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REVOLUÇÕES

A Idade Média é o período da história geral que se inicia no século V, logo


após a queda do Império Romano do Ocidente, e termina no século XV, com a
conquista de Constantinopla pelo Império Turco-Otomano. Foi um período marcado
pela síntese da herança romana com a cultura dos povos bárbaros que invadiram o
Império Romano.
No campo político, mudanças significativas aconteceram. O rei se fortaleceu
e as nações que surgiram se estruturaram ao redor desse monarca absoluto. É,
portanto, o período do absolutismo e de reis imponentes, como Luís XIV, que se
autodefinia como Rei Sol. Significativo também foi o papel de muitos intelectuais
que criaram construções ideológicas para sustentar o poder dos reis.
A Igreja Católica tornou-se uma instituição poderosa e influente não apenas
na religião, mas também na sociedade medieval. A invasão bárbara provocou a fuga
da cidade em direção ao campo. A Europa ocidental ruralizava-se, e a riqueza era a
terra. A agricultura tornou-se a principal atividade econômica, e a produção dos
feudos era para o próprio sustento.
Como uma transformação radical de determinada estrutura política, social,
econômica, cultural ou tecnológica, isto é, tudo o que diz respeito à vida humana.
Tal conceito é fundamental para se entender o período histórico moderno e
contemporâneo.
Dentro da periodização clássica utilizada na História, a Idade Moderna é um
dos períodos da história humana e sucedeu a Idade Média e antecedeu a Idade
Contemporânea. Cronologicamente, a Idade Moderna começou com a conquista de
Constantinopla pelos otomanos em 1453 e se encerrou com a tomada da Bastilha
em 1789.
A visão clássica dos historiadores determinou diversos marcos que são
acontecimentos de passagem, isto é, que delimitam o fim de um período e o
começo de outro. No caso da Idade Moderna, esses são:

● A conquista da cidade de Constantinopla pelos otomanos no ano de 1453;


● A tomada da Bastilha pela população parisiense no ano de 1789.
Uma consideração importante a respeito desses marcos é o fato de que não
podemos interpretá-los de maneira definitiva. Isso significa que a conquista de
Constantinopla pelos otomanos em 1453 não fez com que todas as características
da Idade Média desaparecessem da Europa em 1454.
Entre a idade moderna e a idade Contemporânea ocorreram vários valores
importantes;

● Mercantilismo (poder do rei sobre o comércio)


● Reforma Protestantes
● Renascimento Cultural/ Comercial / Urbana (está em desenvolvimento
a burguesia)
● Colonização (Poder absolutismo)

A Idade Moderna é considerada o período de transição do modo de


produção feudal para o modo de produção capitalista. Essa transição se deu pelas
práticas econômicas do mercantilismo, que contribuíram para a mundialização do
comércio europeu. Essa mundialização do comércio tem relação direta com o
colonialismo que se estabeleceu quando os europeus chegaram à América em
1492.
Acontecimentos e revoluções da passagem de idade moderna para
contemporânea:

● Revolução industrial (Nova máquina para trabalhar/ tecnologia -


surgimento)
● Revolução Francesa (Burguesia x Proletariado)
● Nacionalismo
● Liberalismo
● Socialismo x Comunismo
● Expansão dos EUA
● Segunda Revolução Industrial

