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ERA NAPOLEÔNICA

- Dez anos após a revolução de 1789, a França enfrentava sérias dificuldades internas:

 Escassez de recursos financeiros  crise e população empobrecida  comércio (burguesia) em dificuldade;

- O Diretório, que assumiu o poder em 1795, era controlado por uma grande burguesia de especuladores; por isso, o
governo tinha dificuldade de afirmar sua autoridade;

- De um lado, os jacobinos (que comandaram a Revolução Francesa) pressionavam por mais reformas sociais; de
outro, a monarquia e seus apoiadores buscavam retomar o poder;

- No exterior, os conflitos contra os vizinhos europeus continuavam e custavam muito dinheiro, gerando um clima de
incertezas no país;

- Nesse contexto de crise, o jovem general Napoleão Bonaparte começou a ganhar popularidade;

- O governo napoleônico na França é dividido em três fases:

 Consulado;
 Império;
 Governo dos Cem Dias.

NAPOLEÃO CHEGA AO PODER

- Diante da grave crise econômica e política que tomava conta da França pós-revolucionária durante o governo do
Diretório, deixando a maior parte da população empobrecida e a burguesia com dificuldade de expandir seus
negócios, Napoleão ganhou apoio de diversas camadas sociais;

- Em 1799, Napoleão Bonaparte foi aclamado pelo povo nas ruas de Paris e tomou o poder com um golpe de Estado,
que ficou conhecido como 18 Brumário (data do calendário da Revolução, correspondente a 9 de novembro) e que
encerrou a Revolução Francesa;

- O poder político ficou concentrado no Consulado, órgão executivo formado por três cônsules, entre eles o próprio
Napoleão Bonaparte;

- Com o exército ao seu lado e com o aval da burguesia, que via em Napoleão uma liderança capaz de recompor o
país, o jovem general tomou o poder e inaugurou uma nova fase na história da França;

- Com um general no poder, a França não voltou a ser uma monarquia absolutista, mas os intensos debates políticos
estimulados pela Revolução Francesa ficaram para trás;

- Em busca da conciliação do país, Napoleão afirmava estar acima dos interesses particulares e prometia fazer da
França a maior potência do mundo, oferecendo segurança e estabilidade política, social e financeira, que haviam
desaparecido nos anos da Revolução Francesa;

- As vitórias militares na África e o avanço na guerra europeia aumentavam o prestígio do novo líder e a confiança
dos franceses em suas ações;

- As ideias liberais (deixar o comércio correr “solto” sem interferência do governo) defendidas pelos burgueses
prevaleceram na política econômica de Napoleão, que manteve boa parte das mudanças de 1789;

- Ações do governo de Napoleão:

 incentivou a prosperidade da burguesia e manteve a reforma agrária;


 emitiu papel-moeda pelo Banco da França;
 financiou a agricultura e a indústria;
 reorganizou os impostos;
 construiu estradas e pontes;
 melhorou os serviços de correios e telégrafos;
 em 1804 criou o Código Civil Napoleônico, para organizar e unificar as leis na França, regulamentar o direito
à propriedade privada, garantir a “igualdade dos franceses perante a lei”, a submissão da mulher ao homem,
a volta da escravidão, proibir os sindicatos de trabalhadores e manifestações sindicais, como greves e
paralisações, e confirmar o confisco das terras da nobreza de origem feudal.

- Napoleão pretendia encerrar o processo revolucionário iniciado em 1789, mantendo as conquistas que se
aproximavam dos princípios liberais e consolidando uma estrutura jurídica que fornecia legitimidade ao Estado
nacional contemporâneo;

- As reformas napoleônicas buscavam atender aos interesses da burguesia e instituir seu poder político por meio da
organização do Estado e das normas da sociedade;

- É interessante notar o uso dos mecanismos e das instituições jurídicas por Napoleão: o Código Civil Napoleônico se
tornou um símbolo do seu governo imperial, promovendo uma ampla reforma jurídica no país; Napoleão, apesar de
manter algumas das conquistas da Revolução Francesa, abandonou o princípio iluminista de limitação do poder e
concentrou os mecanismos decisórios do Estado em suas mãos, governando de maneira autoritária o país;

- Napoleão reorganizou o ensino para promover a unidade nacional da França e disciplinar a população para os
interesses do Estado. Entre outras iniciativas, ele criou liceus e escolas de artes e ofícios, instituiu a Universidade
Imperial e incentivou o ensino humanístico laico (separado da Igreja Católica) e técnico-profissional;

