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LISTA:

REVOLUÇÃO FRANCESA (XVIII)


(2023)

1. Fala-se muito nos dias de hoje em direitos do homem. Pois bem: foi no século XVIII — em 1789,
precisamente — que uma Assembleia Constituinte produziu e proclamou em Paris a Declaração dos
Direitos do Homem e do Cidadão. Essa Declaração se impôs como necessária para um grupo de
revolucionários, por ter sido preparada por uma mudança no plano das ideias e das mentalidades: o
iluminismo.

FORTES, L. R. S. O Iluminismo e os reis filósofos. São Paulo: Brasiliense, 1981 (adaptado).

Correlacionando temporalidades históricas, o texto apresenta uma concepção de pensamento que tem como
uma de suas bases a
a) modernização da educação escolar.
b) atualização da disciplina moral cristã.
c) divulgação de costumes aristocráticos.
d) socialização do conhecimento científico.
e) universalização do princípio da igualdade civil.

2. Iniciada em 1789, a Revolução Francesa tinha como um de seus principais objetivos a abolição da
sociedade de Antigo Regime, com o fim dos privilégios e das desigualdades entre os diferentes grupos
sociais.

Pouco antes da Revolução, a sociedade francesa estava dividida entre


a) apoiadores de Napoleão e de Robespierre, importantes lideranças políticas conservadoras que lutavam
pela manutenção da monarquia francesa.
b) burguesia e trabalhadores rurais e urbanos, já que o clero e a nobreza não tinham participação
significativa na política francesa no período pré-revolucionário.
c) Girondinos e Sans Culottes, grupos rivais que disputavam a hegemonia política e representavam os
diferentes interesses da burguesia na relação com o rei Luís XVI.
d) Primeiro e Segundo Estados (clero e nobreza), que reuniam cerca de 3% da população, e Terceiro Estado,
que abrigava a burguesia, os trabalhadores urbanos e rurais e pagava, sozinho, todas as taxas e os
impostos diretos cobrados pela monarquia.
e) Primeiro e Segundo Estados (clero e nobreza), que reuniam a minoria da população, mas pagavam,
sozinhos, todas as taxas e os impostos diretos que financiavam os programas assistenciais que
mantinham parte do Terceiro Estado.

3. A Revolução Francesa, ocorrida em 1789, foi um dos maiores movimentos sociais e políticos da história
do Ocidente. Os revolucionários tinham como ideais defender a liberdade e a igualdade como elementos
essenciais para a construção de uma sociedade para todos. A Revolução Francesa, com seu vigor
revolucionário, influenciou diversos movimentos no mundo, inclusive no Brasil.

Podemos apontar como um importante fator propulsor para a Revolução Francesa


a) as guerras de conquistas realizadas por Napoleão Bonaparte.
b) a revolta da maioria da população francesa (burguesia, camponeses e trabalhadores urbanos), motivada
pelas injustiças sociais promovidas pela monarquia absolutista e os governantes da época.
c) a grande influência da burguesia e dos trabalhadores urbanos sobre o sistema político da França.
d) a busca pelo direito de voto da nobreza e por eleições sem fraudes.
e) o desejo de permanência da divisão da sociedade em três ordens, conhecida como primeiro estado,
segundo estado e terceiro estado.

4. Em 1793, durante a Revolução Francesa, a Convenção, eleita por sufrágio universal em setembro do ano
anterior, criou a Lei dos Suspeitos. O Terror foi responsável por milhares de mortes na guilhotina. Essas
pessoas foram consideradas, em geral, “inimigas da revolução”. O advogado jacobino Maximilien
Robespierre foi um dos principais nomes dessa fase da Revolução. Ele defendia que o Terror só poderia ser
praticado se fundamentado na virtude. Ele mesmo se autoproclamava “O Incorruptível”. Sobre o Terror e
sua moral, assinale a alternativa CORRETA.
a) O Terror foi praticado para proteger os chamados “bons cidadãos” franceses, o que era plenamente
compatível com os princípios revolucionários de liberdade, igualdade e fraternidade.
b) O Terror, em nome da liberdade e da Revolução, instaurou o chamado “despotismo da liberdade”, sendo
a Lei dos Suspeitos um mecanismo autoritário de criminalização dos indivíduos.
c) O uso da violência pelo Terror, em nome da liberdade, atingiu apenas criminosos de todo tipo, poupando
os cidadãos que demonstrassem seguir os princípios do governo revolucionário.
d) A violência foi praticada sobre o estamento nobreza, uma vez que esta, durante séculos anteriores,
impediu o avanço da burguesia ao poder e massacrou camponeses, poupando outros grupos.
e) O Terror, apesar de brutal, seguiu a lei vigente e os mecanismos jurídicos mais modernos criados pela
Revolução, em processo democrático, e aceito pela maioria.

5.

