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Neste tema, estudaremos as características do pensamento iluminista e sua repercussão na Europa e na América,
especialmente no que se refere à Educação. Também conheceremos como o Iluminismo influenciou a Reforma
Pombalina
e seu consequente impacto na Educação. Por fim, identificaremos as principais mudanças sociais e,
consequentemente, educacionais que o Brasil passou com a chegada da família real portuguesa.
PROPÓSITO
Este tema tem como finalidade a compreensão do processo histórico que fundou a educação pública a partir do
Iluminismo. Compreender a estrutura educacional brasileira, na forma como foi instituída ao longo de nossa história,
torna-se essencial para aquele que quer entender a educação contemporânea. Somente sobre estas bases é
possível assumir uma postura efetivamente crítica e produtiva na ação docente.
OBJETIVOS
MÓDULO 1
MÓDULO 3
MÓDULO 1
A Era das Revoluções foi um conjunto de movimentos de cunhos diversos, influenciados pelas ideias
iluministas, e que se materializaram nas demandas locais com o objetivo comum de "superar o Antigo
Regime". Dentre as muitas
revoluções, podemos destacar:
REVOLUÇÃO FRANCESA
Essa revolução teve início com um processo de contestação dos poderes da Igreja, da nobreza e da
monarquia. Esse processo foi gerado por uma crise econômica que levou a revoltas no campo e na
cidade em virtude do crescimento
da fome. As tentativas de resolver o problema foram desastrosas,
uma vez que os ministros da economia não conseguiam mediar um estado sustentado pela burguesia.
O resultado é que, diante da circulação das ideias iluministas,
iniciou-se um conjunto de movimentos
contra a monarquia. A Revolução Francesa teve como lema Liberdade (todos os homens são livres
para dispor de seu corpo e de suas próprias faculdades sem serem obrigados ou restringidos
a não
ser pelo bem comum); Igualdade (todos são iguais perante a lei); Fraternidade (todos os homens têm
direito à livre associação).
REVOLUÇÃO AMERICANA
Também é conhecida como a Independência dos Estados Unidos (na prática das 13 colônias). No final
do século XVIII, a Inglaterra, na busca de manter sua balança comercial favorável, ampliou as suas
fontes de renda e, para a
manutenção de seus monopólios, aumentou a taxação dos
americanos. Como forma de resistência a esse movimento, a aristocracia local se uniu com o objetivo
de romper com o domínio inglês. Os americanos, apoiados pelos franceses,
iniciaram uma sangrenta
batalha que, em 1783, culminou com a independência das 13 colônias. Essas 13 colônias se
associaram e passaram a se chamar Estados Unidos, no entanto, mantendo o princípio do
Federalismo, com autonomia
entre eles.
ABSOLUTISMO
Absolutismo é um termo histórico utilizado para descrever o momento político na Europa em que os
monarcas concentraram poderes na formação dos Estados Modernos. Foi chamado também de Antigo
Regime em contraposição a República.
Sua principal característica era que o monarca tinha poderes
capazes de anular as demais manifestações de poder como justiça ou conselhos.
LUÍS XVI
Luís XVI nasceu em Versalhes, França, no dia 23 de agosto de 1754. Em 1765, tornou-se herdeiro do
trono após a morte do seu pai. Casou-se com Maria Antonieta de Habsburgo, filha da imperatriz Maria
Teresa da Áustria, tendo,
com ela, quatro filhos. Luís XVI assumiu o trono da França em 1774 após a
morte de seu avô. Foi o último rei da França antes da Revolução Francesa.
Filosofia que defendia o fim da visão teocêntrica medieval (compreensão do mundo a partir de
pressupostos religiosos) e a instauração de uma visão antropocêntrica (compreensão do mundo a
partir das experiências e necessidades
humanas, ainda que não necessariamente, contrárias à
religião).
KANT
Immanuel Kant (1724-1804) nasceu em Königsberg, na Prússia Oriental, estudou Teologia e também
mostrou interesse por Filosofia, Matemática e Física. Foi fundador da Filosofia Crítica, que procurava
determinar os limites
da razão humana.
Esse documento foi elaborado após a Revolução Francesa e tinha como base os ideais dessa
revolução: liberdade, igualdade e fraternidade. A Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão
representou o primeiro passo para a elaboração
de uma Constituição da República Francesa.
