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Finarda Caetano
João Gujamo
Narciso Mandlhate
Sónia Chichongue
Unisave Massinga
2021
II grupo, mini- turma 2
Finarda Caetano
João Gujamo
Narciso Mandlhate
Sónia Chichongue
Unisave Massinga
2021
Índice
0. Introdução ....................................................................................................................................... 4
1.Objectivos .............................................................................................................................................. 4
1.1. Gerais ................................................................................................................................................. 4
1.2. Específicos ......................................................................................................................................... 4
1.3. Metodologias...................................................................................................................................... 4
CAPÍTULO I ........................................................................................................................................... 5
2. O Império Napoleónico................................................................................................................... 5
CAPITULO II ........................................................................................................................................... 7
3. Congresso de Viena (1814-1815). ........................................................................................................ 7
O Regulamento de Viena sobre a classificação entre os agentes diplomáticos .................................... 9
3.1. Princípio de Legitimidade ................................................................................................................ 11
A declaração das potências sobre a abolição do tráfico negreiro de 8 de Fevereiro de 1815 ............. 13
3.2. Impacto do Congresso de Viena ...................................................................................................... 13
CAPITULO III ........................................................................................................................................ 14
4. Santa Aliança................................................................................................................................. 14
V. Conclusão ........................................................................................................................................... 16
VI. Bibliografia ....................................................................................................................................... 17
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0. Introdução
Os principais objectivos do Congresso de Viena eram refazer o mapa político europeu visando a
uma partilha da Europa entre os Quatro Grandes (Inglaterra, Rússia, Áustria e Prússia) - e
restaurar o Antigo Regime, ou seja, a ordem feudal - absolutista.
1.Objectivos
1.1. Gerais
Compreender o congresso de Viena e o seu Impacto.
1.2. Específicos
Descrever o Período Napoleónico;
Contextualizar o Congresso de Viena e o seu Impacto;
Explicar a Santa Aliança.
1.3. Metodologias
Para a materialização e elaboração deste trabalho recorreu-se a vários procedimentos que
combinados permitiram a harmonização e a coerência da pesquisa, desde a selecção de obras, a
recolha de informação, artigos da internet, análise, discussão, sistematização e compilação de
assuntos no documento final.
Espera-se que o presente trabalho possa contribuir nos debates inerentes ao tema em estudo que é
congresso de Viena, e também pode vir a servir de ficha de leitura para os próximos trabalhos da
mesma linha de pesquisa.
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CAPÍTULO I
2. O Império Napoleónico
A ascensão de Napoleão ao poder ocorreu quando os próprios membros do Directório
articularam um golpe de Estado, ocorrido no dia 18 Brumário do Ano VIII (9 de Novembro de
1799). (SCHNEEBERGER, 2006, p. 216).
Contando com a docilidade dos órgãos representativos da República Autoritária que se instalara,
o Primeiro Cônsul, em 1804, Napoleão Bonaparte se fez coroar Imperador dos Franceses com o
título de Napoleão I e instituiu o regime imperial pela Constituirão do Ano XII (1804).
(AQUINO, et all, 1987, p. 148).
A política interna: Seu governo executou uma série de reformas que beneficiaram a burguesia
francesa. Dentre elas: fundou escolas públicas laicas de ensino básico em toda a França e, em
Paris, a escola francesa de ensino normal para preparação dos professores; criou o Código Civil
francês; tentou restabelecer a escravidão nas colónias (sofreu resistências e acabou perdendo o
Haiti) e desenvolveu políticas públicas que impulsionassem à indústria e o comércio nacional
francês. O governo de Napoleão também ratificou a redistribuição de terras promovida pela
Revolução e reformulou o sistema bancário criando uma moeda nacional, o franco, com o
objectivo de exercer maior controlo nos negócios fiscais. (Idem).
A política externa: A política externa do governo de Napoleão foi marcada pelo abandono da
diplomacia e dos acordos internacionais. Por volta de 1805, ele já tinha subjugado toda a Europa
continental, colocando reinos inteiros sob o comando de seus parentes e outros subordinados.
Entretanto, a Inglaterra com a sua poderosa marinha se apresentava como principal obstáculo às
suas pretensões. Enquanto esteve à frente do governo francês, a França participou de muitas
guerras e conflitos que resultaram na oposição das monarquias conservadoras que tornar-se-iam
unidas pela Santa Aliança. (Idem).
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O Governo dos Cem Dias: Com a queda de Napoleão, a dinastia dos Bourbons foi restaurada
com a coroação de Luís XVIII, irmão do rei Luís XVI, guilhotinado pela revolução. Porém,
aproveitando-se da insatisfação popular, Napoleão conseguiu retomar o poder, iniciando um
curto governo conhecido como o Governo dos Cem Dias. Após a definitiva derrota napoleónica,
na Batalha de Waterloo (1815), o rei Luís XVIII retornou ao trono. Todavia, sem base de
sustentação o retorno do Antigo Regime seria breve. (Ibid., p. 50-51).
