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Índice

1.0. Introdução .......................................................................................................... 3

1.1. Objectivo Geral .................................................................................................. 3

1.1.1. Objectivos Especifico ..................................................................................... 3

1.2. Metodologias ..................................................................................................... 3

2.0. Fundamentação teórica ...................................................................................... 4

2.1. Congresso de Viena e seu Impacto .................................................................... 4

2.2. Declaração das Potências acerca da abolição do tráfico de negros para a


Europa ........................................................................................................................... 5

2.3. Antecedentes do Congresso de Viena ................................................................ 6

2.3.1. Aliança de Santa Aliança ............................................................................... 7

2.4. Os objectivos do Congresso de Viena ............................................................... 7

2.5. Decisões que foram tomadas no congresso de Viena e seus impactos. ............. 7

2.5.4. Decisões tomadas no Congresso de Viena para os países participantes ........ 9

2.6. Consequências do Congresso de Viena ........................................................... 10

2.6.1. As principais consequências do Congresso de Viena foram ........................ 11

3.0. Considerações Finais ....................................................................................... 12

Referencias Bibliográficas .......................................................................................... 13


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1.0.Introdução

No presente trabalho da cadeira de História Contemporânea da Europeu e América que


tem como tema o Congresso de Viena e seus Impactos neste tema abordamos sobre as
causas que culminaram com o congresso em que ao final das Guerras Napoleônicas as
maiores potências europeias reuniram-se para resolver as principais questões relativas às
consequências territoriais, bem como o equilíbrio que deveria haver entre as principais
forças políticas, económicas e militares do velho continente, com o objectivo de que não
ressurgissem ideias como as que permitiram a ascensão de Bonaparte ao poder na
França.

Foi em meio a estas discussões que o governo britânico elevou à matéria multilateral a
questão da abolição do comércio de escravos. Graças a fortes pressões internas da
opinião pública, a Grã-Bretanha conseguiu influenciar politicamente as principais
nações coloniais à época: França, Espanha e Portugal, a discutir o futuro do comércio
que passava a ser considerado, então, aviltante à humanidade.

1.1.Objectivo Geral
 Identificar os impactos causados pós o Congresso de Viena
1.1.1. Objectivos Especifico
 Compreender os pontos discutidos no Congresso de Viena
 Avaliar as consequências causadas como resultado do Congresso de
Viena
1.2.Metodologias

Para a elaboração do presente trabalho recorreu-se na revisão bibliográfica, que


consistiu na recolha de informações em várias fontes que culminou com aquisição de
informação atinente ao tema aqui tratado, a Pesquisa Bibliográfica consistiu
principalmente a três (3) técnicas, a destacar: na consulta e leitura de obras literárias e
virtual
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2.0.Fundamentação teórica
2.1.Congresso de Viena e seu Impacto

Segundo "Carlos César Higa" diz que o Congresso de Viena foi uma conferência
realizada entre embaixadores das grandes potências europeias que aconteceu na capital
austríaca, entre Setembro de 1814 e Junho de 1815 que reorganizaram a ordem
geopolítica da Europa após o fim das guerras napoleônicas.

Antes da realização do congresso, Áustria, Prússia e Rússia fizeram a Santa Aliança,


que abordou o futuro dos territórios conquistados por Napoleão enquanto imperador da
França. O Congresso de Viena tratou principalmente do novo desenho do mapa da
Europa e que teve como aparticipacao os seguintes países :

 Áustria;
 Prússia;
 Rússia;
 Portugal;
 Grã-Bretanha;
 França.

Este Congresso visava evitar outros conflitos como as guerras napoleônicas.

Para KISSINGER, 2012, p. 62 diz que com o exílio de Napoleão Bonaparte, na ilha de
Elba, após as Guerras Napoleônicas, as potências vencedoras1 reuniram-se em Viena
para refazer a ordem internacional, o que resultaria na formatação de um sistema
político restaurativo, redesenhando o mapa político europeu, em uma tentativa de frear
os anseios republicanos advindos da Revolução Francesa e de se recuperar, no que fosse
possível, o absolutismo.

Este novo sistema político impediria que guerras de grandes proporções surgissem,
tendo a Europa vivido um período de paz, bastante longevo, sem o enfrentamento
directo das Grandes Potências europeias, sendo a única exceção a guerra da Crimeia
(1853-1856) baseada nos princípios de equilíbrio de poder, as potências reunidas no
Congresso de Viena tentaram balancear as forças militares, as forças económicas e as
forças políticas, dividindo territórios em duas ou mais entidades políticas e anexando
outros aos seus domínios. Outro fator central do Congresso foi o princípio da
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legitimidade, fundamento que levaria o rei Luís XVIII ao trono na França, numa
tentativa de se resgatar os valores considerados legítimos anteriores à Revolução
Francesa, tentando bloquear o avanço liberal3 e se alcançar o status quo ante
(KISSINGER, 2012, p. 63-70).