A charge acima de 1789, criticando a ordem social na França, circulou no país, durante o período da
Revolução Francesa. O título da charge, que se lê abaixo da imagem, dizia: “Você deve esperar que este
jogo acabe em breve” sugeria, justamente, que a situação iria mudar, porque
a) a burguesia assumiu a liderança do processo revolucionário, pois via a necessidade da Revolução como
meio para derrubar as estruturas do Antigo Regime, inapropriadas para o pleno desenvolvimento
capitalista.
b) as obras dos filósofos iluministas denunciavam as injustiças sociais que estavam ocorrendo na França,
contando com grande alcance popular, além de projeção internacional, o que levou alguns países a
apoiarem a causa, fator decisivo para o sucesso da Revolução Francesa.
c) o reinado Luís XVI, após a participação em diversas guerras, como no conflito pela independência dos
Estados Unidos, encontrava-se diante de uma insolúvel crise financeira e não desejava mais arcar com
as despesas do Primeiro e Segundo Estado.
d) o Primeiro e o Segundo Estados detinham todos os privilégios, uma vez que a sociedade francesa do
século XVIII era estratificada. Eles se uniram contra o Terceiro Estado, exigindo durante a Reunião dos
Estados Gerais, em 1789, o voto individual.
e) somente o Terceiro Estado, composto pela burguesia, no Antigo Regime, contrapunha-se aos privilégios
das classes parasitárias. Apenas essa classe pagava impostos abusivos ao clero e à nobreza decadente.

6. É difícil acreditar que a Revolução Francesa teria sido muito diferente, mesmo que a Revolução
Americana nunca tivesse acontecido. É fácil mostrar que os americanos não tentaram uma semelhante
ruptura substancial com o passado, como fizeram os franceses. No entanto, (...) as duas revoluções foram
muito parecidas.
Robert R. Palmer, The Age of The Democratic Revolution: The Challenge, Princeton, Princeton University
Presse, vol. I, 1959, p.267.

Com base no texto e em seus conhecimentos acerca da Revolução Francesa e do revolucionário processo
de independência dos Estados Unidos, assinale a afirmação correta.
a) A revolução norte-americana repercutiu pouco nos movimentos liberais da Europa e, mesmo na França
da época da Ilustração, seu impacto foi mais de ordem econômica do que política.
b) O processo de independência dos Estados Unidos foi marcado pela ausência de divisões internas entre
os colonos e pela exclusão das camadas populares da sociedade no processo político.
c) O processo de independência dos Estados Unidos foi consumado pela redação de uma Constituição, cuja
elaboração ficou a cargo de notáveis, que representavam os interesses das classes proprietárias.
d) A guerra da independência norte-americana caracterizou-se pela ausência de radicalismo político e
social, o que se deveu à menor penetração dos ideais Ilustrados nos últimos anos do período colonial.
e) A revolução norte-americana repercutiu não só na Ilustração europeia e na Revolução Francesa, como
demonstrou de modo teórico e prático a viabilidade de um grande Estado republicano e democrático.

7. Observe a imagem a seguir.

O famoso quadro A morte de Marat, de Jacques-Louis David, produzido no contexto da Revolução


Francesa, é um documento da
a) atuação violenta do Tribunal Revolucionário durante o Terror Jacobino contra os “inimigos do povo”.
b) execução do rei francês, acusado de traição nacional, decretada pela Assembleia Revolucionária.
c) estratégia de ascensão política de Napoleão Bonaparte, marcada pelo assassinato de seus rivais.
d) violência repressora do Absolutismo francês contra as vozes críticas e contestatórias ao Regime.
e) disputa entre os girondinos e os jacobinos, que culminou na execução do famoso líder popular.

8. Revolução Francesa não foi feita ou liderada por um partido ou movimento organizado, no sentido
moderno, nem por homens que estivessem tentando levar a cabo um programa estruturado. Nem mesmo
chegou a ter do tipo que as revoluções do século XX têm-nos apresentado, até o surgimento da figura pós-
revolucionária de Napoleão. Entretanto, um surpreendente consenso de ideias gerais entre um grupo social
bastante coerente deu ao movimento revolucionário uma unidade efetiva.

HOBSBAWM, E. J. A revolução francesa. 7ª ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra

O caráter revolucionário destacado na passagem do texto tem como referência a acepção da(o)
a) nobreza.
b) burguesia.
c) clero.
d) proletariado.
e) gentry.

9. No dia do golpe, 9 de novembro, a sucessão dos eventos é fulminante. Os episódios têm início já às 5
horas da manhã quando as convocações para uma reunião urgente, às 7, são expedidas aos anciãos
(excetuados os poucos inclinados ao golpe). Às 6, Talleyrand preparava a carta de demissão do diretor
Barras; às 7, um magote de oficiais se acotovela nas portas da casa de Napoleão, que lhes fala da situação
difícil do país (...)
Na cidade, vendem-se por toda parte panfletos que apresentam Napoleão como o salvador.

