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1.Ordem Social
Ao mundo natural (mundo do ser) é neste mundo que ele partilha com os
animais não racionais, e as leis cumpridas são as que regem a natureza.
2.Instituições sociais
3.Ordens Normativas
Ordem moral- pretende fazer com que o homem seja o mais perfeito
possível, ou seja, pretende que ele atinja a perfeição humana. Carateriza-
se pela consciência, interioridade, absolutidade e espontaneidade do
dever moral. A grande sanção interna para quem violar uma norma moral
é o desgosto e o remorso, uma vez que a moral censura internamente,
provocando um remorso que pode durar para toda a vida. Surgiram
critérios que distinguem Moral de Direito:
b) Critério da perspetiva: a moral incide sobre a motivação dos atos (lado interno)
e o direito atende ao que externamente se manifesta (lado externo), no entanto,
ao direito também importa o elemento interno, por exemplo se matei
intencionalmente ou não, e á moral não é indiferente a atitude externa.
Direito
Moral
No entanto, a ordem de trato social não pode ser indiferente ao direito, pois existem
normas de estatuto do trato social que se podem transformar numa ordem jurídica, por
exemplo o café em Espanha.
5.1 Modalidades
5.2 Natureza
As doutrinas que procuram determinar a natureza dos direitos subjetivos são as
seguintes:
a) Teoria da vontade
Perante estas críticas, Windscheid reclama e afirma que a vontade a que se refere não é
a vontade psicológica mas sim a vontade do direito.
b) Teoria do interesse
O autor foi Ihering, defendia que o direito subjetivo era o interesse juridicamente
protegido. Além disso, considera que o direito subjetivo é constituído por dois
elementos igualmente importantes: - um formal (a proteção ou tutela que a lei
confere); - outro material (o interesse entendido em sentido amplo). A crítica
que se faz é a que confunde direito subjetivo com interesse, e existe interesses
que são protegidos mas não pelo direito subjetivo, por exemplo, perante o surto
de uma doença o estado declara a vacinação obrigatória logo o nosso interesse
está protegido mas não podemos obrigar o vizinho a vacinar-se. Posto isto,
Ihering reagiu afirmando que o interesse a que se refere não é o interesse do ser
concreto, mas sim o interesse de um homem médio- um bom pai de família-,
mas isto faz com que se esqueça o homem concreto e só o homem concreto tem
direito subjetivo.
c) Teoria normativista
Para esta doutrina direito é norma, e norma é ordem jurídica, o autor é Hans
Kelsen que procura dar ao pensamento jurídico uma dimensão puramente
científica. Os direitos subjetivos não tem autonomia pois existem deveres e não
direitos. Também foi uma teoria criticada pois retira autonomia aos direitos, e
não faz a valorização das normas, uma vez que instrumentaliza o juiz ao poder
jurídico.
5.3 Classificação
Os direitos subjetivos podem ser classificados como sendo:
a) Inato e não inato- o inato nasce connosco desde logo, por exemplo o direito de
personalidade. Os não inatos são direitos que se adquirem depois do nascimento,
por exemplo o direito de propriedade. No entanto, existem dois direitos de
personalidade que não são inatos como o direito ao nome pois o nome só é
registado depois do nascimento, e o direito moral de autor que só surge depois
de alguém escrever um livro.
b) Essenciais e não essenciais - há direitos que vivem connosco que são essenciais,
como o direito á vida, o não essencial é um direito que pode ser cedido, como o
direito real
São direitos que os cidadãos podem invocar contra o Estado, quer exigindo uma
certa atuação quer impondo limites ao exercício dos seus poderes. Por exemplo, o
direito á segurança social, existe uma nomeação para a função pública, quem
ganhou tem o direito de exigir o seu lugar e os devidos descontos á segurança social,
Ou o direito a que o estado patrocine um advogado, para a defesa de quem pedir
apoio judiciário e tiver direito a ele por falta de meios.
Na idade média não havia direito subjetivo público uma vez que o rei era
presença de justiça, era a ideia de justiça, não cometia injustiças porque ele era a
justiça, assim os direitos subjetivos públicos tiveram início no século XVIII até aos
dias de hoje.