A ata final do Congresso de Viena, de 1815, englobou diversos tratados em que as


Potências reunidas mostram suas preocupações relativas a questões territoriais,
estabelecendo limites e fronteiras entre Estados, bem como, questões referentes a
emigração, questões relativas à navegação e ao comércio e, no que afecta de maneira
mais directa ao presente trabalho, questões referentes à abolição do tráfico de escravos.

2.2.Declaração das Potências acerca da abolição do tráfico de negros para a


Europa

O Ato XV, datado de oito de Fevereiro de 1815, anexo à ata final,5 traz a declaração das
Potências acerca da abolição do tráfico de negros.

Neste documento, as potências reunidas reconhecem que o tráfico de escravos é


repugnante aos princípios de humanidade e de moralidade universal, que embora o fim
seja difícil de se alcançar, todos os países civilizados deveriam trabalhar para que o
tráfico fosse suprimido de forma mais rápida o possível, com o objectivo de acabar,
numa tradução literal dos termos do Ato, com a calamidade que há muito desola a
África, degrada a Europa e aflige a humanidade.

O documento traz que, embora seja uma medida de necessária atenção, a Declaração
geral não poderá prejudicar o período que cada Potência considere necessário para
abolir o tráfico, deixando assim como discricionário a cada Estado envolvido o tempo
no qual deverá chegar a este marco.

Pode-se entender assim que o Ato XV é uma declaração de princípios pelos quais os
Estados reunidos no sistema do Concerto Europeu se nortearão em suas relações, com o
objectivo de se chegar à abolição universal a ser trabalhada como objecto de
negociações entre as Potências, por meio de esforços conjuntos.

Embora seja vazia no sentido de não estabelecer um prazo, a Declaração conjunta das
Potências exorta que os Estados procurem da maneira mais breve o possível, sem que
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trabalhem contra, ou seja, acelerem ou aumentem o tráfico de escravos, os ditames do


documento.

Segundo DECAUX, 2009, p. 35 diz que ao acabar com seu tráfico transatlântico a partir
do ano 1807 a Grã-Bretanha engajou-se activamente para acabar com o tráfico
internacionalmente, sendo este uma das matérias centrais em suas discussões
diplomáticas na primeira metade do século XIX.

Consequentemente, os britânicos, durante os anos de 1810 e 1814, assinaram tratados


com Suécia, Dinamarca e Portugal, que restringiam as actividades relativas ao comércio
de escravos (REICH, 1968, p. 129), embora com este último país, a matéria fosse tema
de um artigo específico e com os primeiros a temática fosse pouco sensível, haja vista
que tais Estados não faziam uso do tráfico transatlântico de escravos.

Ainda no ano de 1814, o Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda assinaria com a França
o Tratado de Paris, que obrigava os dois Estados a instar as demais potências a procurar
abolir definitivamente o tráfico de escravos no Congresso de Viena, conforme tentou-se
mostrar.

Os esforços britânicos consistiam em duas etapas. Por um lado, deveriam negociar


tratados com as nações chamadas civilizadas8 e com as tribos africanas para a supressão
do tráfico de escravos e de outro lado, para que houvesse execução das normas, os
britânicos manteriam fortes na costa do continente africano e cruzadores patrulhando
suas águas, em um esforço de policiamento (HILL, 1931, p. 169).

2.3.Antecedentes do Congresso de Viena

A derrota de Napoleão Bonaparte na Rússia, em 1814, que se deu devido ao inverno


rigoroso da região e causou a perda da força de seu império, marcou a restauração
das monarquias absolutistas na Europa. Desde a retirada das tropas francesas do
território russo, tiveram início as primeiras discussões sobre a definição da nova ordem
geopolítica a ser implantada na Europa.

As monarquias europeias temiam a influência da revolução francesa no continente, ou


seja, receavam que seus efeitos se alastrassem por todo o continente. O fim da Era
Napoleônica representou o final da hegemonia da França e a tentativa de restabelecer a
configuração do mapa europeu anterior à revolução de 1789.
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O imperador russo Alexandre I foi o idealizador da aliança que uniria as grandes


potências europeias para decidir os rumos do continente após o fim da Era Napoleônica,
o que se deu por meio da Santa Aliança.