O IMPÉRIO NAPOLEÔNICO

- Napoleão enfrentava a oposição dos monarquistas ligados à família de Luís XVI que tentavam retornar ao trono;

- Para assegurar seu poder, ele convocou um plebiscito (votação popular) em agosto de 1802 e tornou-se cônsul
vitalício (eterno); dois anos depois, em nova votação, foi aclamado imperador dos franceses, sendo coroado no dia 2
de dezembro daquele ano;

- Nas relações externas, o Império Napoleônico foi marcado por intensos conflitos; a reestruturação política e militar
e a recuperação financeira da França preocupavam alguns países europeus;

- Em 1803, Inglaterra, Áustria, Prússia e Rússia uniram-se em coligação e declararam guerra à França: um novo
período de confrontos se iniciava;

- Além de temer o expansionismo territorial francês, a maior parte desses países tinha medo de que os ideais
iluministas da Revolução Francesa se espalhassem por toda a Europa. Esse temor tinha fundamento, uma vez que a
luta contra o absolutismo mobilizava intelectuais e setores de classe média de quase todas as regiões da Europa, que
viam na França um poderoso aliado;

- Mas a reação inglesa à França tinha outros motivos: para a Inglaterra, a guerra era uma oportunidade de vencer
economicamente seu principal rival na disputa pelos mercados europeus e ultramarinos. Mais do que conquistas
territoriais, os ingleses desejavam expandir seus mercados;

Batalhas no continente europeu

- Durante as batalhas no continente europeu, o exército francês parecia imbatível;

- A maior dificuldade de Napoleão, porém, era atingir a Inglaterra, isolada pelo mar e protegida pela mais poderosa
frota marítima do mundo;

- Os navios franceses foram destruídos pelos ingleses na Batalha de Trafalgar, no litoral da Espanha;

- O imperador francês voltou-se então para a Europa Central: atacou e derrotou a Prússia, ampliou seu domínio
sobre a península Itálica e isolou a Áustria.

- Em 1806, como não conseguia derrotar a Inglaterra pelo uso da força, Napoleão teve a ideia de tentar enfraquecê-
la economicamente, prejudicando suas vendas: decretou o Bloqueio Continental, por meio do qual os países da
Europa ficaram proibidos de comercializar com os ingleses. A Inglaterra, em resposta, passou a dificultar ainda mais
o contato entre os países europeus e suas colônias ultramarinas;
- As guerras desgastaram o exército francês. Além disso, vários países da Europa dependiam do comércio com a
Inglaterra e, como Napoleão não conseguiu suprir a necessidade dos produtos industrializados ingleses nos outros
países, o Bloqueio Continental não se manteve da forma como Napoleão planejou;

- A transferência da corte portuguesa para sua colônia no Brasil, em 1808, está diretamente relacionada com os
fatos que sucediam na Europa, especialmente com o Bloqueio Continental: como a Coroa portuguesa tinha uma
série de acordos comerciais assinados com a Inglaterra, além de depender da importação de diversos produtos
manufaturados ingleses que não eram produzidos pelos lusitanos, foi, por essa razão, obrigada a descumprir o
Bloqueio Continental imposto por Napoleão. Consequentemente, o exército napoleônico ameaçou invadir Portugal,
logo após a ocupação da Espanha;

- A Inglaterra, com sua poderosa marinha, interveio auxiliando a transferência da família real portuguesa para o
Brasil;

- No final de 1811, a Rússia também rompeu o bloqueio. Como punição exemplar para que outros países não
copiassem a iniciativa, no verão de 1812, Napoleão invadiu o território russo;

- As tropas francesas, a princípio, avançaram sem resistência; porém, no caminho, encontraram dificuldades para se
abastecer, pois encontravam pastos, casas e plantações destruídos (tática da terra arrasada);

- Em setembro, chegaram a Moscou, mas, mesmo assim, o desastre foi total: sem suprimentos e castigadas pelo frio,
as forças francesas foram aniquiladas pelo exército russo;

- A derrota francesa na Rússia foi muito expressiva: dos cerca de 600 mil soldados que invadiram a Rússia, menos de
60 mil retornaram à França;

