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I

Em 10 de setembro, Aloísio enviou a Juvenal um e-mail referindo o seguinte:


“proponho a venda de 10 tartarugas, pelo preço de 5.000 €; o preço mantém-se
durante 5 dias”.

Juvenal responde por carta datada de 12 de setembro e recebida por Aloísio a 14


de setembro, referindo que “aceito comprar as tartarugas, pelo preço indicado”.

Todavia, Juvenal, a 13 de setembro, por fax (enviado às 14.30), comunica a


Aloísio que “aceito a proposta, desde que possa pagar o preço 6 meses após a
entrega”.

a) Foi celebrado um contrato? Justifique.

b) Suponha que, a 20 de setembro, Aloísio comunica a Juvenal o seguinte:


“amanhã, remeto as tartarugas”. Quid juris?

c) Admita agora que a 20 de setembro, Aloísio comunica a Juvenal que “já


vendi as tartarugas a um terceiro”. Juvenal quer pedir uma indemnização a
Aloísio. Terá razão?

II

A 10 de outubro, Aníbal telefona a Belchior no sentido de saber os termos do


arrendamento da casa de Belchior. Este responde no mesmo dia, por e-mail,
“que se trata de um apartamento T2 e que a renda mensal é de 600 €, a que
acrescem as despesas de condomínio [sem as especificar], sendo que o prazo do
contrato é de 2 anos”. Assinala ainda que há muita procura, pelo que tem um
prazo “não superior a 7 dias para tomar a decisão”.

A 14 de outubro, Aníbal envia uma carta, por correio azul, a Belchior afirmando
que “estou disposto a arrendar o apartamento de que falamos, desde que o
valor do condomínio não ultrapasse 40 €; peço resposta no prazo de 3 dias”.

Belchior, que recebeu a carta a 19 de outubro, responde a Aníbal - a 25 de


outubro - dizendo que “embora o valor de condomínio seja apenas de 30 €,
cumpre-me informá-lo que já arrendei o imóvel a Carlota”.

Belchior responde que “tem direito ao imóvel e que, em qualquer caso, não
prescinde de uma indemnização”.

Analise as pretensões de Belchior.

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