6.1Natureza
A natureza dos direitos subjetivos públicos relaciona-se intimamente com a
limitação jurídica do poder político que “só pode considerar-se existente na ordem
positiva desde que os cidadãos tenham direitos a que correspondam deveres da parte
do Estado”. Por isso destacamos duas doutrinas que se impuseram:
São figuras jurídicas não sendo direitos subjetivos, mas cumprem os mesmos
direitos, seguem as mesmas metodologias que o direito subjetivo. Como figuras
afins temos:
a) Expectativas jurídicas: são situações em que se encontra uma pessoa que ainda
não tem direito subjetivo mas conta vir a ter, por exemplo a probabilidade de o
filho vir a ser herdeiro do seu pai, enquanto o pai viver o filho só tem a
expectativa porque o pai pode dispor do seu património e pode acontecer que
quando morrer não deixe bens. Todavia a expectativa do filho existe e o direito
protege-a considerando nulos os atos dispositivos de bens a favor do médico, do
enfermeiro que trataram do paciente – artigo 2194-
d) Direitos reflexos: são posições jurídicas que nos são tuteladas por efeito de
especiais obrigações que oneram a outros, exemplo dar alimentos a alguém (uma
pessoa tinha essa obrigação) essa pessoa faleceu ao passar na passadeira por
atropelamento, o automobilista tem o dever de dar alimentos á pessoa a quem a
senhora falecida dava, o reflexo é a de que a pessoa tem o direito de exigir os
alimentos ao automobilista.
8. Fins do Direito
8.1 Justiça
a) A responsabilidade
b) A corresponsabilidade
c) A participação individual
8.3 Equidade
Não se pode considerar que a equidade é distinta da justiça, mas sim que a equidade
é uma dimensão ontológica: é a justiça do caso concreto. Constituindo a equidade uma
decisão essencialmente jurídica, há-de ver-se nela um polo especifico que assinala uma
direção da própria justiça na procura do que há de igual e de desigual, numa palavra
estamos perante não de uma antinomia de justiça e equidade, mas sim numa polaridade
na própria ideia de justiça na dialéctica entre o geral e o particular.
Tendo o direito duas finalidades será que para cumprir a justiça, a segurança corre
risco? Ou seja, poderá o direito sacrificar uma das suas finalidades? Artigo 6- ninguém
pode ignorar a lei seja em que circunstancias for. As pessoas são obrigadas a conhecer
as leis por uma segurança jurídica pois se a ignorância fosse uma desculpa as pessoas
violavam a lei e por isso não existia segurança jurídica. À primeira vista parece que o
Direito para manter a segurança é injusto porque não aceita a ignorância da lei mas as
pessoas rurais, com menos estudos podem de facto não ter conhecimento da lei, por isso
é um pouco injusto para elas, desta forma, o direito para manter a segurança arrisca-se a
ser injusto. Artigo 5\1 – a lei só se torna obrigatória depois de ser publicada no diário da
república (principio da publicidade). Mas será que todas as pessoas são obrigadas a
conhecer a lei? Será que neste país existe alguém que conhece todas as leis? Não, mas
isto provoca que exista segurança jurídica, pois com o conhecimento da lei não
cometemos tantos erros. Para garantir a segurança, o Direito arrisca a justiça: antinomia,
para afastar essa antinomia a última palavra deve estar na justiça.
9.Nação, Estado e Direito
O ESTADO vem do latim status, e tem diversas ascensões: pode ser o estado civil,
estado académico, mas o que vamos estudar é o Estado como uma sociedade que se
fixou num território no qual se organizou em termos políticos autónomos. Os três
elementos que caraterizam o estado são:
a) Povo que significa o conjunto de cidadãos nacionais. É o povo que tem o direito
de votar para eleger o seu representante, e pode ser eleito. É o povo que tem os
poderes políticos. Povo é diferente de população, pois população abrande os
nacionais e os estrangeiros e povo é só os nacionais
c) Poder Político é a faculdade que o povo tem de por autoridade própria instituir
órgãos políticos. Daqui surge a soberania e a autonomia.