- O longo período de conflitos internos e externos provocou estagnação na economia da França: por quase três
décadas, entre 1789 e 1815, o comércio e a indústria franceses ficaram em segundo plano e não receberam estímulo
suficiente para crescer;

- Além disso, a perda de mercados estrangeiros para os ingleses diminuiu bastante os recursos obtidos com
exportações;

O governo dos cem dias

- Em março de 1814, Paris foi invadida por uma coligação formada por Áustria, Prússia e Rússia. Diante dessa
situação, Napoleão abdicou do trono e exilou-se na Ilha de Elba, no mar Mediterrâneo, onde permaneceu por
trezentos dias;

- O governo francês foi assumido por Luís XVIII, da dinastia Bourbon e irmão de Luís XVI, que havia sido morto na
guilhotina durante a Revolução Francesa;

- Muitos franceses ainda apoiavam Napoleão, pois este representava a república e o fortalecimento da nação; por
esse motivo, a maioria da população considerou o ato uma imposição dos países vencedores e um retrocesso em
relação às conquistas obtidas durante a revolução;

- Na Ilha de Elba, Napoleão recebia notícias da insatisfação dos franceses com a monarquia; em 1815, ele fugiu do
exílio e retornou a Paris, onde foi aclamado pela população e pelas tropas e retomou o poder;

- Porém, seu governo durou apenas cem dias: em junho de 1815, Rússia, Áustria, Prússia e Inglaterra uniram-se
novamente e derrotaram Napoleão Bonaparte na Batalha de Waterloo, na Bélgica;

- Napoleão foi levado para a Ilha de Santa Helena, no meio do oceano Atlântico, sob forte vigilância da Inglaterra. Lá
permaneceu até sua morte, em 5 de maio de 1821;

O Congresso de Viena

- As nações vencedoras – Inglaterra, Áustria, Prússia e Rússia – reuniram-se com a França monárquica no Congresso
de Viena, entre 1814 e 1815, para decidir os rumos da Europa;
- Ali reunidos, os representantes dessas nações decidiram adotar dois princípios: o princípio da legitimidade e a
política de equilíbrio europeu;

 O princípio da legitimidade dizia ser legítima a volta ao poder das famílias que reinavam antes de 1789. Por
esse princípio, as dinastias reinantes só eram consideradas legítimas se já ocupassem o trono antes da
Revolução Francesa. Com isso, Luís XVIII, da dinastia de Bourbon, voltou a ocupar o trono da França;
 Já a política de equilíbrio europeu, formulada pelo príncipe Metternich, da Áustria, defendia o equilíbrio
entre as grandes potências dizendo ser necessário evitar que uma se tornasse muito mais poderosa que as
outras, como aconteceu na época de Napoleão. Para isso, Metternich propôs compensar as grandes
potências pelos prejuízos sofridos por elas nas guerras napoleônicas.

- Os novos senhores da Europa – Inglaterra, Áustria, Prússia e Rússia – realizaram uma nova divisão do mapa
europeu. Essa divisão os beneficiava, mas não respeitava os interesses dos povos das regiões divididas: os territórios
dos povos alemães que formavam a Confederação Germânica, por exemplo, foram repartidos entre o Império
Austríaco e o Reino da Prússia;

- Os representantes da Áustria, da Prússia e da Rússia criaram a Santa Aliança, um pacto militar que assegurava às
nações participantes o direito de intervir em países para reconduzir ao poder governantes destituídos por revoluções
liberais (burguesas);

- O Congresso de Viena, além de estabelecer o retorno das antigas fronteiras europeias, também auxiliou na
restauração das monarquias derrubadas pelos movimentos liberais do século XVIII.

EXERCÍCIOS DE REVISÃO

1. Como foi confirmada a nomeação de Napoleão como Imperador da França?

2. O que é um plebiscito?

3. No que consistiu o Golpe do 18 Brumário?

4. Muitas políticas implementadas durante a Era Napoleônica destruíram de vez as bases de sustentação do
Antigo Regime Absolutista. Entre essas políticas, estava:
( ) O Código Civil Napoleônico ( ) Lei da Guilhotina ( ) Magna Carta

5. Por que Napoleão considerava a Grã-Bretanha como seu principal inimigo?

6. No que consistia o Bloqueio Continental?

7. Cite algumas das principais realizações do governo de Napoleão Bonaparte nos campos político-militar,
jurídico e socioeconômico.