(Carlos Guilherme Mota. A Revolução Francesa)

O cenário descrito no texto deve ser relacionado com:


a) o Período do Terror, ocorrido durante a Revolução Francesa;
b) o Grande Medo, processo de violência desencadeado por camponeses, durante a Revolução Francesa;
c) o Golpe do 9 Termidor, quando a alta burguesia reassumiu o poder através dos girondinos;
d) a implantação da Monarquia hereditária, quando Napoleão se fez proclamar imperador;
e) o Golpe do 18 Brumário, quando a burguesia encontra o braço forte armado para consolidar os seus
interesses.

10.

O barrete frígio ou barrete da liberdade, constante da imagem acima, é uma espécie de touca ou carapuça,
originariamente utilizada pelos moradores da Frígia (antiga região da Ásia Menor, onde hoje está situada a
Turquia). Foi adotado, na cor vermelha, pelos republicanos franceses que lutaram pela tomada e queda da
Bastilha em 1789, que culminou com a instalação da Primeira República Francesa em 1793. As ideias a
seguir também estão relacionadas com a Revolução Francesa.

I. Período do Terror
II. Segundo Estado
III. Primeiro Estado
IV. Jacobinos
V. Girondinos
VI. Comitê de Salvação Pública

Assinale a alternativa que apresenta as ideias relacionadas à Revolução Francesa e que estejam ligadas à
imagem acima.
a) I, II e IV.
b) II, IV e V.
c) IV, V e VI.
d) I, IV e VI.
e) II, III e VI.

11.
A gravura representa a marcha de mulheres revolucionárias até o palácio real de Versalhes em 5 de outubro
de 1789.

A participação das mulheres na Revolução Francesa


a) levou à conquista do direito de voto, porém não do direito de exercer cargos executivos no novo governo
francês.
b) teve ressonância parcial nas decisões políticas, pois apenas as mulheres da alta burguesia envolveram-se
nos protestos políticos e civis.
c) foi notável nas manifestações e clubes políticos, porém seus direitos políticos e sociais não foram
ampliados significativamente.
d) originou a igualdade de direitos civis em relação aos homens após a proclamação da Declaração dos
Direitos do Homem e do Cidadão.
e) diminuiu bastante após os conflitos e a violência generalizada que marcaram a tomada da Bastilha.

12. Na sua faceta mais radical, a Revolução Francesa promoveu uma certa redistribuição de terra, por meio
de medidas como a venda dos bens nacionais. Entretanto, nesse processo de construção de uma ordem
jurídica burguesa, o fim da escravidão não seria, no final das contas, incluído. A Declaração dos Direitos
do Homem e do Cidadão de 1789 trazia, no seu artigo 1º, o princípio segundo o qual “os homens nascem e
permanecem livres e iguais em direitos”. Mas a história revolucionária mostrou que essa fórmula clássica
do liberalismo político foi capaz de gerar, de imediato, posturas contraditórias entre os diferentes atores
históricos do período, que interpretavam os termos liberdade e igualdade à luz de suas próprias aspirações
e interesses.

(Laurent Azevedo Marques de Saes. A Societé des Amis des Noirs e o movimento antiescravista sob a
Revolução Francesa (1788-1802). Tese (Doutorado em História Social) – FFLCH, USP. 2013. Adaptado)

Nesse contexto, é correto afirmar que


a) a Revolução Francesa, embora conduzida em nome de princípios universais de liberdade e igualdade,
acabou incorporando a escravidão colonial na nova ordem jurídica, sem que essa instituição tivesse sido
posta em discussão nem sequer no período mais radical do processo revolucionário, no momento no qual
os jacobinos tentaram dirigir os rumos da revolução.
b) os princípios de liberdade e igualdade, para a maioria dos homens nas assembleias revolucionárias, não
encontravam fronteiras ou limites ditados pela condição da França de potência colonial, mas
representavam valores universais a serem difundidos inclusive para a América a partir de Paris, ainda
que a ascensão de Napoleão tenha freado a propagação das ideias revolucionárias.
c) o império colonial francês à época girava em torno da “pérola das Antilhas”, São Domingos (futuro
Haiti), colônia que havia projetado a França para o topo do mercado internacional de produtos tropicais
e que transformou o sucesso da produção caribenha na base da riqueza burguesa dos portos franceses, o
que não impediu que jacobinos e sans culottes defendessem a abolição e a independência colonial desde
julho de 1789.
d) a questão colonial evidenciava, sob certos aspectos, os limites da Revolução Francesa, liberal e burguesa,
pois dentro da ótica mercantilista que orientou a economia francesa desde o século XVII, a prosperidade
da Nação dependia da balança comercial favorável e, nesse sentido, o papel do comércio com as colônias
e da reexportação dos produtos proporcionados por esse comércio era visto como capital.
e) a restauração da escravidão nas colônias, ocorrida em 1799 por ordem de Bonaparte depois da abolição
em 1789, por exigência dos revolucionários, teve como desdobramento o levante negro no Haiti, em que
se lutava simultaneamente pela abolição da escravidão e pelo rompimento dos laços coloniais com a
França, resultando na independência do Haiti, primeiro a libertar os escravos no continente americano.