Essa declaração foi elaborada por representantes de diferentes países, que eram especialistas de
áreas jurídica e cultural. Ela foi proclamada na Assembleia Geral nas Nações Unidas em Paris, no dia
10 de dezembro de 1948.
O Antropocentrismo está embasado na ideia de que o homem é o centro de tudo. Essa concepção se
desenvolveu com o objetivo de superar o pensamento teocêntrico. Durante o período medieval, a Igreja
era o espaço de maior produção
intelectual, fosse nos mosteiros ou nas universidades, pois existia um
predomínio do pensamento religioso cristão. A ideia central era de que tudo se explicava a partir de
Deus. Quando os primeiros pensadores começaram
a questionar essa ideia, o objetivo não era apagar
o papel de Deus, mas afirmar a capacidade racional do homem, entendida como a principal
engrenagem de transformação do mundo. No período do Renascimento, esse pensamento
ganha força
e a partir desse momento, passa-se a negar o papel de Deus e da religião na sociedade.
LEONARDO DA VINCI
Pintor do período da Renascença, nasceu na aldeia de Vinci, Itália, no dia 15 de abril de 1452. Foi
aprendiz de Andrea del Verrocchio, pintor e escultor florentino. Uma das obras mais conhecidas de
Leonardo da Vinci é “Mona
Lisa”.
O homem é um ser divino por essência, assim concebido desde sua criação;
O homem é racional por essência, capaz de compreender tal proporção e sua relação com a
natureza;
O homem é divino por ser capaz de transformar, criar, com o seu conhecimento e interpretação.
Esse é um trecho do romance da renomada escritora alemã, Gertrud von Le Fort, escrito em 1931. Ela
narra o processo de perseguição e execução das religiosas de Compiègne.
CONDORCET
Condorcet (1743-1794), matemático e filósofo que liderou a Revolução Francesa, tinha como uma de
suas bandeiras a inserção dos ideais iluministas no campo da Educação.
Estratégia de governo de reinos absolutistas que buscavam realizar transformações sociais (reais ou
meramente aparentes), que minimizassem o impacto das ideias iluministas. Assim, o déspota (rei
absolutista), buscava apresentar-se
como esclarecido (assumindo ideias iluministas).
JESUÍTAS
Os jesuítas eram o maior símbolo de uma estrutura que Portugal queria superar, pois eles possuíam
muita autonomia (não estavam diretamente ligados ao déspota) e, obviamente, defendiam um discurso
religioso. Eles organizaram
um complexo sistema de ensino que se expandiu largamente por meio das
missões de evangelização.
COMPANHIA DE JESUS
Fundada por Santo Inácio de Loyola (1491-1556), a Companhia de Jesus era uma ordem religiosa que
tinha como objetivo construir regras disciplinares para a vida religiosa e difundi-las em missões de
evangelização.
AULAS RÉGIAS
Regia vem de regida, ou seja, na estrutura das aulas régias havia a presença de um regente, que
deveria implementar aquilo que era determinado pela estrutura governamental. As pessoas que tinham
acesso às aulas régias
eram provenientes da classe média, que atuariam como funcionários públicos e
agentes do governo. As aulas régias também poderiam ser frequentadas por filhos da elite, com o
objetivo de prepará-los para seguir com os estudos
na Europa.
CADEIRAS DE RETÓRICA
Dessas cadeiras, quatro foram estabelecidas em Lisboa, duas em Coimbra, duas em Évora, duas no
Porto e uma em cada cidade e vila que eram cabeça de comarca.
Pintor, desenhista, decorador e professor francês, que, em 1785, ingressou na Academia Real de
Pintura e Escultura da França. Em 1798, passou a colaborar em trabalhos decorativos para edifícios
públicos e residências particulares
com arquitetos, como Percier e Fontaine.
Debret, em 1806, iniciou um projeto de criação de obras que ilustrassem as vitórias de Napoleão.
Dentre essas obras, destaca-se “Napoleão homenageia a coragem infeliz”. Por essa obra, Debret
recebeu uma menção honrosa do Instituto
de França.
Debret chegou ao Brasil em virtude de uma convocação de Lebreton, secretário da Escola de Artes da
França, que, atendendo a uma solicitação de D. João, estava criando uma Escola de Artes e Ofícios no
Brasil. Era a chamada “Missão
Francesa”.
