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Subturmas 1 e 4
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Direito das Obrigações — 2022/2023. Subturmas 1 e 4
MODALIDADES DE OBRIGAÇÕES
Caso n.º 21
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Caso redigido pela Professora Raquel Rei.
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Direito das Obrigações — 2022/2023. Subturmas 1 e 4
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JANUÁRIO DA COSTA GOMES / CARLOS LACERDA BARATA, Direito das obrigações. Casos práticos e
outros elementos para as aulas práticas, 2.º ed., Lisboa, 2007, 22 e 23.
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1ª Hipótese: A aciona B, que tem maior poder económico, para pagar os 9.000
euros, mas este contesta, referindo que, por contrato celebrado com C e D, tinham
acordado que seria este último a pagar os 9.000 euros, pelo que nada deve a A.
2ª Hipótese: A aciona B, que paga os 9.000 euros. Quando B exige 3.000 euros
a C e outro tanto a D, é confrontado com o argumento, oposto por estes, de que não têm
quaisquer possibilidades de pagar por estarem insolventes e que, de qualquer modo, B
só deveria ter pago a A “os seus” 3.000 euros.
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JANUÁRIO DA COSTA GOMES / CARLOS LACERDA BARATA, Direito das obrigações. Casos práticos e
outros elementos para as aulas práticas, 2.º ed., Lisboa, 2007, 24 e 25.
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JANUÁRIO DA COSTA GOMES / CARLOS LACERDA BARATA, Direito das obrigações. Casos práticos e
outros elementos para as aulas práticas, 2.º ed., Lisboa, 2007, 33 e 34.
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extinção do contrato; para tanto, A invoca uma cláusula incluída no contrato, cuja
validade B questiona. Quid juris?
5.ª Hipótese: Semanas depois da venda do carro, A vendeu, também, a B — nas
mesmas condições, mas pelo preço de 600 euros — um sofisticado leitor de CDs, que B
pretendia vir a instalar no veículo. Porém, passados apenas escassos dias, B vendeu o
aparelho a E, por 750 euros. Quid juris?
CONTRATO PROMESSA
Caso prático n.º 6
Num guardanapo de papel, escrito a meias, Joana prometeu vender e Luís
prometeu comprar certo terreno em que este espera vir a construir um prédio, por €
400.000. O acordo foi assinado por ambos e foi combinada a escritura dali por um ano.
d) Imagine, por fim, que Luís havia entregado 10% do preço a Joana e exige
agora, farto da demora desta, a sua restituição em dobro ou, subsidiariamente, a
«condenação de Joana a cumprir».
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António promete vender a Carlos e a Daniela, que, por sua vez, prometem comprar ao
primeiro o dito apartamento, por 300.000€. Todos assinaram um documento em que
ficaram consignadas todas as combinações.
A compra e venda deveria celebrar-se até ao final de Setembro de 2010 e cabia a
Carlos e a Daniela marcá-la. Não o fizeram, porém.
Em 5 de Outubro António recebe uma carta de Carlos e Daniela marcando a
escritura para o dia 10 de Outubro de 2010. Na volta do correio, Carlos e Daniela são
surpreendidos com uma carta de António em que este afirma “não tendo sido marcado o
contrato até ao final de Setembro, celebrei contrato com eficácia real com outra pessoa,
a quem prometi vender o apartamento por 310.000€”.
Alguns dias mais tarde, Daniela descobre que o outro promitente-comprador do
apartamento é Ernesto, mediador imobiliário a quem Daniela tinha falado da sua
“paixão pelo meu apartamento”. Ernesto, sabendo do atraso do banco financiador dos
noivos na concessão do empréstimo necessário à compra e venda e do preço baixo do
apartamento, apressou-se a garantir a sua posição junto do proprietário, de molde a,
depois, vendê-lo a Daniela e a Carlos por 320.000-325.000€.
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O caso corresponde, parcialmente, a um exame de Direito das Obrigações I, 2.º A, de dezembro de
2011.
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Três semanas depois da avaliação do banco, Augusto ainda não tinha marcado a
compra e venda, razão pela qual Bento vendeu o apartamento a Carlos por €340.000.
Ao saber do sucedido, Augusto declara a Bento que vai executar o acordo e que,
em qualquer caso, não entrega o apartamento a Carlos até que lhe sejam pagos €
260.050,00 (€ 80.000,00 correspondente à quantia inicial mais € 50,00 pela
desvalorização dos € 80.000,00 entretanto ocorrida, e os restantes € 180.000,00
correspondentes à quantia a mais que Bento recebeu de Carlos). Bento afirma que o
contrato é inválido por falta de forma e que, na pior das hipóteses, apenas entregará a
Augusto € 160.000.
a) Qualifique o contrato celebrado entre Augusto e Bento, pronunciando-se sobre a
sua validade;
b) Pronuncie-se quanto aos direitos de Augusto sobre Bento e sobre Carlos;
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JANUÁRIO DA COSTA GOMES / CARLOS LACERDA BARATA, Direito das obrigações. Casos práticos e
outros elementos para as aulas práticas, 2.º ed., Lisboa, 2007, 60 e 61
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