Você está na página 1de 6

Quais foram as heranças da Revolução Francesa para o mundo de hoje?

A Revolução Francesa marcou a ascensão da burguesia como classe social


dominante, superando a aristocracia proprietária de terras, bem como a criação
de novas instituições e novas formas de organizar a vida econômica, política e
social que iriam se expandir para todo o planeta.

Quais as consequências da Revolução Francesa para os dias atuais?

Entre as várias consequências, podem-se destacar algumas: Universalização


dos direitos sociais e das liberdades individuais. Fim dos privilégios e dos
resquícios do feudalismo na França. Início da queda do absolutismo na Europa.

O que a Revolução Francesa promoveu no mundo?


Conhecida por ser uma das principais revoluções da história da humanidade,
a Revolução Francesa teve inspiração nos ideais iluministas e iniciou um
processo de transformações profundas que resultou na queda do absolutismo
na França e no restante da Europa também.
A bandeira foi uma das principais influências simbólicas da Revolução Francesa, estimulando o
surgimento de bandeiras tricolores em várias repúblicas

A Revolução Francesa foi um dos acontecimentos mais importantes da história


contemporânea do Ocidente. Ela marcou o fim da Idade Moderna e o início da Idade
Contemporânea, de acordo com o que foi estipulado por historiadores europeus. O
motivo para isso foram as influências da Revolução Francesa no mundo.

A Revolução Francesa marcou a ascensão da burguesia como classe social dominante,


superando a aristocracia proprietária de terras, bem como a criação de novas instituições
e novas formas de organizar a vida econômica, política e social que iriam se expandir
para todo o planeta.

Com a Revolução Francesa, o capitalismo rompeu os obstáculos políticos feudais que


ainda vigoravam na Europa Ocidental, juntando-se às transformações econômicas
desencadeadas com a Revolução Industrial.

Essas mudanças vinham sendo preparadas desde os séculos XVII e XVIII, com o
desenvolvimento do pensamento racional Iluminista. Para os iluministas, a razão
poderia auxiliar todos os homens na explicação dos fenômenos da natureza e da forma
de organização da sociedade.

Não que os iluministas fossem essencialmente revolucionários. Mas as ideias


iluministas serviram, junto à utilização da razão para interpretar o mundo, para os
revolucionários franceses questionaram o caráter sagrado do poder, defendido pelos
reis, pela aristocracia e pela Igreja.

Todos os homens poderiam exercer o poder. Mas para isso era necessário criar
instituições que garantissem esse exercício. Nesse sentido, a República foi a principal
dessas instituições. Ela representava o fim dos privilégios da aristocracia e a libertação
dos camponeses dos laços de servidão que os prendiam à nobreza e ao clero. Nas
cidades, tinham fim as corporações feudais que limitavam os negócios da burguesia.

Mas mesmo antes da Revolução Francesa, os ideais iluministas já haviam possibilitado


que na América do Norte os colonos ingleses realizassem a Independência dos EUA e
construíssem também uma República. Mas o impulso maior foi mesmo dado pela
Revolução Francesa, graças ao poderio do Estado francês.

A Revolução Francesa influenciou ainda outros processos de independência no


continente americano. Em 1794, os africanos escravizados que trabalhavam nas
lavouras de cana-de-açúcar do Haiti conseguiram o fim da escravidão após uma
sanguinária guerra de independência. Era o primeiro país do continente a por fim à
escravidão. No Brasil, a Conjuração Baiana (ou Revolta dos Alfaiates) de 1798 também
foi fortemente influenciada pelos acontecimentos da Revolução Francesa.

O historiador Eric. J. Hobsbawm afirma ainda que os revolucionários franceses


influenciaram simbolicamente as nações emergentes da Europa do século XIX com as
bandeiras tricolores.

O conceito e o vocabulário do nacionalismo, desenvolvido com educação universal, e o


recrutamento de cidadãos de todas as classes para o exército foram mais umas das
influências da Revolução Francesa.