Também conhecido como sistema monitorial, foi desenvolvido por Andrew Bell e Joseph Lancaster, na
Inglaterra, no final do século XVIII.
A Inglaterra estava passando por um processo de urbanização, impulsionado pela industrialização dos
meios de produção.
O método Lancaster consistia em transmitir o conhecimento técnico de forma mais rápida à nascente
classe operária, com o objetivo de torná-los aptos a atuar nas indústrias.
Para isso, eram selecionados os melhores alunos (decurião) das turmas para que atuassem como
monitores dos demais (decúria). Garantia-se, assim, a formação do maior número de operários com
menos recursos.
O PENSAMENTO ILUMINISTA
A Idade Contemporânea, na qual vivemos, começa com uma série de eventos que podem ser resumidos nas
revoluções no fim do século XVIII, que são: Revolução Industrial Inglesa, Revolução Francesa
e Revolução
Americana. Mas, além dessas, outra revolução foi fundamental naquele momento e afetou diretamente a
Educação: o
Iluminismo!
No século XVI, período conhecido como Antigo Regime, um acordo de governo foi estabelecido entre a
burguesia e a nobreza. Nesse acordo, a Igreja era a base ideológica, responsável por legitimar o poder do
rei e por educar os
burgueses sobre a ordem natural do mundo. Nesse contexto, por um lado, o rei era visto
como uma figura divina e ungida por Deus; por outro, era responsável pela manutenção da ordem e da lei,
fazendo justiça e guerra, quando
necessário.
A ilustração de Luís XVI e Maria Antonieta com o povo de Paris ilustra essa visão da divindade do rei.
Observe que, à frente
deles, está o povo junto com anjos ajoelhados e, por trás de Luís XVI e Maria
Antonieta, há uma cruz, caracterizando o poder divino concedido ao rei.
Imagem: Shutterstock.com
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Um exemplo concreto ocorreu na França, que passava por uma grande crise política, inflamando o povo
contra o absolutismo do rei Luiz XVI, que foi deposto durante a Revolução Francesa e executado no ano
seguinte. Observe, na
ilustração, uma representação do momento em que Luís XVI foi preso.
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Kant, filósofo alemão, contemporâneo àquele movimento, chega a afirmar que, até aquele momento, as
pessoas viviam como que em uma
“
infância da racionalidade”. Ou seja, não haviam chegado à
maturidade
do conhecimento humano.
ILUMINISMO
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O desejo dos iluministas era iluminar as trevas, pois consideravam que o pensamento religioso era
equivocado e
obscuro. Por isso, o século XVIII ficou conhecido como o
Século das Luzes. Foi nesse
período que ocorreu o apogeu da
razão, que combatia o teocentrismo da Idade Média. Nesse sentido, cabia
à razão – e somente a ela – responder as indagações
humanas. Qualquer outra concepção, inclusive
advinda da Teologia, atrapalhava o desenvolvimento da humanidade.
Essa exaltação à razão convidava ao desprezo de qualquer outra forma explicativa ou especulativa da
verdade. Nesse sentido, somente através da razão seria possível chegar ao
conhecimento verdadeiro. É
nesse contexto que a ciência
racional se estabelece, tendo como base o antropocentrismo. O pensamento,
então, era de que no homem, pelo homem, com o homem e somente
nele estava a possibilidade de
progresso, que aconteceria pela
valorização exclusiva da razão.
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O Homem Vitruviano , de Leonardo da Vinci.
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O rei Luiz XVI e a rainha Maria Antonieta foram guilhotinados em praça pública em 1793.
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Dezesseis religiosas carmelitas de Compiègne foram guilhotinadas em 1794.
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O príncipe Delfim, filho de Luiz XVI e Maria Antonieta, morreu desnutrido e doente, em um calabouço,
aos dez anos, em 1795.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
A) O Iluminismo buscava reafirmar o poder da monarquia à medida que, por meio de técnicas de ensino,
buscava esclarecer os homens sobre a necessidade da manutenção da estrutura social da época
B) O Iluminismo tinha como objetivo iluminar a razão humana, com o objetivo de conduzir o homem à
conformação social, por meio de métodos de coação.
C) O Iluminismo combatia a religião em certa medida, pois considerava que o homem somente seria
completo uma vez que estivesse em contato direto com Deus, por meio da igreja.