A passagem da Idade Moderna para a Idade Contemporânea se deu


quando o Iluminismo passou do discurso intelectual e se tornou ação política. A
Revolução Francesa foi a revolução burguesa e liberal por essência e marcou o
início do fim do absolutismo e do Antigo Regime em toda a Europa.
É um período também de agitação popular e da consolidação burguesa. As
camadas populares, lutando por seus direitos, posicionaram-se durante a Revolução
Puritana , que aconteceu na década de 1640, na Inglaterra, por exemplo. Os diggers
e levellers defenderam os interesses do povo e tinham ideias republicanas e
coletivistas, mas foram esmagados pelo poder burguês.
A mundialização do comércio permitiu a acumulação do capital, e essa ação
se fortaleceu principalmente depois que a Reforma Religiosa levou ao surgimento
dos protestantes. A Igreja perdeu força, assim como a fé, que deu espaço à
predominância da razão, sobretudo quando surgiram os iluministas.
O desenvolvimento da ciência e a acumulação do capital permitiram o
desenvolvimento da indústria na Inglaterra, local que reuniu as condições para a
Revolução Industrial . Esta, por sua vez, trouxe mudanças significativas nas
relações de trabalho, nas formas de produção, e resultou no surgimento do
capitalismo .
A Revolução Americana foi um descontentamento das Treze Colônias da
América do Norte em relação à exploração da metrópole, Inglaterra.
Os Estados Unidos era dividido em colônias, sendo as Treze Colônias da
América do Norte. Sendo assim, a Revolução Americana – também conhecida como
Independência dos Estados Unidos – foi declarada no dia 4 de julho de 1776. Dessa
forma, a revolução trouxe para os EUA o sistema republicano e federalista, tornando
os estados uma nação independente.
Em síntese, a Revolução Americana levava em consideração os interesses
das classes altas dos EUA, sendo assim realizada pela elite colonial. Porém, foi
uma revolução baseada nos ideais do iluminismo. Dessa forma, a independência
dos EUA também serviu para que outros países entrassem em movimentos
semelhantes.
A escritora Hannah Arendt acreditava nas palavras de Santo Agostinho, que
dizia que “se existe o Princípio é o Início pelos homens”. Onde o Princípio seria algo
divino.
Já o Início trata-se de algo novo diante de tudo que existia, vindo assim o
homem sendo submisso às regras impostas.
Arendt explica que todo começou com um ato de liberação sobre a
opressão e a escravidão. A liberação do homem no sentido da opressão é uma
liberdade que anda ao lado de outros homens e compartilham o mesmo espaço
público, porém longe da violência a sua liberdade está assentada na legitimidade.
Hannah diz que o fenômeno da revolução se trata de uma reivindicação
para existir a liberdade, e criar espaço para ação política.
Em relação às revoluções Francesa e Americana, Arendt diz que a
revolução Francesa foi um movimento voltado para a emancipação, enquanto a
Americana foi voltada em questões políticas.
Um artigo que fala sobre as palavras de Arendt, diz que a Revolução não
tem finalidade de resolver problemas econômicos e sociais, e sim políticos. Onde se
tem um governo com o objetivo de proteger a população da opressão e do abuso do
poder público
Arendt afirmava que a Revolução Francesa foi um movimento voltado para
a emancipação do povo que acabou desviando seu objetivo libertário e tornou-se
um movimento de libertação das massas sofredoras. De condição política reverte-se
numa questão social. Fato que, para Arendt, explica o surgimento do terror e,
consequentemente, a ausência da liberdade.
O que levou o distanciamento entre a verdadeira revolução foi á violência,
entre outros fatores, nessa revolução, não estão em busca da verdadeira liberdade
e sim querendo resolver uma questão social (por causa da vida miserável que
estava nessa época, pela exploração e também para tirar o poder absoluto da
burguesia), pois a questão social se tornou um fator de radicalismo (violência), seria
para Arendt então uma revolução que se distanciou do verdadeiro significado
REVOLUÇÃO.
A Revolução Americana ocorreu em condições mais favoráveis do que a
Francesa segundo Arendt. Naquele país, a revolução encontrou uma sociedade
com experiência de autogoverno e não se rebelou contra um poder absoluto; assim
como não encontrou uma sociedade de homens subjugados à opressão. Na
América, a revolução foi estimulada pelo sentimento de liberdade e o desejo do
reconhecimento como governo independente.
Na opinião de Arendt, a Revolução Americana, no propósito de instituir a
liberdade, foi bem-sucedida, enquanto a Revolução Francesa conseguiu “reformar”
o corpo político, sem torná-lo o lugar da liberdade. Os revolucionários americanos
“fundaram um organismo político inteiramente novo destituído da violência” quanto
aos franceses, reclamar foi tudo o que a violência conseguiu. O motivo que levou a
Revolução Francesa a se desviar do propósito revolucionário de estabelecer a
liberdade foi “o problema mais urgente e mais difícil de ser resolvida politicamente, a
questão social, na forma das condições alarmantes de miséria de massa”, que
constituía uma imensa multidão composta de homens sem propriedade, que
esperavam do governo mais segurança do trabalho do que a liberdade. Neste caso,
a Revolução Francesa pretendeu, através dos seus constituintes, afirmar, em
primeiro lugar, os direitos dos indivíduos e assegurá-los das investidas do Estado.
Na revolução Americana,Subordinação da lei ao povo = ausência de
distinção entre lei e poder, transformar em um projeto autoritário “lei é a vontade do
povo”.
Para Hannah o sentido da revolução não tinha sentido de transformação
radical, mas sim de um movimento de restauração (novo), no entanto, a palavra
revolução vai se tornar um novo sentido na modernidade justamente por meio das
experiências revolucionárias principalmente a Revolução FRANCESA .

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