Segundo BUENO (2017, p. 623) Com a derrota das tropas napoleónicas e a restauração
borbónica, foi finalmente celebrado um tratado de paz entre as potências beligerantes. O Tratado
de Paz de Paris foi assinado, de um lado, pela França, militarmente derrotada, e, de outro, pela
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Áustria e seus principais aliados: Grã – Bretanha, Rússia e Prússia. Portugal e Suécia também
firmaram o tratado e a Espanha o assinou poucos meses após sua celebração. O Tratado de
Fontainebleau garantiu a abdicação de Napoleão. Era chegada a hora de estabelecer a paz com
uma França restaurada sob Luís XVIII e com fronteiras similares às de 1792.
CAPITULO II
Para CORREIA (1994, p.75) O Congresso de Viena, além de encetar uma nova
tentativa de regulação internacional, que pretendeu suplantar mais de duas décadas de
instabilidade e conflitos na Europa, deixou importantes legados para o direito internacional. Os
artigos de seu Ato Final, e seus anexos, redefiniram as fronteiras europeias, trataram da abolição
do tráfico de escravos, institucionalizaram a classificação dos agentes diplomáticos e abordaram
a livre navegação dos rios internacionais. Igualmente, conforme interpreta Pellegrino, tem início
um processo de codificação do direito internacional: resultado das disposições assumidas no
Congresso de Viena, de 1815, as nações deram curso ao compromisso de instalar, a partir de
então, um processo de codificação do direito internacional. Apesar dos entraves burocráticos, por
envolver a acomodação de interesses imediatos das partes concernidas, ainda assim foi possível
colher os primeiros resultados desse esforço, com o lançamento de um estatuto sobre a
precedência entre os agentes diplomáticos, o regime jurídico de alguns rios internacionais e a
abolição do tráfico de escravos. Com esta evolução técnica – jurídica, o direito ganhou maior
eficiência, passando a intervir em distintos segmentos das relações humanas.
Entretanto, vários obstáculos se opunham aos propósitos das potências vencedoras: a oposição da
burguesia, fortalecida com a Revolução Industrial; a difusão das ideias liberais e nacionais; as
transformações politicam, territoriais, económicas e sociais ocorridas durante a Revolução
Francesa, e as divergências entre as grandes potências. Esses obstáculos, os vencedores
acreditavam supera-los através da intervenção armada em qualquer país onde revoluções internas
viessem a afectar a segurança colectiva. Assim, as forças de conservação procuraram
restabelecer o equilíbrio europeu, isto é, a velha ordem que vigorava antes de 1789. (Idem).
A França ficou isolada, perdendo os territórios que conquistara entre 1792 e 1815, além de lhe
ser imposta pesada indemnização de guerra. A Inglaterra foi a grande beneficiada com a abolição
do tráfico de escravos e a livre navegação dos mares e rios, além de vantagens territoriais: a lha
de Malta (importante ponto estratégico no Mediterrâneo); as ex-colónias holandesas, a colónia
do Cabo (África do Sul) e a Ilha do Ceilão (próxima da Índia); e ainda a Guiana e as Ilhas Corfu,
Maurícia, Tobago, Trinidad, Heligoland e a Tasmania. (Ibid., 153).
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A Rússia ficou com a maior parte da Polónia, readquiriu a Finlândia e recebeu a Bessarabia.
(Idem).
A Itália ficou sob influência da Áustria, com excepção do Piemonte – que recebeu a Sardenha
dos Estados Pontifícios e de Nápoles (onde ficou no trono um Bourbon).
A Bélgica industrial foi incorporada a Holanda (como compensação pela perda das suas
colónias) formando o Reino dos Países Baixos. (Idem).
O Congresso de Viena representou, assim, uma tentativa das forças de conservação de deter o
avanço do Liberalismo e do Nacionalismo dos povos (poloneses, belgas, alemães e italianos),
bem como das classes urbanas desenvolvidas com o capitalismo (burguesia e proletariado). No
entanto, tais movimentos liberais e nacionais, embora duramente reprimidos, viriam a explodir,
com grande força, em vários países europeus e mesmo fora da Europa (independência das
colónias espanholas da América). Para manutenção das resoluções do Congresso de Viena e
aplicação da política de intervenção, foi criada a Santa Aliança. (Idem).
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CAPITULO III
4. Santa Aliança
Segundo César (2010, p. 51), A Santa Aliança foi um acordo político-militar no qual os países
envolvidos (Áustria, Prússia e Rússia) comprometam-se a se ajudarem mutuamente em todos os
casos em que as medidas do Congresso de Viena fossem ameaçadas.
