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A vendeu a B um quadro por 4.000.000 Kz. Ficou acordado que o quadro seria entregue e o preço
pago no dia 20 de Maio pelas 15 horas.
b) Admitindo que A se esqueceu do compromisso e que e que não se deslocou ao local devido,
tendo o quadro vindo a perecer no dia seguinte por descuido seu. Quais as consequências
que dai resultariam?
c) Admita agora que o quadro pereceu 2 dias após a celebração do contrato por facto não
imputável ao vendedor. Quais as consequências?
Em 10 de Janeiro de 2003, A vendeu a B uma égua, ficando acordado que o animal seria entregue na
quinta de B no dia 15. Neste dia, o animal não é entregue porque A verificou que C (empregado
encarregado de receber a égua) estava embriagado.
No dia 20, quando A levava a égua a um veterinário ocorreu um acidente de viação, devido a uma
ultrapassagem mal sucedida feita por A. Por causa do acidente, a égua dá à luz, prematuramente,
uma cria e acaba por morrer dada a gravidade dos ferimentos.
b) B considera ter direito à cria e reclama uma indemnização. A não só não reconhece a este
qualquer direito como ainda pretende que ele pague o preço acordado. Quem terá razão?
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Na data acordada para o levantamento (5 de Maio), Z foi buscar os objectos, mas, por descuido,
provocou um incêndio que atingiu precisamente o sector onde eles se encontravam.
a) Terá Z que pagar os Kz. 100.500,00 fixados como preço ? Se Z não tivesse ido buscar as
estatuetas no dia 5 e, passados três dias, um empregado de F provocasse culposamente um
incêndio, poderia o comprador responsabilizar o vendedor?
c) Suponha que Z tem como sócio J e que F, como “paga” de serviços prestados em tempos
por Z, lhe perdoa a dívida, que quantia será devida por J?
Em 10 de Maio de 2004, Anselmo, antiquário, vendeu a Tiago, coleccionador, uma peça rara. Ficou
combinado que a peça seria entregue no dia 15, em casa de Tiago.
Nesse dia, não foi entregue, apesar de Tiago estar em casa. No dia 17, este telefonou a Anselmo
reclamando a entrega para o dia seguinte. No dia 20, um incêndio fortuito ocorrido na loja de
Anselmo destruiu todo o seu recheio.
a) Tendo sido infrutífero o telefonema do dia 17, terá Anselmo que suportar o dano de
Tiago?
b) Podia Tiago no dia 19 comprar a um outro antiquário uma peça parecida sem correr o risco
de ainda receber a que comprara a Anselmo?
c) Suponha que o incêndio foi provocado por descuido de Anselmo e que a peça pode ainda
ser restaurada embora com custos consideráveis. Poderá Tiago exigir o seu restauro?
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No dia 11, João, empregado de César, por distracção destruiu a estatueta. No dia 14, César
contratou Pedro, interditado desde Abril, para colocar um anúncio luminoso no estabelecimento.
Na véspera do dia acordado para o serviço, um incêndio fortuito destruiu a casa comercial de César.
a) Poderá César pedir uma indemnização a André e Marcos pelos prejuízos sofridos?
b) Terá Joana direito a receber a estatueta, apesar de se ter esquecido de ir buscá-la na data
combinada?
c) Se por hipótese Joana pudesse accionar João seria procedente a legação de que este é
habitualmente distraído?
d) A obrigação assumida por Pedro é válida? Na hipótese afirmativa, terá direito a receber o
preço acordado?
Em 2 de Maio de 2005, José, agricultor comprou a Filipe, criador de cavalos, um cavalo “puro-
sangue” sem outras características especiais. O preço acordado foi de Kz. 2.500.000,00, ficando
estabelecido que o animal seria entregue na quinta de José passados quinze dias e que, caso a entrega
não fosse feita na referida data, isso implicaria para Filipe o pagamento de Kz. 10.000,00 por cada
dia de atraso.
No dia 20, e sem razões justificativas, José recusou receber o cavalo. Em 25 de Junho, o cavalo
morre de peste equina, não sem que um mês antes tivesse ferido Filipe. Este perdeu igualmente o
lucro de não ter alugado a Pedro o espaço em que teve de colocar o animal.
Face aos dados, que direitos e que obrigações assistem aos contraentes?
Uma vez que o empregado de Zacarias se encontrava doente, Zacarias pediu ao seu amigo
Ambrósio que lhe levasse a encomenda, utilizando para o efeito o camião do aviário.
Já na centralidade do Kilamba, a direcção do veículo partiu-se, indo este embater contra a loja de
electrodomésticos do Sr. Carlos, destruindo tudo o que se encontrava na montra e partindo metade
dos ovos que o camião transportava. Ambrósio sofreu ferimentos leves, tendo sido imediatamente
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assistido no hospital. Apurou-se que o camião do aviário era novo, mas tinha atingido recentemente
a quilometragem aconselhada para a primeira revisão, sem que esta tivesse sido realizada. Teófilo
alegou ainda que se os ovos tivessem sido correctamente acondicionados talvez não se tivessem
partido.
b) Suponha que entre Teófilo e Zacarias ficou estipulado que este último não seria
responsável pelos danos causados pelo seu amigo Ambrósio. Que direitos assistem a
Teófilo?
c) Logo após o acidente Ambrósio contratou uma oficina na centralidade do Kilamba para
rebocar o camião e regressou de comboio, tendo, mesmo assim, perdido um dia de trabalho
na empresa em que trabalhava. Por seu turno Zacarias ficou zangado com Ambrósio, pois
conhecia uma oficina que lhe faria o mesmo serviço a preço mais vantajoso. Quid iuris ?
