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CASO N.º 1
António e Bento são irmãos e únicos herdeiros dos negócios da família. Após
a morte do Conde de Arneiro, seu pai, os irmãos resolveram constituir três sociedades
com a património familiar das quais eram os únicos sócios e administradores:
(i) a sociedade Solar do Arneiro, Lda., que tinha por objeto a exploração de
turismo rural, à qual alocaram o solar da família em Ponte de Lima;
Tal confusão não existia apenas entre sócios e sociedade mas também entre as
próprias sociedades... Por exemplo: as despesas da Solar do Arneiro, Lda. eram mui-
tas vezes suportadas pelo exercício da VitArneiro, SA..
3 – O negócio do vinho alvarinho está a correr bastante bem aos irmãos Arnei-
ro, que sonham agora em lançarem-se na exportação. Para o efeito, a VitArneiro, S.A.
necessita de contrair um financiamento bancário, o que exige a constituição de uma
hipoteca. Todo o património imobiliário (incluindo os hectares de vinha) é proprieda-
de da Solar Arneiro, Lda.. Para além disso, António necessita de um financiamento
pessoal que exige igualmente a constituição de uma garantia real.
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porém, recusa-se a lavrar a escritura porque entende que se violou o disposto no art.
6.º do CSC. Quid juris?
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Quid juris?
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CASO N.º 8
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(ii) Marante foi mais esperto: entregou à sociedade os € 15 000 a que se com-
prometera por ocasião do aumento, e promoveu o pagamento pela CS de uma dívida
antiga, de € 15.000, resultante da venda de uma mesa de misturas em 2005.
(v) Em 2013, Emanuel alienou o seu crédito de € 125 000 a Romana, que não
é sócia da CS. Em 2014, esta requereu a declaração de insolvência da CS.
Quid juris?
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CASO N.º 14
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CASO N.º 15
1. A sociedade por quotas “Fogo na Peça, Lda.” (“FP”) foi formada por cinco sócios,
tendo cada um deles subscrito uma quota de € 5.000. Pronuncie-se sobre as se-
guintes questões alternativas:
a. O contrato apenas permite a cessão de quotas quando os restantes sócios
exerçam efetivamente o direito de preferência sobre a totalidade das quo-
tas a alienar.
b. O contrato de sociedade nada dispõe sobre a transmissão de quotas. Aníbal
pretende alienar a sua quota, mas os restantes sócios deliberaram recusar o
consentimento à cessão.
c. O contrato de sociedade nada dispõe sobre a transmissão de quotas. Bento,
que é sócio e gerente, decide adquirir a quota de Aníbal, para viabilizar a
recusa do consentimento da sociedade, e evitar que a quota seja adquirida
por estranhos.
d. O contrato de sociedade proíbe, em absoluto, a cessão de quotas.
2. Alberto, sócio da “Bento, Carlos e Companhia” (“BCC”), decidiu vender a sua
parte social a Helena. O consentimento da maioria dos demais sócios foi obtido, já
que os estatutos autorizam a transmissão por voto maioritário. Alberto quer agora
participar na assembleia geral da BCC, mas o presidente da mesa recusa-se a re-
conhecê-lo como sócio. Perante esta recusa, Alberto pondera invocar a invalidade
do negócio aquisitivo da parte social.
3. O capital da sociedade “Carne no Assador, S.A.” (“CA”) está dividido em 50.000
ações de € 1 cada. As ações são tituladas mas ainda ao portador, e a transmissão
das mesmas está condicionada ao consentimento da sociedade.
4. O capital da sociedade “Princesa do Vouga, S.A.” está dividido em 100.000 ações,
de € 5 cada. O contrato de sociedade subordina a transmissão de ações ao consen-
timento da sociedade. A sociedade pode recusar por três vezes, em relação a cada
sócio, a transmissão de ações: à quarta vez a sociedade tem que demonstrar esfor-
ços sérios para encontrar um comprador.
CASO N.º 16
António é sócio da BLUELIGHT, LDA., sendo titular de uma quota representativa de
25% do seu capital social. Moveu duas ações de responsabilidade civil — uma em
nome da sociedade, outra em nome próprio — contra Carlos e David, gerentes há 10
anos.
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Acusa Carlos de “gestão danosa”, por ter celebrado contratos de swap de taxas de
juro, de teor que considera ser manifestamente especulativo, que vieram a causar pre-
juízos à sociedade de centenas de milhares de euros. Diz ainda que David não fiscali-
zou a atuação de Carlos, no sentido de proteger a sociedade.
Carlos defende-se, dizendo que a sua atuação foi perfeitamente lícita. Tinha de renta-
bilizar o dinheiro que a sociedade tinha no banco e que não rendia juros nenhuns.
Confiou na informação que o banco lhe deu de que era um produto ótimo. Não lhe
passou pela cabeça que as taxas de juro pudessem baixar como vieram a baixar. Diz
ainda que está protegido pela business judgment rule.
David, por seu turno, diz que não sabia de nada. Carlos não lhe comentou nada e não
lhe passava pela cabeça andar permanentemente a perguntar-lhe o que ele fazia.
1. Qual o enquadramento normativo de cada uma das pretensões e respetivos
pressupostos?
2. Quem tem razão? Deve Carlos indemnizar a sociedade? Deve Carlos in-
demnizar diretamente António?
3. E David?
CASO N.º 17
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