Para lutar contra os movimentos liberais e nacionais, os monarcas da Rússia, Prússia e Áustria
estabeleceram, em Setembro de 1815, uma aliança em nome da religião, era uma organização
supranacional para impedir que o liberalismo pudesse novamente ser implantado em qualquer
país da Europa. Algumas tentativas de revoluções liberais democráticas foram sufocadas pela
Santa Aliança. Idealizada pelo Czar Alexandre I, da Rússia, a Santa Aliança foi o instrumento
político militar da Reacção Legitimista - a restauração do equilíbrio europeu em benefício dos
vencedores de Napoleão: é o chamado Concerto Europeu. Seu dirigente efectivo foi o chanceler
austríaco Metternich, principal defensor do Principio de intervenção: os Estados europeus tinham
o direito de intervir nos países ameaçados por revoluções, cuja propagação constituiria uma
ameaça a paz e ordem geral. AQUINO, et all, (1987, p. 154).
A saída da Inglaterra foi justificada pelo interesse da Coroa Britânica em ampliar os seus
negócios com os nascentes Estados independentes das Américas portuguesa e Espanhola.
(CÉSAR, et all, 2006, p. 51).
defensor natural da América, com a edição da Doutrina de Monroe, em 1823, sintetizada na frase
“América para os americanos”. Os Estados Unidos, ao garantir a independência das ex-colónias
ibéricas, tentavam reservar áreas e mercados para a sua futura influência. (SCHNEEBERGER,
2006, p. 222-223).
Além da oposição inglesa e norte-americana, a Santa Aliança declinou, e finalmente
desapareceu, em virtude da atitude da Rússia. Esse país, que exerceu um papel de política
internacional durante todo o século XIX, procurou um porto de água quente; por isso,
desenvolveu uma política expansionista nos Balcãs. Desse modo, apoiou a independência da
Grécia (revolução nacional) que se separou do Império Otomano. AQUINO, et all, (1987, p.
156).
A Santa Aliança, entidade reaccionária, absolutista, era anacrónica, portanto incapaz de deter o
avanço do liberalismo, dos movimentos nacionalistas na Europa e emancipa-sionistas na
América. (SCHNEEBERGER, 2006, p. 223).
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V. Conclusão
Após a realização do trabalho o grupo concluiu que a chegada do Napoleão ao poder representou
na época uma alternativa de estabilidade ao governo que até aquele momento oscilava entre uma
ditadura popular radical e a ameaça monarquista. O governo de Napoleão Bonaparte foi dividido
em dois períodos, o Consulado (1799-1804) e o Império, até 1814. Algumas das reformas
administrativas implementadas no período napoleónico permanecem em vigor na administração
francesa até os dias actuais. Após a derrota de Napoleão em Leipzig, os representantes dos países
vencedores reuniram-se em um congresso na cidade de Viena, em Setembro de 1814, para
solucionar os problemas surgidos em consequência da Revolução Francesa, os representantes dos
países vencedores reuniram-se em um congresso na cidade de Viena, em Setembro de 1814, para
solucionar os problemas surgidos em consequência da Revolução Francesa.
Esse congresso contou com a participação de quase todos os Estados europeus afectados pelas
conquistas napoleónicas. Na verdade, embora se tratasse de uma assembleia internacional, as
decisões do Congresso de Viena foram tomadas pelos representantes das grandes potências, em
reuniões secretas. Os principais objectivos do Congresso de Viena eram refazer o mapa político
europeu visando a uma partilha da Europa entre os Quatro Grandes (Inglaterra, Rússia, Áustria e
Prússia) - e restaurar o Antigo Regime, ou seja, a ordem feudal - absolutista.
Para lutar contra os movimentos liberais e nacionais, os monarcas da Rússia, Prússia e Áustria
estabeleceram, em Setembro de 1815, uma aliança em nome da religião, era uma organização
supranacional para impedir que o liberalismo pudesse novamente ser implantado em qualquer
país da Europa.
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VI. Bibliografia
1. AQUINO, Rubin Santos Leão. História das Sociedades: das sociedades modernas as
sociedades actuais. Rio de Janeiro: ao livro Técnico, 1978.
2. CÉSAR, Aldilene Marinho. PEREIRA, Micaele de Castro Galvão. MAIA, Rodrigo Reis.
História Geral. Rio de Janeiro, 2010
3. SCHNEEBERGER, Carlos Alberto. História geral: teoria e prática. São Paulo: Rideel,
2006.
4. BUENO, Elen de P.; Freire, Marina; Oliveira; Victor A.P. As origens históricas da
diplomacia e a evolução do conceito de proteção diplomática dos nacionais. Anuario
Mexicano de Derecho Internacional, vol. XVII, 2017.
5. CORREIA, Maldonado. O Congresso de Viena: fórum da diplomacia conservadora no
refazer da carta europeia. In: Nação e Defesa,ano XIX, nº 69, janeiro–março de 1994, pp.
37–66. Lisboa: Instituto da Defesa Nacional de Portugal, 1994.