A) A importância de se construir bases educacionais sólidas com o objetivo de tornar o homem capaz de
atuar em sociedade, reproduzindo os ideais propostos pela monarquia.
B) A necessidade de se criar um novo homem-cidadão, com o objetivo de formar uma nova sociedade. Para
isso, era necessário educar as crianças de acordo com a natureza, desenvolvendo os seus sentidos para a
promoção da razão.
C) A importância de se iluminar a razão humana por meio de métodos de repetição e análise para que o
homem seja capaz de reconhecer como natural as relações de poder que eram estabelecidas.
GABARITO
1. O Iluminismo foi um movimento intelectual do século XVIII que influenciou sobremaneira a sociedade.
Analise as alternativas a seguir e marque a que apresenta as ideias centrais defendidas pelos iluministas:
Não à toa, o século XVIII foi considerado o século das luzes, pois o Iluminismo tinha como objetivo trazer à
“luz” a sociedade. Para isso, combatia o poder absolutista e a religião, colocando o homem como centro de
tudo. A visão teocêntrica, então, deixa de existir e dá lugar à visão antropocêntrica.
Rousseau foi um dos principais teóricos do Iluminismo. Ele escreveu várias obras que estabeleceram as
bases da Educação proposta pelo Século das Luzes, mas também possibilitaram a organização social que
se estabelecia naquele momento. A Educação, assim, constitui-se em um importante elemento da formação
política do cidadão.
MÓDULO 2
Para compreender esse processo de mudança, trouxemos o modelo de ensino proposto por
marquês de
Pombal. Mas, antes, vamos entender em qual contexto essa mudança se desencadeou.
Estamos em Portugal, país que também foi alcançado pelos ideais iluministas.
Como em outras monarquias, o rei D. José I temia perder o seu trono em decorrência do grande avanço do
Iluminismo.
Como forma de evitar a perda do trono, D. José I nomeou Sebastião José de Carvalho e Melo, o marquês de
Pombal (defensor das ideias iluministas), como o seu primeiro ministro, desenvolvendo, assim,
o chamado
despotismo esclarecido. A principal missão de Pombal era reformar o governo português e adequá-lo
aos
ideais iluministas.
Pombal, como defensor do Iluminismo, era contrário aos Jesuítas. Assim, traçou um plano para acabar com
a
Companhia de
Jesus e expulsá-los de Portugal. Como estratégia, convenceu o rei D. José I de que o
atentado que o mesmo havia sofrido teria sido planejado pela família da marquesa e pelos jesuítas.
O rei, então, elaborou o decreto régio de setembro de 1759, ordenando a expulsão dos religiosos da
Companhia de Jesus que estivessem em seus domínios continentais e ultramarinos.
Conta a história que o rei José I sofreu um atentado quando voltava da casa da marquesa de Távora, com
quem mantinha uma relação amorosa. Quando a família Távora tomou conhecimento da relação dos dois,
uniu-se ao Duque de Aveiro
para planejar um atentado a D. José I, que não foi bem sucedido. O processo de
investigação transcorreu em sigilo até que em uma madrugada de dezembro os Távoras foram presos. No
dia 12 de janeiro de 1759 saiu a sentença
que os condenava pelo crime de traição e rebelião contra o rei.
Todos foram executados.
COM A EXPULSÃO DOS JESUÍTAS, O QUE MUDOU?
Com a expulsão dos jesuítas, não só em Portugal, mas em todas as suas colônias, inclusive no Brasil,
houve mudanças significativas, principalmente no campo da Educação. Isso, em decorrência do fato de que
todo o sistema de
ensino da época era jesuíta. Elencamos, a seguir, as principais consequências da
expulsão dos jesuítas no campo da Educação:
Grandes prejuízos para os aldeamentos indígenas
No dia 28 de junho de 1759, Pombal decretou, por meio do alvará régio, a suspensão
das escolas jesuíticas
de Portugal e de todas as colônias. Também criou as aulas régias ou avulsas de
Latim, Grego, Filosofia e
Retórica, oferecendo um esquema completamente diferente do que era oferecido pela pedagogia jesuítica.
Estabelece-se, assim, a Educação
Pública, que, vale destacar, naquele momento, não correspondia a uma
educação direcionada a todas as pessoas, mas a uma educação que é mantida
pelo governo, ou seja,
marquês de Pombal estruturou um modelo de educação vinculado aos Governos Gerais e suas províncias.