Para evitar que cada cabeça sua sentença é necessário que todos os tribunais, juízes
utilizem os mesmos critérios. Se todas as pessoas se deixarem orientar é possível através
da norma jurídica que diz ao jurista como deve resolver o problema. As normas
jurídicas conduzem de verdade o nosso comportamento? Sim, pois se a norma diz para
não matar não devemos matar. Mas, a norma jurídica é uma norma de conduta? A
norma jurídica orienta a nossa conduta, mas nem todas as normas são de conduta, mas
continuam a ser jurídicas. As normas retroativas que se aplicam para trás já não apanha
a nossa conduta, pois não me pude orientar por ela –artigo 202\1 não está em causa
nenhuma conduta e no entanto é norma jurídica. Assim, todas as normas jurídicas são de
conduta? Não. Sendo a norma jurídica importante, importa que apresente duas atitudes:
artigo 483 premissa maior e premissa menor. Posso utilizar a norma jurídica como
premissa maior mas também a posso utilizar como um modelo, como algo que nos
orienta, de forma a conseguirmos resolver o problema da mesma forma que o legislador
resolveu.
b) Abstração- a norma imagina um caso tipo artigo 483\1 o tipo é “aquele que
violar o direito alheio…” os casos práticos da vida que possam ser adequados a
este caso tipo são para todos, os casos práticos concretos que se possam
enquadrar no caso tipo a todos se aplicam a norma jurídica.
Não autónomas não têm um sentido completo e para o obterem remetem para
outra ou outras normas. Podendo a remissão fazer-se de diferentes maneiras:
e) Quanto à sanção:
Leis mais do que perfeita- determinam a invalidade dos atos que violem e
aplicam uma pena aos infratores. Artigo 1601 alínea c) 1631 alínea a)
Lei menos que imperfeita- não estabelecem a invalidade do ato contrário, mas
determinam que não produzirá todos os seus efeitos artigo 1604 alínea a) e 1649
Invalidade- verifica-se quando um ato sofre dum vício que justifica a não
produção de efeitos jurídicos. Compreende duas modalidades:
Nulidade- ocorre quando a violação da norma jurídica ofende um interesse
público e pode ser declarada ex officio pelo juiz, se no processo em
julgamento tiver elementos que certifiquem a sua existência- artigo 286
Ineficácia em sentido restrito- ocorre quando o ato que transgrediu a lei não
produz todos ou parte dos seus efeitos jurídico, ou seja, produz alguns efeitos
mas não produz todos, por exemplo a capacidade nupcial é adquirida aos 16
anos, mas a pessoa é menor e por isso tem que pedir autorização aos pais, os
bens que levar para o casamento não os pode administrar enquanto for menor,
por isso a pessoa casa mas não produz todos os efeitos jurídicos.
São disposições que não têm estrutura normativa: não estabelecem um dever
ser.
A tutela pública é a função que o Estado desempenha para tornar efetivas as normas
jurídicas através dum aparelho cuja estrutura não é inteiramente homogénea. Traduz,
portanto, uma garantia dos direitos subjetivos, conferindo-lhes uma consistência prática.
A legitima defesa- é o ato que afasta uma agressão contra a pessoa quando
não for possível recorrer á autoridade publica e o prejuízo causado não exceder o
que puder resultar da agressão.
Trata-se de um problema a que não têm faltado diferentes soluções, desde logo
favorecidas pelo equívoco gerado pela metáfora “fontes do direito” pois se o direito é
água, a palavra fonte só pode ser uma metáfora. Dentro de um catálogo enorme
distingue-se três principais fontes:
Mediatas: a sua força vinculativa resulta da lei. São os usos (artigo 3º) e a
equidade (artigo 4º)
Não voluntárias: não traduzem essa vontade. São fontes não voluntárias o
costume, e os princípios fundamentais do direito.
Fontes voluntárias
A lei
Noção: no seu sentido mais amplo, é o conjunto de princípios que regem todos os
seres. Mas, enquanto fonte de direito a lei é frequentemente definida como “toda a
norma escrita proveniente dos órgãos estaduais competentes”. Mas nem toda a lei
contém direito, pois o fim da lei é ordenar a vida da comunidade e não especificamente
a criação de direito. Para ultrapassar esta dificuldade, distinguem-se dois sentidos:
a) Solenes:
1.leis constitucionais;
2.leis ordinárias – leis e decretos-leis;
3.decretos legislativos regionais;
b) Não solenes:
As leis constitucionais:
Leis ordinárias:
Resolução de conflitos: pode suceder que das leis se retirem normas jurídicas
conflituantes. Neste caso, importará recorrer aos critérios da:
Desvalores do ato legislativo: o ato legislativo de que resulta a lei deve obedecer
a requisitos exigidos pela constituição, sob pena de aquela padecer de
inconstitucionalidade que pode ser formal, orgânica e material. Importa, no entanto,
referir os efeitos que têm na inconstitucionalidade a sua causa, porque a violação da
Constituição pode assumir graus diferentes de gravidade. Uma lei pode ser:
Publicação: para concluir o processo legislativo a lei deve ser publicada porque, para
orientar as nossas condutas, é necessário que seja conhecida. A nossa constituição
determina os atos que devem ser publicados no Diário da República, e quanto e demais,
remete para a lei que fixará as formas de publicidade e as consequências da sua falta.