13. “Infelicidade! Nossos cidadãos encarcerados nesses locais,


Servem para cimentar esse alojamento odioso;
Com as próprias mãos eles erguem, nos ferros aviltados,
Essa morada do orgulho e da tirania.
Mas, creia-me, no momento em que eles virem seus vingadores
Eles mesmos destruirão essa assustadora obra,
Instrumento de sua vergonha e de sua escravidão”

Com esses dizeres, um “americano” do Peru conclama seu povo à libertação da escravidão na peça
dramática Alzira, [...], escrita por Voltaire em 1736. O texto é piedoso com a sorte dos escravos do Novo
Mundo, demonstra simpatia por sua revolta e saúda a possibilidade de uma reconciliação final baseada na
liberdade coletiva.
Em 1766, o francês Joseph Mosneron assistiu à representação dessa obra a bordo do navio [francês][...].
Comoveu-se com os versos que ouviu, apesar de a princesa Alzira, a heroína que dá nome ao romance, ser
representada por um vigoroso marinheiro com ares de Hércules. Enquanto o pontilhão servia de palco
[improvisado] para os atores, nos porões embaixo dele aglomeravam-se centenas de seres humanos
capturados na África. Eles estavam sendo transportados, justamente, para o Caribe.
Como explicar essa esquizofrenia? Como é possível que Mosneron tenha se abalado com a peça e não com
os personagens reais que a inspiraram? Suponho que o próprio texto de Alzira contribui para isso, ao evocar
a escravidão apenas dos “americanos”, e omitir qualquer menção ao tráfico transatlântico de africanos, em
pleno apogeu quando Voltaire escreveu a peça. [...].
O século das Luzes, que assistiu a insurreição da filosofia contra o monarquismo, o absolutismo e a Igreja,
foi também o ápice da expansão desse comércio absurdo. A França enviou, no total, 1,1 milhão de escravos
para as colônias [...] antes da proibição definitiva do tráfico, em 1831. A abolição seria instituída em
territórios franceses apenas em 1848.
Na verdade, esse tipo de negócio já era quase clandestino desde 3 de julho de 1315, quando um edito de
Luís X baniu a possibilidade de escravidão em todo o reino. Porém, no século XV, a demanda por mão de
obra aumentou nas colônias e fez-se necessário tomar certas atitudes. A solução inicial foi explorar as
populações locais, exterminadas com rapidez. Recorreu-se, então, aos “alistados” brancos, homens
geralmente forçados ao exílio que assinavam contratos válidos por três anos e eram tratados nas mesmas
condições que os negros.
Um panfleto anônimo, ‘Sobre a necessidade de se adotar a escravidão na França’, expressa a visão da época:
era preciso ‘colocar pobres e indigentes para trabalhar’. Menosprezos racial e de classe não são
incompatíveis [com a Franca iluminista]? [...]

GRESH, Alain. Escravidão à francesa. Le Monde Diplomatique. 1 abril 2008. Disponível em:
http://diplomatique.org.br/escravidao-a-francesa/ Acesso em: 10 ago. 2017. [Adaptado]

A partir das considerações indicadas na matéria, as quais apontam a influência histórica dos pensadores
iluministas e da participação francesa nos debates sobre liberdade e cidadania, e CORRETO afirmar.
a) A Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, em 1789, aboliu as desigualdades vivenciadas na
França até aquele momento e, também, inspirou outros povos a buscarem essa noção de liberdade e
cidadania em seus países.
b) Ao final do processo de contestação monárquico francês, a burguesia saiu fortalecida e houve o fim dos
privilégios da nobreza, sendo redistribuída suas terras aos camponeses e população desabrigada.
c) Os princípios iluministas, envolvendo a valorização do conhecimento científico e de contestação à
escravidão, foram amplamente difundidos por combaterem ações escravistas desenvolvidas em outros
países, além de impedir tomadas de decisões francesas que fossem favoráveis à exploração escrava.
d) O princípio “liberdade, igualdade e fraternidade”, utilizado como slogan de mudança histórica,
determinou o debate e a ação comum na França (incluindo políticas reparatórias) para que todos os
cidadãos usufruíssem desses ideais a curto e longo prazo.
e) Os conflitos recentes na França (evidenciados em enfrentamentos nas ruas, canções, redes sociais e etc.)
sugerem que a desigualdade social, aliada aos problemas étnicos, ainda não foram superados e suscitam
discussões sobre noções de liberdade e cidadania no País.

14. “Se a economia do mundo do século XIX foi formada principalmente sob a influência da Revolução
Industrial britânica, sua política e ideologia foram formadas fundamentalmente pela Revolução Francesa.”
(Fonte: HOBSBAWM, Eric. A Era das Revoluções: Europa 1789-1848. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2008.
P. 83).

