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FACULDADE DE DIREITO
CURSO DE DIREITO
DIREITO ADMINISTRATIVO I
AUTARQUIAS LOCAIS
NAMPULA
2023
1
UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇAMBIQUE
FACULDADE DE DIREITO
CURSO DE DIREITO
DIREITO ADMINISTRATIVO I
AUTARQUIAS LOCAIS
Discentes:
Belmiro Hugo Damião de Fausto
Munira Magido Ali
Mussa Hamido Abubacar
Docente:
Mussagy Hassane Mussagy
NAMPULA
2023
2
Índice
INTRODUÇÃO.................................................................................................................4
AUTARQUIAS LOCAIS..................................................................................................5
Noções...............................................................................................................................5
CRIAÇÃO DAS AUTARQUIAS LOCAIS......................................................................7
CATEGORIAS DAS AUTARQUIAS..............................................................................7
O princípio da autonomia local.........................................................................................8
NATUREZA JURÍDICA..................................................................................................9
Função das Autarquias Locais...........................................................................................9
AUTONOMIA DAS AUTARQUIAS............................................................................10
Desenvolvimento Local...................................................................................................11
Descentralização, Autoadministração e Poder Local......................................................11
Conclusão........................................................................................................................12
Bibliografia......................................................................................................................13
3
Introdução
O Presente trabalho abordar-se-á sobre as Autarquias Locais. Porem podemos
deslumbrar que não se trata de um conteúdo novo, uma vez que em Moçambique, certos
manuais e doutrinas estabelecem o respectivo estatuto jurídico encontra se hoje,
dispersos por diversos diplomas, dois mais relevantes.
4
Autarquias Locais
Noções
Autarquias locais são pessoas coletivas publicas de população e território,
correspondentes aos agregados de residentes em diversas circunscrições do território
nacional, e que asseguram a prossecução dos interesses comuns resultantes da
vizinhança mediante órgãos próprios, representativos habitantes. Importa salientar que
as autarquias locas são todas, e cada uma delas pessoas coletivas distintas do Estado,
porem as autarquias locais não estão enquadrados no Estado, não são o Estado, não
pertencem ao Estado. Mas porem são entidades independentes e completamente
distintas do Estado, por, mas que sejam controlados e fiscalizados ou mesmo
subsidiadas por ele.
Não podemos confundir as autarquias como agências do Estado, muito menos são
instrumentos de administração indirecta.1
Ao passo que o conceito doutrinal das autarquias locais, retrata nos quatro
elementos essências˸ O território, o agregado populacional, os interesses próprios deste,
e os órgãos representativos da população.
5
população representativa, e delimitar as atribuições e as competências das
autarquias e dos seus órgãos, em razão do lugar. O território da autarquia local
permite determinar o conceito da população que vai ser gerida pelos respectivos
órgãos autárquicos, porem a população cujo os manifestos vão ser elencados por
uma determinada autarquia.5
O agregado populacional define os interesses a prosseguir pela autarquia e,
também, porque a população constitui o substrato humano da autarquia local, a
população é um elemento essencial que subjaz neste conceito de autarquias,
visto ser, em ultima analise, a razão de ser da existência da própria autarquia,
sem as pessoas não existira necessidade de existirem autarquias.6
O interesse comum confere aos fundamentos a existência das autarquias locais,
as quais se formam para prosseguir os interesses privativos das populações
locais, consequentes do facto de elas conviverem numa área especifica, unidas
pelos laços vizinhança.
O órgão representativos consiste na existência de órgãos representativos das
populações, uma vez que, não há, em rigor, autarquia local quando ela não e
administrada por órgãos representativos das populações que a compõem. 7 Uma
vês que as autarquias locais são dotados de dois órgãos, tais como, um
deliberativo e outro executivo, pois todos são eleito por sufrágio universal,
directo, igual, secreto, pessoal e periódico dos cidadãos eleitores residentes na
respectiva área territorial, decorrente num período de cinco anos.8
5
MACUÁCUA, Edson da Graça. Moçambique - Revisão Constitucional de 2018 e Descentralização, p.198
6
NEEVES, Maria José Castanheira, Governo e Administração Local, Coimbra Editora, limitada, 2004. P.
23.
7
AMARAL, Diogo Freitas Do, Curso De Direito Administrativo, Vol. I, 3ᵃ edição, Edições Almedina,
Coimbra, 2008, Pp. 484‐489.
8
MACIE, Albano, Lições de Direito Administrativo, Vol. I, Escolar Editora, 2012, P. 365.
9
MACUÁCUA, Edson da Graça. Moçambique - Revisão Constitucional de 2018 e Descentralização, Pp.
197 e 198.
6
Criação das Autarquias Locais
As autarquias locais são pessoas colectivas públicas territoriais, a personalidade
jurídica é um pressuposto essencial da autonomia, permitindo a imposição jurídica dos
interesses locais. A natureza territorial significa que o território constitui o elemento
estruturante principal da autarquia local, pois serve de elemento de referência para
determinar os sujeitos da pessoa coletiva, o elemento de individualização dos interesses
a satisfazer, elemento de conotação do objecto, dos poderes e direitos atribuídos a
nação, somente por lei específica poderá ser criada a autarquia.
O município pode ser entendido como uma pessoa colectiva territorial de âmbito
municipal dotado de órgãos representativos, que visa o desenvolvimento de interesses
próprios das populações de concelhias.13
10
REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE, Constituição da República, 2018 in Boletim da República I série n° 115
de 12 de junho.