8. Quais Estados europeus se reuniram no Congresso de Viena? O que eles pretendiam? Qual foi o impacto das
decisões do Congresso para a França?

9. Qual é a relação entre as conquistas territoriais francesas e a consolidação de Napoleão Bonaparte no


governo?

10. À época do governo de Napoleão, que ideais da Revolução Francesa representavam uma ameaça para as
outras nações europeias?

11. (Mackenzie SP/2000) Sobre o Período Napoleônico é correto afirmar que:


a) as campanhas napoleônicas apoiaram o movimento denominado Conjura dos Iguais e disseminaram os
ideais dos trabalhadores revolucionários franceses.
b) de uma maneira geral, pode ser apontado como o momento em que se consolidaram as instituições
burguesas na França.
c) Portugal, tradicional aliado da França, foi um dos primeiros países a aderir ao Bloqueio Continental em
troca da ajuda na transferência da família real para a colônia Brasil.
d) o império foi marcado pelos acordos de paz com a Inglaterra, que via na França uma aliada na propaganda
da mentalidade capitalista burguesa.
e) a ascensão do império de Bonaparte foi concretizada a partir dos acordos políticos na Península Ibérica
(Portugal e Espanha), evitando as lutas nacionalistas e oposicionistas.

12. (UFTM MG/2004) Pode-se afirmar que a Era Napoleônica permitiu a consolidação da ordem burguesa
porque:
a) anulou o direito à propriedade privada e proibiu a organização de greves e sindicatos.
b) garantiu os princípios de igualdade jurídica e de liberdade, com a aprovação do Código Civil.
c) extinguiu a Declaração de Direitos do Homem e do Cidadão do início da Revolução Francesa.
d) colocou em segundo plano os ideais iluministas ao implantar o Império e empreender guerras.
e) fortaleceu os grupos reacionários, favoráveis às medidas sociais do Período do Terror.

13. (UECE/2004) A respeito do governo exercido por Napoleão Bonaparte, na França, marque a opção FALSA:
a) Portugal e Espanha constituíam os principais aliados de Napoleão contra a Inglaterra;
b) o período napoleônico foi marcado por um Estado centralizado;
c) a coligação da Áustria, Prússia e Rússia conseguiu derrotar as tropas de Napoleão;
d) a Inglaterra se destacou como líder dos países que se opunham a Napoleão.

14. (UFC CE/2006) Assinale a alternativa que apresenta, corretamente, uma realização de Napoleão Bonaparte,
que representou uma consolidação das ideias da Revolução Francesa:
a) O impedimento do retorno do uso de títulos de nobreza, reivindicado pelos seus generais e pela burguesia
francesa que desejava tornar-se a nova elite do país.
b) A criação do Código Civil, inspirado no direito romano e nas leis do período revolucionário, que, na sua
essência, vigora até hoje na França.
c) A abolição da escravidão nas colônias francesas, reafirmando o princípio da liberdade presente na
Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão.
d) A realização de uma reforma agrária, prometida, mas não efetivada, pelos jacobinos, o que garantiu a
popularidade de Napoleão entre os camponeses.
e) A criação da Constituição Civil do Clero, que proibiu toda forma de culto religioso no território francês

15. “Artigo 5.º — O comércio de mercadorias inglesas é proibido, e qualquer mercadoria pertencente à
Inglaterra, ou proveniente de suas fábricas e de suas colônias é declarada boa presa.
Artigo 7.º — Nenhuma embarcação vinda diretamente da Inglaterra ou das colônias inglesas, ou lá tendo
estado, desde a publicação do presente decreto, será recebida em porto algum.
Artigo 8.º — Qualquer embarcação que, por meio de uma declaração, transgredir a disposição acima, será
apresada e o navio e sua carga serão confiscados como se fossem propriedade inglesa.”
(Trecho do documento do Bloqueio Continental, Napoleão Bonaparte)

Esses artigos do Bloqueio Continental, decretado pelo Imperador da França em 1806, permitem notar a
disposição francesa de:
A. estimular a autonomia das colônias inglesas na América, que passariam a depender mais de seu comércio
interno.
B. debilitar economicamente a Inglaterra, então em processo de industrialização, limitando seu comércio
com o restante da Europa
C. provocar a transferência da Corte portuguesa para o Brasil, por meio da ocupação militar da Península
Ibérica.
D. ampliar a ação de corsários ingleses no norte do Oceano Atlântico e ampliar a hegemonia francesa nos
mares europeus.
16. Leia este texto:
“Antes, Napoleão havia levado o Grande Exército à conquista da Europa. Se nada sobrou do Império
continental que ele sonhou fundar, todavia ele aniquilou o Antigo Regime, por toda parte onde encontrou
tempo para fazê-lo; por isso também seu reinado prolongou a Revolução, ele foi o soldado desta, como seus
inimigos jamais cessaram de proclamar.” (LEFBVRE, Georges. A Revolução Francesa. São Paulo: IBRASA,
1966. p 573.)