A citação de Eric Hobsbawm destaca a importância das Revoluções Industrial e Francesa para a história do
Ocidente, especialmente porque:
a) Consolidaram o capitalismo e a sociedade burguesa no Ocidente.
b) Ambas fortaleceram o Antigo Regime europeu.
c) Construíram a base para a consolidação dos Estados Absolutistas na Europa.
d) Diminuíram as diferenças entre burgueses e proletários em todo o Ocidente da era Moderna.
e) Restabeleceram os laços entre as metrópoles e suas colônias na América.
15. “Renunciar à liberdade é renunciar à qualidade de homem, aos direitos da humanidade, e até aos
próprios deveres. Não há nenhuma reparação possível para quem renuncia a tudo. Tal renúncia é
incompatível com a natureza do homem. Assim, seja qual for o lado por que se considerem as coisas, o
direito de escravizar é nulo, não somente porque ilegítimo, mas porque absurdo e sem significação. As
palavras escravidão e direito são contraditórias; excluem-se mutuamente.

Jean-Jacques Rousseau. O Contrato Social.

O livro O contrato Social, escrito por Rousseau e lançado em 1762, apresenta ideias que confluem com as
lutas por “liberdade, igualdade e fraternidade”, conhecido lema da Revolução Francesa.

Com base na citação de Rousseau – O Contrato Social, assinale a alternativa correta a respeito das relações
entre a Revolução Francesa e a prática da escravidão.
a) Um dos princípios da Revolução Francesa, a igualdade, está previsto na Declaração dos direitos do
homem e do cidadão. Por este motivo, a partir de 1791, a escravidão, em todas as suas formas, foi abolida
e jamais restabelecida nas colônias francesas.
b) Ainda que o posicionamento dos revolucionários fosse homogêneo, no que diz respeito ao fim da
escravidão, esta foi abolida apenas em 1791, com a assinatura de um tratado entre Napoleão e o líder
haitiano Toussaint Louverture. Após a assinatura deste tratado, a escravidão jamais foi restabelecida em
uma colônia francesa.
c) A defesa da liberdade e as lutas pelo fim da escravidão eram pautas bastante cômodas para os
revolucionários franceses, pois a França nunca contou com pessoas escravizadas em suas colônias.
d) Os posicionamentos dos revolucionários a respeito da escravidão eram relativamente contraditórios.
Apesar das preleções de Rousseau, alguns grupos defendiam, primeiramente, apenas o fim do tráfico
negreiro. As lutas pela abolição da escravidão e a independência do Haiti, concretizada apenas em 1804,
são representativas destas contradições.
e) Como a obra não cita as mulheres, pode-se concluir que Jean-Jacques Rousseau era um defensor da
escravidão apenas para as mulheres.

16. Se não têm pão, que comam brioches!

A frase, erroneamente atribuída à rainha da França, Maria Antonieta, foi considerada uma resposta cínica
às inquietações populares que levaram à eclosão da Revolução Francesa.

Assinale a alternativa que aponta corretamente algumas das causas da insatisfação da população francesa
às vésperas dessa Revolução.
a) Contrários ao lema da monarquia, “Liberdade, Igualdade, Fraternidade”, os camponeses alegavam que a
distribuição de renda provocava o empobrecimento da classe média.
b) A grave crise econômica, aliada a condições climáticas adversas, inflacionou os preços nas cidades e no
campo; sofrendo com a fome, a população pagava altos impostos para manter os privilégios do clero e
da nobreza.
c) A substituição de culturas alimentares pelo algodão, decretada por Luís XVI, levou ao aumento da
mortalidade infantil e da fome entre os camponeses, favorecendo a burguesia vinculada à indústria têxtil.
d) Para sustentar os custos das guerras napoleônicas, o rei Luís XVI aumentou a cobrança de impostos dos
camponeses e dos trabalhadores das cidades que, insatisfeitos, se rebelaram contra o governo central.
e) Devido à falta de terras férteis, à baixa produção de alimentos e à fome, a população demandava o
aumento da ocupação francesa nas Américas e na África para a ampliação da produção agrícola.

17. Oh! Aquela alegria me deu náuseas. Sentia-me ao mesmo tempo satisfeito e descontente. E eu disse:
tanto melhor e tanto pior. Eu entendia que o povo comum estava tomando a justiça em suas mãos. Aprovo
essa justiça, mas poderia não ser cruel? Castigos de todos os tipos, arrastamentos e esquartejamentos,
tortura, a roda, o cavalete, a fogueira, verdugos proliferando por toda parte trouxeram tanto prejuízo aos
nossos costumes! Nossos senhores colherão o que semearam.

Graco Babeuf, citado por R. Darnton. O beijo de Lamourette. Mídia, cultura e revolução. São Paulo:
Companhia das Letras, 1990, p. 31. Adaptado.

O texto é parte de uma carta enviada por Graco Babeuf à sua mulher, no início da Revolução Francesa de
1789. O autor
a) discorda dos propósitos revolucionários e defende a continuidade do Antigo Regime, seus métodos e
costumes políticos.
b) apoia incondicionalmente as ações dos revolucionários por acreditar que não havia outra maneira de
transformar o país.
c) defende a criação de um poder judiciário, que atue junto ao rei.
d) caracteriza a violência revolucionária como uma reação aos castigos e à repressão antes existentes na
França.
e) aceita os meios de tortura empregados pelos revolucionários e os considera uma novidade na história
francesa.