O modelo de organização técnica e científica, além do sistema métrico de medidas


(metro, centímetro, decímetro etc.), foi outra contribuição desenvolvida nesse período.
Por que a Revolução
Francesa influencia o
mundo até hoje
Liberdade, igualdade, fraternidade e cabeças rolando marcaram o final do século 18 na
Europa

Avante, filhos da Pátria,


O dia da Glória chegou.
Às armas cidadãos!
Formai vossos batalhões!
Marchemos, marchemos!
No caso de 14 de julho de 1789, o episódio é daqueles de maior importância para a História e
influencia até hoje a nossa maneira de pensar e viver. Não é por acaso que a queda da
Bastilha Saint-Antoine, marco do início da Revolução Francesa, inaugura o início da Idade
Contemporânea: se hoje vivemos em um regime democrático, em que (pelo menos em tese)
todos são considerados iguais perante à lei, agradeça à multidão francesa que se rebelou contra
o reinado de Luís 16 e tentou colocar na prática o lema de "Liberdade, Igualdade,
Fraternidade".

Construída para ser um forte que protegeria a cidade de Paris dos ingleses durante a Guerra dos
Cem Anos (que, na realidade, durou 116 anos, entre 1337 e 1453), a Bastilha se tornou uma
prisão contra os inimigos do rei e do regime monárquico. Era como um Game of Thrones da
vida real: durante séculos, o rei tinha o controle de todas as decisões econômicas e políticas e
era sustentado ideologicamente pela Igreja — a nobreza, dona de terras e de títulos que
mantinham os seus privilégios passados de pai para filhos, dava apoio político e militar ao
regime. Para a esmagadora maioria da população, restava trabalhar, pagar impostos e sustentar
esse insustentável modelo produtivo.
Antes de reclamar que você também paga impostos em excesso e as coisas não são tão
diferentes daquela época, alto lá. Afinal, mesmo sendo donos de negócios que rendiam dinheiro
por meio do comércio e da produção de bens, os empresários daquela época (conhecidos
como burgueses) não contavam com direitos políticos e pouco influenciavam nas decisões do
país — na prática, eles sustentavam a economia, mas dificilmente alcançariam os mesmos
privilégios da nobreza. Já para o grosso da população, formada por camponeses e trabalhadores
nas cidades, a situação era ainda pior: em condição de pobreza, ainda eram obrigados a pagar
pesados impostos em nome do rei e da Igreja.
Para piorar, o aumento populacional não acompanhou a produtividade agrícola e, no final do
século 18, a fome atingia os mais pobres que viviam em Paris. Inspiradas pelos ideais
iluministas, que questionavam o poder ilimitado do rei e da Igreja, as insatisfações sociais se
materializaram no dia 14 de julho. Não há um registro histórico exato para o estopim da revolta
— fontes afirmam que a população se mobilizou após boatos de que o Exército Francês atacaria
a população — mas uma massa de descontentes se concentrou em frente à Bastilha, rendendo
seus guardas e tomando as armas que se acumulavam na fortaleza.

A partir daí, um regime sustentado por séculos começaria rapidamente a ruir: os burgueses
dariam apoio econômico e político ao movimento revolucionário e o rei Luís 16 se viu obrigado
a convocar uma Assembleia Constituinte — uma das primeiras medidas assinadas foi
a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, que universalizaria os direitos sociais e
até hoje inspiram as constiuições de países democráticos de todo o mundo.

Execução do rei Luís 16 (Foto: Reprodução)


O fim do regime absolutista não aplacou os descontentamentos populares: ao longo do final dos
últimos anos do século 18, a Revolução Francesa passou por diferentes etapas, incluindo um
momento de maior radicalização, quando os "inimigos do povo" enfrentaram as guilhotinas: em
1793, aos 38 anos, o próprio Luís 16 perderia a cabeça diante de uma multidão em Paris. O
próprio calendário francês deixaria de seguir as orientações da Igreja Católica e os meses seriam
batizados com nomes inspirados nas condições climáticas como "brumário", "nivoso",
"ventoso", "germinal" e "frutidor".
SAIBA MAIS
Quem foi Ella Baker, a “mãe” do movimento por direitos civis
5 monumentos brasileiros que honram figuras históricas contraditórias
O período de violência e as disputas internas entre o movimento revolucionário levaria a novas
instabilidades políticas. A burguesia, então, apoiaria um jovem general que conquistara vitórias
militares e parecia ser o homem certo para solidificar a nação. Em nove de novembro de
1799, Napoleão Bonaparte (que, ao contrário do senso comum, não era tão baixinho e media
quase 1,70 metros) chegaria ao poder e encerraria o período revolucionário, retomando
inclusive a autocracia do período real, mas dando privilégios para a burguesia que o apoiou.
Mas aí é outra história...

Você também pode gostar