Rafael, Renato, Lucas G. e Rodrigo ▪ Ao longo da Idade Média, o território francês sofreu com o processo de desfragmentação política motivado pelo surgimento do feudalismo. ▪ Somente no século XII, ainda durante a dinastia capetíngia, o processo de centralização política francês foi iniciado pelo rei Filipe II. Usando dos conflitos contra os ingleses pelo controle do norte da França, este monarca conseguiu formar um grande exército sustentado pelos impostos cobrados ao longo do território nacional. ▪ A formação da Monarquia Nacional Francesa ocorreu entre os séculos XVI e XVII, tornando a França um dos países mais poderosos da Idade Moderna. ▪ O cardeal Richelieu foi um dos principais articuladores do Estado Absolutista na França, no século XVII ▪ Com o advento das Reformas Religiosas no século XVI, a Europa entrou em uma verdadeira convulsão de guerras civis. Nas mais variadas regiões, desde as ilhas britânicas até a França e a Espanha, as guerras por sucessão de tronos entre casas aristocráticas, engrossadas pelas divergências religiosas, deram o tom dos acontecimentos políticos, sociais e econômicos do início da modernidade ▪ A formação do Estado Absolutista Francês, ou da Monarquia Naciona l Francesa, está ligada à ascensão d a defesa do modelo do absolutism ona França, cujo principal arquitet o foi Armand Jean Du Plessis, o Cardeal Richelieu (1585-1642) ▪ Richelieu tornou-se ministro da França em 1624, nomeado pela rainha Maria de Médice. A partir de então, Richelieu passou a empreender uma profunda re forma no sistema político francês, endurecendo o poder executivo, acentuando a doutrina da ori gem divina do poder do rei e rechaçando os aristocratas que se interpunham ao seu projeto, incluindo a rainh a. ▪ Apesar de assentar as bases do Estado Francês, o poder do cardeal Richelieu passou pela provação da Guerra dos Trinta Anos (1618- 1648). Como se sabe, essa foi uma guerra de principados e nações modernos contra a autoridade do Sacro Império Romano-Germânico, que buscava a unidade de todos os tronos europeus. A guerra foi extremamente dispendiosa para os envolvidos e só terminou com a chamada Paz de Westfália. ▪ A França foi uma das vencedoras da guerra, entretanto, sua economia estava em frangalhos. Após a morte de Richelieu, outro ministro ficou encarregado de reformar os quadros econômicos do país, o cardeal Mazanino. No entanto, as medidas tomadas por Mazarino foram demasiadamente impopulares, como o aumento de impostos. Essas medidas acabaram levando à revolta popular, expressa nas “Frondas de Paris”, isto é, levantes populares que acarretaram a ocupação do Palácio Real do Louvre. ▪ A situação do Estado Francês só retornou à estabilidade com a ascensão de Luís XIV ao trono em 1661. Com Luís XIV, o absolutismo reencontrou sua estrutura bem acabada na França ▪ Esse foi o monarca que também ficou conhecido como Rei Sol. Com Luís XIV, a doutrina do direito divino dos reis entrou em seu vi gor máximo. Sua estrutura política era baseada em seu grupo de co nselheiros, que, com o tempo, foram tornando- se governadores das províncias. Toda a fonte de poder emanava da figura do rei. ▪ A marinha mercante e a de guerra da França tornaram-se muito poderosas nessa época, sobretudo por causas das ações do ministro da Fazenda, Colbert. ▪ Introdutor do mercantilismo na França, Colbert favoreceu não apenas sua classe social, a burguesia, mas principalmente o Estado, concentrando riqueza e poder nas mãos governamentais. Colbert foi também secretário de Estado da Casa do Rei e secretário de Estado da Marinha. ABSOLUTISMO NA FRANÇA ▪ O estado absolutista é um regime político resultante de um processo de concentração do poder nas mãos do rei. ▪ Também chamado de Absolutismo, esse sistema político predominou nos países europeus durante a Idade Moderna. ▪ Na transição do feudalismo para o capitalismo, com a ascensão do mercantilismo e da burguesia, viu-se a necessidade de um outro regime político europeu. ▪ Seria necessário um modelo que garantisse