A reforma educacional empreendida por Pombal, com a expulsão dos jesuítas do Brasil, se baseou nos
seguintes aspectos:
Criação das aulas régias gratuitas de Gramática latina, Grego e Retórica, junto com o decreto que
expulsou os jesuítas.
Centralização do ensino com a criação do cargo
de diretor-geral dos estudos, que tinha a função de
fazer cumprir as disposições do diploma, ficando a ele subordinados todos os professores régios das
disciplinas citadas.
Estabelecimento de cadeiras de
retórica e dos chamados Estudos
Menores, que incluíam, também, o
estudo de Filosofia com quatro professores: um para Lisboa, um para Coimbra, um para Évora e um
para o Porto.
Imagem: Shutterstock.com
Instituição do subsídio literário, uma espécie de imposto, para gerar recursos para o pagamento dos
professores.
Para atender a essa nova demanda, diversos professores foram nomeados. Aqueles que foram
direcionados para atuar no Brasil provavelmente não tinham a formação específica para lecionar na área a
qual foram designados. Apesar
do esforço de marquês de Pombal, houve inúmeras perdas com o
desmantelamento de um aparato educativo que já funcionava há mais de duzentos anos, que era o modelo
de educação jesuíta. Um exemplo que ilustra essa perda é
o fato de que as aulas régias, isoladamente, não
conseguiram suprir o conjunto de aulas e disciplinas que eram aplicadas pelos jesuítas. Sobre isso, reflita:
VERIFICANDO O APRENDIZADO
A) Descentralização do ensino, dando autonomia para as instituições de gerir o seu modelo de ensino e
definir o seu currículo padrão.
B) Definição do português como língua padrão para se lecionar as aulas, podendo, em casos específicos,
ocorrer a utilização de outras línguas.
D) Estabelecimento de cadeiras de retórica e dos chamados Estudos Menores, que incluíam, também, o
estudo de Artes e Filosofia.
GABARITO
1. Um dos principais pontos da Reforma Educacional de marquês de Pombal foi a criação das aulas régias.
Analise as alternativas a seguir e marque a que apresenta as disciplinas que compõem essa proposta de
ensino:
As aulas régias, embora não tenham substituído a estrutura da educação jesuítica, foram importantes
naquele contexto por representarem a proposta iluminista de instrução: pública e laica. Dessa forma,
Pombal cumpria (ou acreditava cumprir) seu papel de trazer as luzes ao modelo anterior na metrópole e na
colônia.
2. Sabemos que, com a expulsão dos jesuítas, Pombal precisou criar um novo modelo de ensino. Marque a
alternativa que apresenta um dos aspectos da Reforma Pombalina:
Como forma de quebrar a influência da religião no ensino, marquês de Pombal criou a educação laica,
colocando-a sob a responsabilidade do governo e, iniciando, assim, a educação pública.
MÓDULO 3
O ANO É 1799
Imagem: Shutterstock.com
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A tradição de coroação dos imperadores determinava que o imperador deveria se ajoelhar diante do
representante da igreja, que colocaria a coroa em sua cabeça. Essa ação, mostrava que o imperador estava
em uma posição de submissão
ao poder religioso. Napoleão Bonaparte, em sua coroação, mudou essa
tradição. Não permitiu que o papa Pio VII colocasse a coroa sobre a sua cabeça. Antes, decidiu que se
coroaria imperador da França. Com essa atitude, Napoleão,
influenciado pelos ideais iluministas, estava
dizendo que o seu poder estava acima da Igreja.
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PERÍODO JOANINO
PRIMEIRO REINADO
PERÍODO REGENCIAL
ATO ADICIONAL
Em pleno período regencial, ocorreu uma reforma na constituição que deixou marcas na Educação. O Ato
Adicional definiu que o Ensino Elementar, o secundário e a formação de professores seriam
responsabilidade das províncias.
O Ensino Superior ficaria a cargo do poder central. Oficializou-se a
descentralização do ensino.
