Como um dos países mais antigos do mundo, a França
tem uma história longa e agitada. Hoje ele se eleva como uma das principais potências do mundo, com forte influência cultural, econômica, militar e política, tanto na Europa quanto no mundo a fora.
Os romanos chamavam a região de Gália e começaram a
conquistá-la em 121 aC, quando dominaram a área. Entre 58 e 50 aC, Júlio César conquistou o restante da Gália, o que foi um de seus maiores triunfos. A Gália foi dividida em províncias.
Nos séculos seguintes, houve uma romanização da
região, incluindo a assimilação do latim.
A partir da segunda metade do século 3 da Era Cristã, a
Gália sofreu incursões de tribos bárbaras, como os francos e os alamanos. Em 476, o Império Romano do Ocidente foi extinto. No final do século 5, os francos, já convertidos ao Cristianismo, assumiram o controle da Gália.
No século 7, o reino franco entrou em decadência e foi
dividido. Nessa época, os árabes estendiam seus territórios na costa do Mediterrâneo e na Península Ibérica. Mas, na França eles foram expulsos.
O Feudalismo começou a se instalar na Europa depois da
queda do Império Romano do Ocidente, mas intensificou- se a partir do século 9. Durante esse século, os vikings fizeram uma série de invasões à França. Em 911, um tratado concedeu, como um feudo, parte do território aos invasores: a Normandia.
Entre 1337-145, houve a Guerra dos Cem Anos, entre
França e Inglaterra, disputando pelo trono francês e teve início quando os ingleses tentaram tomar o poder, até a História da França expulsão dos ingleses dos territórios da França.
Nas décadas seguintes os soberanos franceses
concentraram-se principalmente em fortalecer e consolidar o Reino da França. Os soberanos deram passos progressivos na direção do Absolutismo.
No início do século 16, os franceses arriscaram-se na
exploração do Novo Mundo, dominado por portugueses e espanhóis. Os franceses tentaram estabelecer colônias no Brasil, mas foram expulsos pelos portugueses. Entretanto, fundaram colônias na América do Norte que prosperaram.
A partir do século 17, a França tornou-se uma potência
europeia e ultramarina. Luís XIV marcou o ápice do Absolutismo na França. Os privilégios concedidos ao clero e à nobreza geravam crescente insatisfação na população. Novas ideias combatiam a intolerância religiosa e o absolutismo. O Rei Luís XVI arrastou-se para uma crise financeira, com elevados débitos de guerra(Guerra dos sete anos).
No fim da década de 1780, a burguesia, os
trabalhadores urbanos e os camponeses começaram a exigir uma resposta do rei e da Corte à crise que os afetava, bem como passaram a reivindicar direitos mais amplos e maior representação dentro da estrutura política francesa.
Em julho de 1788, houve a convocação dos Estados
Gerais, isto é, uma reunião para deliberação sobre assuntos relacionados à situação política da França. Nessa convocação, o conflito entre os interesses do Terceiro Estado e os da nobreza e do Alto Clero, que apoiavam o rei, se acirraram. O rei então estabeleceu a Assembleia dos Estados Gerais em 5 de maio de 1789, com o objetivo de decidir pelo voto os rumos do país. Entretanto, os votos eram História da França por representação de Estado. Sendo assim, sempre o resultado seria dois votos contra um, ou seja: Primeiro e Segundo Estados contra o Terceiro. Fato que despertou a indignação de burgueses e trabalhadores. A burguesia, que liderava o Terceiro Estado, propôs em 10 de junho uma Assembleia Nacional, isto é, uma assembleia para se formular uma nova Constituição para a França. Essa proposta não obteve resposta por parte do rei, da nobreza e do Alto Clero. Em 17 de junho, burgueses, trabalhadores e demais membros do Terceiro Estado se declararam em reunião para formulação de uma Constituição, mesmo sem a resposta do Primeiro e do Segundo Estados. Ao mesmo tempo, começava um levante popular em Paris e outro entre os camponeses. A Revolução se iniciou. Em 14 de julho, invadiram o Hôtel des Invalides, que funcionava como arsenal, e levaram milhares de rifles, em seguida, a Bastilha foi tomada pelo povo. Em 27 de agosto, a Assembleia promulgou seus princípios básicos: a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão. Seu primeiro artigo estabelecia que homens nascem e permanecem livres e iguais em direitos. Seguiu-se um período de instabilidade política crescente até se transformar em um regime de terror. Em 1792, a guilhotina foi instituída como instrumento para execuções públicas. Em 1793, o Rei Luís XVI e a Rainha Maria Antonieta foram executados por traição. Muitos membros da Assembleia foram guilhotinados, incluindo líderes como Danton e Robespierre (1794).
A instabilidade política e social, por que passava a
França, foi o palco perfeito para Napoleão Bonaparte emergir como líder militar. Em 1799, após um golpe de estado, Napoleão assumiu o poder. Em 1804, foi coroado Imperador. Seguiu-se um período expansionista. Até 1807, várias nações europeias caíram sob seu controle.
Em 1815, Napoleão foi definitivamente derrotado e preso
História da França na ilha britânica de Santa Helena, no Oceano Atlântico. Lá, morreu em 1821.
Com a queda de Bonaparte, a monarquia voltou à França.
Em 1848, uma nova revolução deu início à Segunda República. Luís Bonaparte, sobrinho de Napoleão, foi eleito presidente. Após um golpe de estado e um plebiscito, ele se tornou o Imperador Napoleão III, em 1852.
Nos anos 1860, os alemães buscavam unificar a nação,
liderados por Bismarck, ministro da Prússia. Napoleão III resistiu à ideia, entrou em guerra com a Prússia, em 1870, e saiu derrotado. A França perdeu a Lorena e a Alsácia para os alemães. O Segundo Império caiu. Napoleão III foi preso e exilado.
Em 4 de setembro de 1870, a República foi proclamada
na França, pela terceira vez. A guerra com a Prússia terminou, em 1871, e os franceses foram obrigados a pagar uma pesada indenização
No início do século 20, a França passava por um período
de prosperidade econômica e social, interrompido em 1914 pela Primeira Guerra Mundial. Em 1918, a França saiu vitoriosa da Guerra, mas economicamente arruinada. Dessa vez, foram os alemães que tiveram que pagar uma pesada indenização.
Ressentidos com as humilhações da Primeira Guerra
Mundial e a deterioração econômica, os alemães colocam Hitler no poder e, em 1939, iniciaram a Segunda Guerra Mundial. Os alemães ocuparam o norte da França. A resistência francesa foi liderada pelo General De Gaulle. Em 6 de junho de 1944, os Aliados desembarcaram na Normandia e libertaram a França, em 25 de agosto. História da França Nas décadas seguintes, a França perdeu a maior parte de suas colônias na África e na Ásia.
Após a Segunda Guerra Mundial a França estava do lado
vencedor, mas também estava destruída econômica e socialmente. Devida a sua politica econômica de recuperação no período do pós-guerra, liderada por Jean Monnet, o país pôde de fato se recuperar e retornar ao seu status de país potência.
A França conta atualmente com mais de 68 milhões de
habitantes, levando em consideração também a população que vive nos territórios ultramarinos. Os dados da ONU para 2020 indicam que o país europeu conta com 65.724.000 habitantes, colocando o país entre os mais populosos do continente.
RESUMO E QUESTÕES DE VESTIBULARES COM GABARITO SOBRE A REVOLUÇÃO FRANCESA E O PERÍODO NAPOLEÔNICO Prof. Marco Aurélio Gondim (WWW - Mgondim.blogspot - Com)