o cumprimento das leis e a paz. Daí a necessidade de centralizar o poder. ▪ Com isso, no estado absolutista, o rei se tornou a pessoa certa para tal centralização. ▪ França, Portugal, Inglaterra e Espanha ▪ O Absolutismo Francês foi o mais expressivo fenômeno político do início da modernidade e teve como principais articuladores Richelieu e Bossuet. ▪ O absolutismo francês, em especial, expressou toda a pujança desse modelo político. O rei Luís XIV (1643-1715), conhecido como “Rei Sol”, personificou todas as características do absolutismo, e a ele foi atribuída a frase “O Estado sou Eu”. Essa característica de representação completa do Estado fazia do rei um elemento político absoluto. Daí vem o termo absolutismo. ▪ Para afirmar-se como modelo político, o absolutismo precisou ser implacavelmente autoritário. O historiador Marco Antônio Lopes exemplificou esse caráter incisivo do monarca absoluto no seguinte trecho: “O Estado absolutista francês instalou-se no topo de uma complexa pirâmide de hierarquias sociais. ▪ Antes de mais nada, é preciso deixar claro que o significado da Revolução Francesa para a história universal já está sendo revisto e repensado pelos historiadores em âmbito internacional. A Revolução Francesa foi resultado da crise política, econômica e social que a França enfrentou no final do século XVIII. Essa crise marcou o fim da monarquia absolutista que existia na França há séculos e da antiga ordem de privilégios que constituía o Antigo Regime Francês. Nessa época, a França era governada por Luís XVI, e a sociedade era dividida em classes sociais, conhecidas como Estados: Clero, Nobreza e o Povo,definição genérica que incorpora o restante da sociedade francesa ▪ Além do atraso em relação ao avanço do capitalismo, principalmente em comparação com a Inglaterra, havia também os gastos elevados e desnecessários do governo francês nessa época. Um grande exemplo foi o envolvimento da França na Revolução Americana, o que causou um grande impacto na economia francesa ▪ Segundo o historiador Hobsbawm, o Estado francês gastava cerca de 20% a mais do que deveria, usava 50% do seu orçamento para pagar dívidas, e a inflação crescia rapidamente. ▪ Os Estados Gerais reuniam representantes dos três Estados que formavam a sociedade francesa. As soluções debatidas nesse conselho eram determinadas a partir de votação, que era realizada por Estado, e não por indivíduo. ▪ A partir da Queda da Bastilha, o processo revolucionário francês estendeu-se por dez anos e só foi finalizado com o Golpe de 18 de Brumário, organizado por Napoleão Bonaparte. Toda a extensão do processo revolucionário francês é organizado em três fases: ▪ Assembleia Nacional Constituinte e Assembleia Legislativa (1789-1792) ▪ Convenção (1792-1795) ▪ Diretório (1795-1799) ▪ Esse é o período inicial da Revolução Francesa e corresponde aos anos em que os constituintes redigiram uma Constituição para a França e ao período da Assembleia Legislativa ▪ Essa investida, conhecida como Grande Medo, aconteceu entre julho e agosto de 1789 e foi marcada por ataques e saqueamentos contra propriedades de aristocratas e, muitas vezes, pelo assassinato dos donos desses locais. Os camponeses lutavam pelo fim de alguns impostos e exigiam que fosse garantido a eles um maior acesso aos alimentos – a fome era um problema grave entre o campesinato. ▪O próprio rei Luís XVI tentou fugir da França em 1791, mas foi reconhecido quando se aproximava da fronteira com a Bélgica. Depois de recapturado, foi reconduzido ao Palácio de Tulherias, localizado em Paris. Esse era o local onde o rei morava desde 1789, quando os revolucionários obrigaram-no a abandonar Versalhes ▪ Enquanto os girondinos exigiam que Luís XVI fosse exilado, os jacobinos exigiam sua execução. O destino do rei foi selado quando foram descobertas evidências que associavam-no ao esforço contrarrevolucionário realizado no exterior. Assim, o rei foi executado em janeiro de 1793.
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