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CASOS PRÁTICOS (INVALIDADES DOS NEGÓCIOS JURÍDICOS E EXCEPÇÕES)

António vendeu ao Belmiro um automóvel ligeiro, não tendo o adquirente


procedido ao registo do mesmo.

Um mês depois António vende esse mesmo automóvel a Carlos, por um


preço superior, tendo este registado a sua aquisição.

Quid iuris?

Imagine que na altura da compra o carlos se encontrava manifestamente


embriagado.

Ana venda a Berta o seu automóvel, Berta regista. Mas tarde, Berta vende a
Carla e também esta efectua o registo. Aquem pertence o automóvel?

Suponha agora que o contrato entre a Ana e Berta é :

a) Anulavél; ou b) nulo, sendo estas invalidades do conhecimento da Carla, á


quem pertence, em qualquer dos casos, o automóvel?

c) É juridicamente possível que carlos , não obstante as invalidades poderá


ficar em definitivo com o automóvel?

3( NJ)

Costa comerciante de alfaias agricolas na Beira, esta em negociações com o


agricultor Daniel em Malema, visando aquisição de um tractor pelo último. No dia
01 de Fevereiro envia por correio corre, uma proposta detalhada a Daniel pedido a
sua aceitação até ao 15 de Fevereiro. No dia 14, o Daniel envia uma carta por correio
normal em que declara aceitar a proposta feita. A carta chega em Nampula no dia
17, sendo perfeitamente legivel o carimbo da expedição.

a) No dia 01 de Março, o Daniel escreve a Costa pedindo a entrega imediata


do tractor. Baseia o seu pedido no fundamento da conclusão dum
correspondente contrato de compra e venda. Subsidiariamente pede o
pagamento de uma indemnização. Tera razão?

Casos prá ticos de teoria geral do direito civil- Docente: Bogaio Nhancalaza Pá gina 1
b) E se Daniel no dia 14 de Fevereiro, tivesse enviado a sua carta também por
correio corre, a solução seria a mesma?

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(NJ FORMAL)

António publica um anúncio no jornal com o seguinte texto: “Vendo


apartamento com 4 assoalhadas, 3 casas de banho e cozinha, por 2. 250.000,00
Mts .Bento, amigo de A, telefona-lhe e diz: “Compro a tua casa pelos
2.250.000,00Mts que pedes”. A concorda.Quid iuris?

[SILÊNCIO E REVOGAÇÃO DAS PROPOSTAS]

António publica um anúncio de contratação de empregada doméstica num


jornal. Bento e Carlos enviam as respectivas candidaturas. A c a r t a d o B e n t o é
enviada a 02 de Setembro e recebida 04 dias depois,
e s ti p u l a n d o q u e , s e o A n t ó n i o n a d a r e s p o n d e r , B e n t o
apresenta-se ao serviço no dia 04 de Dezembro. António nada
faz. A carta do Carlos foi enviada no dia 02 de Setembro e
recebido 01 dia depois.

a) No dia 11 Carlos recebe, no seu atendedor de chamadas, uma


mensagem de António aceitando a proposta. António combinou com
Carlos alterar a data do seu início de funções.Quid iuris?

b) António arrepende-se e deixa, no dia da aceitação [dia 11], uma


mensagem no atendedor do Carlos em como já não pretende contratá-la.
Carlos só ouve a mensagem no dia seguinte.Quid iuris?

Em 10 de Setembro Ana, pede, para se informar, um orçamento a Bento,


sobre o custo de uma estufa pré-fabricada para o seu jardim. Em 15 de Setembro
Bento envia-lhe o orçamento pedido, estabelecendo um preço de 75.000,00 Mts,
acrescentando que o pode manter até no dia 30 de setembro do mesmo mês.

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Entusiasmada com o preço, já no dia 17 de setembro, Ana escreve uma carta
encomendando a estufa e envia por correio registado. Todavia, antes da carta ser
entregue a Bento pelo carteiro, Ana sofreu um acidente grave, tendo ficado em
coma.
No dia 25 de setembro, Bento monta a estufa pré-fabricado no jardim de Ana.
Face ao descrito, diga se terá concluído algum contrato e em que momento.

António encontrando-se com grandes dificuldades económicas e temendo o ataque


dos seus muitos credores, vende ao seu primo Bento um prédio urbano.

Passados cinco anos A. pretende reaver o prédio. Poderá fazê-lo? Com que
fundamento?

António embora pretende-se fazer uma doação a Bento, médico que o tratara
durante prolongada doença de que fora vítima, celebrou contrato de compra e
venda de um automóvel de luxo.

Contudo não houve entrega de qualquer preço nem qualquer intenção nesse
sentido. Dois anos depois, poderá C, filha de A, reaver o automóvel em vida do seu
pai? Em que fundamento?

João vende Tomás uma vivenda, com observância de todas as formalidades


legais, sem que, todavia, tenha havido qualquer intenção de que houvesse
pagamento do preço. Tomás é filho de João, que tem outro filho Pedro, que ignorava
a venda. João pretende deste modo, beneficiar Tomás e prejudicar Pedro.
a) Aquém pertence a vivenda?
b) Suponha agora que Tomás vende a mesma vivenda a Rui, também
com observância de todas formalidades legais. Quem será neste
caso o proprietário?
c) Imagine agora que o Pedro pretende impugnar o negócio. Terá
êxito?
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Por escrito particular, António vendeu a Bernardo um imovél situado em
Muala expansão. Bernardo não registou a sua aquisição. António, aproveitando o
facto de o imovél permanecer em seu nome, volta a vendê-lo, desta vez ao César.
César exige que o contrato seja realizado por escritura pública mas, meses depois,
quando se dirige á conservatória de registo predial para registar a sua aquisição,
verifica que o terreno fora registado no dia anterior em nome de Daniel, a quem
António o voltara a vender a quem António o voltara a vender, entretanto também
por escritura pública.

Quem é o proppriétario do imovél?

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Joana vendeu um imovél a Natalia por escritura pública, mas o negócio é nulo
por ser contrário aos bons costumes. Natalia procede de imediato ao respectivo
registo. Meses mais tarde, Natalia vende o mesmo imovél a Ana, que não regista a
sua aquisição. Posteriormente, Natalia vende o mesmo terreno a Miguel, que ignora
a venda anterior, mas tem conhecimento das circunstâncias em que foi celebrado o
primeiro negócio. Miguel procede de imediatamente ao registo.

Quem é, nas circunstâncias descritas, o proprietário do imovél?

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