Entretanto, o código civil estabelece que a lei só se torna obrigatória depois de
publicada no jornal oficial. Porém porque nem todas as leis são publicadas no jornal
oficial, e sendo irrecusável a sua obrigatoriedade a partir da publicação nos termos
legalmente estabelecidos, importa interpretar restritivamente aquela disposição do
Código civil de modo que só as leis, que devem ser publicadas no jornal oficial, se
tornam obrigatórias depois desta publicação.
Vacatio Legis: A vacatio legis é o tempo que decorre entre a publicação e a entrada
em vigor da lei, considerado necessário para que a lei possa ser conhecida. Segundo o
nosso CC, cabe á própria lei fixa-la e, na falta de fixação, observar-se-á o que for
determinado em legislação especial. A vacatio Legis é de cinco dias em todo o território
nacional e no estrangeiro, e o prazo conta-se a partir do dia imediato ao da sua
disponibilização no sítio da Internet. Quanto aos diplomas das autarquias locais
determinou-se que a vacatio legis não pode ser inferior a oito dias contados da fixação.
Com efeito, a lei pode entrar em vigor num prazo mais curto, sem que possa, no entanto,
iniciar a sua vigência no próprio dia da sua publicação.
Retificações: pode suceder que, por virtude de falhas técnicas na revisão das provas
tipográficas e de anomalias do processo legislativo, o texto publicado no diário da
república divirja do texto real. Importa, por isso fazer as necessárias retificações:
Caducidade- a leixa deixa de vigorar quando ocorre um facto que ela própria
prevê ou desaparece a realidade que disciplinava
Revogação- a lei cessa a sua vigência por efeito duma lei posterior de valor
hierárquico igual ou superior pode ser:
Normas corporativas
Noção: regras ditadas pelos organismos representativos das diferentes categorias
morais, culturais, económicas, profissionais, no domínio das suas atribuições, bem
como os respetivos estatutos e regulamentos internos. Tais normas constituem leis em
sentido material. Disciplinam determinados setores da vida social, são ditadas por
entidades competentes e devem obedecer às formas estabelecidas para a criação
normativa.
Jurisprudência
Noção: conjunto das decisões em que se exprime a orientação seguida pelos tribunais
ao julgarem os casos concretos que lhe são submetidos.
Doutrina
Noção: A doutrina são as opiniões dos jurisconsultos acerca duma questão de direito,
expostas em tratados, manuais, monografias, recensões, etc.
O costume
Noção e elementos: O costume tem sido definido como uma prática social constante
observada com o sentimento ou convicção de que é juridicamente obrigatória. Trata-se
duma fonte anónima do direito, sem origem certa ou paternidade, cujas normas têm a
sua eficácia automaticamente assegurada: os próprios interessados e destinatários são os
responsáveis pela sua constituição e subsistência.
17.1 Modalidades:
17.2 Objetivo:
Teoria mista – tentou aproveitar o mais válido das duas teorias antecedentes.
Defende que “é necessário conhecer a decisão do legislador e os fundamentos
em que se apoia, para se acomodar e adaptar a lei ao presente”. O fim último
continua a ser o da obediência ao poder legislativo, que é um imperativo
constitucional nos Estados de Direito.
17.3 Elementos:
17.4 Resultado:
Ausência de uma norma jurídica que permita resolver um caso concreto da vida
social, que reclama uma solução jurídica. Implica uma omissão ou vazio do
ordenamento jurídico, não, propriamente, no âmbito do espaço livre do Direito. Espaços
do Direito que não são lacunas:
Processos Intra-sistemáticos
Analogia.
Processos extra-sistemáticos:
Normativos.
Discricionários.
Equitativos.
Analogia legis – operação mental através da qual se aplica uma norma jurídica
concreta a um caso lacunoso. Artigo 10º/Artigo 10º/2 –