18. “O governo revolucionário tem necessidade de uma atividade extraordinária, precisamente porque ele
está em guerra. Suas regras não são uniformes nem rigorosas, porque as circunstâncias são tumultuadas e
inconstantes (...). O governo revolucionário não tem nada em comum com a anarquia nem com a desordem.
Sua meta, ao contrário, é de as reprimir para implantar e consolidar o reinado das leis.”

Discurso de Robespierre diante da Convenção, 25 de dezembro de 1793. In: COSTA, M.; DOUBLET, F.
(coord.). Histoire Géographie, 4ª ed. Paris: Magnard, 1998. p. 60.

Durante a Revolução Francesa, ao assumir a direção da Convenção (1792-1794), os jacobinos adotaram


medidas para conter as forças contrarrevolucionárias. O discurso de Robespierre, ao afirmar que as ações
do governo revolucionário não podem estar submetidas a regras uniformes e rigorosas, procurava
justificativas para
a) a criação do Tribunal Revolucionário, para julgar os suspeitos de atitudes contrarrevolucionárias. Muitas
vezes, o destino dessas pessoas era a morte na guilhotina.
b) a instituição do voto censitário, sendo assim apenas pessoas com posses poderiam exercer o poder de
voto e se candidatar para mandatos eletivos.
c) a convocação dos Estados Gerais, órgão consultivo formado por representantes dos três estados e que
não se reunia desde 1614.
d) a criação do Diretório, órgão que desempenhava o poder Executivo e era composto de cinco pessoas
eleitas entre os deputados.
e) a coroação de Napoleão Bonaparte, definida a partir de um plebiscito que aprovou o fim do Consulado
e a transformação da França em Império.

19. A Revolução Francesa foi um dos momentos mais importantes no processo de formação do mundo
contemporâneo. Foi um movimento violento que sepultou o absolutismo na cena política e o mercantilismo
na economia, tendo um papel de grande destaque a burguesia, interessada em instituir um regime que
atendesse aos seus interesses. Durante a revolução tomou forma um corpo legislativo denominado
Assembleia Nacional, que tomou parte central na consolidação das reformas objetivadas pela revolução.
Dentre as principais reformas realizadas na fase moderada da Revolução Francesa (1789-1791), pela
Assembleia Nacional, podemos citar CORRETAMENTE:
a) Abolição dos privilégios especiais do clero e da nobreza; Declaração dos Direitos do Homem e do
Cidadão; subordinação da Igreja ao Estado; elaboração de uma constituição para a França; reformas
administrativas e judiciárias; e ajuda à economia francesa.
b) Declaração Universal dos Direitos Humanos; elaboração do Edito de Nantes, que dava liberdade
religiosa para os não católicos; criação do Banco da França; legalização da anexação dos territórios da
margem esquerda do Reno; elaboração do Código Civil Francês.
c) Criação do Código Civil Francês; criação do Banco da França; elaboração da Declaração dos Direitos
do Homem e do Cidadão; elaboração das primeiras leis trabalhistas que proibiam o trabalho infantil;
concessão do direito ao voto às mulheres.
d) Direito de voto para todos os homens, independente da renda; favorecimento de legislação que
incentivava o capitalismo comercial; reforma do sistema educacional com a criação dos liceus clássicos
e de ofícios; maior autonomia para as províncias históricas da França; criação de uma estrutura
descentralizada de governo na França.
e) Regulamentação das leis trabalhistas na França; extensão do direito de voto para todos os homens e
mulheres maiores de 18 anos; reconhecimento do direito de minorias; criação do Código Civil; a França
se tornou uma confederação descentralizada, dividida em cantões com alto grau de autonomia política;
elaboração da Constituição Civil do Clero.

20. Em julho de 1789, houve a explosão de movimentos populares em Paris. Artesãos, operários e
desempregados se envolveram fortemente com o processo revolucionário, que ocasionou a tomada da
Bastilha, momento simbólico da Revolução Francesa. Os grupos populares que protagonizaram a revolução
passaram a ser conhecidos como sans-culottes.

Em relação aos sans-culottes, assinale a resposta que CORRESPONDA às suas reivindicações e atitudes.
a) Desejavam tomar o poder do rei de forma moderada, mediante as decisões do Primeiro Estado.
b) Defendiam o aprofundamento das reformas políticas e a tomada de poder por parte da aristocracia.
c) Tinham um projeto político bem definido, cuja principal proposta era o alinhamento com grupos
contrarrevolucionários.
d) Exigiam melhores condições de vida e participação política dos setores sociais médios e pobres,
saqueando armazéns e tomando edifícios governamentais.
e) Defendiam que os preços fossem tabelados e o fim da exploração econômica, sem qualquer proximidade
com os camponeses e suas reivindicações.
Gabarito:

Resposta da questão 1:
[E]

O pensamento citado no comando da questão pertence ao Iluminismo, filosofia na qual racionalismo,


liberalismo, naturalismo e igualdade civil eram exaltados e defendidos, em oposição clara ao Antigo
Regime.

