes precisa seguir, obrigatoriamente.
Por outro lado, a moral é um querer espontâneo. Ex.: Devo
doar aos necessitados, mas se eu não doar, não serei
punido.
O Direito é coativo, ou seja, o Estado impõe o respeito a
norma, caso contrário, serei punido.
2
1) Teoria dos círculos concêntricos: ideia de que o direito é um mínimo moral para
se conviver em sociedade.
2) Teoria dos círculos secantes: o direito e moral em determinados aspectos
encontram uma intersecção, mas existem normas morais que não são jurídicas e
normas jurídicas que não são morais.
3) Teoria Kelseniana: há uma desvinculação total entre Direito e moral.
CONCLUSÃO