SAIBA
MAIS
Como você percebeu, mesmo depois da Abdicação de D. Pedro I (1834), o Período Regencial continuou
realizando mudanças no cenário educacional brasileiro. No entanto, apesar dessas medidas terem
representado uma modernização
da estrutura educacional implementada por Pombal, as mudanças
ocorridas não atenderam às reais necessidades da população brasileira. Mesmo no Segundo Reinado (1840-
1889), governado pelo Imperador D. Pedro II, as medidas
no campo educacional foram inexpressivas. Isso
mostra que, em quase 400 anos de história, não havia sido criada no país uma estrutura escolar sólida que
permitisse à população plena formação e, consequentemente, fornecesse
condições de um
desenvolvimento que atendesse a todos os cidadãos.
Convidamos você a um passeio histórico pelo Jardim Botânico, pela Biblioteca Nacional, pelo Museu
Nacional e Colégio Pedro II, instituições que resistiram
ao tempo e guardam as memórias dos períodos
Joanino, Primeiro Reinado e Período Regencial.
VÍDEO COM LIBRAS.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
C) Criação de uma biblioteca com quase 60 mil volumes trazidos nos navios.
A) O Ato Adicional definiu que o Ensino Elementar, o Secundário e a formação de professores seriam
responsabilidade das províncias. O Ensino Superior ficaria a cargo do poder central.
B) O Ato Adicional implementou as aulas régias no Ensino Primário e definiu que a formação de
professores seria responsabilidade das províncias.
C) O Ato Adicional definiu que o Ensino Elementar, o Secundário e a formação de professores seriam
responsabilidade central da Metrópole.
D) O Ato Adicional definiu que o Ensino Elementar seria responsabilidade da metrópole e incluiu nesse
nível de instrução as disciplinas régias.
GABARITO
1. A partir de 1808, diversas medidas foram implementadas por D. João no campo da Educação. Uma delas
marcou o início do desenvolvimento de uma identidade própria do Brasil. Marque a alternativa que
corresponde a essa medida:
De fato, com a chegada da Família Real, em 1808, as transformações ocorridas na Colônia foram
contrastantes com aquela realidade encontrada. Uma colônia, por exemplo, não poderia ter escolas de
ensino superior, pois somente a metrópole poderia fornecer esse nível de instrução. O príncipe regente, D.
João, quis que estas mudanças pudessem dar condições à Corte de se sentir menos impactada por viver
longe de seu país, Portugal. Por isso, criou as escolas de ensino superior na Bahia e no Rio de Janeiro, com
o objetivo de atender às necessidades de instrução dos filhos da nobreza e da aristocracia brasileira. Inicia-
se, assim, o processo de independência do Brasil, ainda que, obviamente, não fosse o interesse da
monarquia.
2. Em 1834, durante o período regencial, foi criado o Ato Adicional, medida que afetou diretamente a
Educação. Em que consistia essa medida?
O Ato Adicional correspondeu a uma reforma na constituição que deixou marcas na Educação. Essas
medidas oficializaram o processo de descentralização do ensino.
CONCLUSÃO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Como vimos, o projeto de educação iluminista nasceu no contexto das transformações ideológicas
(Iluminismo), econômicas e de produção (Revolução Industrial), políticas e sociais (Revolução Francesa),
que marcaram o fim do século
XVIII, dando origem à Idade Contemporânea. Tendo como principal objetivo o
combate ao modelo educacional anterior, baseado na autoridade religiosa e sob tutela da monarquia, esse
projeto trouxe uma proposta de educação
laica e pública.
O Estado, a partir de então, assumiria a responsabilidade de educar o cidadão, tendo como base a chamada
“razão iluminista”. Eles tinham como objetivo formar plenamente o homem contemporâneo a partir da
construção de um conhecimento
baseado fortemente em princípios científicos e longe de qualquer
influência religiosa. Esse projeto de Educação, no entanto, não conseguiu oferecer à população brasileira a
educação necessária para uma formação efetiva.
Foi necessário esperar um pouco mais para que essa
proposta de uma educação efetiva começasse a ser delineada.
AVALIAÇÃO DO TEMA:
REFERÊNCIAS
AZEVEDO, Fernando. O sentido da educação colonial. In : A cultura
brasileira. Rio de Janeiro: Serviço
Gráfico do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, 1943.
FRAZÃO, Dilva. Luís XVI da França. Consultado na internet em: 30 jan. 2020.
EXPLORE+
CONTEUDISTA
Joana Darc Venancio
CURRÍCULO LATTES
Antonio Sergio Giacomo Macedo
CURRÍCULO LATTES