2.3.1. Aliança de Santa Aliança

A Santa Aliança foi uma união de potências europeias ratificada em Paris no dia 26 de
Setembro de 1815. Essa aliança foi integrada por Áustria, Prússia e Rússia.

Estes tinha como objectivo conter o liberalismo e o secularismo, restaurando o poder


das monarquias absolutistas europeias, e fortalecer a fé cristã por toda a Europa.

E também buscava-se resgatar a ordem estabelecida antes da Revolução Francesa. Os


reis absolutistas lançaram mão da Santa Aliança para conter as revoltas em suas
colônias que ansiavam por independência.

2.4.Os objectivos do Congresso de Viena

Os objectivos do Congresso de Viena foram:

 Restabelecer a ordem geopolítica anterior à Era Napoleônica;


 Redefinir o mapa europeu;
 Restaurar as monarquias absolutistas destronadas por Napoleão Bonaparte
enquanto imperador francês;
 Evitar que os ideais do liberalismo (luta estrutural e política contra a monarquia
absolutista) e do secularismo (sistema político que separa a religião do Estado e
das instituições governamentais) se difundissem pela Europa;
 Resgatar o absolutismo e a fé cristã no continente.

2.5.Decisões que foram tomadas no congresso de Viena e seus impactos.

Os líderes participantes do Congresso de Viena ainda propuseram a defesa de dois


princípios gerais:

 O princípio da legitimidade e o
 Principio de equilíbrio do poder.
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O primeiro determinava que as dinastias que detinham o poder no período anterior


ao processo revolucionário francês deveriam reassumir seus tronos e territórios. O
segundo pregava que as potências que ganharam a guerra contra a França teriam o
direito sobre territórios fora do continente europeu e poderiam permanecer com
aqueles que já lhes pertenciam por merecimento pela participação na luta contra
Napoleão Bonaparte. Entre os países que se articularam no Congresso de Viena, a
Inglaterra foi o que mais se beneficiou a longo prazo, pois conseguiu garantir a
hegemonia militar e comercial nos oceanos, além de grande influência política e
económica no continente.

As principais decisões do Congresso de Viena foram feitas a partir dos seguintes


princípios:

 Princípio da legitimidade;
 Princípio da restauração;
 Princípio do equilíbrio.
2.5.1. Princípio da legitimidade

O princípio da legitimidade tinha como principio de que cada potência não ficasse tão
descontente que recuse o sistema) ao princípio de legitimidade ("). Este princípio
ordenador pretendia abolir todas as consequências da ordem revolucionária, restaurando
os tronos (as dinastias) e rectificando as fronteiras para a posição em que se
encontraram antes da guerra (1792). Tal princípio viria a ser o principal responsável
pela debilidade, ou relativa efemeridade, quer das conclusões, quer do sistema criado
pelo Congresso. Com efeito tal princípio violentará de uma forma insanável a chamada
«Europa das Pátrias» ou, dito de outra forma, o princípio das nacionalidades.

2.5.2. Princípio da restauração

O princípio da restauração visava restaurar a antiga ordem europeia, anterior a 1789,


evitando assim que ideias antimonarquistas, como as defendidas pelos liberais, se
espalhassem pela Europa.
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2.5.3. Princípio do equilíbrio

O princípio do equilíbrio este principio tinha como principio de promover uma


organização equilibrada entre os poderes políticos e económicos através da divisão de
territórios entre alguns países europeus.

A partir desses princípios, os integrantes do Congresso de Viena redefiniram o mapa


político da Europa, tendo em mente a manutenção das monarquias europeias e a
contenção de conflitos que desencadeassem outras guerras como as que aconteceram
durante a Era Napoleônica.

Figura 1:Mapa europeu com as fronteiras definidas em 1815 logo após o Congresso de
Viena.

2.5.4. Decisões tomadas no Congresso de Viena para os países


participantes
 França- com a saída de Napoleão Bonaparte do poder, a dinastia Bourbon voltou
a governar a França;
 Grã-Bretanha- Os ingleses foram os grandes vitoriosos ao derrotar as tropas
napoleônicas e receberam vários territórios que estavam sob domínio da França,
como as ilhas Maurício, Tobago e Santa Luiza;
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 Áustria- A Áustria foi beneficiada pela divisão territorial promovida pelo