B encomendou 10 toneladas de tomate a A, a serem entregues na sede de B, por 100.000 Kz. a pagar
no acto da entrega. A ressalvou que só as levava daí a uma semana, tendo B anuído.
No dia seguinte, C lá foi entregar o tomate, mas B não quer recebê-lo nem pagá-lo, argumentando
que ainda não era o dia, que está à espera do tomate de A e que, mesmo que o recebesse, só pagaria
a A. Este, ao telefone, exige a B. que receba e pague.
Quid juris? Se B receber o tomate de C, poderá este exigir algum papel que sirva de prova da entrega.
Deolinda encomendou uma estante a Etelvina, por 200.000 Kz. A estante, a fazer segundo desenho
acordado entre ambas, ocupará cerca de 8 metros de parede, por 3 de altura. A madeira é pinho.
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Às tantas, já ameaça não querer as estantes. Etelvina responde então que nunca estará em mora sem
que um tribunal determine o prazo em que tem de cumprir.
F pagou a prestação de Janeiro, mas falhou logo a de Fevereiro. G. Enviou-lhe então uma carta, no
dia 15 de Fevereiro, exigindo o pagamento total. As partes tinham acordado juros de mora de 5%.
No dia 15 de Fevereiro de 2010, F. mandou 900.000 Kz a G., e nunca mais pagou coisa alguma.
Nesse dia, G. ainda ponderou não aceitar o pagamento de F., mas acabou por fazê-lo. Podia ter
recusado? Quanto é que F. deve a G. no dia 15 de Fevereiro de 2011?
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2.ª: Em 31 de Outubro, C pretende pagar os 1.000.000 Kzs, acrescidos de juros contados até
Dezembro, informando A que a quantia em causa se reportava à dívida de B. A recusa-se a receber,
uma vez que, diz, não conhece C de parte nenhuma,
Perante a recusa de A, C, pretende consignar em depósito, mas B ao ter conhecimento dessa
intenção, proíbe-o, terminantemente, de o fazer.
3.ª: afinal, a dívida não era só de B mas também em solidariedade, de C. Por acordo entre A
e B, A comprometeu-se a não exigir o cumprimento a B, deixando claro, no entanto, que não
prescindia de exigir a totalidade a C. C veio, efectivamente, a pagar os 1.000.000 Kzs e respectivos
juros e quando pretendia exigir de B 90% do que pagara – ja que essa era a proporção no âmbito das
relações internas – este opõe-lhe o acordo feito com A.
5.ª: A dívida era não só de B mas também de C, em regime de solidariedade. B morre, sendo
A seu herdeiro. C apresta-se a informar este que se considera exonerado.
Quid juris?
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A, tido por empresário de sucesso, deve ao banco B 2.000.000.000 de Kwanzas e tem dívidas
a fornecedores que ascendem a 1.000.000.000 de Kz.
2. O apartamento do Maculusso fora vendido dois anos antes a D, amigo íntimo de A por
500.000.000 Kz, valor que os avaliadores do banco consideram o dobro do real. Entretanto, e já
no ano anterior, o apartamento em causa foi vendido a E por 300.000.000 Kz.
3. A casa de campo que A possuía em Viana pertencia, afinal, a F que a vendera a A com reserva de
propriedade, faltando pagar 100.000.000 Kz e e valendo a casa 300.000.000.
4. A é credor de G, seu amigo de infância, em cerca de 500.000.000 Kz; contudo, apesar de a dívida
estar vencida, A nunca exigiu o pagamento e não mostra intenções de o fazer. A também sabe
que G, por sua vez, tem o seu crédito sobre H, de montante superior, também vencido e em vias
de prescrição, que o mesmo G não tem exigido por pura inércia.
5. A doara, sete anos antes, um luxuoso iate à actriz I que, no entanto, desde há dois anos, tem uma
coluna num jornal de mexericos, cujo único fim parece ser o de denegrir a imagem e a honra de
A.
6. A, acossado pelos credores, prepara-se para ir para a África do Sul, para o que procura
secretamente comprador para as valiosas jóias de família que tem num cofre-forte no bamco do
seu amigo J.
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2. Por acordo escrito com B, C garantiu pessoalmente, e de modo expresso, o pagamento dos
2.500.000 Kz., bem como de toda e qualquer dívida, presente e/ou futura, de B perante A.
4. O mútuo foi judicialmente anulado, após ficar provado que B contratara em erro, qualificado
por dolo, proveniente da actuação de C. Este sustenta, agora, a sua desvinculação enquanto
fiador.
8. C pagou os 2.500.000 Kz. a A, que, no dia seguinte, recebeu a mesma quantia de B. C pretende
agora receber 2.500.000 Kz. de B.
10. O empréstimo contraído por B tinha natureza comercial. Entretanto, após decretada a
insolvência de B, A – que no respectivo processo, nada fez para cobrar o seu crédito – veio
exigir o pagamento a C.