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A ordem social é uma ordem de liberdade, dado que, apesar de as suas normas exprimem um
“dever ser” e de se imporem ao ser humano com o fim de nortear as suas condutas, este pode
violá-las, pode rebelar-se contra elas ou pode mesmo alterá-las, sendo certo que a violação
destas normas só as atinge na sua eficácia e não na sua validade.
A ordem natural é uma ordem de necessidade, pois as suas leis não são substituíveis, nem
violáveis, aplicam-se de forma invariável e constante, independentemente da vontade do ser
humano ou mesmo contra a sua vontade. Tais leis não são fruto da vontade do ser humano,
mas sim inerentes à própria vontade das coisas.
Direito: O homem é de uma natureza eminentemente social (tem a tendência para se agrupar
com o seu semelhante), e somente através da interação com outros homens e da conjunção
dos seus esforços, baseada na solidariedade e na divisão do trabalho, é que será possível ao
Homem atingir a sua plena realização.
Deste modo, a convivência em sociedade traduz-se na entre ajuda, na solidariedade, na
divisão do trabalho; e tudo isto só é possível havendo padrões estabelecidos de conduta,
regras que assegurem a harmonização das atividades entre si. Assim, torna-se essencial a
resolução de conflitos que a vida social, inevitavelmente, suscita, surgindo o Direito, que
procura promover a solidariedade de interesses, e resolver os conflitos de interesses.
Direito é, então, o sistema de normas de conduta social, assistido de proteção coativa.
(imposta pelo Estado).
Ordem Religiosa – ordem de fé, regulando as relações entre os crentes e os seus deuses. É
essencialmente intraindividual, refletindo-se também na sociedade dado que as crenças
religiosas dos indivíduos influenciam a sua conduta. As suas sanções têm um caráter extra
terreno.
Ordem de Trato Social – exprime-se através dos usos sociais, podendo variar dentro da
mesma sociedade, conforme o círculo social. A violação destas normas poderá levar à
marginalização do infrator.
Ordem Jurídica – ordem normativa e intersubjetiva, assistida de coercibilidade material, que
visa regular a vida do Homem em sociedade, conciliando os interesses em conflito. Tem
como valores fundamentais a Justiça e a Segurança, utilizando como meio as normas
jurídicas.
Direito Objetivo: norma ou conjunto de normas( law). Ex: o Direito comercial é um ramo do
Direito Privado.
Direito Subjetivo: direito à vida, liberdade e de segurança.
A Segurança embora não tenha a projeção da Justiça, não deixa de ser indispensável. Terá,
também, três sentidos fundamentais: a segurança com o sentido de paz social (missão
pacificadora do Direito na sociedade, solucionando conflitos), com o sentido de certeza
jurídica (previsibilidade e estabilidade do Direito, relaciona-se com os princípios da não
retroatividade da lei e do caso julgado) e no seu sentido mais amplo (relaciona-se com a
segurança social, a garantia dos direitos e liberdades dos cidadãos, etc) .
Equidade: As normas jurídicas são gerais e abstratas, sendo-lhes impossível prever todos os
casos singulares. Assim, podem preceituar soluções que não se mostrem as mais adequadas e
justas na sua aplicação a determinados casos concretos. Seria então mediante a equidade que
se resolveriam esses casos, facultando-se ao juiz afastar-se da norma, para que, atendendo às
particularidades de cada caso, encontrasse a solução mais justas. Porem, o recurso à equidade
dá lugar a um largo campo de atuação pessoal do julgador, o que poderia implicar sérios
riscos de incerteza e insegurança, daí que os legisladores limitem a sua aplicação.
A mudança Social é um fenómeno sociocultural identificável no espaço e no tempo, que não
é efémero, mas permanente, e que provoca alterações na estrutura social, produzindo o
aparecimento de novos valores e modelos de comportamento.