11
REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE, lei n°6/2018 de 3 de Agosto, Autarquias Locais in Boletim da Republica,
I serie n°152 de 3 de Agosto.
12
MACIE, Albano, Lições de Direito Administrativo, Vol. I, Escolar Editora, 2012, P. 368
13
NEEVES, Maria José Castanheira, Governo e Administração Local, Coimbra Editora, limitada, 2004.
P.26
7
Também intendesse que só existe pode local quando as autarquias locais são
verdadeiramente autónomas e tem um amplo grau de autonomia administrativa e
financeira, isto é, se forem suficientemente eficazes e suas atribuições e competências,
quando forem incumbidos de meios humanos e técnicos necessários, assim como
recursos matérias suficientes, para elencar e prosseguir, e se não for excessivamente
controlada pela tutela administrativa e financeira do poder central.14
No nosso ordenamento jurídico na lei das autarquias locais no seu artigo 14,
estabelece a forma pelo o qual o poder regulamentar se manifesta quanto as autarquias
14
AMARAL, Diogo Freitas Do, Curso De Direito Administrativo, Vol. I, 3ᵃ edição, Edições Almedina,
Coimbra, 2008, Pp.487‐488.
15
Idem
8
locais.16 O poder regulamentar das autarquias locais, emprega-se de maneiras
genéricas e abstratas nos limites da lei mãe Moçambicana, que advém também através
doutras leis e em alguns regulamentos emendados pelos órgãos competentes, isto é,
órgãos tutelares, referindo se as posturas municipais.
A sujeição das autarquias locas a tutela do Estado, recapitula-se na existência
duma legalidade, isto é, as autarquias locais estão sujeitas a tutela do Estado nos termos
da legalidade e mérito dos actos administrativos dos órgãos autárquicos.
A tutela estabelece a legalidade dos actos administrativos, materializa se através
de verificações, inquéritos, sindicâncias e ratificações, no contesto das solicitações de
informações e esclarecimentos.17Nos termos do artigo 12 da lei das autarquias locais.18
Natureza Jurídica
A autarquia é uma entidade administrativa, com personalidade jurídica própria,
distinta do ente que a criou. É, portanto, titular de direitos e obrigações que não se
confundem com os da pessoa instituidora, permitindo a imposição jurídica dos
interesses locais, a personalidade da autarquia inicia com a vigência da lei que a
instituiu. Não há qualquer espécie de inscrição em registros públicos, como se exige nas
pessoas jurídicas de direito privado. As autarquias locais uma vez que são pessoas
colectivas publicas territoriais. Tramitam uma personalidade jurídica e um pressuposto
essencial da autonomia, auxiliando uma imposição jurídica, porem desenvolvem elas
são pessoas jurídicas diferenciadas aos Estados scricto sensu, porem o Estado central e
não elementos ou componentes dele. Porem estabelecem uma natureza territorial
significa que o território constitui o elemento estruturante principal da autarquia local.19
9
colectividade, ou seja, são pessoas colectivas de objectivos múltiplos, terminando
porem, a lei limitar as atribuições de cada categoria de autarquias seguindo assim o
princípio da descentralização. O princípio da generalidade menciona autonomia local da
chamada autonomia institucional (universalidades) e da autonomia corporativa
(corporações profissionais e económicas), que desenvolvem determinados objectivos
específicos de uma dada categoria de pessoas.20
20
Idem
21
REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE, lei n°6/2018 de 3 de Agosto, Autarquias Locais in Boletim da Republica,
I serie n°152 de 3 de Agosto
22
ALVES, Armando Teixeira, COSSA, Benedito Ruben, Guião das Autarquias Locais, Maputo,
Fevereiro de 1998.
10
Desenvolvimento Local
Várias são as formas pelas quais se efectua um desenvolvimento, mas para as
autarquias locais para prosseguirem no seu desenvolvimento e necessário que se crie
uma comunidade local uma autarquia local próxima da comunidade local e vestida de
poder local, de modo que seja capaz a promover o desenvolvimento daquela
determinada área, ou seja capaz de alavancar o desenvolvimento daquele local. Isso não
será possível advir das autarquias provinciais, porem defere-se da comunidade local ou
agrupando várias comunidades locais, que por via de regra não retribuam interesses
locais comuns. Noutro lado quando a lei fundamental fazer referência acerca do
desenvolvimento local, submete se nos interesses comuns das populações locais, que
são martilho, consistente da base de uma identidade comum.23
Conclusão
Chegando a esse ponto concluímos o nosso trabalho que teve com tema as
autarquias locais cujo o seu enquadramento conceptual e constitucional evocamos,
administração Pública esta porem definida em virtude de uma maneira escalonada que
ajuda na prossecução de actividade concreta e imediata que o Estado desenvolve para a
23
MACUÁCUA, Edson da Graça. Moçambique - Revisão Constitucional de 2018 e Descentralização, p.
200.
24
AMARAL, Diogo Freitas Do, Curso De Direito Administrativo, Vol. I, 3ᵃ edição, Edições Almedina,
Coimbra, 2008, Pp.486‐487
11
consecução dos interesses colectivos, e subjectivamente como o conjunto de órgãos e de
pessoas jurídicas às quais a lei atribui o exercício da função administrativa do Estado.
12
Bibliografia
Doutrinas
ALVES, Armando Teixeira, COSSA, Benedito Ruben, Guião das Autarquias Locais,
Maputo, Fevereiro de 1998.
Legislações
13