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PROFESSOR: HEBERT
A REVOLUÇÃO FRANCESA
O livro “A Revolução Francesa” de Eric Hobsbawm é uma das obras mais importantes sobre
esse evento histórico. O autor apresenta uma análise ampla e detalhada do contexto político,
social, econômico e cultural da França do século XVIII, destacando as raízes e os
desdobramentos da Revolução Francesa.
Hobsbawm defende que a Revolução Francesa foi um marco na história da humanidade, pois
rompeu com o Antigo Regime e instaurou novos valores e princípios políticos e sociais. Além
disso, o autor destaca a importância da Revolução Francesa para as lutas pela igualdade,
liberdade e fraternidade, bem como para o desenvolvimento do pensamento político e
filosófico.
Outro ponto interessante do livro é a análise crítica que Hobsbawm faz das diferentes
correntes políticas que surgiram durante e após a Revolução Francesa. Ele destaca as tensões
entre os jacobinos e girondinos, as disputas entre os setores liberal e conservador, e as
estratégias adotadas pela elite política para manter o poder. No entanto, apesar do
brilhantismo da obra, cabe ressaltar que o autor não se aprofunda tanto na análise do papel
dos camponeses e trabalhadores na Revolução Francesa, o que pode ser considerado uma
limitação da obra.
Teve início devido as tensões sociais decorrentes da insatisfação do povo com o governo
francês e sua estrutura social rígida. O país enfrentava sérios problemas econômicos, como a
fome, a inflação e a dívida pública crescente, causada pela ajuda concedida aos Estados Unidos
durante a Guerra da Independência americana.
A Revolução Francesa foi dividida em três fases: a Revolução Liberal (1789-1792), a Revolução
Radical (1792-1794) e o Diretório (1795-1799). Durante a Revolução Liberal, foi declarada a
abolição dos privilégios feudais, a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão e a
destituição do rei Luís XVI.
Na Revolução Radical, a República Francesa foi proclamada, a monarquia foi abolida e o rei e a
rainha foram executados. O período do Terror marcou essa fase, caracterizado pelos excessos
cometidos pelo governo republicano, que levaram à morte muitos simpatizantes da
monarquia.
Entre 1789 e 1791, a vitoriosa burguesia moderada, atuando a partir do que se tinha
transformado, na Assembléia Constituinte, tomou providências para a gigantesca
racionalização e reforma da França, que era o seu objetivo. Essas providências incluíram a
elaboração de uma nova Constituição, a abolição dos privilégios feudais e a criação de um
sistema legal unificado. Além disso, a burguesia moderada promoveu reformas na
administração pública e na economia, promovendo a livre iniciativa e a criação de empresas e
instituições financeiras.
No entanto, o processo de reformas foi marcado pela tensão entre as diferentes facções
políticas, com a radicalização do movimento popular e a resistência dos setores conservadores
da sociedade. Essa tensão culminou na queda da monarquia e no início da Revolução Francesa,
em 1792.
Apesar disso, as reformas promovidas pela burguesia moderada na década de 1790 tiveram
efeitos duradouros na França e no mundo. A Constituição de 1791 inspirou a elaboração de
outras constituições pelo mundo afora, enquanto as reformas econômicas e administrativas
criaram as bases para o desenvolvimento do capitalismo industrial na França e no continente
europeu.
O problema com que se defrontava a classe média francesa no restante do que é tecnicamente
descrito como o Período Revolucionário (1794-99). Que foi uma série de mudanças políticas e
sociais que ameaçavam sua posição privilegiada na sociedade. A Revolução Francesa havia
abolido a monarquia e estabelecido um governo republicano, o que significava que as
instituições antigas, como a nobreza e a igreja, foram desmanteladas. A classe média, que
havia se beneficiado da antiga ordem, agora enfrentava a possibilidade de perder sua riqueza e
influência.
Durante todo o século XVII, na França como em tantos outros países, invadiram decididamente
os postos oficiais que a monarquia absoluta preferira preencher com homens da classe média,
politicamente inofensivos e tecnicamente competentes. Os nobres, por sua vez, foram
deixados de lado, descontentes e sentindo uma crescente ameaça à sua própria existência, já
que estavam perdendo seu poder e influência na corte. A invasão das classes populares nos
postos oficiais foi, porém, um sinal de mudança na sociedade francesa, que estava se tornando
cada vez mais democrática.
Além disso, a economia estava em crise devido à inflação e à escassez de alimentos, o que
afetava diretamente a classe média, que dependia do seu poder aquisitivo para manter seu
estilo de vida. Alguns membros da classe média também se opunham às políticas radicais do
governo republicano, como a guilhotinação em massa de supostos inimigos da Revolução e a
instabilidade política que resultou em diversos governos de curta duração.
No entanto, apesar desses desafios, a classe média francesa conseguiu se adaptar à nova
ordem e permanecer uma classe poderosa e influente na sociedade francesa. Muitos membros
da classe média se tornaram líderes políticos no novo regime republicano e contribuíram para
a reconstrução da economia francesa no século XIX.
O que tornou a Revolução Francesa tão significativa não foi apenas o fato de ter derrubado
uma antiga monarquia, mas sim que ela representou uma mudança fundamental nas relações
de poder, na forma como as sociedades eram organizadas e governadas, e nas ideias sobre os
direitos e as liberdades individuais. A Revolução Francesa foi influenciada por uma série de
fatores, incluindo as ideias iluministas sobre igualdade e liberdade, a crise financeira do país e
a insatisfação popular com a corrupção e ineficiência do governo.
O final da Revolução Francesa pode ser dividido em duas fases principais: a fase do Diretório
(1795-1799) e a fase do Consulado (1799-1804).
Durante a fase do Diretório, a França estava em uma situação de instabilidade política e
econômica. O governo era liderado por um grupo de cinco diretores, mas eles frequentemente
entravam em conflito um com o outro. A inflação estava alta, os preços de alimentos eram
instáveis e a população estava cansada de anos de guerra e instabilidade. Nessa época, houve
levantes populares e tentativas de golpes de estado, mas nenhum deles conseguiu mudar a
direção do governo.
Já na fase do Consulado, o general Napoleão Bonaparte, que era um dos diretores, assumiu o
poder e estabeleceu um novo regime. A Constituição de 1799 foi substituída por uma nova,
que deu mais poder ao executivo. Napoleão tornou-se o primeiro cônsul, com poderes
semelhantes aos de um ditador. Ele começou a implementar inúmeras reformas no país, como
a criação de uma polícia para combater o crime, um sistema educacional nacional e a criação
de um código civil que estabeleceu a igualdade perante a lei.
Depois do fracasso do Diretório, que governou a França após a Revolução Francesa, Bonaparte
se juntou a dois outros líderes militares, Emmanuel Joseph Sieyès e Paul François Jean Nicolas,
para organizar um golpe de Estado.
O Consulado consistia em três cônsules, dos quais Napoleão era o primeiro, e um Senado
constituinte. Bonaparte usou sua posição no Consulado para implementar uma série de
reformas, incluindo a reforma do sistema legal e a criação de uma nova constituição.