Resposta da questão 2:
[D]

Na França pré-revolucionária a divisão social era hierarquizada, sendo que o Primeiro e o Segundo estados
(clero e nobreza) eram privilegiados, possuíam isenção fiscal e direitos políticos, e o Terceiro estado
(trabalhadores e burguesia) sustentava o Reino, mas não possuía direitos políticos e sociais.

Resposta da questão 3:
[B]

O absolutismo da dinastia de Bourbon na França prejudicou profundamente o Terceiro Estado composto


por trabalhadores do campo, da cidade e a burguesia. Os trabalhadores eram muito explorados pagando
pesados impostos e a burguesia mantinha o Estado através de impostos em dinheiro. Inspirados nas ideias
Iluministas, a burguesia liderou um movimento com apoio do povo culminando no fim do Absolutismo no
contexto da Revolução Francesa, 1789-1799.

Resposta da questão 4:
[B]

Entre 1792-1795, a Revolução Francesa foi caracterizada pela fase da “Convenção Nacional”, período
governado pelos jacobinos (média e baixa burguesia) com apoio dos Sans Culottes (pobres urbanos). O
principal líder foi o jovem advogado chamado Robespierre, seu radicalismo levou milhares a guilhotina
acusados de “inimigos da revolução”. Em nome dos ideais de liberdade e da ideia de “revolução”, foi
instaurado o uso da violência através da Lei dos Suspeitos.

Resposta da questão 5:
[A]

A França no século XVIII ainda vivia sob a égide do Antigo Regime, ou seja, no campo da política um
forte absolutismo através da dinastia dos Bourbons; a sociedade era estamental com três estamentos, clero
(primeiro estado), nobreza (segundo estado) e o povo em geral incluindo a burguesia (terceiro estado); a
economia era agrária, atrasada, mercantilista, semifeudal, havia uma profunda crise econômica e financeira,
somente o terceiro estado pagava impostos; Vale dizer que no âmbito da política, cada estamento tinha
direito a um voto. Nesse sentido, a Revolução Francesa, 1789-1799, foi realizada pelo terceiro estado sob
a liderança da burguesia visando destruir o Antigo Regime.

Resposta da questão 6:
[E]

Ambas as revoluções – americana e francesa – sofreram influência do pensamento iluminista e como a


americana foi anterior, ela acabou por também influenciar a francesa. A Independência dos EUA, por ser o
primeiro movimento revolucionário a acontecer no século XVIII, acabou demonstrando na prática como
formar um Estado Republicano.

Resposta da questão 7:
[E]

A Revolução Francesa, 1789-1799, pode ser dividida em três fases: Assembleia Nacional Constituinte,
1789-1791; Convenção Nacional, 1792-1795; Diretório, 1795-1799. No contexto da Convenção Nacional
ocorreu uma divisão entre Jacobinos (sentavam à esquerda) e os Girondinos (sentavam à direita). Marat foi
um dos líderes radicais jacobinos defensores de ideias mais populares, publicava em seu jornal ideias
jacobinas que agradavam os pobres sans-culottes. Marat foi morto na banheira, 1793, depois o artista David
pintou o famoso quadro “A morte de Marat”.

Resposta da questão 8:
[B]

No século XVIII, a França ainda era estamental dividida em três estados. O primeiro estado (clero) e o
segundo estado (nobreza) possuíam privilégios enquanto o terceiro estado constituído pela grande maioria
da população pagava pesados impostos. Nesse sentido, a Revolução Francesa foi realizada pelo terceiro
estado, porém sob a liderança da burguesia que desejava destruir o Antigo Regime.

Resposta da questão 9:
[E]

No dia 09 de Novembro de 1799 ocorreu o denominado Golpe do 18 Brumário na França. Depois de anos
de grave crise política, econômica e social, a burguesia apoiou Napoleão que deu um Golpe de Estado
destituindo os líderes do Diretório implantando o Consulado. Era o final da Revolução Francesa e o início
da Era Napoleônica.

Resposta da questão 10:


[D]

O texto faz referência à ala mais radical da Revolução Francesa. Nesse sentido, a melhor expressão de
radicalidade é o Partido Jacobino e o que ele fez ao chegar ao poder. A fase na qual os jacobinos governaram
a França é conhecido como Fase do Terror e uma das principais bases do governo jacobino era o Comitê
de Salvação Pública.

Resposta da questão 11:


[C]

A despeito da significativa participação das mulheres na execução da Revolução Francesa, o movimento


acabou por não representar ganhos sociais e políticos reais para as mesmas. A Declaração de Direitos do
Homem e do Cidadão, por exemplo, documento mais significativo produzido pelos revolucionários, não
inseria as mulheres nos ganhos civis conseguidos à época.