Congresso de Viena. Além de receber as terras do norte da Península Itálica,
recebeu também a Galiza, na Polônia;
 Estados alemães- Napoleão Bonaparte, ao expandir o território francês,
extinguiu o Sacro Império Germânico. A pedido da Rússia e da Áustria, foi
criada a Confederação Alemã, reduzindo os Estados de 300 para 39;
 Prússia-No centro europeu, a Prússia recebeu alguns territórios que pertenciam
aos Estados alemães, se tornando o país germânico mais forte;
 Rússia- Os russos receberam o Grã-Ducado da Varsóvia, que pertencia aos
poloneses. A Crimeia se tornou um território livre, mas sob a protecção da
Rússia, Prússia e Áustria;
 Polônia- Perdeu a sua independência e foi dominada por russos e prussianos;
 Península Itálica- Napoleão dividiu a península entre seus irmãos, e o Congresso
de Viena decidiu restaurar as dinastias que dominavam a região antes da invasão
napoleónica;
 Portugal- Os portugueses tiveram que entregar a Guiana, no norte do Brasil, para
a França;
 Espanha- Restaurou-se o reino de Fernando VII, e os espanhóis perderam a ilha
de Trindade, no Caribe, para os ingleses.

Outra decisão importante do Congresso de Viena foi a extinção do tráfico negreiro. Por
conta da defesa dos princípios cristãos, os integrantes do congresso decidiram acabar
com o comércio de pessoas escravizadas. Essa medida impactou o Brasil, pois a mão de
obra utilizada era escrava.

2.6.Consequências do Congresso de Viena

O Congresso de Viena buscou a estabilidade das forças europeias no intuito de evitar


outros conflitos semelhantes aos ocorridos na Era Napoleônica. Foi uma tentativa
inédita baseada na cooperação entre as nações, conforme o princípio do equilíbrio que
norteou as decisões da assembleia.

O Congresso de Viena condicionou a exigência de segurança ao princípio de


legitimidade. Este princípio ordenador pretendia abolir todas as consequências da ordem
revolucionária, restaurando os tronos (as dinastias) e rectificando as fronteiras para a
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posição em que se encontraram antes da guerra (1792). Tal princípio viria a ser o
principal responsável pela debilidade, ou relativa efemeridade, quer das conclusões,
quer do sistema criado pelo Congresso. Com efeito tal princípio violentará de uma
forma insanável a chamada «Europa das Pátrias» ou, dito de outra forma, o princípio
das nacionalidades.

2.6.1. As principais consequências do Congresso de Viena foram


 Restauração das monarquias absolutistas;
 Divisão dos territórios anexados por Napoleão Bonaparte.
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3.0.Considerações Finais

Pós o termino da elaboração do presente trabalho culmina-se coma ideia de que o


Congresso de Viena foi uma obra de transição entre dois mundos. O estabelecimento do
equilíbrio, feito no respeito das conveniências dinásticas, permite ainda qualificá-lo
como obra do antigo regime. O mesmo se diga a propósito do esquecimento das «forças
morais» que a Revolução Francesa havia despertado. Seria apenas o Romantismo que
iria ressuscitar tais forças profundas.

O Congresso de Viena daria, portanto, as directrizes de como deveriam ser os esforços


para se acabar com o tráfico, sendo o primeiro documento multilateral da história a
tratar do tema. Sob as orientações da Ata final, os britânicos procuraram as nações que
faziam uso do trabalho escravo para tentar, uma a uma, tecer tratados com o fulcro de
extinguir ou, ao menos, limitar o alcance do comércio.
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Referencias Bibliográficas

1. BETHELL, Leslie M. Britain, Portugal and the suppression of the Brazilian


slave trade: the origins of Lord Palmerston’s act of 1839. The English Historical
Review, Oxford, v. 80, n. 317, p. 761-784, Oct. 1965.
2. DECAUX, Emmanuel. Les formes contemporaines de l’esclavage.
Leiden/Boston: Martinus Nijhoff Publishers, 2009.
3. FLADELAND, Betty. Abolitionist pressures on the concert of Europe, 1814-
1822. The Journal of Modern History, Chicago, v. 38, n. 4, p. 355-373, Dec.,
1966.
4. KISSINGER, Henry. Diplomacia. Tradução de Saul S. Gefter e Ann Mary
Fighiera Perpétuo. Tradução revista de Heitor Aquino Ferreira. São Paulo:
Saraiva, 2012.
5. PARRON, Tâmis. A política da escravidão no Império do Brasil, 1826-1865.
Rio de Janeiro, Civilização Brasileira, 2011.
6. PUTNEY, Martha. The slave trade in French diplomacy from 1814 to 1815. The
Journal of Negro History, Washington DC, v. 60, n. 3, p. 411-427. July 1975.
7. REICH, Jerome. The slave trade at the Congress of Vienna: a study in English
public opinion. The Journal of Negro History, Washington DC, v. 53, n. 2, p.
129-143, Apr. 1968.

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