Tendo em vista a expansão dos ideais revolucionários proporcionada pelas guerras conduzidas por
Bonaparte, é CORRETO afirmar que:
A- o domínio napoleônico levou a uma redefinição do mapa europeu, pois fundiu pequenos territórios, antes
autônomos, e criou, assim, Estados maiores.
B - Os países da Península Ibérica, como Portugal e Espanha, foram os únicos do continente Europeu a não
serem afetados pelas guerras napoleônicas.
C- as transformações provocadas pelas conquistas napoleônicas implicaram o fortalecimento das formas de
trabalho compulsório.
D- Napoleão, em todas as regiões conquistadas, derrubou o sistema monárquico e implantou repúblicas.

17. A expansão napoleônica no século XIX influenciou decisivamente vários acontecimentos históricos no
período. Entre esses acontecimentos, podemos destacar:
A. A Independência dos Estados Unidos. Com a atenção da Inglaterra voltada para as batalhas com a
marinha napoleônica, os colonos americanos declararam sua independência, vencendo rapidamente os
ingleses.
B. A formação da Santa Aliança, um pacto militar entre Áustria, Prússia, Inglaterra e Rússia que evitou a
eclosão de movimentos revolucionários na Europa e impediu a independência das colônias espanholas e
inglesas na América.
C. A Independência do Brasil. Com a ocupação de Portugal pelas tropas napoleônicas, houve um
enfraquecimento da monarquia portuguesa que culminou com as lutas pela independência e o rompimento
de D. Pedro I com Portugal.
D. A Independência das colônias espanholas. Em 1808, a Espanha foi ocupada pelas tropas napoleônicas ao
mesmo tempo em que se difundiam os ideais liberais da Revolução Francesa que inspirou as lutas pela
independência.

18. Por volta de 1811, o Império napoleônico atingiu o seu apogeu. Direta ou indiretamente, Napoleão dominou
mais da metade do continente europeu. Tal conjuntura, no entanto, reforçou os sentimentos nacionalistas da
população dessas regiões. A ideia de nação, inspirada nas próprias concepções francesas, passou a ser uma
arma desses nacionalistas contra Napoleão.
Assinale a afirmação correta, relativa à conjuntura acima delineada:
A. Após o bloqueio continental, em todos os Estados submetidos à dominação napoleônica, os operários e os
camponeses, beneficiados pela prosperidade econômica, atuaram na defesa de Napoleão contra o
nacionalismo das elites locais.
B. A Inglaterra, procurando manter-se longe dos problemas do continente, isolou-se e não interveio nos
conflitos desencadeados pelos anseios de Napoleão de construir um Império.
C. A Espanha, vinculada à França pela dinastia dos Bourbon desde o século XVIII, não reagiu à dominação
francesa. Em nome do respeito às suas tradições e ao seu nacionalismo, a Espanha aceitou a soberania
estrangeira imposta por Napoleão.
D. Em 1812, Napoleão estabeleceu sólida aliança com o Papa, provocando a adesão generalizada dos
católicos. Temporariamente, os surtos nacionalistas foram controlados, o que o levou a garantir suas
progressivas vitórias na Rússia.

19. O mapa abaixo representa a divisão geopolítica europeia no início do século XIX, destacando a estratégia
militar napoleônica conhecida como Bloqueio Continental.
A linha de Bloqueio Continental que se estende de Portugal até a Noruega, representada no mapa, revela a
intenção francesa de:
A. integrar a economia europeia, com a isenção das tarifas alfandegárias.
B. fortalecer a França, garantindo-lhe a livre circulação pelos portos britânicos.
C. desenvolver a economia espanhola, consolidando seu monopólio comercial na Península Ibérica.
D. isolar a Grã-Bretanha, impedindo-lhe o acesso a importantes mercados da Europa continental.

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