Resposta da questão 12:


[D]

O texto expõe que, apesar do teor igualitário da Declaração de Direitos do Homem e do Cidadão, os atores
sociais franceses pós-Revolução adaptaram os termos de liberdade e igualdade conforme melhor lhes
conveio. Sendo assim, na relação entre Metrópole e Colônia, o Pacto Colonial continuou sendo seguido à
risca, o que garantiu o prosseguimento da exploração econômica e da escravidão.

Resposta da questão 13:


[E]

O texto de Alain Gresh aponta para a dinâmica do processo histórico com algumas contradições e
paradoxos. No século XVIII, os filósofos iluministas defendiam as ideias de liberdade e emancipação
humana apoiado na força da razão. Durante a Revolução Francesa, 1789-1799, a burguesia apoiada no
ideário iluminista defendia o fim do Antigo Regime e dos privilégios do clero e da nobreza. No entanto, no
mesmo século, “a França enviou, no total, 1,1 milhão de escravos para as colônias [...] antes da proibição
definitiva do tráfico, em 1831. A abolição seria instituída em territórios franceses apenas em 1848”. A
história recente da França e do mundo mostra que os princípios da Revolução Francesa, liberdade,
igualdade e fraternidade, ainda não foram totalmente implantados. A proposição [E] está correta.

Resposta da questão 14:


[A]
Ambos os movimentos foram responsáveis por mudanças significativas na história da humanidade. Ao
substituir a manufatura pela maquinofatura (Revolução Industrial) e ao colocar os trabalhadores e a
burguesia no poder (Revolução Francesa), esses movimentos consolidaram a burguesia e o capitalismo.

Resposta da questão 15:


[D]

A despeito da influência iluminista e da importância histórica da Revolução Francesa, algumas exclusões


sociais foram mantidas pelos revolucionários franceses. As mais marcantes, com certeza, foram a exclusão
da cidadania às mulheres e o não apoio à abolição imediata da escravidão, na França e nas Colônias
francesas na América.

Resposta da questão 16:


[B]

A questão remete aos fatores que geraram a Revolução Francesa, 1789-1799. Questões econômicas, sociais
e políticas, juntas, engendraram esta revolução. O Estado estava endividado diante de uma grave crise
econômica e financeira. A França ajudou os EUA na luta pela emancipação política. O tratado comercial
de 1786 entre França e Inglaterra prejudicou muito a indústria francesa. A dinastia dos Bourbons gastava
excessivamente. A carga tributária era excessiva e recaía sobre o Terceiro Estado. Problemas climáticos
atrapalharam as colheitas gerando um grande desconforto econômico e social no campo.

Resposta da questão 17:


[D]

O texto mostra os sentimentos de Graco Babeuf em relação aos eventos que iniciaram a Revolução
Francesa, em 1789. Tais sentimentos apresentam-se contraditórios, embora, ao final, Babeuf deixe claro
que a ação violenta dos revolucionários era uma resposta aos abusos cometidos pelo Antigo Regime francês
("Nossos senhores colherão o que semearam"). Posteriormente, na fase da Revolução Francesa conhecida
como Diretório, Graco Babeuf liderou a Conjura dos Iguais.

Resposta da questão 18:


[A]

A questão remete a Revolução Francesa, 1789-1799, em especial ao período da Convenção Nacional, 1792-
1795. Em meados de 1793, os Jacobinos com apoio dos Sans Culottes assumiram o poder dentro da
Convenção Nacional e implantaram um governo ancorado em reformas sociais significativas e o terrorismo
através da guilhotina. Robespierre, "o incorruptível”, apoiado nas ideias do filósofo iluminista Rousseau
tornou-se o maior líder dos jacobinos. Neste período foram criados comitês como o de “Salvação Nacional”
e de “Salvação Pública” que julgavam os opositores da revolução.

Resposta da questão 19:


[A]

A questão remete a Revolução Francesa, 1789-1799. A Revolução Francesa foi uma revolução burguesa
que destruiu o “Antigo Regime” (Absolutismo e Mercantilismo) implantando as bases do capitalismo
liberal-industrial na França. A primeira fase do movimento é denominada de Assembleia Nacional
Constituinte, 1789-1791 na qual ocorreram fatos importantes para a Revolução Francesa e para a
posteridade, tais como: o fim dos privilégios feudais no dia 4 de agosto de 1789, a Declaração Universal
dos Direitos do Homem e do Cidadão em 26 de agosto de 1789, a Constituição Civil do Clero de 1790
subordinando a Igreja ao Estado e a constituição de 1791.

Resposta da questão 20:


[D]

A questão faz referência a um importante grupo social no contexto da Revolução Francesa, 1789-1799, os
sans-culottes. Este grupo compunha os homens pobres da França que ao longo da revolução atuaram contra
a exploração econômica exigindo melhores condições de vida e, em alguns momentos, radicalizaram com
saques, ataques a propriedades e violência contra pessoas privilegiadas. O período da Convenção Nacional,
1792-1795, em especial no governo dos jacobinos, 1793-1794, os sans-culottes apoiaram o tumultuado
governo dos jacobinos por reformas sociais mais profundas.

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